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Sugestões aos iniciantes no estudo do Tarô |
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Para estudar os símbolos do tarô basta simplesmente ter interesse e reservar um tempo para leitura, tal como acontece em relação a qualquer outra área de conhecimento. Dispomos para isso de muitos livros publicados e de inúmeras linhas de abordagem divulgadas pela Internet. |
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O volume de informações é grande e uma questão inicial aparece: "por onde começar?" Se estivéssemos buscando por símbolos arquitetônicos, dependendo do grau de profundidade desejado, poderíamos recorrer às escolas de arquitetura, aos tratados técnicos e aos especialistas nessa área. Já no caso de artes informais, entre as quais se encontra o jogo de baralho, o cenário pode se mostrar disperso e contraditório. |
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Dificuldades iniciais |
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Quando se trata da astrologia e do tarô, que compreendem conhecimentos não organizados em padrões acadêmicos ou universitários, e cuja aplicação profissional não está sujeita a regulamentação oficial, a situação pode se mostrar embaralhada para quem deseja iniciar seus estudos. A vantagem da astrologia é a de se tratar de um conhecimento milenar que se mantém vivo até hoje, respaldado por incontável lista de sábios que registraram seus conhecimentos sobre essa arte-ciência. Embora a astrologia também seja utilizada de modo simplista em revistas e publicações populares, existem escolas respeitadas para transmitir o saber disponível. |
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Tarô e Astrologia - diferentes fundamentos simbólicos |
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Já o tarô está longe do respaldo existente na astrologia, pois se trata de um jogo recreativo, sem tradição milenar e que apenas nos últimos dois séculos e meio passou a ser valorizado simbolicamente. Além disso, nos deparamos com uma mistura confusa de inúmeras linhas de abordagem das cartas, sem contar os aproveitadores da crendice popular que inventam de tudo para chamar atenção e que se passam por magos ou videntes. |
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Os primeiros passos |
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O que acabo de comentar não impede de encontrarmos estratégias simples para iniciar o estudo das cartas do tarô. Vejamos quatro indicações básicas. |
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1º - escolher um bom manual |
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Se o interesse de estudo for simples e direto — conhecer os significados das cartas para aplicar em tiragens e leituras — existem bons manuais de autores estrangeiros e brasileiros, como podem ser vistos na seção Livros & Autores. Entre eles destaco o Manual do Tarô de Hajo Banzhaf. |
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Se o interesse for pelo o conhecimento simbólico em profundidade, tenho em alta conta dois livros: Jung e o Tarô de Sallie Nichols e Meditações sobre os Arcanos Maiores do Tarô de Valentin Tomberg. Essas obras dispõem de material suficiente para meses e meses de reflexão e de intercâmbio entre companheiros de estudo. |
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É bom lembrar que o Clube do Tarô tem muito material para estudo, com acesso pelo Menu: | O Tarô | Baralhos & Galerias | Arcanos Maiores | Arcanos Menores | Aplicações-Tiragens. Nesse sentido o site constitui uma verdadeira biblioteca, com diferentes níveis de textos, que partem de artigos básicos com links para estudos de aprofundamento, sob vários pontos de vista, apresentados pelos diferentes colaboradores. |
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2º - aprender com quem sabe |
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Seja estudando manuais ou destrinchando o conteúdo do Clube do Tarô, daremos conta apenas das informações e significados. Já para a prática e para desenvolver o pensamento simbólico será sempre importante o contato direto com quem tem experiência. Ou seja, estude tudo o que puder em livros ou no site e, quando tiver oportunidade ou chegar o momento, procure tarólogos com prática para dar o segundo passo. |
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Como acontece com todas as habilidades humanas, desde cozinhar para a família até aplicar alguma técnica terapêutica, existem qualidades que ganham vida apenas pela transmissão direta daqueles que sabem realmente. É indispensável praticar sob a orientação de quem tem conhecimento e experiência acumulada.
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Educação: pesquisa-intuição e reverência-inspiração |
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Vitral de Louis C. Tiffany na Universidade de Yale - Estados Unidos |
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Para reforçar o significado da transmissão direta, podemos lembrar que no aprendizado tradicional da cartomancia, nada existe de formal ou apoiado em livros. As parteiras ou benzedeiras, as avós ou tias, ensinavam sua arte diretamente àqueles que estavam próximos e tinham assiduidade de contato. É pela convivência com as boas almas que a atitude correta de ajuda ao próximo e o cuidado na expressão ganham vida e se tornam esteios valiosos para a utilização das cartas do baralho. |
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3º - praticar com leveza |
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Uma atitude que pode ajudar muito o iniciante é praticar a utilização das cartas de modo despretensioso, como um verdadeiro aprendiz. O que mais atrapalha é ser engolido pela obrigação de virar adivinho, de surpreender as pessoas com revelações do outro mundo. |
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Um recurso que dá ótimos resultados e permite ganhar segurança crescente consiste em fazer leituras para amigos, colegas e conhecidos próximos. O clima se torna mais leve e estimula o estudo, permitindo-nos inclusive rever durante as jogadas o que dizem os manuais sobre o significado das cartas. "Pesquise o que desconhece e cuide para não cair na tentação de se fazer de doutor", dizia um velho mestre. |
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Tudo ficará mais fácil se o iniciante substituir a pressão de adivinhar pela disposição de estudar, de validar na prática o que está sendo mostrado pela cartas. E para isso é importante ouvir o nosso interlocutor, como de fato ele vive o assunto que esta sendo tratado na tiragem. A validação do significado das cartas virá pela vida real e não pela imaginação. |
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4 - utilizar técnicas simples |
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As tiragens complexas, como "mandala astrológica", "cruz celta", podem aumentar os embaraços do iniciante, pois a qualidade da leitura não depende de formatos pré-estabelecidos. O rigor e o acerto são estimulados quando o próprio leitor estabelece previamente a função de cada carta na tiragem. Essa e outras questões técnicas estão detalhadas em Aplicações & Tiragens e no texto de apresentação do Índice de tiragens. Para ir direto às técnicas simples veja, por exemplo, Tiragem por três. |
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Um bom exercício, que combina diferentes caminhos, é o de sortear uma carta toda manhã para retratar como será o transcurso do dia. No final do período, avaliamos como se passaram as coisas na realidade e comparamos com a carta. Esse exercício poderá ser muito revelador e ganhar força com a repetição. As conclusões obtidas em cada experiência também poderão ser comparadas com o que dizem os manuais ou os textos disponíveis no Clube do Tarô. Tais exercícios combinam prática, vivência direta e leitura, ampliando assim os conhecimentos sobre os significados práticos e simbólicos do tarô. |
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Os passos seguintes |
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À medida que estudamos e entramos em contato com tarólogos e cartomantes experientes vão se tornando mais claras as nossas afinidades com determinados estilos de leitura, assuntos colocados, níveis de compreensão. Esse processo de estudo e observação é indispensável para definirmos de modo natural a nossa própria linha de utilização das cartas e as formas mais adequadas para as tiragens. |
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O cuidado mais importante que devemos tomar é não nos aprisionarmos nas dezenas de regras arbitrárias que existem por aí: "Isso não pode", "Só pode ser assim", "Tem que cortar com essa mão", "Embaralhar assim"... Não passam de praxes discutíveis que nada acrescentam ao esforço de compreensão e de aplicação dos símbolos das cartas. |
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A seção Aplicações das Cartas e Tiragens oferece muito material para refletirmos sobre o problema dos formalismos que limitam a relação criativa com o tarô. Quem quiser ir direto ao tópico que sugere a atitude livre em relação às regras veja: Detalhes |
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É ótimo trocar experiências. O estudo das linguagens simbólicas mostra-se inesgotável e sempre nos encantam os segredos revelados pelo caminho. |
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Mais sugestões aos iniciantes |
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Edição: CKR – 30/01/2015
Revisão: Ivana Mihanovich |
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