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Arcanos Menores - Apresentação |
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Compilação de
Constantino K. Riemma |
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O conjunto de 56 cartas —
modernamente denominadas “Arcanos Menores”
— é constituído por quatro grupos de 14 cartas,
cada um deles com a mesma seqüência de 10 cartas
numeradas de 1 a 10 e mais quatro figuras: Valete (ou Pajem), Cavaleiro, Rainha (ou Dama) e Rei, também conhecidas como figuras da corte. |
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O naipe de Ouros:
as dez cartas de 1 a 10 e as quatro figuras. |
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Cada grupo de 14
cartas possui um diferencial simbólico: bastão, moeda, espada e taça.
Esses grupos são popularmente reconhecidos
como naipes de paus, ouros, espadas e copas,
os mesmos do baralho comum que utilizamos
nos jogos e passatempos. |
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Os naipes de Paus e Espadas representam forças impulsionadoras (fogo e ar),
indicação reforçada pela mão que porta o símbolo na primeira carta de cada naipe. |
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Os naipes de Ouros e Copas representam forças maleáveis (terra e água).
O Ás de Copas lembra, no Tarô de Marselha, o cálice de guardar
hóstias. |
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Os naipes, ou séries,
têm inúmeras correspondências,
por exemplo, aos quatro elementos da Astrologia
e da Cabala: fogo (paus), terra (ouros), ar (espadas) e água (copas).
Há quem veja, inclusive, analogia com
as quatro classes sociais da Idade Média: clero (copas), nobreza (espadas), comerciantes (ouros)
e camponeses (paus). |
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Os baralhos modernos |
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O baralho ocidental,
impresso modernamente, mantém constante
o número das séries ou naipes: são sempre
quatro, seja no baralho espanhol
ou francês, seja no alemão, italiano
ou provençal. O baralho francês,
produzido para jogos e passatempos, reduziu
os naipes a apenas duas cores — vermelho
e preto — mas o número de naipes
permaneceu constante. |
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As representações
dos naipes de Paus e Ouros no
Tarô e no baralho moderno. |
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Os naipes de Espadas e Copas no
Tarô e no baralho moderno para os jogos de lazer. |
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Para efeito dos
jogos de cartas — como passatempo (no
lar ou nos clubes) e como jogos “de
azar” (valendo dinheiro, nos cassinos)
— não importa o significado simbólico
das cartas, mas apenas o valor que se convenciona
para cada tipo de jogo (pôquer, buraco,
canastra, tranca, bridge, truco, rouba-montinho,
etc, etc...). Cada jogo define livremente
suas próprias regras. |
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Baralhos modernos para
jogos. As cartas de jogar foram redesenhadas
para facilitar a visualização do que se
tem na mão. |
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Embora os Arcanos
Menores tenham sido muito difundidos pelo
mundo afora, como cartas de jogar, seus significados
simbólicos são relativamente
mais difíceis de serem traduzidos que
os dos Arcanos Maiores. |
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Para os cartomantes
e os estudiosos do Tarô, contudo,
não há como fugir da questão
dos significados. De fato, estamos frente
a duas ordens de símbolos:
os quatro naipes, ou quatro elementos,
que se combinam com o significado
numerológico do 1 ao 10. É
possível portanto, para as 40 cartas
numeradas, estabelecer uma base de compreensão
a partir da associação dos quatro
elementos com os símbolos numéricos. |
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As quatro figuras de cada naipe,
no total de 16, parecem formar um
sub-grupo à parte. Têm desenhos
similares aos dos trunfos ("arcanos maiores")
e, ao mesmo tempo, reptem-se em quatro naipes,
do mesmo modo que as cartas numeradas ("arcanos
menores"). |
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Os Tarôs de hoje |
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Na prática,
reina hoje uma grande profusão de versões e de reinvenções.
Já a partir do séc. 19, alguns
interessados no Tarô começam
a substituir as representações
abstratas das lâminas dos arcanos
menores por ilustrações
mais ou menos subjetivas, que traduziriam
visualmente, de modo mais compreensível,
o significado das cartas. Se esse recurso
ajuda a fixar um sentido possível,
levanta na grande maioria dos casos a questão de alterar drasticamente o leque
simbólico da figuração
clássica, sem contar o risco de acentuar, de modo unilteral,
apenas um dos múltiplos significados
da lâmina. |
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O "Tarô Mitológico"
e o "Tarô Egípcio" da editora Kier.
Tentativas para figurar os arcanos Menores
com o mesmo padrão dos Maiores. |
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Um rumo possível |
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Esse quebra-cabeça
de pontos de vista sobre os Arcanos Menores
faz parte dos desafios que o estudo do Tarô
nos propõe. |
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Para dar conta da
grande variedade de enfoques, acreditamos
que é importante, para começar, compreender a natureza
dos quatro naipes do baralho a partir
de uma base simbólica mais ampla que
a do receituário popular. O segundo
passo consiste no estudo dos simbolos
numéricos de 1 a 10. Também
neste caso, o resultado se torna mais consistente
quando consegue transpor os significados corriqueiros
da numerologia usual. Caso contrário,
corremos o perigo de cair num esquematismo
acanhado e contraditório, feito mais
para ser decorado do que compreendido. |
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Quanto mais ampla
for a compreensão do símbolo,
mais rica e profunda será sua aplicação
prática. |
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Os textos sobre os Arcanos Menores |
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Para organizar o conteúdo sobre os Arcanos Menores, foram criadas três seções.
No final de cada uma delas estão os links para estudos de diferentes autores. |
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Naipes: apresenta o simbolismo do quatro ou da quadruplicidade como base para se compreender a divisão dos grupos de cartas – paus, ouros, espadas e copas: Os quatro naipes
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Figuras: trata dos
personagens conhecidos como "cartas da corte" – o Rei, a Rainha, o Cavaleiro e o Valete (ou Pajem) – repetidos
nos quatro naipes, ou seja 4 x 4 = 16: As figuras
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Cartas de 1 a 10: apresenta as 40 cartas numeradas repartidas entre os quatro naipes, o que combina o simbolismo do 1 ao 10 com o do quaternário: As
cartas de 1 a 10 |
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Estudos do conjunto & Correlações simbólicas |
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Ao contrário do que ocorre com os Arcanos Maiores, são raros os
estudos de profundidade sobre os Arcanos Menores,
à luz de um ensinamento coerente, como
fez G. O. Mebes em Os
Arcanos Menores do Tarô como caminho
iniciático. Hermetismo Ético. Nesta obra, o autor trata do simbolismo, iniciações e passos para a realização espiritual
traduzidos pela seqüência dos naipes e das cartas numeradas. No entanto, tal como acontece com as grandes obras sobre os arcanos maiores, não está preocupada com sua utilização nas tiragens práticas e na cartomancia. A ponte entre o ensinamento e sua aplicação prática exige uma longa elaboração do estudante. Veja: GOM
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Baseado
na Árvore da Vida, da Cabala, um outro
autor, Gareth Knight, oferece um painel
das significações superiores
dos arcanos em A Practical Guide to Qabalistic
Symbolism. |
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Dentre os manuais de introdução ao tarô, um deles apresenta um bom apanhado prático sobre os arcanos menores. Paul Marteau, em O Tarô de Marselha. Tradição e Simbolismo.
São Paulo, Ed. Objetiva, 1991. Dá uma boa atenção à descrição das cartas clássicas, apresentando dois aspectos principais: Sentido Sintético e Sentido Analítico. Inclui também indicações para a utilização prática dos arcanos menores sob o título Significados úteis nos três planos: mental, anímico, físico; invertida. |
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Hajo Banzhaf, em Manual do Taro. São
Paulo, Ed. Pensamento, [1986], reune de modo coerente os significados usuais na cartomancia. Faz uma apresentação didática dos dados agrupados em: Interpretação tradicional, Carta Invertida e, no caso das figuras, Qualidade, Sombra, Profissões típicas. |
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• Links para textos e artigos sobre a simbologia dos naipes • |
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Para ajudar a compreender de modo mais amplo os símbolos das cartas, na seção de Simbologia existem vários estudos que examinam as relações do Tarô com outras linguagens simbólicas, em especial nos tópicos Astrologia, Numerologia e Cabala. |
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Cursos on-line no Clube do Tarô |
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Jaime E. Cannes em Arcanos Menores - os mensageiros da Alma apresenta os arcanos menores num resumo bem diático. Ao identificar as quatorze cartas de cada naipe utiliza como ilustração o Osho Zen Tarot: Os quatro naipes – Paus – Copas – Espadas – Ouros |
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Sarani Barrios, no curso dado em 2008 – Cartomancia Cigana – apresenta o modo próprio como os ciganos da tradição Dohm organizam os significados atribuídos aos arcanos menores:
Os Arcanos Menores
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Betoh Simonsen em seu O Tarô como caminho de vida propõe paralelos entre os signos zodiacais e as cartas numeradas dos arcanos menores. Um belo exercício para ampliar os signficados das cartas: Apresentação |
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