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O Tarô de Dürer |
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Já fazia um tempo que estava “namorando” este baralho, por causa de sua beleza. Porém, depois de adquirido, devo confessar que não é tão prático de usar, justamente por apresentar muitas mudanças simbólicas. Apesar disso, “dá para se virar” e, com o tempo, fica gostoso de trabalhar. |
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Criado por Giacinto Gaudenzi e Manfredi Toraldo, este Tarô tem como base inspiradora as pinturas e gravuras de Albrecht Dürer (1471-1528), um artista renascentista alemão, muito importante pela grande influência que trouxe com sua técnica realista. |
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A caixa do Tarô de Dürer |
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Auto-retrato de Albrecht Dürer
(1471-1528), o importante pintor
alemão do Renascimento |
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Publicado em 2002 pela Lo Scarabeo e Llewellyn, este Tarô mantém a estrutura das 78 cartas, mas modifica os elementos-chave dos naipes, provavelmente para ter uma associação mais clara com o pintor. Assim, Copas são representadas por pombas, Ouros por águias, Paus por leões e Espadas por raposas. |
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Exemplos de cartas dos arcanos menores no Tarot of Dürer:
Ás de Copas, Oito de Ouros, Cinco de Espadas, Três de Paus, Quatro de Copas e Seis de Ouros |
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E, falando em diferenças, uma que me atrapalhou um pouco foi o fato da numeração e nome da carta ficar numa faixa vertical, à esquerda, ao invés do tradicional modelo horizontal, embaixo ou em cima. Apesar disso, se ganha mais espaço para a figura, que ocupa quase que a dimensão completa da lâmina, até porque o tamanho, 12 x 6,5 cm, é um pouco menor do que o padrão. Além disso, o baralho é muito fácil de manusear e de dispor na mesa. |
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Em relação à simbologia, os Arcanos Maiores vêm com uma frase em latim que, de alguma forma, complementa o sentido. Na Torre, por exemplo, está escrito “Stultum est timere, quod vitari non potest.” Ou seja, “É tolo temer aquilo que não se pode evitar”. Há, igualmente, com o mesmo fim, a presença de animais. Entre eles, pode-se citar o gato, visto na carta do Mago, a cobra na Sacerdotisa, o macaco na Imperatriz e a tartaruga no Eremita. Quanto à numeração, o padrão de Marselha é mantido, com Justiça como Arcano VIII e Força, como XI. |
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Do ponto de vista artístico, este baralho tem desenhos delicados, fundos altamente detalhados e cores suaves, nos tons verdes, azuis e vermelhos. |
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O Louco, O Mago e a Rainha de Ouros no Tarô de Dürer |
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Existe um quê de obscenidade em alguns arcanos, como o Louco que mostra suas partes íntimas, a Rainha de Ouros, com os seios à mostra, com expressão lasciva, e o Enamorado, no qual é possível ver Pan excitado com a mulher que está a sua frente. |
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Já os Arcanos Menores não seguem a imagética do Rider-Waite à risca. Assim, existem algumas diferenças evidentes. Você até consegue chegar ao mesmo ponto da interpretação a partir das imagens. Porém, leva um pouco mais de tempo. Eu até não sou contra, pois ajuda a reciclar e nos faz ampliar nossas referências. O Quatro de Espadas, por exemplo, mostra uma raposa presa numa armadilha. Ela não ficou paralisada por vontade própria. Porém, quando deixamos de agir por desânimo, não nos colocamos sem querer numa armadilha? |
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Nove de Copas, Sete de Ouros e Oito de Espadas no Tarô de Dürer |
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O Nove de Copas traz uma pessoa limpando uma mesa, com o que parece ser insatisfação, enquanto que o sete de Ouros remete ao resultado de uma caçada. Por fim, o Oito de Espadas traz a figura de uma raposa morta. |
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Olhando as obras de Dürer, considerei que as gravuras dele têm mais a ver com a arte estabelecida para as cartas deste Tarô, do que propriamente suas pinturas. De todo modo, não era interesse dos criadores deste deck reproduzirem fielmente o estilo e sim, usá-lo apenas como inspiração. |
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Contato com a autora da resenha:
Vanessa Mazza, consultora de tarot
e estudiosa do I Ching,
Feng Shui e Numerologia
www.vanessamazza.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores |
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