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17 de novembro de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


A Mitologia e o Tarô
 
Apresentação de
Constantino K. Riemma
 
 
As associações entre Tarô e Mitologia se fazem de modo relativamente simples e direto. Os mitos gregos,  em particular,  constituem uma das fontes relevantes para atribuir sentido às figurações dos arcanos maiores.
Como os estudiosos das linguagens simbólicas concordam, o padrão racional do pensamento é insuficiente para abordar certos níveis da realidade humana. Esse fato se torna ainda mais evidente na cultura contemporânea, que enfatiza a razão e o intelecto.
No cenário da cultura ocidental – que rompeu com a ortodoxia cristã, em razão das crises sucessivas de suas instituições religiosas – a necessidade de uma linguagem simbólica foi preenchida em grande parte, após o Renascimento, pela mitologia greco-romana.
Sem ajuda do mito seria muito mais difícil dar conta da psique humana, como comprovamos com a obra de Freud e de Jung, que recorreram profusamente aos mitos para transmitir aspectos mais sutis de suas observações!
Um exemplo de nexo entre as imagens do Tarô e as dos mitos gregos, pode ser apreciado na ilustração ao lado. Ela reproduz descrições de como teria sido, em Olímpia, a colossal imagem de Zeus, uma das Sete Maravilhas do mundo antigo. Essa figura majestosa pode, sem a menor dificuldade, sem colocada em paralelo aos arcanos maiores como o Imperador, o Papa e a Justiça.
 
O Templo de Zeus como teria sido pelas descrições do passado.
Estátua de Zeus em Olímpia.
 www.odysseyadventures.ca
Analogias de igual modo significativos são possíveis com os demais arcanos maiores. É compreensível, portanto, que importantes estudos modernos sobre o Tarô tenham se apoiado na riqueza evocativa dos personagens da Mitologia grega.
 
Mitos & Arquétipos nos Arcanos do Tarô
  Em cada carta apresentada na seção dos Arcanos Maiores, há um subtítulo História e Iconografia, com indicações mitológicas: Arcanos Maiores
 
  O Anel do Nibelungo. Douglas Marnei trata da mitlogia germânica. Veja a Resenha do livro e
– Dois capítulos iniciais (pág. 14 e 21-23) : Mitologia e Cosmogonia
– As qualidades do guerrreiro (que valem para os Cavaleiro do tarô) : A Presença do Sagrado
 
  Tempo e Destino: Kairós-Occasio e Chronos-Fortuna. Artigo de Giancarlo Kind Schmid sobre os duses gregos e romanos que ampliam as visões do arcanos : Tempo e Destino  
  Constantino K. Riemma, Símbolos e figurações animais nas cartas do Tarô. O símbolismo dos animais é apresentado de modo sumário para introduzir estudos sobre o tema e abrir espaço aos colaboradores do Clue do Tarô : Os animais nos arcanos maiores e menores  
  Sílvio Reis, Animais nos horóscopos e no Tarô - do simbólico ao holocausto. Uma abordagem crítica sobre a utilização das figuras animais : Apanhado e levantamento quantitativo  
  Jaime E. Cannes faz um apanhado de Labirintos - Caminhos para o Sagrado e estabelece sua possível correlação com a Lua: O Arcano XVIII  
 
Estudos sobre Mitologia e o conjunto do Tarô
  Cid Marcus, O Arcano 0 ou 22 - História e Símbolos. Correlações da carta com temas da Mitologia e da Cabala: 0 ou 22
 » , O Tarô e algumas questões semânticas. Comentários sobre o sentido de palavras utilizadas nos estudos sobre o Tarô: Semântica
 
  Ken Wilber, O caminho que sobe é o caminho que desce. Os movimentos de ascensão e de queda, personificados por Eros e Tanatos. Embora não cite o Tarô, amplia as reflexões sobra carta 6. Os Enamorados. Trad. Bete Torii: O caminho
 
  Sônia Blota Belloti apresenta o Tarô Mitológico, de Juliet Sharman-Burke, Liz Greene e Tricia Newell, no qual cada naipe traduz um mito grego: Tarô Mitológico  
  Júlio Soares em Cartas para Perséfone, discute as correlações possíveis entre a mitologia e o tarô, particularmente no Tarô Mitológico de Juliet Sharman-Burke, Liz Greene : Raptos simbólicos  
  M. J. Stone, O Zero no Tarô - Um giro pelos Arcanos Maiores. Passeio histórico-simbólico pelas 22 cartas apoiado em personagens religiosos, míticos e artísticos. Tradução de Bete Torii: Um giro
 
 
Livros sobre Mitologia e Tarô
  Três obras significativas foram traduzidas ao português:
 
  Sallie Nichols, Jung e o Tarô. Uma jornada arquetípica. São Paulo, Pensamento. Original americano publicado em 1980.
Até agora, o melhor estudo para traduzir as imagens do Tarô na linguagem da psicologia moderna. A autora foi discípula do Jung. Veja: Resenha do livro
 
  Dicta e Françoise, Mitos e Tarôs. A Viagem do Mago. São Paulo, Ed. Pensamento. Original francês publicado em 1983.
As autoras incluem em suas comparações mitos de várias origens e oferecem um painel com múltiplas referências.
 
  Juliet Sharman-Burke e Liz Greene, O Tarô Mitológico. São Paulo, Siciliano. Original de 1988.
O nome de Liz Greene, astróloga respeitada mundialmente, ajudou na difusão do livro e do baralho redesenhado com personagens da mitologia grega. Os quatro naipes dos arcanos menores são figurados por quatro diferentes mitos. Cada um deles é repartido em 14 etapas, que cobrem exatamente as 10 cartas numeradas e as quatro figuras do naipe. Veja Resenha e Galeria
 
Atualização: junho.17
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