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21 de novembro de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


  ARCANOS MAIORES / O Conjunto - Estudos Clássicos < voltar  
  1. A roda, as fileiras e os quatro grupos | 2. Os onze pares | 3. Tétrades comparativas  
Os indícios reveladores dos segredos do Tarô
3. Tétrades comparativas
Oswald Wirth
Traduzido do original francês por
Constantino K. Riemma
    
    Os pares que acabamos de passar em revista dão lugar a relações do mais alto interesse. Comparados dois a dois, colocam quatro arcanos em oposição conjugada. Formam as tétrades, algumas das quais merecem mais particularmente a nossa atenção.
    Em cada tétrade, o primeiro arcano está para o segundo assim como o terceiro está para o quarto. O primeiro está, por outro lado, em relação ao terceiro tal como o segundo está para o quarto. Finalmente, o primeiro está para o quarto assim como o segundo está para o terceiro.
    Para aprofundar o estudo do Tarot, é importante resolver a série de problemas e de equações que são colocados pelas tétrades. Existe aí um exercício intelectual do qual tirarão proveito principalmente aqueles que querem aplicar o Tarot à adivinhação.
    Esse exercício ativa a imaginação e a prepara para apreender as relações entre as imagens que se justapõem. É impossível que o Tarot fale enquanto o adivinho não assimilar a linguagem dos símbolos. Estes não falam por si mesmos, sem serem solicitados; daí a necessidade de os interrogar com método. Nada é mais fecundo a esse respeito que a disciplina das tétrades aqui preconizada.
    As indicações seguintes mostrarão como se pode obter, de um lado, a idéia sintética que liga os quatro arcanos entre si e, a seguir, a compreensão dos diferentes aspectos dessa mesma idéia oferecidos pelos arcanos um a um.
 
O princípio da inteligência individual
 
1. O Mágico (Prestidigitador)
No poder.
Apto para se instruir em todas as coisas.
 
 
 
11. A Força
Na ação.
Plenamente instruído
e aplicado às obras práticas.
 
 
X
 
 
0. O Louco
Inativo, inerte, incapaz intelectualmente.
Estupidez. Incompreensão.
 
 
 
12. Pendurado
Entravado, tornado improdutivo. Gênio incompreendido.
Pensamento por demais sublime para se tornar inteligível.
 
 
O espírito (a mente) em presença do mistério
 
2. A Papisa
Esforço para penetrar.
Adivinhação, intuição, gnose, fé.
 
 
 
10. A Roda da Fortuna
Diferencia, descobre.
Detém-se em conjecturas geniais.
 
 
X
 
 
21. O Mundo
Percepção do conjunto.
Visão estática. Ciência integral.
 
 
 
13. A Morte
Rejeição, negação.
Desilusão. Ceticismo absoluto.
 
 
O Princípio Espiritual, fonte do pensamento e da vida
 
3. A Imperatriz.
Atração pela inteligência, que se assenta para gerar as idéias.
Compreensão, concepção
 
 
 
9. O Eremita
Frutificação na inteligência que constitui a esfera mental.
Reservatório da memória.
 
 
X
 
 
20. O Julgamento
Sujeição da inteligência que fecundou.
Inspiração, entusiasmo.
 
 
 
14. A temperança
Circulação e animação da multiplicidade dos seres.
Via universal.
 
 
A Luz criadora
 
4. O Imperador
Fixada no centro da personalidade, princípio de energia voluntária,
da expansão individual e do crescimento.
 
 
 
8. Justiça
Afinada, harmonicamente repartida para assegurar o funcionamento normal do organismo e sua conservação.
 
 
X
 
 
19. Sol
Irradiante de sua fonte universal.
Expansão do ser. Altruísmo.
 
 
 
15. O Diabo
Condensada com excesso.
Congestão, cio, ardor cego, instinto brutal. Egoísmo.
 
 
A quádrupla fonte das convicções humanas
 
5. O Papa
A tradição filosófica ou religiosa.
Crentes esclarecidos.
 
 
 
7. O Carro
Pesquisa independente da verdade.
Livres-pensadores.
 



X
 
 
18. A Lua
As opiniões recebidas, os preconceitos dominantes.
Supersticiosos, escravos da letra morta.
 
 
 
16. A Casa de Deus
A contradição de doutrinas inimigas.
Sectários anti-religiosos, falsos livres-pensadores.
 
 
Diferentes aspectos da Verdade
 
2. A Papisa
Mistério que solicita a intuição e pede ser penetrado.
 
 
 
5. O Papa
Dogma no qual importa compreender o esoterismo, pensamento intimo ou espírito vivificante.
 
 
X
 
 
21. O Mundo
Absoluto que só se revela no arrebatamento do êxtase.
 
 
 
18. A Lua
Signos materiais, formas, invólucros, cascas do pensamento, letra morta.
 
 
A idéia em relação ao entendimento
 
3. A Imperatriz.
Ela é atraída, penetrada e ganha raízes.
 
 
 
4. O Imperador
Ela desenvolve todas as suas conseqüências lógicas.
 
 
X
 
 
20. O Julgamento
Ela se apropria espontaneamente, provocando delírio e entusiasmo.
 
 
 
19. O Sol
Ela se afina, torna-se mais sutil e assume um caráter poético ou sublime.
 
 
Resultados da atividade humana
 
7. O Carro
Triunfo, sucesso conquistado pelo mérito.
 
 
 
10. A Roda da Fortuna
Êxito obtido por favores ou pela sorte.
 
 
X
 
 
16. A Casa de Deus
Reveses provocados pelas ilusões ou pelos erros.
 
 
 
13. A Morte
Catástrofe inevitável e fatal pela qual a vítima não é responsável.
 
 
Aplicações da energia
 
8. A Justiça
Equilíbrio entre receita e despesas, funcionamento normal.
 
 
 
9. O Eremita
Redução das despesas, reserva, abstinência.
 
 
X
 
 
15. O Diabo
Acúmulo levado ao extremo e, depois, despesa súbita; ardor veemente, explosão.
 
 
 
14. A Temperqnça
Relaxamento, indolência, indiferença, apatia, frieza.
 
 
    O leitor fica convidado a não se deixar desanimar pela aridez esquemática das indicações que acabam de ser dadas. O programa traçado oferece à sua iniciativa pessoal um campo fecundo para explorar e aprofundar.
    Para aprender a decifrar o Tarot é indispensável o exercício de comparar os arcanos, a fim de extrair tudo o que podem sugerir as múltiplas relações e contrastes. Um espírito meditativo saberá retirar de cada tétrade um amplo material para expressão simbólica. Mas cada um tem a obrigação de pensar por si mesmo, e nós não faríamos bem se déssemos tudo mastigado para os iniciantes preocupados em levar a sério o estudo do Tarot.
    
out.07
Para continuar, clique nos links abaixo: 1. A roda, as fileiras e os quatro elementos ou 2. Os onze pares
 
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