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O Livro de Thoth – Tarô de Etteilla |
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Cinco folhetos intitulados Manière de se récréer avec le Jeu de Cartes, nomées Tarot [Como relaxar com o jogo de cartas chamado Tarô] foram publicados em Amsterdã e Paris entre 1783 e 1787; o autor era um cartomante que se autodenominava Etteilla, pseudônimo de Jean François Alliette (c. 1724–1792). |
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Ele afirmava que o jogo de Tarô era o legendário “Livro de Thoth”, um texto mágico que precedeu a civilização egípcia, cujas páginas continham o segredo da criação do mundo e o destino da humanidade. De acordo com o cartomante, esse livro foi criado em 2170 a. C., durante uma convenção de magos que foi realizada no Templo de Amon, em Mênfis. |
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O cartomante também afirmava que as figuras do Tarô foram completamente distorcidas com o passar dos milênios. Ele então queria restaurá-las para o aspecto original e, por volta de 1789, criou um baralho, o qual ele intitulou de Livre de Thot, ou Le Grand Jeu des 78 Tarots égyptiens [Livro de Thoth, ou o grande jogo de 78 cartas de Tarô egípcias]. |
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A impressão brasileira do Livro de Thoth pela Madras,
traz
os significados divinatórios das lâminas e reproduz as
78 cartas
originais publicados na versão de Júlia Orsini. |
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Pouquíssimas cartas dessa obra restam hoje em uma coleção particular. Em 1804, no entanto, Melchior Montmignon D’Odoucet, um aluno de Etteilla, imprimiu novamente uma versão completa, à qual ele deu o nome de Le Grande Etteilla. |
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O livro O Livro de Thoth – Tarô de Etteilla com o jogo completo de 78 cartas pode ser
adquirido
na loja virtual especializada em tarô e parceira do Clube do Tarô: www.simbolica.com.br |
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Reproduções do Grand Etteilla (Paris: Grimaud, 1975), baseadas no baralho original de Etteilla (1788), |
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Vários manuais foram publicados durante as décadas que se seguiram. Pelo menos o produzido por Julia Orsini merece destaque: Le Grande Etteilla, ou L’art de Tirer les Cartes et de dire la bonne aventure [A arte de escolher e dispor as cartas e predizer o destino] (Paris, 1840). Ele foi ilustrado com todas as 78 cartas do baralho de D’Odoucet, mas com importantes variações: por exemplo, na figura 1, o Caos foi representado ao invés da Luz. |
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Na nº 15, o sacerdote foi substituído por um mago em frente de uma mesa sobre a qual havia um manequim. Na nº 21, havia um homem barbudo com um olhar maligno sobre a carruagem de quatro rodas. As legendas na parte superior e inferior continuaram indicando o significado divinatório de cada carta, mas, além disso, o título da imagem representada foi colocado verticalmente nos dois lados da mesma. Curiosamente, a nº 21 foi intitulada “O Tirano Africano”, enquanto que a nº 78 se tornou “O Louco ou o Alquimista”. |
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Reproduções do Grand Etteilla (Paris: Grimaud, 1975), baseadas no baralho original de Etteilla (1788), |
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A partir daquele modelo, classificado por historiadores como “Grande Etteilla II”, veio este baralho chamado “Grande Etteilla III”, reimpresso exatamente como o original, até mesmo com relação aos títulos e legendas, por Lo Scarabeo. Esta versão surgiu na França por volta de 1870, com o título Grand Jeu de Oracle des Dames[Grande Jogo do Oráculo das Damas]. A diferença mais óbvia em relação ao modelo anterior é o estilo das figuras medievais. Os símbolos de algumas imagens, entretanto, foram também consideravelmente transformados: por exemplo, a Prudência (nº 12) tornou-se uma jovem garota segurando um espelho com uma serpente enrolada em volta do cabo, enquanto que a Temperança (nº 10) tornou-se uma mulher segurando um freio de cavalo. Todas as legendas nas cartas, especialmente, ficaram sem modificações. |
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Reproduções do Grand Etteilla (Paris: Grimaud, 1975), baseadas no baralho original de Etteilla (1788), |
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Deve ser enfatizado que os significados divinatórios que se tornaram tradicionais também vieram do livro de Julia Orsini. Os esotéricos mais famosos foram inspirados por eles, incluindo Samuel Lyddell Mathers, Gerard “Papus” Encausse, Aleister Crowley, Thylbus, e Rodrigo Tebani, autor de um estudo recente e editor das instruções que estão publicadas na edição brasileira da Madras. |
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Notas do Clube do Tarô: |
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A edição brasileira da Madras Editora foi traduzida por Alexandre Trigo do original em inglês sob título The Book of Thoth - Etteilla Tarot. Copyrigh 2003, Lo Scarabeo. |
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Embora Etteilla tenha erroneamente atribuído a origem do Tarô aos Reis Magos ou aos Antigos Egípcios (daí o título "Livro de Thoth) seu jogo de cartas é um marco importante na história do Tarô que conhecemos. Este é um baralho interessante, recomendado aos que estudam o tarô histórico e para o colecionadores de baralhos antigos. |
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Solandia, in www.aeclectic.net |
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O livro O Livro de Thoth – Tarô de Etteilla com o jogo completo de 78 cartas pode ser
adquirido
na loja virtual especializada em tarô e parceira do Clube do Tarô: www.simbolica.com.br |
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Mais estudos sobre Etteilla, seus baralhos e técnicas |
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Etteilla e seu método divinatório. A primeira integração conhecida entre Tarô e Astrologia. Elizabeth Hazel e James W. Revak apresentam a tiragem de cartas segundo a proposta de Etteilla em Manière de se
récréer avec le jeu de cartes nommées tarots (Maneira de se divertir com o jogo de cartas denominadas tarôs) em 1785. Para os que têm familiaridade com os símbolos astrológicos, apresenta muitos estímulos para aprofundar a tiragem também conhecida por "Mandala astrológica": 1. Histórico, 2. O Método de Etteilla e 3. Exemplo |
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fevereiro.12 |
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Contato com o autor:
Giordano Berti é pesquisador italiano de arte e folclore,
também conhecido
como especialista na história do tarô:
www.giordanoberti.it
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores |
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