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Liberdade e Fundamentalismo |
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Urano e Sol em Áries e as repercussões do levante árabe |
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Rui Sá Silva Barros |
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Em janeiro, Júpiter ingressou em Áries e levantou o mundo árabe: tunisianos e egípcios despacharam seus governantes, a Líbia está em guerra civil; Iêmen, Jordânia, Bahrein e Omã têm manifestações diárias, no Iraque, Cisjordânia, Argélia e Marrocos elas são esporádicas. A situação está equilibrada: no Egito o antigo regime comanda a transição; na Líbia Gadaffi ainda faz grande estrago e nos demais países os regimes fazem concessões e prometem negociações; só na Tunísia o processo andou de fato. Este equilíbrio deve ser rompido em breve com o ingresso de Urano em Áries. Nos próximos dois anos assistiremos a uma verdadeira queda de braço entre Plutão em Capricórnio tentando preservar a ordem e Urano tentando promover independência e liberdade. Uma coisa é certa: para manter a atual desigualdade econômica dentro e entre os países será necessário o uso de força e restrição de liberdades civis, o capital financeiro transnacional vai jogar todas as cartas na mesa.
Mapa do Ingresso do Sol em Áries - Cairo, 21 de março de 2011
O mapa acima mostra o ingresso do Sol em Áries calculado para o Cairo. Depois de duas semanas de manifestações massivas, os trabalhadores egípcios entraram em greve, ameaçando o tráfego no canal de Suez e Mubarak foi aposentado. A estrutura da ditadura militar continua intacta e comanda a transição: designaram uma comissão de notáveis para rever a Constituição, garantiram a paz com os israelenses, os presos políticos continuam encarcerados, prenderam alguns notórios corruptos, permitiram a passagem de navios iranianos e trocaram o premiê. Os militares têm todo o interesse em sepultar o passado e manter a estrutura econômica monopolizada pela corporação, o que é totalmente contrário às necessidades populares: emprego, renda mínima, educação e saúde públicas, para começar. Além disto, um calendário eleitoral rápido prejudica a oposição desorganizada. O mapa indica estes conflitos de forma clara, a começar com o Ascendente em Plutão-Capricórnio que promete radicalismo. O atual executivo é sinalizado por Vênus, regente do MC libriano, em Aquário conjunta a Netuno no setor 2 do mapa, recursos econômicos. Lua e Saturno próximos ao MC reforçam Vênus. As forças de oposição populares estão representadas por Marte em Peixes em tensão com o MC, e de resto isolado. Um grande stellium no setor 3 prenuncia uma batalha de informação, desinformação e mobilidade; Júpiter regente do setor está em oposição a Saturno, enquanto os trabalhadores representados por Mercúrio (regente do setor 6) está em oposição à Lua, ou seja, os políticos profissionais da oposição podem deixar os trabalhadores a ver navios.
Em Trípoli, o Ascendente deve estar no final de Sagitário reforçando a oposição Júpiter-Saturno. Desencadeado em 01/09/1969 o golpe militar, que levou Gadaffi ao poder, é assinalado pela conjunção Júpiter-Urano que acabou de se desfazer no final de Peixes, em oposição à posição original em Virgem. A aviação do ditador pode fazer um grande estrago e morticínio, cogita-se um bloqueio aéreo por forças internacionais. Teme-se que a Líbia tenha o mesmo destino da Somália, há muitos anos envolta em guerra civil. Em Riad, o rei Abdullah desembarcou, vindo de uma cirurgia no exterior, desembolsando 35 bilhões de dólares para programas assistenciais. Aparentemente a Arábia está a salvo de manifestações, mas o gesto do governante mostra preocupação, não é à toa: Urano completou sua revolução desde a independência em 1926. Em Teerã, o governo viu a oposição levantar a cabeça novamente e reprimiu severamente ao mesmo tempo em que louvava o levante dos árabes, Urano também vai provocar ebulição no país, mais para frente. Já o governo israelense pediu proteção para Mubarak e agora saúda a democratização em marcha, mas terá que negociar seriamente a questão palestina, o fornecimento de gás egípcio ainda não foi retomado.
De qualquer maneira a questão fundamental continua a ser o tráfego no Golfo Pérsico, qualquer problema ali afetará imediatamente toda a Ásia dependente do petróleo, em menor escala a Europa e muito pouco os EUA, que importam petróleo do Canadá, México, Venezuela e Nigéria, frete mais barato e fornecimento seguro. O povo do mercado petroleiro resolveu faturar uns trocados (20%) com a paralisia da produção líbia (1,5% do total de 89 milhões de barris diários) e a ameaça de problemas no Golfo. Se os atuais preços persistirem vão acelerar os preços finais dos cereais e veremos levantes populares na África, em países da América Latina, no Leste europeu e Sul da Ásia.
VEXAME EUROPEU – Diariamente saem revelações da simbiose de políticos e empresários europeus com seus congêneres árabes. Daí o aturdimento, o balbucio, o desconforto e a mudez dos intelectuais. Em janeiro a imprensa agitava o espantalho do fundamentalismo islâmico, mas como ninguém rasgou bandeiras estrangeiras nem reivindicou aplicação da Sharia à vida política, esta nota diminuiu de intensidade para evocar a revolução pacífica da juventude internauta. Agora, com a guerra civil na Líbia, esta nota também caiu no silêncio. Em todas as reportagens e análises a mesma surpresa: o povo na rua queria liberdade. Para quem sempre pensou que a doutrina islâmica bloqueasse a democracia foi um susto, apesar dos exemplos contrários da Turquia, Indonésia e Malásia. Na realidade os europeus não compreendem como os árabes podem levar religião a sério. Depois de 250 anos de iluminismo, os prezados europeus (a maioria) pensam que religião é uma superstição deplorável ou um assunto para vagas conversas ou estudos; uma minoria ainda pratica escolhendo os preceitos que lhe agradam. E assim como é possível praticar religião, viver numa sociedade laica e participar da política na Europa ou Índia, o mesmo se aplica à civilização islâmica. A Lua no mapa da União Europeia está no início de Áries e as classes populares sofrem com o desemprego, endividamento e cortes na assistência social.
Berlusconi e Gadaffi em um de seus encontros recentes. No momento olham para o outro lado do Mediterrâneo com medo e inveja: e os refugiados que estão chegando, e os preços do petróleo subindo, e a estagnação pela frente? Não, não imagino coisas, estas perguntas estão nas cabeças dos comentários populares nas páginas do El Pais, jornal espanhol. A crise das dívidas públicas e privadas saiu das manchetes, mas continua seu percurso larvar. Como observei em crônica de ano atrás ("A Europa é um Museu?: http://www.clubedotaro.com.br/site/forum/topico.asp?topico=43), os europeus ainda não conseguem reconhecer o que devem à civilização islâmica medieval nas ciências, artes, filosofia e conhecimento do passado grego, e muito menos admitem que o imperialismo, a partir de 1830, deu origem aos fundamentalismos e jihadistas.
CONTRADIÇÕES AMERICANAS – Bush e Obama exortaram os árabes à democracia, eram flatus vocis, pois continuaram a apoiar as ditaduras camaradas com verbas, empréstimos facilitados e uma profusão de armas. Quando o levante começou o governo não sabia o que fazer e levou um puxão de orelha público do governo israelense demandando proteção a Mubarak. Se fizesse isto a credibilidade do governo iria ao ralo, agora manobram desesperadamente para controlar as coisas. As forças armadas americanas continuam a ser um poder incontrastável, mas geopolítica não se faz só com elas: é preciso informação, alianças, um pouco de discernimento, mercadorias notoriamente em falta nos EUA.
As forças armadas continuam a ser um grande fator no déficit orçamentário, com mais de 700 bases no exterior e engajamento em duas guerras; mas cortes aí poderiam provocar um deus nos acuda; então cortam nos direitos trabalhistas (Wisconsin), na assistência às crianças e idosos, nos programas sociais, mais pobreza à vista. Obama reconheceu o declínio americano em educação e tecnologia num discurso recente, o que é exato, mas não reconheceu que a sociedade americana vive de crédito, do capital acumulado do passado (financeiro), das remessas de lucros de suas empresas no exterior, da liderança nas indústrias bélica, aeroespacial, informática e de entretenimento. Isto leva ao crescimento da desigualdade de renda, do desemprego e emprego informal, leva à divisão política profunda. Até agora a força da tradição ganha a luta com folga, os protestos foram escassos e inoperantes.
A tentativa de desvalorização do dólar, transferindo a conta ao exterior, é a grande batalha que ilustra mais uma vez a quadratura Plutão-Urano. Já por duas vezes, em 1971(quebra do vínculo ao ouro) e em 1985 (acordo de Plaza), o governo americano conseguiu passar a conta; agora é mais difícil com o euro e o yuan. Em dezembro fiz observações sobre as séries cômicas, agora Two and a half man está suspensa, o ator Charlie Sheen (foto ao lado) dá entrevistas cada vez mais loucas e seu sobrenome virou sinônimo de “estar pirado”. Isto seria uma simples nota de coluna social não fosse o fato de a série ter uma enorme audiência de uma plateia que tomava o personagem por ídolo. Como disse Freud: “os psicóticos amam seus delírios como a si mesmos”, sendo que o delírio desta vez é coletivo. Outro sintoma de desagregação no país. Obama fará uma rodada na América Latina, de olho nos preciosos recursos naturais da região, o futuro já chegou.
CHINA EM ALERTA – Um problema no tráfego do Golfo Pérsico criaria um grande problema para os chineses e demais asiáticos. Os chineses estão diversificando suas fontes de petróleo, mas no momento são insuficientes para cobrir um estancamento no Oriente Médio. Além disto, os levantes árabes suscitam curiosidade na população, levando o governo a bloquear o assunto na internet e os protestos públicos convocados até agora. Naturalmente a situação econômica dos chineses é bem diferente da dos árabes e o governo não dorme no ponto: no momento o controle da inflação e a assistência social aos rurais estão na ordem do dia. Os chineses estão numa posição de força e sorriem das reclamações cambiais dos políticos americanos, enquanto os empresários americanos continuarem a instalar indústrias na China, os consumidores continuarem a comprar seus produtos e o Tesouro aceitar vender bônus aos chineses, nada precisa ser feito. Um inverno muito seco estraga a colheita de trigo, mais lenha na fogueira dos preços internacionais dos cereais. No entanto, as indicações astrológicas são claras, a demanda por maior liberdade vai crescer, as cobranças externas por direitos humanos também. Urano também atingirá o Sol natal da China, por oposição, no ano que vem.
VACILOS NO BRASIL – Câmbio, inflação e dinheiro para a infraestrutura são os assuntos na mesa do governo, a política estando sob controle não se sabe até quando. Todas as medidas tomadas até agora (aumento do IOF, de compulsórios, compra de dólares, swaps reversos) não reverteram a valorização do real, afetando negativamente o Balanço de Pagamentos, algumas cadeias industriais, e as despesas enormes com o custo da engorda das reservas, que ultrapassaram 300 bi de dólares. Enquanto isto o aumento do emprego, renda popular e crédito começaram a pressionar a inflação somando-se agora aos alimentos, e o país ainda conserva muita indexação desnecessária, herança da época da inflação galopante. Os investimentos não acompanharam o ritmo do consumo e o BC está elevando os juros que atraem mais dinheiro estrangeiro, valorizando o real num círculo vicioso nefasto. Alguns dirigentes sabem perfeitamente que devem tomar medidas impopulares por dois anos, enquanto outros querem manter a popularidade do governo agora e arruinar o futuro, o que é um tiro no pé. Dois anos de arrumação nas contas e 8 anos de crescimento sustentável, se explicarem isto à população não haverá problema, o povo é sensato. As obras de infraestrutura, tanto as viárias como as esportivas, estão atrasadas, muito atrasadas. Não há o menor sentido em colocar o BNDES para financiar capital de giro, os bancos privados podem fazê-lo como sempre e deixar o banco estatal cuidar do que é prioritário. O ritmo da criação de infraestrutura para exploração do pré-sal também patina por conta da burocracia e gargalos em trabalho especializado. Em muitos anos o país tem uma chance real de dar um salto social, a sociedade brasileira será muito leniente se deixar isto nas mãos dos políticos e burocratas, as trapalhadas serão inevitáveis.
O Fundamentalismo Religioso Na história das religiões ocorrem momentos de crise ou estagnação e alguns grupos aparecem para propor uma volta às origens, aos fundamentos. Um destes momentos ocorreu no início do século XX nas igrejas reformadas dos EUA; enquanto os católicos lutavam contra o modernismo dentro de sua Igreja, os rabinos europeus estavam divididos em relação ao sionismo, o movimento laico que promoveu a volta à Palestina. Um pouco adiante (1928) surgiu no Egito a Irmandade Mulçumana lutando contra a presença inglesa. Enquanto judeus e árabes debatiam-se com questões políticas e nacionais, os cristãos enfrentavam os tumultos de uma sociedade laica e de massas e em anos recentes também ocorreu uma politização com a formação de uma coalizão cristã nos EUA, com influência em governos republicanos. Na Índia, o partido Baratha prega uma volta aos valores védicos e até na China os escritos de Confúcio foram reabilitados.
A meu ver estes movimentos são defensivos e ineficazes, pois não compreendem onde está a raiz dos problemas e combatem apenas os sintomas: aborto, movimento gay, bioengenharia, drogadição, hedonismo, pós-modernismo, divórcio etc. Um exemplo para abreviar a exposição: em poucos anos veremos a eutanásia legalizada em vários lugares do mundo, não porque as pessoas queiram se livrar de seus idosos, mas porque os custos médicos e o tempo de cuidados familiares, nos casos de doenças longas, tornam a tarefa impossível. Ser pró-vida é fácil, difícil é oferecer às jovens gestantes condições para ter e manter os filhos. Falta aos fundamentalistas o conceito de sociedade e história social, não é possível viver de novo em sociedades desaparecidas há séculos ou milênios.
Dizeres na parede: "Judaismo e Sionismo são diametralmente opostos" Poderosas tendências cosmológicas, psíquicas e econômicas moldaram o mundo moderno e não sairemos disto com discursos e escritos. Basta uma propaganda veiculada por alguns dias para destruir todo o trabalho intelectual de anos. A publicidade de massa é um fenômeno do final do século XIX, e ela está na raiz do brote fundamentalista atual. Desde o Renascimento os intelectuais cristãos estão na defensiva, reduzidos a uma leitura literal dos textos bíblicos ficaram chocados com a existência dos ameríndios, com a astronomia heliocêntrica, com os inícios da geologia, com as notícias enviadas pelos jesuítas da China, com o trabalho dos arqueólogos e paleontólogos, e finalmente com o darwinismo. Como se os textos sagrados fossem tratados de astrofísica, antropologia, história e ciências naturais! Tentando combater as “heresias”, descuidaram do essencial: a doutrina e a prática espiritual. E não atentaram também para algo fundamental: o conhecimento científico foi politizado, pois a Igreja defendeu o Antigo Regime incondicionalmente, para os liberais além de ignorantes eram reacionários.
Os espíritas, rosa-cruzes e teósofos tentaram aproximar doutrina espiritual e ciência de forma desastrosa, confusão que reverbera até hoje. Escreveram longamente sobre o egoísmo humano sem atinar que isto era elogiado em manuais de economia, incentivado pelo sistema escolar e estimulado pela nascente publicidade. Tomaram as hipóteses e conjecturas como conhecimento certo, chamaram cientistas para verificar os fenômenos psíquicos, numa posição totalmente subalterna deram aval e autoridade a quem não tem nada a dizer sobre a vida psíquica ou espiritual. Quem quiser se aprofundar no tema pode consultar minha tese “Tomando o céu de assalto”, na Biblioteca Digital deste site: http://www.clubedotaro.com.br/site/arquivos/Rui_Tomando_o_Ceu.pdf"
Nos últimos 30 anos, sob domínio do capital financeiro e do pós-modernismo, a situação é de exasperação total, os religiosos sucumbiram aos males que denunciavam: os cristãos se veem às voltas com pedofilia e homossexualidade; os reformados cristãos europeus viraram apêndices de governos há muito tempo e estão às voltas com escândalos financeiros; rabinos em Israel pregam limpeza étnica; imãs incentivam os jihadistas; budistas lutam por cargos na Coreia do Sul. Tudo isto é mais um sinal de que vivemos tempos apocalípticos.
E, no entanto, todas as tradições religiosas carregam tesouros acumulados durante séculos, tesouros que se exumados e compreendidos permitiriam uma autêntica vida espiritual. O mundo ocidental está inundado por literatura de autoajuda, completamente impotente para modificar o mínimo que seja. Sim, é preciso livrar-se do medo, ira, inveja, ciúme, ganância e outros sentimentos negativos, mas como fazer isto é que são elas. A esta altura já deveriam ter descoberto que a força de vontade não basta. E esse “como” existe em todas as tradições, está disponível em textos e em sacerdotes experientes. Os cultos e éticas religiosos são necessários, mas insuficientes. Se as religiões organizadas não conseguirem reavivar a vida espiritual, os seres humanos buscarão uma saída em tentativas e erros, pois a civilização industrial passará, mas a humanidade continuará: é o que está prometido nos textos de todas as grandes tradições.
Dedicatória Esta crônica é dedicada à memória de Michel Tadashi, cidadão comum e ser humano notável pela grande paciência, disposição de ajuda e alegria. Todos os que o conheceram sentirão saudade, especialmente a garotada que ele entretinha e estimulava como ninguém. Alma (esposa) e Júlia (filha) sintonizam nestas raras características e continuarão seu legado. Agora deve estar brincando com os anjos, acompanhado de nossa gratidão.
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10/03/2011 09:55:23
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Bruno Freitas - 21/03/2011 07:53:12
realmente ruy , não basta a vontade, é uma esquizofrenia coletiva.. pessoas acreditando tanto nos sentidos, levada à um extremo da ilusão. Na verdade são só palavras ao vento, as pessoas falam de paz, de compaixão, mas o ego humano, principalmente em um estado de segueira, se compraz com a guerra, com a explosão de tudo aquilo, como se projetasse na dualidade a imagem de seu sofrimento. Começa-se com um mate por que é injusto, por que merece e ao fim mate-se pelo vício da morte, destrua pelo prazer que a destruição gera para impor a força bruta, a superioridade da potência. É difícil a relação da mente com com os objetos, quando essa relação é a única "verdade" que uma civilização inteira conhece, a superecxitação que isso causa, só pode gerar a vontade da destruição desses objetos incômodos. Até por que, querer é tão trabalhoso, não acha?
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Rui Sá Silva Barros - 21/03/2011 16:29:56
Olá Bruno: Querer é muito trabalhoso, especialmente quando está em conflito com hábitos, desejos, emoções e convicções. Conhece-te a ti mesmo começa pela capacidade de auto-observação que é muito difícil nas condições atuais, tempos atrás era mais fácil e existia uma ciência da unificação. Hoje tudo está organizado para a dispersão ou para a concentração obsessiva num alvo, dá na mesma, uma frustração enorme que vira ódio com muita facilidade. Enquanto este estado de coisas persistir nada será mudado no fundamental. Abs, rui.
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