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O Baralho da Maria Padilha |
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Prem Mangla (Monique Grinspan) |
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Conheci o Baralho da Maria Padilha em 2003. Com o tempo apreendi seus significados e fui aprofundando os conceitos ali representados, percebendo sua objetividade tanto das imagens quanto nos significados e consequentemente nas respostas a cada leitura. |
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São 36 cartas com símbolos simples e objetivos que trazem à tona questões do nosso cotidiano ainda inconsciente, fundamentadas no capítulo 32:8 da Bíblia “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. |
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As imagens por si dialogam conosco e, enquanto símbolos, nos proporcionam vislumbres de novas soluções para velhas e esquecidas questões. |
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O baralho vem acompanhado de um livreto que contém os significados das cartas e alguns exemplos de jogos. |
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Ao lado, reprodução do dorso das cartas do Maria Padilha. |
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Eliane Arthman responde pela elaboração do jogo
e pelo esboço das ilustrações originais. |
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Data de 1997 a 1ª edição pela Mauad. As seguintes
foram assumidas pela Autora em 2011 e 2014. Nesta,
as cartas foram impressas em papel fosco
metalizado. |
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O alcance desse baralho é muito sutil, pois ele prima pela simplicidade e o obvio em geral nos é difícil de perceber. |
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Quando se pensa em Maria Padilha das Almas, as associações são imensas, assim como as lendas e fantasias criadas em torno da Entidade. Porém, com os anos de experiência, constatei seu lado terapêutico e de despertar da consciência, para quem os consulta. Trata-se de um objetivo a alcançar quando se trilha o caminho do autoconhecimento. |
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Trabalhar com este baralho é vencer as barreiras do preconceito e abrir seu coração para revisitar velhas questões com um novo olhar. Com as lições e meditações do Osho acrescentei uma visão interiorizada das informações vindas das cartas. |
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Exemplos de cartas do baralho Maria Padilha: 6 - Boas Notícias;
7 - Melancolia, Depressão ou Lágrimas;
26 - A Consulmente ; 34 - Casamento Felliz |
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Sua linguagem é única e o objetivo é o de orientar os que lhes consultam para melhora da qualidade de vida sempre visando sua evolução como ser humano neste planeta. |
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Meu aprendizado é que nestes novos tempos, tanto Maria Padilha como outras energias de outras linhas e falanges de luz, nos pedem um olhar para dentro de nós mesmos, para assumirmos a responsabilidade de nossas decisões. Não adianta prever o futuro se o presente ainda se permeia no passado: um upgrade esta nos sendo pedido para revisarmos nossos pensamentos e ações. Esse upgrade é o autoconhecimento. O futuro será o que eu fizer e plantar hoje e, então, a vida se transforma no aqui e agora, no hoje. |
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Contato com a autora da resenha:
Prem Mangla (Monique Grinspan) - atende
e ministra
cursos de taro
em todo o Brasil e no
Osho Resort
de Meditação: www.premmangla.blogspot.com
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores |
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Relato da elaboração do baralho Maria Padilha |
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Era julho de 1997. Sentei- me numa cadeira junto à mesa da sala, acendi uma vela e enchi uma taça com uma bebida doce. O detalhe é que nunca bebi álcool, nem mesmo nas festas de Final de Ano! |
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Após acender a vela, vibrei o nome de cada um de meus mestres, que não eram poucos! |
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Depois de alguns minutos de oração, uma luz surgiu por detrás da parede e pude sentir uma leve presença feminina. |
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– A chama não vai se apagar! – ela me sussurrou. – Eternamente essa lembrança acionará as consciências libertas e os Mestres do Universo usarão os símbolos desenhados hoje como portais para as dimensões de aprendizado, permitindo a visão do futuro! A autorização está sendo dada hoje! As portas finalmente se abriram! |
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"Autorização?", me perguntei. |
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Nas duas últimas palavras vibradas, já não havia ambiente, vela, taça ou mesa. Eu era o Infinito e pude ouvir bilhões de murmúrios pronunciando orações e ver muitas mandalas sendo traçadas (não tenho certeza se eram pontos riscados ou mandalas). |
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De dentro daquela Luz muitas "Consciências" surgiram e, logo, deram passagem a uma linda mulher. Ela estava toda de vermelho, com um arranjo negro a prender-lhe os cabelos brilhantes e sorria feliz. Eu sempre fora muito contida e estranhei quando a vi sacudir os ombros e jogar a cabeça para trás. |
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No mesmo minuto em que a acompanhava visualmente e analisava a figura, meus olhos passaram a observar alguns pontos luminosos que pensei terem cedido ectoplasma para dar "forma" àquela interessante mulher! |
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Era mais de meia-noite e o silêncio reinava absoluto, já que morava numa rua silenciosa da Barra da Tijuca. Peguei a taça e sorvi seu conteúdo em três goles estalando a língua em cada um deles, demonstrando prazer, e tornei a enchê-la. "Meu Deus! Nunca bebi assim! Nunca!", admirei-me. Apesar de estar consciente, não consegui controlar meus gestos e muito menos os meus pensamentos. |
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Não entendia o porquê daquela Luz meio amarelada por detrás da parede, que parecia estar sendo emitida por uma fogueira amarelada nas bordas e muito branca em seu núcleo. Não havia parede. Quer dizer, havia parede, sim! Mas ela não estava materializada naquele momento, pois eu podia ver através dela. |
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Eu não enxergava através dos meus olhos ou ouvia através dos meus ouvidos. Em estado de consciência completamente alterado, comecei a desenhar a primeira carta, ouvindo os milhões de vozes em oração. Mesmo que tentasse entender o que pronunciavam na tal oração, o idioma não era compreendido por mim. Sabia quais eram as orações, mas elas não me pareciam inteligíveis. |
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– Escute bem: cada lâmina desse Baralho conterá uma parte de mim. Entende isso? – perguntou ela com sua voz firme e doce. Eu estava como que hipnotizada prestando atenção na cor de seu batom enquanto a ouvia falar e, por isso, não reagi a sua pergunta. |
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Só voltei a mim com o som de sua gostosa gargalhada. |
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– Entendi, sim, Senhora! – respondi ajeitando-me na cadeira. |
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Ela estava dividindo a mesma cadeira comigo, do meu lado direito, escrevendo com a mão sobre a minha mão. Não atentei, naquele momento, para o fato de ela escrever e desenhar com sua mão direita, assim como eu também. Portanto, ela estava sentada no mesmo lugar que eu, mas sua "consciência" era diversa da minha. |
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Distraí-me completamente e passei a prestar atenção no intenso movimento do outro lado da parede. Levantei-me e fui até lá verificar. |
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Havia um mar, em cujas águas milhares de lamparinas acesas boiavam. A energia ali despendida era maravilhosa e balsâmica. Mas sabia que não era um oceano da Terra. Ele pertencia a um mundo de outra dimensão. |
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Mais adiante vi carroças estacionadas e, ao redor de uma fogueira, ciganos dançavam, cantavam e batiam palmas, descontraidos e não consegui deixar de dançar e divertir-me também. |
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Um pouco distante dali, vi uma senzala iluminada por muitos lampiões, onde mulheres e homens negros batiam palmas, tocavam atabaques e dançavam felizes, rodeados por muitos Orixás que, apesar de não terem corpos materiais, eram vistos por todos que ali estavam. Havia, também, um Cruzeiro de cemitério, iluminado por uma clara luz vermelha, quase cor-de-rosa, ladeado por uma enorme e frondosa figueira, sob a qual três belas mulheres estavam. Aproximei-me e vi: uma era Dona Maria Padilha, a outra era Dona Rosa Tata da Calunga e a última era Dona Maria Mulambo. |
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Muitas outras "Marias", ocultas pela noite, também estavam ali, cedendo graça e axé, para que aquela clareira ficasse aberta até que a mensagem fosse passada. Elas recebiam a Luz provinda da Lua-Cheia e tinham seus caminhos abençoados por Olorum, o Criador do Universo! Todos aqueles lugares que visualizei, faziam parte da jornada espiritual daquela, até então, misteriosa mulher: as falanges do Mar, os Povos Ciganos, os Pretos-Velhos e os Povos da Calunga! Ela atuava, inclusive, em outras dimensões do Universo! |
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Como pano de fundo de todos os ambientes pelos quais circulei, estava a lua cheia, que emanava seus encantos e mistérios, como se fora uma Rainha da Noite! |
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– Gostou do que desenhei? – sua alegre voz arrancou-me da dimensão pela qual estivera passeando.
Olhei todos os desenhos e os vi como se o Baralho já estivesse pronto: o fundo negro, com seus desenhos nas cores branca, dourada e vermelha! O verso das cartas continham sete rosas vermelhas. Era realmente muito lindo! |
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– Senhora – chamei-a – o que é isso, afinal? |
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– "Isso" é um Oráculo! – ela gargalhou. – Ele se desmembrará em outros oráculos, quando o Tempo chegar! |
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Tornei a olhar as cartas e, mentalmente, ela me passou todo o significado do jogo. Ela exalava um aroma muito delicioso, que jamais consegui definir de qual "maison" provinha e suas rendas faziam um farfalhar muito interessante. Mas o que me encantou mesmo, foi sua humildade e simpatia. Tratou-me com muita elegância e bondade, explicando-me tudo com muita paciência, sem se zangar com o meu torpor. |
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Eu nem imaginava quem era ela! Pensei tratar-se de uma fidalga ou, quem sabe, uma cortesã europeia.
– Senhora – chamei-a novamente – perdoe-me inquirir-lhe... Qual é mesmo o seu nome?
Ela se levantou da cadeira que estivera dividindo comigo e, segurando a saia, fez uma reverência bem diante de mim: |
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– Eu sou Dona Maria Padilha, moça! – A vibração da pronúncia que usou me fez, novamente, tremer da cabeça aos pés. |
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Fechei os olhos e, ao reabri-los, a parede já estava materializada e tudo que vislumbrei desaparecera como que por encanto. Mas sua voz ficou a vibrar em meus ouvidos, pois ela viera naquela memorável noite abrir um canal. E esse canal estaria sendo aberto, também, no espírito de todos os que usassem esse Oráculo criado por ela. Portanto, esse Oráculo pertence a Ela! Fui apenas um instrumento. Ele pertence, também, a todos os que respeitam e seguem Dona Maria Padilha! |
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Axé, Padilha! |
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Contato com a Autora do Baralho:
Eliane Arthman, mantém um site com informações
e detalhes sobre o baralho: www.baralhomariapadilha.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores |
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O fundo escuro no baralho Maria Padilha |
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As Cartas do Baralho da Maria Padilha tem a particularidade de serem "negras" e imagino que muitas pessoas se perguntem o porquê desta escolha, já que a maioria deve pensar que a |
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Padilha gostaria de um Baralho enfeitado e muito colorido. Preferência de Padilha? |
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Certamente! Sei de algumas coisas que vem de sua Irmã de trabalho e minha Guardiã, Dona Maria Mulambo, que me pediu uma taça negra e uma bebida amarga. |
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Me perguntava no íntimo da alma: por quê? |
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A resposta veio rápida: negro para enxergar melhor e amargo para sentir a vida mais doce! |
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Quanto paradoxo nos modos de atuar dessas moças! |
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Desejamos vida longa ao Baralho da Maria Padilha, nossa amiga, Mestra e Guardiã dos Mistérios divinos, aos quais nós, pequenas crianças, ainda não somos capazes de entender! |
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Axé, Dona Padilha! |
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