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21 de novembro de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


Previsões para o COVID-19
Júlio Soares
O vírus COVID-19, também chamado de Coronavírus, aparece em um período em que diversas catástrofes estão surgindo no Mundo, e nunca na história recente foi tão fácil reconhecê-las: o caos político, os crimes ambientais, incêndios e inundações, é como se tudo estivesse extremamente frágil, debilitado.
Fiz um jogo para tentar mapear a situação — sempre lembrando que o meu papel, enquanto oraculista, não é o de dizer que os efeitos estão funcionando por meio de influências, mas sim de trazer correspondências simbólicas para a situação, para que possamos compreender melhor os símbolos e tomarmos as devidas atitudes.
Previsões COVID-19 por Júlio Soares
Tiragem com oito cartas para mapear a pandemia
Iniciando com o Eremita e Cinco de Ouros, vejo claramente a questão de como o isolamento social, que é a medida mais eficaz a ser tomada no momento, pode causar também um sentimento de desolação, deixando o povo frágil a nível mental e emocional também. Ninguém está acostumado ao isolamento, especialmente quando surge de forma tão intensa e rápida como vem ocorrendo atualmente. Isso causa também quase um medo do Outro. Este sentimento de desolação pode tornar as coisas um tanto quanto mais assustadoras, revelando novas fragilidades enquanto indivíduos e sociedade.
Acredito que o sentimento de pânico seja um fator que não pode ser desconsiderado: já vemos atualmente pessoas usando máscaras sem estarem de fato doentes, etc. Com a Morte e o 9 de Copas, vejo exagero das emoções causado pela desinformação — as pessoas não conseguem pensar nas formas de se cuidar, vão direto aos pensamentos catastróficos, com medo do pior — o que serve para criar confusão e caos, como podemos ver no aumento de filas e filas em hospitais e postos de saúde. Este tipo de comportamento também tende a aumentar a propagação do vírus, que deve se alastrar consideravelmente nos próximos dois meses. Vejo também uma chance de haver uma pausa na divulgação de casos, como se alguns casos não chegassem a ser diagnosticados, como se algumas pessoas não conseguissem fazer o exame.
Há uma tendência ao nascimento de novas perspectivas sobre os desejos e posições enquanto indivíduos, e, inclusive repito, o isolamento não pode ser levado ao extremo, tornando-se egoísmo. Um senso de humanidade deve sempre ser mantido, é sim importante termos atitudes de prevenção como sair menos de casa, mas criar fortalezas que excluem os outros tende a ser uma atitude que aumenta o pânico e desinformação (algo sobre o qual venho discorrendo incessantemente): é literalmente cada um cuidando de seu próprio castelo, recusando-se a abrir as janelas e a ouvir os outros, tendendo ao exagero. Logo, o que serviria para ajudar a reparar e curar torna-se ferramenta de segregação e desespero.
Neste sentido, as quarentenas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde tendem a ser desafiadoras: há falta de estrutura e de informação, fazendo com que as coisas não tornem-se medidas de precaução, mas sim ferramentas para que o medo cresça, visto que a própria figura do vírus torna-se um bicho-papão enorme a cada dia que passa, desconhecido e amedrontador. É quase como se, de alguma forma, parte do tiro saísse pela culatra: aumentando então as filas em hospitais, os casos de pessoas que a qualquer sinal mínimo façam autodiagnóstico e entrem em pânico, e o caos se instaure.
Se as atitudes gerais forem bem organizadas e as pessoas conseguirem manter os cuidados básicos, além de saberem procurar profissionais da área se necessário (lembrando que diagnóstico, só com medicina!), há uma tendência à diminuição gradual dos casos ao longo dos próximos meses, acredito que a partir de junho — acho que a ideia de cura total é algo mais demorado, mas acredito que formas de contenção da propagação do vírus tendem a começar a ter efeitos bem fortes, e que então o nosso segundo semestre seja mais leve — dentro da leveza que o período nos permitirá.
É importante que tenhamos em mente que as medidas de isolamento vêm justamente por um fator mais humanista, ou seja, global, altruísta. É realmente um desafio quando temos que literalmente nos fechar em casa com dificuldades em obter informações claras sobre o assunto, especialmente quando este isolamento também parte de um princípio comunitário. A missão é fazer com que, por mais que estejamos sem contato com muita gente, não nos fechemos completamente ao Outro, e nos lembremos sempre da importância de cuidarmos e nos importarmos uns com os outros nestes momentos de crise.
A esperança sempre existiu e sempre existirá, o importante é que haja cuidado e cautela, que não entremos em pânico. Continuemos lavando as mãos e orando por uma melhora logo.
Júlio Soares, tarologo, oferece consultas e workshops
em Porto Alegre : www.fortunaarcana.com
www.facebook.com/fortunaarcana
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
Edição: CKR – 22/04/2020
  Baralho Cigano
  Tarô Egípcio
  Quatro pilares
  Orientação
  O Momento
  I Ching
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