Home page

24 de novembro de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


  FÓRUM / ANALOGIAS E COTIDIANO / Jeito de Ser, Vida Profissional e Tarô < voltar  
Jeito de Ser, Vida Profissional e Tarô
Ricardo Pereira
  Em sua dinâmica, abrangência e alcance enquanto instrumento imagético facilitador da comunicação sobre variadas abordagens da vida cotidiana, o Tarô pode fornecer coerentes associações simbólicas relativas ao comportamento humano no mundo do trabalho.
 
Hoje em dia se tornou comum, pessoas procurarem, em sentido amplo, orientações profissionais através do Tarô. Tais consultas e orientações, destacam-se pela busca de uma análise e de descobertas a partir das diferentes dimensões, traços ou características que são identificadas no jeito de ser dos indivíduos.

Geralmente, as perguntas básicas do consulente, nesse âmbito, são as seguintes:

1) "por que não consigo passar nas entrevistas de emprego?"
2) "por que não consigo me estabelecer nos empregos que consigo?"
3) "por que não me relaciono bem com os meus chefes ou colegas de trabalho?"
4) "O que há com o meu jeito de ser que faz com que as pessoas me enxerguem como alguém que não sou?"

Em sua dinâmica, abrangência e alcance enquanto instrumento imagético facilitador da comunicação sobre variadas abordagens da vida cotidiana, o Tarô pode fornecer coerentes associações simbólicas relativas ao mundo do trabalho que podem ser vinculadas, com simplicidade e de modo prático, ao jeito de ser de cada um, podendo identificar e fazer emergir vocações, ampliando, inclusive, a lista de potenciais de atuação do indivíduo ou sobre o que ele pode explorar de suas qualidades, desenvolver em nível de competências e fazer do ponto de vista profissional.

De forma mais realista, o Tarô ainda faz emergir detalhes de energias de características pessoais (traços de personalidade e de temperamentos), as quais se encontram em desequilíbrios, ansiando por melhorias.

No discurso do profissional da área de recursos humanos se pode observar uma valorização de um importante ativo para as empresas em geral, o qual foi denominado de "capital psicológico".

Por "capital" se entende, grosso modo, o agregado complexo de bens que favorecem o crescimento e o progresso. Ao ampliarmos o conceito, ele alcança não só aspectos materiais, objetivos, mas, também, aspectos intangíveis, subjetivos.

O conceito de capital psicológico denota que este é um aspecto intangível e subjetivo, relacionado ao “jeito de ser da pessoa”, ou seja, são as características positivas da personalidade, as quais podem ser utilizadas na vida profissional. Empregadas a serviço do ambiente de trabalho, tais características poderão fazer diferença no momento da ação concreta e, consequentemente, nos resultados obtidos pelo colaborador em prol da evolução organizacional.

Segundo Ross (2006), ao citar as pesquisas realizadas pelo Gallup Leadership Institute (GLI), da University of Nebraska, Estados Unidos, quatro estados ou dimensões psicológicos são fundamentais para um desempenho de alto nível:  

1) eficácia -  o nível de confiança de uma pessoa na possibilidade de superar determinado desafio;
2) otimismo - a expectativa de resultados positivos;
3) esperança - a tendência a procurar caminhos alternativos para alcançar o objetivo desejado; e
4) resiliência - a capacidade de reagir ao fracasso e seguir em frente.

Cada componente do capital psicológico está interligado um ao outro em uma espécie de sinergia entre os quatro estados, os quais se amplificam a partir da ação conjunta, ou seja, o que existe de positivo em um pode elevar e fazer manifestar essa qualidade nos demais.

Tais elementos que compõem o capital psicológico das pessoas, dos profissionais das organizações em geral, podem ser estimulados com atitudes cotidianas, tanto pelas lideranças, quanto individualmente, pois a partir da auto-observação comportamental, tomando conhecimento da própria atitude ou do comportamento o profissional pode se permitir a modificá-lo para melhor.

Tudo isso aliado ao bom uso da inteligência emocional pode tornar o professional munido de valores bastante positivos, propiciando-lhe a efetividade, eficácia exigida e esperadas pelas organizações em todo o mundo.

O relevante no aspecto da inteligência emocional é que ela permite significativa percepção dos sentimentos individuais e dos sentimentos dos outros, fazendo emergir no indivíduo sentimentos de empatia, compaixão, motivação, dando-lhe a capacidade de reagir apropriadamente à dor e ao prazer.

Nesse âmbito, manter boas relações, criar vínculos positivos consigo mesmo e com o outro, conviver harmoniosamente com o meio ambiente natural e social, trabalhar bem aspectos da espiritualidade para, assim, agir com maior segurança no momento das tomadas decisões pode garantir uma vida equilibrada, centrada em ações, reações e comportamentos saudáveis, tando na vida pessoal, quanto no ambiente de trabalho.

Nesse contexto, o Tarô pode ser um grande aliado, principalmente porque através da leitura e interpretação de sua simbologia, pode-se acessar informações catalisadoras ao processo de transformação comportamental individual e profissional.

Na taromancia-terapêutica "centrada no indivíduo", por exemplo, a emergência de um arcano da corte, conjugado a um outro arcano da corte ou a uma outra lâmina qualquer pode fazer vir à tona características comportamentais que uma pessoa precisará desenvolver para desempenhar bem as suas funções no trabalho e manter a sua empregabilidade.

A instância do trabalho, por exemplo, possui uma dinâmica totalmente focada para a produtividade e geração de riquezas materiais e para conseguir atingir essa sua meta precisa, por exemplo, de líderes eficazes capazes de gerenciar equipes de alta performance, compostas de pessoas equilibradas e focadas no alcance dos objetivos e missão organizacionais.

Quanto mais competitiva se torna uma empresa, mais exigente ela fica quanto as características individuais que devem ser inatas ou desenvolvidas por seus líderes, gestores e colaboradores e quanto as competências que devem integrar o quadro de seu capital humano e intelectual.

O tarólogo conhecedor da dinâmica e das funções dos 16 (dezesseis) arcanos menores da corte, sabe que eles, além de destacarem determinados biótipos físicos, constituem-se em energias pertencentes ao interior do ser humano, retratando tanto as suas características de personalidades, de temperamentos, quanto de comportamentos. De modo mais simples, retratam o jeito de ser, na vida, de cada um.

Na verdade, trata-se de um conjunto simbólico que reflete estas e outras energias, todas baseadas no senso comum, e que ao mesmo tempo encontram a sua confirmação, também, no campo das pesquisas psicológicas, sendo reconfirmadas, por outro lado, durante as experiências tarológica e taromântica.

Quanto a questão do jeito de ser individual, sabe-se que ele exerce influências e impactos em nossas relações interpessoais e no modo como desempenhamos as ações cotidianas, positivas e negativas, nas várias instâncias da vida em sociedade, sendo esse aspecto diferente em cada pessoa, pois como asseveram Keirsey e Bates (1984), constitui-se no“[...] elemento estável da conduta humana, a forma habitual de ser do indivíduo e, em última análise, aquilo que o diferencia dos demais.”

O jeito de ser de cada um engloba aspectos da personalidade e do temperamento, temas esses bem controversos nos muitos estudos científicos existentes sob diversos pontos de vista, os quais seguem vertentes filosóficas, antropológicas, psicológicas, médicas etc.

Dentre os muitos teóricos profundos pesquisadores desses assuntos temos na Grécia antiga, Hipócrates, na Roma antiga Galeno de Pérgamo; nos séculos XIX, os estudiosos alemães, Immanuel Kant e Wilhelm Wundt; no início do século XX surgem os estudos de Carl Gustav Jung, Alfred Adler, Gerard Heymans, Ernst Kretschmer, Ivan P. Pavlov;  em meados de 1950 temos os estudos de Hans J. Eysenck, Boris M. Teplov, Alexander Thomas e Stella Chess. "A partir desses estudos, muitas outras pesquisas sobre personalidade e temperamentos podem ser encontrados, ratificando e complementando os estudos anteriores ou modificando alguns deles". (ITO, 2002).

É importante que o tarólogo, que segue ou deseja se enveredar em uma linha de trabalho direcionada à orientação empresarial e  profissional, tenha algum conhecimento sobre algumas dessas pesquisas e autores, no sentido de ampliar o seu entendimento sobre os assuntos que eles tratam, no sentido de melhor orientar, por meio do Tarô, aquelas pessoas que lhes procuram com intuito de descobrirem os seus pontos fracos em nível profissional, para a partir dessas descobertas elas poderem modificar, quando possível, o que é preciso dos pontos de vista dos traços de suas personalidades, temperamentos, comportamentos e, sobretudo, do desenvolvimento de competências essenciais e de atitudes positivas quando integradas aos seus ambientes de trabalho.

Vale salientar, que das muitas teorias psicológicas existentes sobre personalidade e temperamentos, as de Jung são muito mal interpretadas, inclusive na academia, o que requer profunda leitura de suas vertentes teóricas a fim de buscar comprendê-las para poder tê-las como base em processos de orientação taromânticas, ação essa que diverge profundamente do fazer profissional em Psicologia. Tarólogo sem formação universitária em Psicologia é apenas tarólogo, evidentemente. Cada área ou saber ou profissão com o seu objeto, a sua práxis e importância social.

Na prática taromântica, tais abordagens teóricas das ciências que se aprofundam nos aspectos da personalidade e do comportamento humanos, podem ser trabalhadas segundo os critérios definidos e o método de tiragem escolhido pelo tarólogo, o qual deve ser plenamente adequado para trazer respostas efetivas às necessárias mudanças que devem ser buscadas e implementadas pelo consulente no que concerne aos seus desafios profissionais.

Em minha experiência, atendi alguns casos cujo objeto de análise taromântica versava sobre o comportamento do consulente em seu ambiente de trabalho.

Em um desses atendimentos, o indivíduo, em menos de um ano, transitou por três empregos, em sua área específica de formação e atuação profissional, mas, não conseguiu se estabelecer em nenhum deles.

Quando indagado por mim sobre "a que ele atribuia tal ocorrência", ele foi taxativo: "porque não consigo aceitar ordens de pessoas com menos competências e conhecimentos técnicos do que eu!"

Ele tinha uns 15(quinze) anos de experiência em sua área de atuação e sempre trabalhando na liderança. Cansou-se e buscou trabalhar por conta própria, de forma autonôma, até que enveredou para o ramo da consultoria, arrependendo-se posteriormente. Começou a espalhar currículos, a participar de seleções conseguindo se recolocar no mercado, mas, sem se estabelecer.

O método de tiragem que utilizei à época me propiciou a identicar o seu "arcano da corte dominante", "Rei de Espadas", o qual fora,  sem muitas dificuldades associado, de forma interdisciplinar, a um dos 4 (quatro) tipos de temperamento preconizados por David Keirsey e Marilyn Bates (1984), com base nos "tipos psicológicos" de Jung e outras teorias da personalidade e do temperamento. São estes os tipos de temperamento de Keirsey e Bates: 1) SP (realista perceptivo), 2) SJ (realista judicativo), 3) NT (intuitivo racional) e 4)  NF (intuitivo sensível).  Esses são desdobrados em 16 (dezesseis) sub-tipos de temperamentos.

Tal arcano da corte denotara ser, essa pessoa, do tipo "extrovertida/realista judicativo (ESTJ)", guiada pelo "pensamento", ou seja,  trata-se de um rapaz racional, dominador, autoritário, agressivamente competitivo, que respeita a hierárquia, mas, que não admite ser liderado por quem considera "incompetente", beirando à instransigência, mas, extremamente inteligente, habilidoso e eficiente no exercício de suas funções profissionais, qualidades estas das quais ele tinha plena consciência, ao ponto de não conseguir enxergar que o seu comportamento discriminador, autoritário e rígido estava sendo um elemento preponderante na decisão, das empresas por quais passou, de dispensá-lo.

Era necessário, sob esta perspectiva, equilibrar aqueles elementos ou energias dominantes (espécies de sombras) de seu temperamento ou de sua personalidade em plena desarmonia.

Nesse caso, a orientação à mudança emergiu de arcanos outros, que não os da corte, sendo observado posteriormente, por meio da resposta do consulente, que ao seguir tal orientação do oráculo, o cenário de desemprego, em série, que o acometia, cessou e ele se firmou em um emprego.

Com o conhecimento desse aspecto de si mesmo e com esforço pessoal ele implementou mudanças que passaram, por sua vez, a impactar e influenciar positivamente em seu modo de se comportar frente às lideranças e demais colegas no ambiente de trabalho.

Qualquer profissional que lida com pessoas, auxiliando-as em seu desenvolvimento logo perceberia que este caso é um problema de ordem basicamente comportamental, mesmo sabendo que muitos outros aspectos nas mais diversas instâncias, incluindo aspectos psicológicos mais amplos e profundos, talvez algum tipo de distúrbio psiquíco, que devem ser trabalhados ou tratados por meio da intervenção ou auxílio de um profissional psicólogo ou de um psiquiatra, poderiam, também, estar influenciando certos tipos de atitudes comportamentais, dessa pessoa, quando de sua permanência nos ambientes de trabalho, pelos quais passou em menos de um ano. Sendo isso identificado pelo tarólogo, cabe-lhe orientar o seu consulente a buscar a ajuda, se ele quiser, de um desses tipos de profissionais, os quais possuem competência científica, inclusive, para utilizarem técnicas profundas que visam o equilíbrio de determinados distúrbios da mente.

Ora, o tarólogo também é um dos profissionais que lida com muitas vertentes referentes ao gênero humano, mas, não, por exemplo, como o psicólogo ou psicopedagogo, ou psicoterapeuta ou o psiquiatra, ou o líder religioso ou o sacerdote, ou o filosófo clínico ou o professor licenciado. Isso deve ficar muito claro!

O tarólogo, enquanto profissional, possui a sua própria práxis, suas ferramentas e paradigmas de atuação, valendo-se, inclusive de outros conhecimentos e práticas que podem ser eficientes aliadas do fazer tarológico ou taromântico, sem necessidade alguma de torná-las parte do Tarô, buscando distinguir evidentemente cada saber, tornando isso claro para o seu consulente.

Nesse sentido, fazer associações prudentes e coerentes dos tipos de temperamentos de Keirsey e Bates, dos tipos psicológicos de Jung, ou dos tipos de temperamento de Galeno de Pérgamo, ou ainda dos traços da personalidade segundo a medicina tradicional chinesa, na qual os cinco elementos estão relacionados também aos temperamentos ou de outras teorias e práticas, com os 16 (dezesseis) arcanos menores da corte, assim como observar a influência do ambiente de trabalho em dados  comportamentos com base nos atributos dos 78 (setenta e oito) arcanos do Tarô, utilizando-se de métodos de tiragens focados, constituem-se em opções que podem ser atreladas ao fazer do tarólogo, dentro de certos limites, no sentido de lhe facilitar a identificação, por meio da análise simbólica, de fraquezas comportamentais que se constituem em obstáculos à melhoria, por exemplo, do desempenho profissional.

Nesse contexto, a partir das mensagens arcânicas oriundas do processo taromântico-terapêutico, o indivíduo poderá se esforçar no sentido de modificar, conforme vontade própria e objetivos pessoais, comportamentos ou atitudes, relacionados ao seu jeito de ser, que o impedem de conquistar um lugar ao sol no complexo e dinâmico mundo do trabalho que, hoje, exige das pessoas "capital psicológico", ou seja, que elas sejam ou se tornem, no mínimo, eficazes, otimistas, esperançosas e resilientes.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ITO, Patrícia do Carmo Pereira. Diferenças individuais: temperamento e personalidade; importância da teoria. Rev. Estudos de Psicologia. Campinas, v.19 n., jan./abr. 2002.

KEIRSEY, David; BATES, Marylin. Character and Temperament Types. Del Mar: Prometeus Book Cy, 1984.

ROSS, Judith. O capital psicológico. Rev. HSM Management. São Paulo, n. 37, out. 2006.

Em meu blog, Substractum Tarot poderá ver mais um exemplo de abordagem taromântica de cunho empresarial. Clique aqui: http://substractumtarot.blogspot.com/2009/11/taro-empresarial-e-padroes.html


 
20/12/2009 16:21:58

Comentários

Dilma Kelmer - 21/12/2009 19:22:03
Oi Ricardo,

Gostaria de parabenizá-lo pela clareza de seu artigo. Nele você não deixa dúvidas sobre a amplitude do papel social do tarólogo, diferenciando-o do papel do psicológo e, acima de tudo, enfatizando a utilidade do tarô enquanto instrumento de orientação terapêutica, sendo este trabalho, e como você bem disse, não o Tarô, mas a prática de leitura das cartas, auxiliado de modo interdisciplinar por outras áreas e saberes. Achei essa sua visão fantástica, muito coerente a sua abordagem nesse sentido!
De fato, o Tarô é um eficaz facilitador de processos de autoconhecimento. E, quando a gente se conhece, mais facilmente muda de atitudes e comportamentos.
Trabalho há 22 anos na área de recursos humanos e o discurso empregado pelos líderes, diretores, hoje, na empresa em que eu trabalho, do segmento petroquímico, em relação às pessoas é exatamente esse que expôs neste artigo, não com estas mesmas palavras, mas, com os sentidos de cada uma delas. Eficiência e equilíbrio serve para tudo na vida e quando usados profissionalmente, abre portas e facilita o alcance de resultados otimizados.
Tenho estudado e praticado o tarô há alguns anos, buscando, sempre, utilizá-lo de forma prática, aplicado-o como uma espécie de bússola para o meu caminhar na vida e das pessoas que atendo. Ele sempre tem, diante os desafios e obstáculos dos vários segmentos de minha vida e das de meus consulentes, apontado-nos caminhos favoráveis em curto, médio ou longo prazos, sempre me dizendo o que é melhor pra gente fazer. A melhoria do desempenho profissional também tem sido o meu foco de atendimentos, ultimamente com o Tarô e gostaria de trocar mais idéias a esse respeito com você.
Percebe-se o quanto você é consciente quanto ao uso do Tarô, sabendo diferenciar bem o que é e o que faz um tarólogo e isso é muito importante, pois evita mal entendidos.
Parabés pelo seu trabalho e muita luz e força na sua existência.

Um abraço,

Dilma Kelmer - Salvador-BA

Ricardo Pereira - 21/12/2009 20:46:53
Dilma,

Obrigado por suas palavras de apoio ao meu trabalho.

Você entendeu muito bem a minha mensagem.

Gostarei sim de poder trocar idéias sobre esta abordagem de trabalho com você. Sempre é bom ter acesso a diferentes experiências nessa área de "taromancia-terapêutica" com foco em desenvolvimento profissional.

Caso deseje entrar em contato, escreva para o meu e-mail: riccardo_pereira@yahoo.com.br

Grato por sua participação,

Ricardo

Marco Lippi - 24/12/2009 20:04:54
Olá Ricardo Pereira,

Alguns pontos do seu texto me chamaram atenção:

1) Você afirma que os pressupostos de Jung, enfatizando os estudos sobre "temperamento e personalidade", são mal interpretados, inclusive pelos cientistas, alertando, a nós, tarólogos, que devemos estudá-lo com mais profundidade. Eu te pergunto: será que existe necessidade mesmo de a gente se valer de Jung e de suas teorias ou de outros cientistas (Jung era um cientista, acima de tudo!) para que o Tarô funcione na prática?

2) Você usou como exemplo para os tipos de "temperamento" que associou aos 4 (quatro) Reis (arcanos menores da corte) um estudo de cintistas, acho que de psicólogos, David Keirsey e Marilyn Bates. Quanto aos arcanos da corte Rainha, Cavaleiros e Pajens, existem outros tipos de temperamento destacados por esses estudiosos que podem ser associados a eles? Como sabemos, alguns livros de tarô destacam tipos de personlaidade referentes a corte do Tarô, mas as bases para isso, muitas vezes, é o senso comum ou a associação astrológica (signos do zodíaco/elementos), o que me diz?

3) Você diz que tarólogo não é e nem pode querer atuar como psicólogo. E tem tarólogo (não psicológo) que pensa ao contrário?

Rapaz, o teu texto é excelente e parabenizo-lhe pela profundidade do embasamento.

Vê-se que é cuidadoso, coerente e muito responsável ao escrever e o melhor faz a gente refletir, e como faz!

Obrigado pelo aprendizado e por nos disponibilizar tão bom material

Feliz Natal e um Ano Novo de desígneos bem positivos para você e os seus.

Marco Lippi

Edna lucia - 26/12/2009 15:08:10
Seu artigo é muito bom.Me deixa impressionada a grande bagagem teórica que cv agrega ao estudo desse incompreendido instrumento .Definitivamente seu artigo tira o Taro "da lama" e resgata seu lugar no campo da produção de conhecimento util para as pessoas que se buscam.

Ricardo Pereira - 28/12/2009 12:33:23
Bom dia Sr. Marco Lippi,

Gostei bastante de suas indagações e questionamentos, pois refletem que leu o meu texto com muita atenção e dele conseguiu absorver algo que lhe foi relevante.

Respondendo a sua 1ª questão: Para que o Tarô funcione é necessário apenas alguém para lhe fazer uma pergunta e uma outra para interpretar o seu acervo símbólico. Uma só pessoa, como sabemos, também pode efetivar bem este processo, numa consulta ao tarô para si mesma. Quanto mais objetiva a indagação for, mais efetivo o Tarô será na resposta. O uso de um método de tiragem adequado à pergunta, também ajuda bastante. A experiência tem nos comprovado isto, não é?

Não é nem preciso afirmar que o Tarô existe muito antes da Psicologia (enquanto ciência). Ela é uma ciência nova com pouco mais de 100 anos, que se desmembrou da Filosofia apenas em fins do século XIX. Desse mesmo modo, a "Psicologia Analítica" de Jung, também, é muito recente.

Dos tempos que a História faz menção da emergência do Tarô sendo utilizado em práticas adivinhatórias, sabe-se que, de lá para cá, ele sempre se fez funcional apenas a partir da ação dicotômica "pergunta-resposta", sem necessidade alguma de intervenção ou auxílio de outros elementos que não os seus próprios símbolos como emissores de mensagens e o oraculista enquanto decodificador dessa simbólica a partir do que foi perguntado ao oráculo. O mesmo acontece no processo taromântico, o qual se convencionou denominar, hoje, de "taromacia terapêutica" ou "tarô terapêutico" ou "tarô terapia".

{cont.}

Ricardo Pereira - 28/12/2009 12:33:42
Quanto a 2ª questão: Sim, existem 16 (dezesseis) sub-tipos de temperamento estabelecidos por David Keirsey e Marilyn Bates, os quais podem ser, como uma das alternativas existentes, devidamente aplicados aos arcanos menores da corte quando trabalhamos aspectos comportamentais do consulente ou de terceiros. Pesquisando no Google é possível encontrar os estudos desses dois cientistas.

Já sua 3ª questão é bem intrigante! Não sei se há tarólogo sem formação em Psicologia querendo ser psicólogo. O que tenho sentido ultimamente é que há um discurso psicologizador do Tarô, o qual não possui fundamentos e nem necessidade. Como disse: o Tarô não necessita de nada disso para funcionar, ele simplesmente funciona, cumpre direitinho o seu papel de oráculo, de orientação, de previsão.

Se tiver ficado alguma dúvida, terei satisfação em dirimi-la!

Grato por sua participação!

Abraço,

Ricardo

Ricardo Pereira - 28/12/2009 12:34:25
Bom dia Sra Edna Lúcia,

Legal o meu artigo poder ter lhe deixado impressão tão positiva.

Obrigado por sua participação e se tiver algum questionamento a fazer, fique à vontade!

Um abraço,

Ricardo

Ricardo - 14/02/2010 12:29:24
Posso chegar a ser um bom tarólogo usando o tarô mitológico?


Ricardo Pereira - 24/02/2010 22:56:16
Olá!

Você não deixou o seu nome, mas vou, chamá-lo(a) de "Tirafal".

Bem, para ser um tarólogo é apropriado que conheça primeiro os clássicos, ou seja, os Tarôs cujos símbolos e estrutura são considerados clássicos. São os Tarôs que se tem notícias da existência deles a partir dos anos 1400/1900. Comece estudando, por exemplo, o Tarô de Marselha!

Para se tornar um bom tarólogo no mínimo deve se inserir no ciclo que envolve as seguintes atividades/etapas: estudar, pesquisar, praticar. Terminou uma dessas etapas, começa logo a outra e isso deve ser feito todos os dias.

Com o tempo você vai tendo mais segurança, por exemplo, para identificar e estabelecer qual o Tarô que melhor atende determinadas demandas suas e de seus futuros clientes.

Sucesso nos estudos!

Abraço,

Ricardo

Flávio - 29/04/2010 09:55:54
Olá Ricardo.
Queria que você esclarecesse um a questão que tem estado em minha cabeça há algumas semanas. Como lidar com o tarô e com algumas ideias cristãs? Por exemplo, há diversas passagens bíblicas(deuteronômio, levítico) que condenam a prática adivinhatória e tal e coisa. Acho que você já ouvi muito acerca disso, eu ouço quase sempre. Bom, creio que seja importante saber como lidar com tal questão, pois sou muito criticado por minha família acerca disso. "É uma prática do diabo"rsrsr.

Obrigado.


  Total: 15 Próxima >  
  Baralho Cigano
  Tarô Egípcio
  Quatro pilares
  Orientação
  O Momento
  I Ching
Publicidade Google
 
Todos os direitos reservados © 2005-2020 por Constantino K. Riemma  -  São Paulo, Brasil