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O meu encontro com o Sola Busca |
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Confesso que aquilo que primeiro me atraiu no Sola Busca foi o nome. Ao estudar as possíveis origens do Tarot, li que o primeiro deck completo e totalmente ilustrado da Renascença (que certamente foi usado como inspiração aos desenhos de Pamela Colman Smith, no tarot Rider Waite) foi ele. |
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Sola Busca. Ao ler esse nome, congelei. Foi como se houvesse levado um choque.
Algo dentro de mim reverberou. Como uma pedra quando é jogada em um lago calmo, minha alma havia se lembrado da energia que o nome emanava, da energia que reconhecia, mas que havia esquecido. |
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O meu Sola Busca... |
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Sem saber que Sola Busca se referia a uma nobre família milanesa que possuía um exemplar completo e bem conservado desse Tarot até 2009, ano em que as cartas foram compradas pelo estado italiano e passaram a morar na Pinacoteca di Brera. Fiquei repetindo aquelas duas palavras baixinho, para minha mente, para meu subconsciente, para meu coração... como quando alguém quer se lembrar do nome de uma pessoa cuja fisionomia é familiar, mas não se recorda de onde. Sola Busca... Sola Busca... Sola Busca... |
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Meu lado pesquisador resolveu tentar descobrir tudo o que eu podia sobre aquele mistério de nove letras.
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Como colecionadora de tarots que me escolhem, o Sola Busca não me deixou mais em paz. Eu acordava, trabalhava, comia e dormia com essas palavras em minha mente. Parecia um transe, uma hipnose. Ele não me largava! Não haveria caminho de volta.
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Depois de muito pesquisar sobre esse magnífico deck, qual não foi a minha decepção ao descobrir que só havia 700 dele no mundo, reproduzidos por Wolfgang Meyer em 1998.
Já havíamos passado de 2010 e, é óbvio que minhas chances de adquirir um exemplar seriam nulas. Isso me deprimiu. Foi como se, ao reencontrar um grande amigo, descobrisse que não tinha seu endereço, ou, para ser mais atualizada, que ele não poderia ser encontrado online... |
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Continuei minhas pesquisas sobre aquele Tarot. Eu absorvia as imagens que havia na internet, ampliava-as, decorava detalhes das mesmas, lia tudo do pouco que encontrava pela frente. E aquela sensação de derrota, de não poder tê-lo ao meu lado nunca me deixava em paz. |
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Racionalmente, eu sabia que seria impossível ter um deck, mas, Pandora abriu a caixa e a esperança nunca me deixou. Algum tempo depois do meu primeiro contato com ele, encontrei uma pessoa que vendia tarots. Nós nos demos bem logo de início e eu estava pronta para pagar pelos decks que havia escolhido da loja quando, “por acaso” ela me convidou a entrar em seu escritório para ver alguns outros decks que, por serem mais caros, ainda não haviam sido disponibilizados para o público. |
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Havia muitos tarots lá e, no meio de tudo, havia uma caixa que parecia um livro que estava embaixo de vários outros decks, que estavam escondidos atrás de uma pilha de livros. Após ter tirado tudo de cima para poder ver melhor qual caixinha era aquela, mal pude acreditar no que via! Era ele: o Sola Busca! Ele estava ali, me esperando!!! Que surpresa do destino! E, desde então, o deck de número 363 faz parte da minha vida. |
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Em um primeiro momento, como leiga que era, assumi que Sola Busca significasse a busca de algo individual, uma jornada solitária. E já me perguntava: qual seria ela?
Sim, a busca do ouro do alquimista é individual, ninguém pode fazê-la por vc. São suas experiências que definem sua jornada, sua Busca. Você tem que trilhar o caminho sozinho. E qual seria a busca? Seria uma jornada alquímica? Até aí, o que eu sabia sobre alquimia era o que comumente ouvimos dizer. Jamais imaginaria onde essa “Sola Busca” iria me levar. |
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De toda essa história, surgiu um jogo e eu o batizei de Tiragem da jornada solitária com o Sola Busca, para que possamos, através das surpresas que o universo nos reserva, jamais perder a esperança e continuar nessa jornada individual e nessa busca incessante do autoconhecimento, do trabalho alquímico que vai transformar nosso chumbo em ouro! |
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Tiragem da jornada solitária |
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. Essa tiragem reflete a trajetória do meu encontro com o Sola Busca e dividi-a com todos, para que seja usada toda vez que você quiser trilhar um caminho e precisar de um guia para saber aonde vai chegar, o que vai aprender e qual surpresa o destino te reserva.
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Após embaralhar as cartas e cortar o maço com a mão esquerda, deitar as cartas da seguinte forma: |
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Sendo:
1. Ponto de partida.
2. Primeiras dificuldades ou frustrações.
3. Pesquisa, caminho.
4. Escuridão, aceitação da realidade.
5. Grande surpresa do destino, encontro.
6. Gratidão, como utilizar O que aprendeu.
7. Recompensas pelo caminho percorrido, o aprendizado.
8. Transformação. |
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Essa tiragem ilustra o falei até aqui e simboliza minha jornada pela busca do meu amado tarot. |
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Carta 1: ponto de partida. O Louco. Eu, perdida, sem saber nada sobre o Sola Busca, sem saber por onde começar a procurar! |
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Carta 2: primeiras dificuldades. A Lua. Não havia quase nada disponível sobre o deck, quase nenhuma informação, eu, deprimida, com meus pensamentos tomados por ele, num devaneio só! Pensando: Sola Busca, Sola Busca, Sola Busca... apenas imagens oníricas em minha vida. |
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Carta 3: pesquisa. A Papisa. Comecei a pesquisar tudo o que eu podia sobre ele, a tentar desvendar esse mistério, ir atrás do oculto e desvendá-lo, através de muito estudo. |
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Carta 4: aceitação da realidade: O Pendurado. Eu não podia fazer nada. Só haviam 700 decks no mundo, que tinham sido publicado há mais de dez anos. Só me restava a resignação... |
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Carta 5: surpresa do destino...Eu, em minhas andanças pelo “mundo do tarot” (lojas, sites, congressos, feiras, livrarias), encontrei-o!!!! |
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Carta 6: como utilizar o que aprendeu: O Mago. Utilizando o deck, “manipulando-o”! |
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Carta 7: recompensa pelo aprendizado: A Imperatriz. Multiplicar o conhecimento recebido! |
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Carta 8: transformação, alquimia: O Carro. A vitória! Ir sempre em frente! |
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Boa jornada a todos! |
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