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Índice das técnicas de tiragens e aplicações |
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Métodos de tiragens em quatro seções |
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Técnicas simples: sugestões de procedimentos bem acessíveis que facilitam os iniciantes. |
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Apresentação de diferentes técnicas que pressupõem maior experiência |
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Estudos e discussões sobre tiragens das cartas |
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Técnicas mistas que utilizam diferentes fontes simbólicas para criar o modelo de tiragem. |
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Alternativas para obtenção das cartas a partir de cálculos numéricos de nomes e datas. |
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Critérios para as cartas invertidas |
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Combinações entre arcanos maiores e menores |
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Exemplos de leituras : um acervo de exemplos e de sugestões técnicas para abordar questões pessoais e coletivas |
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Cuidados e preparo das cartas |
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Indicações práticas e sugestões relativas à utilização do baralho: |
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Algumas sugestões e cuidados iniciais |
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Texto de
Constantino K. Riemma |
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Utilizar as cartas
do Tarô em consultas para si próprio
ou com amigos constitui
um bom exercício prático para desenvolver
o pensamento simbólico, a arte de estabelecer
analogias. Experimentar aplicar as cartas em leituras leves, num quadro de relações próximas, pode se tornar o passo essencial para superar uma grande dificuldade para os iniciantes: ficar livre dos códigos arbitrários e rituais restritivos comuns em algumas linhas de cartomancia. |
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Magias e fantasias podem
confundir o iniciante |
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A origem das cartas é lúdica. No
entanto, para boa parte dos principiantes, o ato de
"consultar o Tarô" acaba envolvendo um bom número
de dificuldades e de incompreensões
que, de modo geral, obscurecem as mensagens
simbólicas das lâminas.
Os preconceitos e superstições,
os rituais e formalismos gratuitos,
as apreensões muitas vezes propaladas
por aproveitadores, acabam por confundir
aquilo que, na origem, era leve, criativo
e estimulante. |
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O Tarô,
ao invés de gerar temor, pode
se tornar, para cada um de nós,
fonte de inspiração e
de nova compreensão das leis
que regem a vida manifestada e os caminhos evolutivos.
Ele é, por isso mesmo, um instrumento
de ajuda e não de vaticínios
alarmantes. |
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O conjunto das lâminas pode ser
utilizado de modo aberto, não só para
previsões, mas também
como apoio ao estudo de si-mesmo, de desenvolvimento interior, e até mesmo como apoio terapêutico. |
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A atitude básica |
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O iniciante, para
ficar mais à vontade e melhor usufruir
os benefícios desse jogo secular, é
bom livrar-se, em primeiro lugar, de idéias
preconcebidas ou superstições:
achar que precisa seguir ritos mágicos,
formalismos cerimoniais, ou que lidar com
o Tarô é assunto para vidente
ou paranormal, ou então acreditar que
“ler as cartas” significa
prever acontecimentos penosos ou sofridos
para as outras pessoas. |
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Na
verdade, seria melhor entender as lâminas
do Tarô como cartas de um velho sábio,
bom amigo, generoso e acolhedor, que nos oferece
indicações, sugestões
e estímulos renovados para compreendermos
nossas vidas, refletirmos sobre as conseqüências
de nossos atos e elaborarmos prognósticos
e cenários de futuro que poderão
nos ajudar a dirigir com maior eficácia
nossos empreendimentos na vida exterior e
interior. |
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O ideal
é que as consultas sejam feitas com
espírito aberto, com naturalidade,
dentro dos modelos espirituais e religiosos
da pessoa. Não precisamos nos converter a novas seitas para lidar com a linguagem simbólica das cartas. O Tarô
foi um presente, sem sectarismo, de escolas
antigas para ajudar e não
para complicar nossas vidas. |
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Se o consulente considera importante um gesto
de recolhimento antes de trabalhar com as cartas, ótimo. Essa
disposição será mais eficaz se inspirada em seus
próprios padrões religiosos ou modelos espirituais.
Não são as formalidades exteriores que nos preparam,
mas sim as disposições interiores. |
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Escolha das técnicas de tiragem |
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Existem dezenas
e dezenas de modelos para consulta às
cartas do Tarô. Não há,
porém, uma técnica ou método
de tiragem ideal. Varia com o objetivo da
leitura e com as preferências individuais.
Muitas vezes, modelos simples com três
ou quatro cartas podem oferecer maior clareza
e objetividade que alguma técnica sofisticada
com muitas cartas. |
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A
sugestão, para o iniciante, é
começar com os modelos mais simples
e, com a prática, repassar as técnicas
mais complexas, que por vezes se apóiam em
outras linguagens simbólicas como é
o caso, por exemplo, da tiragem que segue a ordem das casas astrológicas. |
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O mais importante de tudo é considerar como simples sugestões os inúmeros modelos de tiragens divulgados pelos livros e pela Internet. Esses formatos deverão ser adaptados à linha de interesse e ao estilo do praticante. Questões como — quantas cartas virar, com quais funções, utilizando qual baralho, todo o jogo de cartas ou apenas parte dele — tudo isso constitui detalhes e variações para o estudante do tarô exercitar, experimentar por conta própria, até alcançar sua própria naturalidade. |
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Três regras de ouro |
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Madame Turpaud,
autora de Le Tarot de Marseille,
oferece muitas sugestões úteis
para o iniciante. Ela insiste para não
permitirmos que formas rígidas nos
limitem. As tiragens devem ser flexíveis
e, de preferência, montadas de acordo
com as questões e diferentes aspectos
que estivermos examinando. Desse modo, três
regras gerais podem nos propiciar uma leitura
consistente do Tarô: |
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1ª - estabelecer, antes de retirar cada lâmina
do maço, qual o sentido ou função
que ela irá ter no jogo; não devemos nos prender a algum modelo fixo de tiragem, mas sim, definir previamente os pontos que queremos entender da questão a ser examinada com as cartas; |
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2ª - fazer uma "leitura literal"
da lâmina, ou seja, verbalizar simplesmente o que
a carta está mostrando; é importante não cair na tentação de querer impressionar os outros com revelações surpreendentes; |
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3ª - buscar, à medida que for
desvirando as cartas, estar receptivo às
impressões, idéias, intuições
e pensamentos fugidios que possam surgir,
em ressonância à função
previamente atribuída à carta. Quando estamos praticando com amigos é importante, não só expressarmos livremente o que nos ocorre diante das cartas, mas também ouvir a opinião deles, pois isso nos ajudará compreender melhor os significados práticos dos arcanos. Ou seja, é um ótimo caminho de aprendizagem confrontar a nossa leitura com a realidade objetiva que os nossos interlocutores podem trazer para confirmar ou para corrigir nossas interpretações. |
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Vamos traduzir esses
conselhos na prática. |
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1 - a função da carta: sem complicações |
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O ideal é
que o modelo de consulta siga a “regra
numero 1” da Madame Turpaud: atribuir
previamente, a cada carta, qual o papel ou
função que assumirá na
jogada. Se quisermos, por exemplo, compreender
uma relação pessoal, profissional
ou afetiva, podemos pedir que se tire uma
carta para representar uma pessoa e, do mesmo
modo, uma segunda carta para representar a
outra pessoa. Se o objetivo é conhecer
os pontos fortes e os pontos fracos da relação,
pediremos uma carta para explicar os pontos
favoráveis, propícios, e outra
carta para dar conta dos pontos difíceis,
que precisam ser trabalhados. Nesse caso,
as cartas serão retiradas do maço
para dar indicações sobre ângulos
bem definidos, o que facilita muito a interpretação.. |
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Muitas
vezes a maior curiosidade é pela previsão:
saber no que vai dar a relação.
Nesse caso, se já tivermos feito sorteio
de outras cartas, como no exemplo que acabamos
de propor, o consulente pode retirar mais
uma carta do maço para ter prognósticos
da relação. Mais ainda, quando
a atitude não é de fatalismo,
mas sim de trabalhar a situação,
uma nova carta será a mais importante:
o conselho para lidar ou aprimorar a questão. |
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Se a pergunta estiver
clara e se tirarmos uma carta para estudar
cada ângulo que julgarmos importante,
meio caminho de uma boa consulta já
terá sido percorrido. |
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2 - leitura literal: partir do que se sabe. |
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Um dos defeitos
que “matam” a leitura de uma tiragem
do Tarô é atribuir às
cartas os lugares-comuns do receituário
popular, que reduz
tudo a “bom” ou “ruim”.
É o mesmo equívoco que também acontece, muitas
vezes, com relação aos símbolos astrológicos,
em que os signos e planetas são reduzidos
a bons ou ruins, maléficos ou benéficos. Essa atitude acaba com a abertura simbólica. |
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É importante
lembrar que as cartas não ditam o destino,
mas podem ajudar a esclarecer os pontos a serem trabalhados
e assimilados. Portanto, quanto mais rentes
estivermos dos desenhos simbólicos
das cartas, menores serão os riscos
de enganos e desvios da imaginação.
A recomendação é a de
partirmos da compreensão que temos
das cartas, sem invenções. Lembre-se:
os adivinhos ou sensitivos, não precisam
das cartas, pois recebem informações
por outros caminhos. Ou seja, mais que um recurso divinatório, o Tarô
pode se tornar, para a maioria de nós, um
instrumento para estudarmos e compreendermos
as leis que regem os acontecimentos e a vida
pessoal. |
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3 - receptividade: praticar e conferir. |
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O exercício de pensar simbolicamente
não é cultivado no sistema escolar moderno. Pelo contrário,
é desestimulado. Desse modo, não precisamos nos sentir
desmoralizados ou impacientes diante de nossa dificuldade inicial
para “ler” as cartas do Tarô. O caminho é
exercitar e praticar leituras, para si mesmo ou para amigos interessados. |
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A vantagem de praticar entre os amigos é
que não precisamos "dar banca" de adivinhos. Aliás, por
mais atraente que seja a arte oracular, o Tarô vai além.
Entre amigos podemos pensar juntos o significado das combinações
das cartas, trabalho que pode ser resolvido pela inteligência
e pela prática. Podemos consultar o que dizem os manuais, discutir,
pensar, interpretar. É importante também registrar as
impressões de conjunto, intuições, vislumbres,
lampejos. E depois esperar que os fatos comprovem ou corrijam o que
entendemos. Esse caminho prático é seguro e confiável.
Podemos aprender com os fatos, sem pretensas adivinhações. |
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Os significados das cartas |
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Se a primeira "regra de ouro" mencionada acima for bem aplicada, ajudará a resolver uma dificuldade básica. Entre os que começam a praticar tiragens a dúvida mais comum é a de como traduzir cada carta. Ficam sem saber se devem falar dos aspectos positivos ou negativos. Vacilam na escolha dos significados contraditórios que aparecem nos diferentes livros e autores. |
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Essa questão é de fato essencial. Não encontraremos uma resposta fácil para ela porque, na realidade, os símbolos são mais amplos, mais profundos e mais repletos de significados do que as limitadas perguntas que fazemos habitualmente. Mesmo que o tarólogo tenha muita experiência, estará sempre diante da dificuldade de reduzir o mundo rico e variado dos arcanos aos limites restritos das nossas formulações. |
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O que pode ajudar a leitura é definir claramente o que esperamos que a carta indique. Por exemplo, se queremos compreender bem uma situação, tiramos uma carta para esclarecer seus pontos fortes e outra carta para mostrar seus pontos fracos. Nesse caso, levaremos em conta os significados positivos da carta tirada para explicar os pontos fortes. Para traduzir os pontos fracos da situação levaremos em conta os pontos negativos que em geral são atribuídos à carta que foi tirada para explicar esse lado da questão. |
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É importante, quando estudamos os símbolos do Tarô, procurar conhecer pelo menos três aspectos de cada carta: seu lado luminoso ou positivo; o lado de sombra ou negativo; e o conselho que oferece. Quanto mais amplo for o nosso entendimento, mais fácil será aplicar a carta à função que definimos a ela durante a tiragem. |
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Arcanos
Maiores e/ou Menores?
Tarot ou baralho comum? |
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Uma outra questão
relacionada à técnicas de tiragem é a de utilizar
o baralho inteiro ou apenas parte dele. Há
aqueles que utilizam o conjunto das 78 cartas
(22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores,
ao mesmo tempo). Os usuários do chamado
“Tarô Egípcio” não
encontram qualquer motivo para tal separação,
pois as 78 cartas foram redesenhadas todas
no mesmo padrão dos arcanos maiores,
sem clara distinção entre os
naipes. |
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Já
entre os que utilizam o modelo clássico,
muitos praticantes separam dois maços: um com os
arcanos maiores e, o outro, com os menores.
E, de acordo com a função que
a carta ocupará na tiragem, pedem que
o cliente retire cartas ou do monte dos arcanos
maiores ou do monte dos arcanos menores. |
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Dicta e Françoise,
por exemplo, sugerem que se comece a consulta
com os Arcanos Menores; caso apareça
um Ás, significa que a questão
é importante e merece ser examinada
com a ajuda dos Arcanos Maiores. Para deixar
a questão em aberto, podemos lembrar
um ponto de vista oposto, o de G. O. Mebes,
ao afirmar que os Arcanos Menores falam de
um plano mais sutil que o retratado pelos
Arcanos Maiores... |
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Há
também aqueles que, com propósito
pedagógico ou terapêutico, utilizam
apenas as cartas com desenhos mais personificados.
Ou seja, deixam de lado as 40 cartas numeradas
dos quatro naipes, e utilizam somente 42 cartas (22 arcanos maiores, 16 figuras e os 4 ases). |
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Do ponto de vista
do iniciante, talvez torne o caminho mais simples começar
pelos arcanos maiores, mais diferenciados
e, por isso, mais diretos para evocarem analogias
e significações simbólicas.
Ficará para uma segunda etapa a inclusão
das cartas numeradas (arcanos menores), mais
abstratas e que exigem maior estudo. |
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A bem da verdade,
essa última afirmação
vale mais para a nossa atual população
urbana, classe média, com formação
escolar padrão. Nas pequenas comunidades
do Interior brasileiro a história é
outra: as mulheres do povo que desempenham
o papel de curadoras, benzedeiras e cartomantes,
encontram disponível apenas o baralho
comum, de carteado, com suas 52 duas cartas (as 40 numeradas em quatro naipes, mais 12
figuras, sem o cavaleiro). E é com
esse baralho, sem aparentes evocações
esotéricas, que fazem suas leituras
e ajudam as pessoas de suas comunidades... |
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Nada impede, afinal, que se pratique "ler as cartas" apenas com o baralho comum. Aliás, ele é quase completo, quando comparado aos "arcanos menores" do Tarot original: faltam apenas os Cavaleiros. Além disso, o baralho comum tem quase 50% de cartas a mais do que os jogos divulgados por Lenormand, a partir do início do século 19, também conhecidos como "baralho cigano". |
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Nunca é demais repetir: não existem regras absolutas para o Tarô. Tal como acontece com os jogos de cartas para o lazer – buraco, tranca, truco, mico, rouba-montinho e por aí afora... – são os participantes que combinam entre si as regras e suas variações, se utilizam todas as cartas do maço ou apenas parte, se jogam com um maço de baralhos ou com dois. O importante é experimentar e verificar, por conta própria, o que faz mais sentido para cada momento de prática e de estudo. |
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Detalhes |
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Na prática,
vemos tarólogos e cartomantes dando
importância a muitos detalhes que podemos
acolher, mas que não precisamos
tomar como leis ou dogmas. Vejamos alguns
desses pontos, que cada um levará em
conta, ou não, de acordo com seu temperamento
e disposições. A sugestão
é a de experimentarmos as alternativas
e escolhermos as que correspondem melhor ao
nosso feitio. Esses procedimentos constituem meros registros do que acontece na prática e não são dogmas ou ritos obrigatórios. |
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Toalha.
Muitos guardam um pano próprio ou toalha
especial sobre o qual abrem as cartas. Tecidos
lisos e de cores escuras têm a vantagem
de dar destaque às cartas, que são
o centro do interesse. Se quizer utilizar uma toalha, que cada um faça a escolha como bem entender. |
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Embaralhar.
Igualmente não existem regras absolutas.
Muitos praticantes pedem que o cliente embaralhe
as cartas para deixar sua vibração
ou, em outros termos, para se que “fiquem donos”
das cartas. Outros pedem simplesmente que
o consulente pouse as mãos sobre as
lâminas, para passar sua energia. |
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Existem ainda aqueles profissionais que embaralham
as cartas cuidadosamente, eles próprios,
e pedem apenas para o cliente cortar. A razão de tal procedimento em muitos casos nada tem de esotérico: é um simples recurso para que as cartas não se machuquem em mãos inábeis. |
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Corte.
É muito comum que o conselheiro ou
cartomante peça que o cliente “corte
o maço”, ou seja, divida em dois
ou três montes. Alguns recomendam que
seja com a mão esquerda, outros com
a direita. Sejam quais forem os procedimentos,
pode ser interessante atribuir uma função
para a carta de corte na leitura, por exemplo,
para indicar o “cenário geral”
da questão ou seu “pano de fundo”
ou qualquer outra função definida pelo próprio operador. |
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Sorteio
das cartas. Alguns praticantes
pedem apenas que o cliente “corte”
o maço e, eles próprios deitam
as cartas que serão lidas durante a
consulta. Outros fazem questão de que
as cartas da tiragem sejam escolhidas pelo
próprio cliente. |
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Cartas invertidas.
É relativamente freqüente atribuir um sentido negativo
às cartas que saem de cabeça para baixo. Para quem deseja levar isso em conta o embaralhamento deve ser feito rolando as cartas sobre a mesa, para
garantir a alternância de posição. Além disso, uma mesma carta
pode sair direita ou invertida dependendo de o praticante “abrir”
a carta girando-a no eixo vertical ou horizontal. Por essa razão
é indispensável que cada um defina seu próprio
código pessoal, caso queira levar em conta o fato de a carta
sair em pé ou de cabeça para baixo. |
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Muitos tarólogos preferem trabalhar
com todas as cartas direitas, sem deixá-las invertidas. Desse
modo, quando querem conhecer o lado difícil ou negativo
de um assunto, simplesmente tiram uma carta específica para descrever
tal aspecto. |
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Veja links para a técnica de cartas invertidas em: Técnicas mistas e Outros Estudos |
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Momento
de abrir (ou virar) as cartas sorteadas.
O usual é sortear ou escolher as cartas
pelo verso, com os desenhos ocultos. Alguns
sorteiam de uma só vez todas as cartas
que utilizarão; outros preferem ir
retirando uma a uma, tornando o desenho visível
e fazendo os comentários pertinentes;
só ao final, fazem uma síntese
do conjunto. |
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Voltada
para leitor. A maior parte
dos praticantes arrumam as cartas viradas
para si e não para o cliente. Na verdade,
é o leitor que deve receber as impressões
diretas do arranjo sobre o qual fará
sua apreciação. Nada impede,
é claro, quer numa situação
de consulta profissional, quer numa prática
terapêutica ou de estudo entre amigos,
que as cartas sejam tocadas e examinadas de
perto pelos envolvidos na consulta. |
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Revisto: agosto.20 |
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