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O movimento acelerado retorna |
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Rui Sá Silva Barros |
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Eclipse solar anular perto da região das Plêiades (20/05), conjunção inferior de Vênus ao Sol, Júpiter em Gêmeos, quadratura a Netuno, primeira de uma série de quadraturas Urano/Plutão, Saturno fica direto no final de Libra; tudo em junho.
E aqui embaixo a confusão já retornou à União Europeia, que começou em 1948 com seis países (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo) construindo devagar uma pequena comunidade econômica. Trinta anos depois começaram a admitir outros membros e depois dos ataques especulativos contra suas moedas deram um passo ambicioso em Maastricht, lançando as bases da organização, instituições e legislação da UE; sete anos depois veio o euro que se tornou moeda corrente em 2002. Tudo isto aconteceu enquanto a Alemanha Federal absorvia sua parte oriental com considerável custo. Os alemães embarcaram num processo de austeridade com controle do orçamento, dívida pública e massa salarial, quando o euro chegou estavam em boa posição, e desde então acumularam um superávit de um trilhão de euros na balança comercial, metade dele por conta de exportações para os parceiros europeus.
A partir do tratado de 1992 a UE expandiu-se velozmente e abarca hoje 27 países, sendo que 17 integram a eurozona. Os critérios de admissão foram relaxados e nações em mau estado econômico foram admitidas, até mesmo Alemanha e França não cumpriam as metas acordadas para os limites de déficit orçamentário e dívida pública. Tudo isto foi encoberto nos anos de euforia louca (2002/7) quando os bancos jogavam dinheiro pela janela e ajudavam países capengas a maquiar as contas nacionais. Quando a crise estourou em 2008, as dívidas privadas eram bem maiores que as públicas, mas os programas de salvamento reverteram a situação rapidamente. Para salvar os bancos, fundos de investimento e pensão, os estados se endividaram violentamente e agora passam a conta ao povo com cortes nos salários, benefícios e seguridade social.
Mendigos norte-americanos Era perfeitamente previsível que esta política draconiana de ajuste resultaria em depressão, como Krugman, Stglitz, Rogoff, Roubini e outros tantos avisaram. Previsível também que os eleitores votassem contra a reeleição dos governos de todo o matiz. A vitória dos socialistas na França e a impossibilidade de formação de coalizão na Grécia fazem eco às reclamações de espanhóis, italianos, portugueses e irlandeses. A teimosia dos alemães e a demanda dos financistas para receber toda a dívida levaram a uma situação explosiva. Agora ficou claro, na Espanha, que todos os testes bancários de resistência ao estresse eram peças de ficção, o sistema financeiro do país está bichado e com rumores de corrida bancária, o que já começou na Grécia. A saída deste país da eurozona não será o fim da moeda europeia, mas haverá um belo tumulto se isto ocorrer abrupta e desordenadamente.
Muitas sugestões foram dadas: deixar o BCE comprar dívidas públicas, tolerar um pouco de inflação para desvalorizar as dívidas e incentivar o investimento, aumentar os salários dos alemães para ativar o consumo e promover importação dos parceiros, desvalorizar o euro etc. São boas medidas, mas paliativas: o tratado criou um BC, a moeda e uma taxa de juros, mas deixou o orçamento, os impostos, leis trabalhistas e previdenciárias a cargo de cada nação, cada uma com seu perfil industrial e sua produtividade muito variada. O resultado foi superávit para o Norte e déficit para os demais e isto não pode ser remediado com planos de austeridade, ou se faz um esforço de convergência destes fatores ou a União viverá em tumulto permanente. A saída mais sensata atualmente é renegociar as dívidas (públicas e privadas), alongando prazos e cobrando juros modestos, com toda a chiadeira que os financistas farão.
Os alemães já convulsionaram a Europa duas vezes belicamente e agora economicamente. A monarquia acabou em 1918, mas a mentalidade dos junkers prussianos continua a todo vapor. Já conseguiram uma grande proeza: agora há partidos xenófobos em toda a Europa e alguns nos parlamentos, o da Holanda provocou a queda do governo recentemente, o da Hungria criou um grande embaraço ao patrocinar uma democracia de partido único e eliminação de ciganos, o antissemitismo e a islamofobia estão em alta, as intervenções nos governos da Grécia e Itália não prenunciam nada de bom para a democracia, bem como as comissões dirigentes da União, cujos dirigentes são indicados e não eleitos. Os alemães vivem recordando os efeitos perniciosos da hiperinflação dos anos 1920, deveriam lembrar-se também do “direita, volver”, e se tiverem um lampejo de sanidade lembrariam que o deus Wotan (o Júpiter deles) se pendurou numa árvore por 9 dias para obter o conhecimento das runas.
Mapa da assinatura do Tratado da União Europeia (TUE) ou Tratado de Maastricht, assinado em 7 de Fevereiro de 1992, 17h27 O mapa astrológico da União foi publicado e analisado na crônica “A Europa é um museu?” que está no fórum 43 deste site: http://www.clubedotaro.com.br/site/forum/topico.asp?topico=43. Nele vemos um grande stellium em Capricórnio e Aquário sob o domínio de Saturno, uma Lua solitária em Áries, uma quadratura do Sol a Plutão, Júpiter retrógrado em quincúncio a Saturno. São configurações tensas e mais: o Sol progredido em Peixes move-se pela casa 8 (crises e mortes), Plutão em trânsito começará a ativar o stellium em Capricórnio no ano que vem. É dar muita chance ao azar se não agirem rapidamente. Vênus representa os dirigentes e está espremida entre Urano e Netuno, o MC em Touro não recebe nenhum aspecto maior.
DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO, Obama acende velas a todos os santos para esconjurar qualquer problema mais sério na Europa e as loucuras de Bibi em Israel, que podem atrapalhar sua reeleição. O futuro do país é nebuloso e os dois candidatos se dão ao trabalho de discutir o casamento gay, problema que é da alçada dos Estados, são votos e doadores em jogo. O maior problema de Obama foi ter confiado no bom-senso dos republicanos e convocado uma união nacional em 2009, quando a crise estava braba. Ignorou a profunda divisão que acompanha a história americana e que toma um matiz violento com muita facilidade. Poderia ter ajudado os proprietários de imóveis prestes a serem desalojados, aos estudantes universitários afogados em dívidas, aos milhões de trabalhadores precários, mas nada fez. Quanto aos bancos, vão bem, obrigado; e já voltaram às antigas práticas deletérias, como o JP Morgan recentemente. A suada reforma do sistema de saúde está na Suprema Corte aguardo julgamento de sua constitucionalidade. Já os republicanos, se colocarem em prática metade do programa econômico que alardeiam (enriquecer os ricos, dar dinheiro para a segurança e cortar benefícios populares), eles vão incendiar o país. As pesquisas indicam um empate técnico e a situação só ficará clara a partir do equinócio do outono. Júpiter em Gêmeos promete emoções fortes nos EUA e pinotes nos mercados de câmbio.
NO ORIENTE MÉDIO os dirigentes iranianos, apertados com as sanções econômicas, iniciaram nova rodada de negociações sobre o programa nuclear, desarmando temporariamente os ímpetos belicistas do governo israelense que conseguiu um acordo com o Kadima e tem folgada base parlamentar. Quando Marte se aproximar de Saturno, em agosto, ficará claro quais as intenções reais do governo. Na Síria, grupos armados promovem atentados e a situação ruma para uma guerra civil já com reflexos no Líbano. No Egito, eleições a vista e propostas para rever o acordo de paz com Israel, o fornecimento de gás já foi cortado e Moussa, ex-secretário da Liga Árabe, é o favorito nas pesquisas.
A DESACELERAÇÃO CHINESA já é um fato e provoca especulações aqui no Ocidente, as importações de minérios caíram, mas as dos cereais continuam em alta. A tensão de Urano e Plutão ao sol da carta natal do país está no auge e é hora de mudar de rota, pois a estagnação na Europa debilita a máquina exportadora chinesa. O governo chinês tem um trabalho gigantesco pela frente: incorporar 700 milhões de pessoas a um mínimo de consumo, sistemas de educação e saúde. A pirâmide demográfica está desequilibrada com a política de filho único, daqui a pouco a população de idosos será um problema econômico sério. O governo anda embaraçado com a ação de ativistas que conseguem atrair atenção mundial e a embaixada americana de lá quase cria um incidente ao abrigar um deles, um advogado cego que luta pelo direito das mulheres. Uma política naval mais agressiva nas águas costeiras começa a incomodar os vizinhos, Vietnam e Filipinas. Na Índia também a desaceleração bateu forte e o governo se debate com corrupção e burocracia e gasta horrores com armas como se uma guerra estivesse iminente. Saturno em Libra aflige a Lua natal e em Escorpião afligirá uma penca de planetas em Leão na carta natal do país.
EM PINDORAMA a CPI do Cachoeira desvenda a simbiose do crime organizado com os três poderes da República e com a imprensa. Provavelmente decapitará Demóstenes e absolverá os demais políticos e burocratas de alto coturno. O governo conseguiu pôr de pé a Comissão da Verdade e a política da transparência dos atos públicos, o que já deve ter de gente bolando contabilidade criativa! E a economia encalhou, para desespero de Dilma e Mantega. A baixa dos juros chegou numa hora em que as pessoas estão segurando as dívidas depois da exuberância de 2010. A alta do dólar que o governo e exportadores tanto queriam chega numa hora em que os preços e volumes das matérias-primas caem. Em suma, como disse o filósofo Garrincha, faltou combinar com os gringos; e uma parada nos investimentos diretos do exterior é um mau negócio agora. O problema fundamental é o baixo nível de poupança, o que nos deixa totalmente vulneráveis aos humores da economia mundial e baixar IPI para promover venda de carros não vai resolver o problema.
A impressão final é que o modelo político (grandes coligações para governar) e o econômico (um monte de puxadinhos e gambiarras) montado a partir da redemocratização está se esgotando e será necessário um novo ciclo e um novo modelo. Tive notícias recentes de debates entre o pessoal da Unicamp, é muito pouco. Saturno em Escorpião a partir de outubro colocará o governo em tensão e embora existam cabeças pensantes em Brasília, que certamente sabem muito bem dos impasses presentes, ainda se agarram a pequenas manobras. Chegou a hora de pensar grande, mas dona Dilma foi à reunião de prefeitos e anunciou que a receita do pré-sal não pode ser fragmentada por 5000 municípios, foi vaiada. É um retrato cruel de nosso atraso político e administrativo: a reunião é absurda, eles vão anualmente a Brasília mendigar trocados ao invés de exigir uma nova política tributária com distribuição justa de recursos, e mais absurdo ainda é pegar uma receita extraordinária e finita e dar um bocadinho para cada um. Além da baixa poupança parece que o ímpeto econômico gerado pelo recente aumento da massa salarial está se esgotando e mal mexeu na péssima distribuição de renda. O pré-sal é realmente um ponto de inflexão, mas não significa que aproveitaremos a oportunidade e pelo andar da carruagem o imediatismo e oportunismo de políticos e burocratas podem pôr tudo a perder. Um choque cultural seria muito bem-vindo, a ideia que o problema é complicado e que o povo não entenderia é apenas mais uma faceta dos Nhonhôs que nos dirigem até hoje. É só começar a falar em português claro e correto, portanto não chamem o Vacarezza. Um país que tem Aquário no Ascendente e Urano e Netuno no setor 11 só pode ir em frente com uma sociedade civil forte, o que nunca tivemos.
Fiz um levantamento dos trânsitos de Saturno sobre o Sol da carta natal do país, foram sete até hoje e um deles me intrigou, o de 1920. Minha memória começou a me desesperar, eu me lembrava de muitas coisas em 21 e 22, mas nada de 20, e penso que estender muito as orbes planetárias é patrocinar a imprecisão. Fui aos livros e nada relevante até que encontrei algo: o início das atividades do bando de Lampião. Minha primeira reação foi de surpresa, tal fenômeno não teria tal status astrológico. Mas com um pouco de reflexão cheguei ao seguinte: dentre os grandes romances brasileiros do século vinte, “Grande sertão, veredas” tem proeminência e dentre os filmes “Deus e o diabo na terra do sol”, ambos ambientados no semiárido e colocando os jagunços em destaque. Isto é um lembrete de nossa modernização fracassada e inconclusa. A ascensão da literatura nordestina, nas décadas de 1930 e 40, foi na mesma direção, a região abandonada durante a República Velha lembrava insistentemente o que era o país de fato, foi infinitamente mais subversiva que qualquer movimento político na era Vargas.
E apesar dos dirigentes que tivemos (Sol trino Saturno, devagar e sempre) há motivos para esperança. Basta lembrar que na Abolição os escravos foram deixados ao deus-dará, sem nenhuma ajuda e poucos anos depois estavam criando uma música de excepcional vitalidade que se aperfeiçoou e diversificou ao longo do século XX.
Clementina de Jesus cantando “Caxangá” e Milton Nascimento cantando “Morro Velho” resumem séculos de experiência dos negros escravizados, aliás, ele foi de longe o compositor popular mais sintonizado com nosso passado colonial: as toadas, folias de reis, o cantochão católico, tudo presente numa música paradoxalmente moderna e esplendorosa. E como se fosse pouco ele e Caetano Veloso foram os músicos brasileiros mais sintonizados com a música da América espanhola.
A diretoria do Sinarj e nossa querida Titi Vidal, que vocês conhecem do site, fizeram algo muito bom para a Astrologia, conseguiram encaixar um seminário na programação do Rio+20. E em boa hora, pois a seca no Nordeste e a cheia do Rio Negro clamam aos céus por providências. As safras no cone Sul foram prejudicadas pela seca novamente. E alguns cientistas nos garantem que no passa nada, é tudo alucinação nossa. No céu está se configurando um grande trígono nos signos de água o ano que vem, é uma oportunidade excepcional para tomarmos algumas providências, mesmo com os governos numa imensa pindaíba, mas se reservaram alguns trilhões para salvar seus banqueiros não podem destinar alguns bilhões para limpar os mares infestados de plásticos e outras porcarias? Quanto a nós poderíamos começar a colaborar deixando de emporcalhar nossas ruas e bueiros e separando o lixo, parece muito pouco diante da poluição do planeta, mas é preciso começar pelo acessível e criar uma grande corrente ou, senão, em 2030 estaremos a ver navios. De resto fé em Deus que não criou estes belos Mundos para nós destruirmos, a desordem reinante hoje é só a objetivação de nosso caos psíquico.
Estreitas são as naus, estreito nosso leito Imensa a extensão das águas, mais vasto nosso império Nas câmaras fechadas do desejo. Saint- John Perse, Amers (marcas marinhas), 1957.
Um belo poema sobre o mar que nos habita.
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21/05/2012 18:37:20
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Leda de Padua - 24/05/2012 10:41:18
Como sempre um texto fantástico. Gostei de saber que você também acha que o mapa do Brasil tem ascendente Aquário, alguns acham que é Peixes.
Obrigada, Leda
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Rui Sá Silva Barros - 24/05/2012 11:23:10
Oi Leda: A comunidade astrológica fez um grande trabalho para chegar a este Ascendente. Muitas coisas o comprovam, vão dois exemplos: 1831 é data fundalmental em nossa história, pois nossos dirigentes despacharam D. Pedro e ficaram por conta própria e o país mergulho num caos de rebeliões provinciais, o Asc. progredido entrou em Peixes. Já se você progredir o Sol vai encontrá-lo por volta de 20 de Escorpião (MC) em 1888/9, Abolição e República. É assim que se encontra a hora aproximada e não recorrendo a noções subjetivas. Aquário também é o signo que assinala a miscigenação ampla encontrada no Brasil. Dediquei uma crônica ao mapa do país "O Brasil não é para principiantes", ela está em Simbologia/Astrologia neste site.Abs, rui.
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Marco Aurélio T. Fernandes - 26/05/2012 17:34:05
Rui, li o texto só hoje -- e endosso os comentários do Fausto Fuser (a quem envio abraço!); o 'domínio' e 'articulação' que vc demonstra desses assuntos é mesmo impressionante! Como houve comentários sobre o MC do Brasil, dei uma olhada na ocasião da entrada de Marte e Saturno ali, e aí notei que o segundo turno das eleições municipais ocorrerá (em 28.10) um dia antes da Lua Cheia de Escorpião - com Saturno TR já em conj. c/ Marte N, e o Sol tendo passado por ali dias antes (mas ainda 'compondo' essa conj.). O que vc acha desse panorama, que está sendo precedido por tantas desavenças dos prefeitos atuais com o 'poder central' + o PT procurando ganhar terreno em cidades como Sampa??
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Rui Sá Silva Barros - 27/05/2012 10:48:31
Olá prezado: Você tem razão a configuração pesará mesmo nas eleições municipais, o PT quer ter uma representação maior em SP, RJ e MG e jogará as fichas todas. Mas eu tenho pensado nas últimas passagens de Saturno em Escorpião: na última (1983/5) tivemos moratória, hiperinflação e dissolução da ditadura por cima (eleições indiretas), na penúltima (1953/55) lei sobre as remessas de lucro, BNDES e Petrobrás e acabou de maneira trágica. Nos dois casos crises no modelo econômico e colapso político, pois considero que o suicídio de Vargas adiou a ditadura por dez anos. Agora parece cada vez mais claro que o crescimento da massa salarial bateu num muro e a política de sustentação do consumo através de crédito e despesas orçamentárias vai perdendo o fôlego. Creio que o destino da receita do pré-sal é muito importante e deveria ser submetido a um plebiscito com grandes discussões prévia na TV. Mas o governo do partido popular não confia na consciência política do povo e a oposição sem sequer se dá conta que democracia é um regime popular. Saturno em Escorpião estará em harmonia com Plutão e Netuno, o que reforça a modernização conservadora (capitalismo de cumpadres e sindicalismo estatizado) e em dissonância com Urano, espasmos de rebeldia e confrontação. Um problema sério na economia mundial levará o governo a rever atabalhoadamente o atual mescanismo: a guerra travada em torno da queda dos juros mostra bem o limite que tenho em mente, os bancos querem manter as margens de qualquer jeito, cedendo um pouco aqui e ali e refazendo receitas através de tarifas. Enquanto metade do patrimônio e renda estiverem nas mãos de 10% da população não há mudança substancial. Quem se atreve a explicar isto ao povão em portugês claro? Abraços fraternos. rui.
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Ozanam Thales - 28/05/2012 13:08:39
Oi Rui, um grande abraço. Fiquei feliz ao te ver abordar a vertente cultural negra que nos legou tanta coisa boa, em meio a pessoas que queriam (embranquecer) o Brasil. Uma amiga minha minha havia comentado que Bahia e Rio de Janeiro, são onde existem uma grande população negra - e tbm onde existem grandes desigualdes de distriubuição de renda. Para ela, o carnaval criado pelos negros como obra prima de sua cultura e depois deturpado pelo modelo consumista, virou hoje uma válvula de escape pro povão! Ou seja, a pessoa trabalha muito, mora mal, anda em onibus lotado, tem péssimos serviços de saúde e educação. Quando chega o carnaval abrem-se os cofres no RJ, p/ o pessoal trabalhar com as fantasias, e quando chega o dia de momo ocorre a catarse coletiva... Ou seja, todo o descontentamento é jogado pra fora, num delírio de samba, suor e cerveja. O que vc acha? No mais está havendo uma corrida armamentista na Ásia, sendo que a China está sendo temida, tanto pela Índia (pelo controle marítimo) e influência (o último míssil nuclear testado pela Índia - foi feito com cooperação norte-americana), Pelo Vietnan, Filipinas, e países vizinhos (no que são ajudados pelos EUA, com sua política de contenção, p/ a China). Acredito, que a China deveria olhar para o futuro, e não se envolver em provocações baratas - como a questão das ilhas... Agora é tarde e o palco está armado, para o dominó asiático. Chega a ser irônico, o Vietnan, tem recebido, armas dos EUA para fortalecer suas Forças Armadas frente a China. O amigo de hoje, é o inimigo de amanhã, como dizia Bismark. Abçs
Ozanam
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Rui Sá Silva Barros - 28/05/2012 16:56:11
Olá Ozanam: O primeiro a intervir nas escolas de samba foi Getúlio durante o Estado novo, quando elas foram ensinadas a fazer sambas patrióricos nos desfiles e depois é o que vc relata. Sou suspeito para falar disto pois cresci com a música dos negros (nossos e ianques) nos ouvidos e conheço de cor o repertório de Ismael e outros banbanbãs. A China ainda não tem um frota naval que ameace ninguém e ainda não creio que planeje qualquer ataque, ainda mais agora que a economia patina com a estagnação no Ocidente. E eles têm problemas domésticos grandes para se lançarem numa aventura bélica. Você menciona a ironia do Vietnam e está certo, mas isto tb vale para a China comunista, ela foi uma grande dor de cabeça para o governo americano nos anos 50, hoje ajuda a financiá-lo! Abs, rui.
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Maria Rita de Cassia e Souza - 29/05/2012 11:03:48
Muito esclarecedor! Aplausos de pé Clac clac clac clac.
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Rui Sá Silva Barros - 30/05/2012 11:34:02
Olá Maria Rita: Ainda bem que vc achou esclarecedor, pois na Espanha a coisa está cada vez mais opaca: o governo mente sobre o tamanho do déficit, os banqueiros sobre a situação real dos balanços e assim vai. A coisa tá pela bola sete.Abs, rui.
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dulcio lenzi - 02/06/2012 23:16:37
Um problema sério na economia mundial levará o governo a rever atabalhoadamente o atual mescanismo. O que poderia ser este serio problema?
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Rui Sá Silva Barros - 03/06/2012 12:07:53
Olá prezado: Como vai? O sério problema é Europa: saída da Grécia da eurozona, falência de bancos e Espanha pedir resgate. O cardápio é muito variado e a cada dia mais notícias sobre encobrimentos e dissimulações. O destino da Europa virou assunto para videntes em vista da manipulação de números. Astrologicamente temos Marte transitando o Júpiter natal da UE e no segundo semestre ela encontra Saturno no final de Libra, os dois pressionam o grande stellium do mapa no final de Capricórnio. O segundo semestre promete emoções. Abs, rui.
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