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03 de maio de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


Feng Shui na quarentena
André Lacroce
Neste período turbulento, sem sabermos direito sobre tudo o que aconteceu para estarmos aqui ou o que está para acontecer, o melhor lugar para ficar é no presente. Estamos nessa fase passando muito mais tempo em casa do que estávamos acostumados. E isso nos faz prestar atenção nos lados bons, maus, excitantes, entediantes, claros, confusos da nossa própria moradia.
Quanto mais tempo passamos nos nossos espaços, mais detalhes absorvemos, mais nuances se revelam e mais vamos nos conhecendo também nesse processo. Uma tarefa diária que passava sem importância pode ganhar destaque. Um som ou cheiro que antes não se notava, pode ganhar força e chamar atenção.
Feng Shui na quarentena - André Lacroce
Foto de www.getmygrades.co.uk/a-short-guide-to-homeschooling
Temos uma relação muito íntima com nossa casa e vice-versa. Ela responde a nossos impulsos, se molda às nossas reações, nos envolve e protege e em alguns casos direciona nossos hábitos e até emoções.
Cuidar da casa externa é cuidar da casa interna. Cuidar da saúde da casa é zelar pela saúde própria. Corpo x Construção; Coluna x Estrutura; Cabeça x Teto; Artérias x Corredores; Pulmões x Janelas.
Por isso, somada à casa as atividades múltiplas do nosso dia-a-dia – dormir, comer, trabalhar, trocar, refletir, entreter, divertir, amar – cabe a nós avaliarmos como está funcionando os nossos ambientes.
O que aflora dos espaços? Quais emoções surgem quando frequentamos determinados ambientes? Eu me sinto em segurança na minha casa? Sinto-me com clareza, objetividade ou em confusão? Sinto minha energia se recompor ou dispersar? Sinto medo ou confiança onde durmo? Quais as áreas estressantes, mais sem graça ou atraentes da minha casa?
Áreas de estresse ou conflito indica falta de fluidez e obstrução. Retirar/deslocar alguns móveis pode ajudar a abrir espaço e aliviar a tensão. Liberdade de movimento é o segredo.
Sensação de dispersão pode ser por causa de um ambiente com excesso de estímulos. Deixar o ambiente mais clean sem tantos pontos de atenção vai ajudar a manter o foco e concentrar melhor.
Esgotamento ou exaustão sugere a falta de energia de vida no ambiente. Acrescentar uma flor, planta, fonte, aquário ou cristais ajuda a animar e reavivar os espaços sem vitalidade. A imagem de flores, cachoeiras, animais, natureza em geral também funcionam.
Quando bate o tédio com constância indica a falta de estímulos e áreas de interesse. Criar um setor num ambiente com mais estímulos, cores vivas, sons, cheiros, texturas pode aliviar a monotonia.
A vivência de confusão e até de “perder coisas” o tempo todo, sugere um ambiente bagunçado, ou sem lógica clara de como guardar as coisas. A energia se estagna em ambientes bagunçados e perdemos muito tempo para achar o que precisamos.
Podemos encontrar às vezes objetos que não tocamos há mais de 2 anos menos o que procurávamos. Hora da arrumação e passar para frente algumas coisas que não fazem mais sentido para nós nesse momento. Estabelecer uma lógica simples e estabelecer setores para as coisas facilita o dia-a-dia e alivia a sensação de confusão nas nossas escolhas.
Todos esses fatores juntos contribuem para o nosso bem-estar e colaboram para manter mais alta a nossa imunidade e a imunidade do nosso lar. O interno e o externo dependem um do outro, respondem um ao outro, por isso é importante não só olhar para a o nosso corpo, mas para as nossas queridas casas.
Cuidar da casa ajuda a olharmos para dentro e em consequência para fora. Para os nossos familiares, amigos, vizinhos. Assim, nossa rede de apoio pode ficar mais forte a cada dia.
André Lacroce
é mestre pela FAU-USP, consultor de Feng Shui,
terapeuta de medicina chinesa e professor de Qi Gong taoísta.
www.terapiasancestrais.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
Edição: CKR – 9/04/2020
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