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Tarot: O Caminho do Louco |
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Tarot é um oráculo que não é sequencial, mas sim simultâneo. A primeira carta O Louco é cada um de nós em seu começo de jornada: leva poucos pertences, anda distraído e, ao seu lado, há um cão que simboliza a sua consciência que precisa despertar-se para o autoconhecimento. Quando o louco se transforma no Mago, ele será iniciado no Conhecimento Profundo, que para ele ainda é algo novo, aprendendo a lidar com os quatro elementos na formação da matéria, usando todas as armas que estão a seu dispor. Já não pode ser o distraído de antes, mas tem de tomar uma posição. |
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O Louco no Tarô Clássico |
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Rocca e Gumppenberg - 1835 |
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Para cada transformação do Louco, um portal diferente. Cada carta representa um nível de Consciência que pode alterar-se, dependendo da situação: em níveis, ciclos, portais. Precisamos colocar a nossa vida no Tarot, com várias opções, que podem ser escolhidas ou modificadas, mas nunca negligenciadas. Tarot não é fixo, não possui regras, é livre. Isso não significa que tudo pode, mas representa a ponderação em tomar decisões e sentir quando o Universo conspira a nosso favor. O Tarot não é rasteiramente um oráculo adivinhatório, como alguns assim o desejam, mas um resgate de uma Tradição Antiga, passada de geração a geração. É a Vida em seu mais pleno potencial de realização! |
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Nossos antepassados, estruturadores do Tarot, não deixaram receitas de bolo e isso tem uma razão de ser: não podemos nos apegar a nenhum dogma. O dogma destrói qualquer tipo de possibilidade em nível espiritual. |
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Carlos Castanheda dizia que há quatro inimigos no caminho do autoconhecimento: O medo, o poder, a clareza e a velhice. O medo porque ele existe, mas não pode impedir que continuemos a caminhar em nossa senda. O poder já que ele é importante, mas não o principal, afinal, o verdadeiro poder é: não usar o poder. A clareza porque quando a pessoa sente que não há mais o que aprender, agindo de modo prepotente, a consequência é: essa mesma clareza a cega. |
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E a velhice, pois é impossível fugir dela e toda a nossa cultura tem sido usada para evitá-la, evitar o que é natural. Enfim, o Louco caminha dentro de todas as cartas, e, a cada caminhar, desilude-se, despera-se, está triste, sorri, alegra-se, e todas essas polaridades fazem parte do aprendizado. |
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Na verdade, podemos colocar o Louco em duas situações: na primeira, quando começa a trilhar o caminho ingenuamente e nas posteriores, quando começa a lapidar o seu espírito para a compreensão dos fatos da sua existência. Neste caso, ele está terminando um ciclo, para começar outro. O Louco é o caminhante, vivenciando todas as outras cartas, até chegar à carta do Mundo pela qual o caminhante passa, para finalizar uma etapa de sua vida. |
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Digamos que o Louco é todos os arcanos maiores e menores e, ao passar e transformar-se em todas as cartas, caminha, às vezes, hesitando, às vezes andando espontaneamente, porque ele não tem segurança de nada. Para ser um louco, um Majnun, como diria os sufis, é preciso ter ciência da ponte do mundo racional com o mundo místico. Trilhar a senda do louco, não buscar a Realização, pois não se pode buscar o que já se tem, mas uma prática de um Despertar pleno! |
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Esse sistema altamente amplo que é o Tarot nos propõe isso: um caminho infindável em direção a nós mesmos! |
janeiro.13 |
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Contato com o autor:
Ivan Mir atende pessoalmente em Belo Horizonte.
Contato: preskau@yahoo.com
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores |
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