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Conversando com Star |
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Certo dia, um cliente faltou sem aviso prévio. Isso às vezes acontece e, “de repente” (*), surge uma lacuna, um espaço vazio na agenda. Podemos preencher rapidamente esse buraco com qualquer coisa, ou então permitir a existência do vazio, sentindo-o, até brotar a inspiração do que fazer. Bem, escolhi a segunda opção. Naquelas duas horas à deriva fui dar uma volta pelo quarteirão, sentar sob uma mangueira florida e conversar com a gentil funcionária da farmácia de florais e homeopatia. O diálogo foi mais ou menos assim: |
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— Oi, Tudo bem? – perguntei a ela. |
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— Tudo. E você? – retornou a atendente. |
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— Tudo também. Mas tá tudo bem de verdade contigo? – insisti, pois inconscientemente estava pedindo para ouvir… |
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— Um pouco cansada. Saudades de ter de volta minha casa só para mim. |
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Uma interrogação deve ter ficado estampada em minha face, pois ela continuou: |
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— É que acolhi uns peregrinos em casa e a rotina muda, sabe. Entra e sai gente toda hora e se acaba perdendo um pouco a privacidade. Eles ficam com a chave e têm liberdade nos horários… |
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— Mas são seus amigos? |
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— Não, ainda não. São desconhecidos. São de uma igreja que conheço. |
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— Como assim? Você deixa sua casa nas mãos de desconhecidos!? E se suas coisas sumirem? Não tem medo? – perguntei numa atitude de repreensão. |
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— Eu não vim nessa encarnação como caramujo para ficar carregando casa nas costas... |
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Algumas vezes, não só ouvimos, mas também sentimos, quando a verdade é dita. Confesso: arrepiei. Bem, essa conversa realmente existiu naquela tarde da lacuna. Melhor, essa conversa ainda persiste em martelar minha cabeça: Desapego? Confiança? Sabedoria profunda e reconhecimento do para quê estou aqui? Tranquilidade e serenidade? Humildade? Fé? Algumas respostas fui recebendo aos poucos pelas sincronicidades, pedaços de músicas, provérbios, textos de livros etc. Mas só há pouco redescobri – pois já havia lido, mas não vivenciado – que a atitude da atendente está conectada ao Arcano XVII – A Estrela. E colocando no contexto: |
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Cartas do Tarô de Marselha restaurado por Kris Hadar |
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XVI – A Torre, também conhecida como a Casa de Deus, é uma imagem forte, onde um raio (e raios são coisas que acontecem “de repente”) cai como um feixe de labaredas sobre uma torre e arremessa dois homens rumo ao chão. Assustador, libertador e incontrolável. |
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XVII – A Estrela é o décimo sétimo arcano maior do Tarô. Retrata basicamente uma mulher totalmente nua, de cabelos azuis, ajoelhada à margem de um rio, segurando dois jarros, enquanto despeja um na terra e outro nas águas. É noite e há oito estrelas acima da mulher. Em um canto, uma árvore com um pássaro. |
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Já XVIII – A Lua, a imagem de uma grande lua que absorve gotas advindas do plano inferior da carta, onde há cães (ou algo do gênero) e mais abaixo uma abertura aquática onde surge um grande lagostim. Uivos ensurdecedores, trajeto desafiante, abertura das profundezas. |
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Imagem do arquivo do Autor da crônica |
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Uma forma que gosto de utilizar para entrar em contato com os arcanos é a de dialogar com a imagem. Podemos fazer isso também com os objetos, pedras, árvores, plantinhas, esculturas… |
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Esse recurso abre oportunidade para entrar em contato com as sensações que recebemos pelos cinco sentidos, pois começamos inicialmente com uma detalhada descrição: cor, tamanho, forma, textura, temperatura, cheiro, gosto e assim vai. Depois de já conhecer e saber mais sobre o objeto, iniciamos uma conversa (que pode ser apenas mental), onde imaginamos, ou melhor, deixamos fluir a resposta em nossa direção. Às vezes nem precisamos do objeto físico (por exemplo, como já tenho praticamente a imagem do tarô de Marselha gravado na memória, nem preciso pegar a carta). |
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Algumas dicas: Pela prática, percebi que é melhor fazer este exercício sozinho; afinal conversar com algum objeto não é algo aceito com naturalidade em nossa cultura. Também reparei que no recolhimento solitário de um quarto as respostas parecem surgir mais facilmente. |
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É bom, ainda, realizar alguma meditação, silenciar interiormente, acalmar os pensamentos e emoções, diminuindo os barulhos das vozes internas para poder ouvir a voz desejada. |
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O relato abaixo aconteceu diante desse método, incluindo partes de músicas, livros e pessoas que surgiram de forma inesperada durante estas últimas três semanas. |
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Vamos, então, à conversa que tive com o Arcano. Eu a chamo carinhosamente de Star e é com ela, a mulher nua, que dialogo: |
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— Boa noite, Star. Tudo bem? |
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— Sim, obrigada. E com você? |
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— Não muito. Me sinto perdido. Vim pedir sua ajuda. |
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— Sou grata por você vir aqui. |
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— E eu também. Mas o que você está fazendo? |
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— Eu derramo na correnteza fluída da vida tudo o que possuo. Eu deixo tudo o que há em mim ir embora. |
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— Mas não é bom guardar um pouquinho? Há uma longa jornada noturna pela frente! |
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— Não preciso de reservas. Sei que não há garantias de ultrapassar a próxima casa. Assim, escolho entregar à Vida tudo o que conquistei, fiz e aprendi. Sinto que eu já cumpri meu papel. Me sinto realizada e agora estou em paz. Isto é excelente: deixar ir embora traz uma sensação de leveza, tranquilidade e serenidade. Quando comecei a fazer isso percebi que sempre há coisas novas que surgem a partir de mim... Eu também sou a criadora. |
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— Fico preocupado em vê-la nua. Me parece que você fica vulnerável. Onde estão tuas roupas? |
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— Eu me despi na casa anterior, A Casa de Deus. Lembra-se do raio, Joneth? Aprendi que existe esse “de repente” que você menciona tanto e realmente aprendi com ele. Mas, aqui, nesta minha casa, não fique à espera do “de repente” acontecer. Aqui, prevalece a sua escolha, que cabe só a você mesmo, de se liberar, se despir. |
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The Star no Old Path Tarot |
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— Aprenda o que é a verdadeira libertação: “Liberdade do medo, do sofrimento, de uma sensação de insuficiência e de falta de alguma coisa e, portanto, de todos os desejos, necessidades, cobiça e dependência” (1). Venha se libertar destas ilusões. Veja, eu estou livre e meu gesto artístico foi me despir totalmente. Entenda que sou vulnerável a muitas coisas, mas, ao mesmo tempo, integrada além do tempo e espaço com algo muito maior, pois participo do Divino. Em vez de me proteger, esconder e de tentar controlar o processo da vida, eu escolho me despir dessas aparências inúteis e superficiais, de panos e tijolos, para revelar a todos o que eu realmente sou, minha verdadeira identidade, a minha Essência. Eu me entrego à sabedoria maior, com humildade. Tenho fé e confiança na bondade do Universo. “Sugiro que há um guerreiro que nasce do poeta” (3), da percepção do invisível, desta própria nudez. |
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Estrela em tarô brasileiro |
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Arquivo do Autor da resenha |
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— Continuo preocupado com isso… |
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— Por favor, pare com isso. Olhe por um momento para esse imenso céu estrelado acima de mim. Ouça seu silêncio pacífico, veja de verdade a sua imensidão e perceba a conexão que está além das aparências, além da razão, e que envolve tudo, até mesmo o canto do pássaro na árvore. Tudo está em profunda sintonia. Está tudo certo. Sente isso? E eu me sinto pertencente inteiramente a este “Todo Maravilhoso”. Entenda de uma vez:“O essencial é invisível aos olhos" (2). Aí você encontrará a coragem para desapegar. Você quer? |
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— Olha… Eu quero… Mas parece algo bem difícil… |
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— Sim, eu sei, mas esse é o desafio na minha casa. Deixe-me guiá-lo um pouco mais. Sugiro que você olhe a sua mão. O que vê? |
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— Bem, vejo dedos, palma, pele, unhas e pelos. |
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Vamos, veja algo mais. Veja a Beleza em sua mão. Percorra as linhas, olhe uma linha com profundidade. Vê os minúsculos tracinhos que parecem pequenas inscrições? Isso não é Belo? Essa mão é uma obra de arte que está além das palavras e conceitos mentais; é única, fruto da bondade da Existência. Isso soa como “Ver a eternidade num grão de areia" - Blake (3). Sentir essa beleza é a Verdade que você precisa e ela já existe em você, sempre existiu… |
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— Soa bonito… |
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— Fique então na Beleza e Humildade dessa minha casa, reconhecendo sua própria essência interior, que traz tranquilidade e serenidade para perceber qual o seu chamado. Chamado para iniciar o novo ciclo, a nova casa. Chamado para sua missão e propósito. Inspire sua própria Beleza única e incomensurável de ser quem você já é… |
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— Eu achava que beleza era algo superficial, estética, algo descartável... |
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— De modo algum. A Beleza sobre a qual estamos a falar aqui é o outro pão necessário que também nos sustenta. Nas palavras de Maomé: “Se eu tivesse somente dois pedaços de pão, trocaria um deles por jacintos para alimentar minha Alma”. Não será só do pão físico, do dinheiro, das posses materiais e recursos mundanos (e isso inclui seus livros e baralhos, meu caro), que virá a sua segurança e força no desafio da próxima casa, A Lua. Este pão da Beleza oferece a dimensão e o significado de você existir, de querer pertencer à vida e de viver, pois é “assim mesmo que é composta a vida humana... O ser humano, guiado pelo sentido da Beleza, transpõe o acontecimento fortuito... O homem inconscientemente compõe sua vida segunda as leis da Beleza, mesmo nos instantes do mais profundo desespero.”(7) A Beleza traz força às nossas palavras, sonhos e propósitos de estar aqui, então “aprenda a possibilidade de transcender o mundo das aparências”.(4) |
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— Tudo isso parece tão fantástico, insólito… Ilusão, utopia. |
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— A Ilusão existe e é necessária para você aprender a reconhecer o Real. Faça agora, por você mesmo, uma abertura na sua rotina. Seja o seu próprio “de repente”. O raio é um clarão breve. Aqui, em minha casa, a Estrela brilha leve, sutil e constante. Mais adiante, nas próximas casas, a iluminação vai aumentar em intensidade e duração. Descanse aqui comigo. |
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— Sim, eu quero ficar aqui com você. |
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— Vou lhe contar o mito da deusa assíria Ishtar. Ela, uma das mais poderosas e intensas manifestações do feminino, era deusa guerreira e também do amor. Em sua juventude, amava Tammuz, o deus da colheita. Dizia-se que seu amor lhe causara a morte. Consumida pela tristeza, Ishtar desceu ao mundo dos espíritos na esperança de rever Tammuz. A cada um dos sete portões, Ishtar tirava uma peça do vestiário, da armadura, dos enfeites e acabou totalmente nua e vulnerável. A cada portão ela sabia o que acontecia, mas reafirmava sua escolha. Não é à toa que nossos nomes se parecem. Do nosso despir mais profundo nasce a afirmação do que somos e para que estamos aqui. |
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— É... Eu entendo o que Ishtar fez pelo amor que sentia… Então você está também relacionada ao amor, é isso? |
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A Estrela no Tarot Egípcio Kier |
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— Sim. Toda a jornada dos Arcanos Maiores é também para religar-se com o Amor. Joneth, eu venho lhe mostrar um caminho melhor que o da dor, sofrimento e medo que você já viveu em sua jornada, nas casas anteriores. Tudo foi necessário para que você se tornasse mais forte. Agora, veja, todos precisamos de uma ajudinha. E quero lhe mostrar que o poder mais humano de todos, a esperança, existe. Preciso que você volte a ter esperança (5). Volte a acreditar novamente em si mesmo e na Vida; que traga à tona a verdade de que você é Amor e está aqui para Amar. Quero lhe mostrar que “cada um pode com a força que tem, na leveza e na doçura, de ser feliz” (6). Fique comigo até que seu pássaro cante e assim, no momento certo, você partirá adiante em sua jornada, renovado na fé. |
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— Obrigado por ficar comigo, Star. |
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Essa conversa também aconteceu, pelo menos no meu mundo interno e isso não a faz menos real. Bem, ainda não sei exatamente qual meu propósito de estar aqui. Continuo um pouco perdido. Mas sei do que gosto. Sei que é bom amar. E sei que também quero cultivar esse Arcano na forma do desapego, serenidade, humildade, fé e esperança. Desejo que todas essas flores fiquem sempre presentes em nossos jardins. Minha gratidão a todos os que ajudam, confiam e acreditam. Uma ótima Primavera! |
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Fontes inspiradoras para este texto: |
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(*) A todas pessoas que “de repente” encontro e que me tocam profundamente.
(1) Eckhart Tolle - O Poder do Agora.,
(2) Saint Exupery - O pequeno principe.
(3) Rubem Alves - Lições de Feitiçaria.
(4) Irene Gad - Tarô e Individuação.
(5) Filme X-men - Dias de um futuro esquecido.
(6) Vanessa da Mata - Onde ir.
(7) Milan Kundera - A insustentável leveza do ser. |
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Edição: CKR – 18/10/2014
Revisão: Ivana Mihanovich |
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