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Os símbolos numéricos de 1 a 10 |
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Compilação de
Constantino K. Riemma |
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“Tudo
está disposto conforme o Número”,
afirmou Pitágoras há vinte e
cinco séculos. O próprio Platão
não fez mais que divulgar a definição
do mestre, em fragmentos que se tornariam
célebres: “O número
é o próprio conhecimento” e “todos os elementos receberam
de Deus suas formas por ação
das Idéias e dos Números”. |
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O pensamento
pitagórico prefigurou não
só a matemática dos dois
milênios posteriores, mas também
a teoria dos conjuntos e a axiomática. Nicômaco,
no século I, relatava que a teoria
dos números estava dividida em
duas disciplinas, “a primeira,
a Aritmologia (Mística
do Número), metafísica,
que se ocupa do Número Puro;
a segunda, a Aritmética propriamente dita, que trata do número
científico abstrato, segundo
um método silogístico
rigoroso”. Esta última
admitia ainda uma subdivisão,
visto que originava “uma terceira
ciência, ou melhor, uma técnica (a que hoje chamamos aritmética) relegada a um grau inferior, o Cálculo propriamente dito com números
concretos”, segundo Ghyka. |
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Um comentário
sobre o Carmides de Platão
especifica: "A logística (o cálculo) é a teoria
que se ocupa dos objetos enumeráveis
e não dos (verdadeiros) números". |
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Os gnósticos,
durante a infância do cristianismo,
e posteriormente os cabalistas, os alquimistas,
os românticos alemães do século
XIX, a corrente junguiana da psicologia contemporânea,
retomarão ao longo dos séculos,
constantemente, esta idéia qualitativa
dos números. Dessas fontes e por esse
processo, formou-se uma vasta simbologia do
número. “Onde há dois
elementos – diz Juan-Eduardo Cirlot
– o terceiro aparece sob a forma
da união desses dois e então
como três, dá lugar ao quarto
como conexão dos três, e assim
sucessivamente.” |
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Significados simbólico-divinatórios |
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Apresentamos, abaixo,
resumos simbólico-divinatórios
que podem ser aplicados aos dez números
que encontramos nas cartas numeradas do Tarô. |
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Princípio
da fecundação. Luz. Calor.
O que é. O ser antes de circunscrever-se
a uma aparência. |
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Principio
ativo que se fragmenta para originar
a multiplicidade e se identifica com
o centro, com o ponto irradiador e a
potência suprema. |
Diz
respeito ao estado paradisíaco
anterior ao bem e ao mal (e, em conseqüência,
ao estado prévio a todo dualismo). |
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Guénon distingue
o um e a unidade – seguindo a tradição
islâmica – sendo a unidade um
reino absoluto e fechado em si mesmo, que
não |
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admite a passagem à dualidade. |
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Esta imagem poderia
relacionar-se talvez com o Apsu caldeu
(o abismo sem fundo anterior à criação)
ou o deus mais antigo que Deus, condenado
ao vazio eterno por negar-se às fadigas
e aos riscos da criação, passagem
da unidade geradora à dualidade que
estabelece a presença do outro). |
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Binário.
Androginia. Conflito original. Choque
dos opostos. Casal sem descendência.
Em seu aspecto negativo é o símbolo
da queda e da noite. |
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Eco,
reflexo, conflito, contraposição.
Imobilidade momentânea que se
produz quando as forças opostas
são iguais (equilíbrio
na ação). Ligação
do imortal ao mortal, do invariável
ao variável. Número da
sexualização. |
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É por vezes
considerado difícil, porque inaugura
o dualismo (ou seja, |
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a separação
da unidade), embora só de modo transitório,
e representa uma etapa desafiadora do caminho
iniciático. |
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Equilíbrio
em tensão, experiência da divisão:
problema, necessidade de análise, de
partição, de decomposição
interior ou luta contra alguém. |
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Atribui-se a Moderato
de Cádiz, matemático espanhol,
esta certeza velada: “O um a idéia de identidade, de unidade,
de acordo e simpatia no Mundo; o dois a idéia do ‘outro’, a discriminação
e a desigualdade.” |
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Trindade.
Ordem do ternário. Resolução
harmoniosa do conflito da queda. Incorporação
do espírito ao binário.
No ambito do casal representa o filho. |
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Síntese
espiritual. Fórmula de cada um
dos mundos criados. Refere-se ao número
de princípios e expressa o suficiente,
o desenvolvimento da unidade em seu
próprio interior. Número
da idéia do Céu. |
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Síntese
biológica (o indivíduo
com seu pai e sua mãe; com sua
mulher e seu filho; com seu pai e seu
filho). |
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Representa a totalidade
harmoniosa do homem, de acordo com a teoria
esotérica da composição
trinitária (espírito –>
alma ou psique –> corpo). |
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Quaternário.
A dualidade binária levada ao
mundo e ao acontecer, mas com signo
invertido (agora positivo) pela passagem
pelo três. |
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Organização racional.
Realizações tangíveis.
Ordem terrestre (as estações,
os pontos cardeais, etc.). |
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A
dupla partição (dois e
dois) já não significa
separar, como no número 2, mas
ordenar o separado. |
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Refere-se ao Nome
de Deus (Tetragrammaton) e, com ele, a toda
organização diferenciada e apta
a receber nome (identidade). |
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Número
da virilidade e do amor. Harmonia do
corpo (cabeça e extremidades;
sexo; os dedos da mão com o polegar
oposto). |
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Erotismo, saúde.
Número da primavera. |
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A
quintessência atuando sobre a
matéria. Os quatro pontos cardeais
e seu centro. União do Céu
(três) e da Terra (dois). Princípio
da simetria pentagonal, freqüente
na natureza orgânica. Secção
áurea, proporção
divina. |
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Os cinco sentidos,
as formas sensíveis da matéria.
Caracteriza a pleni- |
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tude orgânica da
vida, em oposição à rigidez
da morte. |
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Pêntada,
ou metade exata de Década pitagórica.
Emblema do Microcosmo. Amor, como princípio
da fecundidade e da geração. |
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Símbolo
dialético da conduta humana (ação
impulsiva + tendência ao equilíbrio).
Número da prova e do esforço
(sexto dia da Criação).
Pórtico, passagem. |
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Por
seu caráter de reunião,
número do hermafrodita. |
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Ambigüidade.
Era o número sexual por excelência
em certas comunidades pitagóricas
(provavelmente por ser produto da dupla
multiplicação que se pode
fazer entre o primeiro número
feminino [dois] e o primeiro masculino
(três) : 2 x 3 = 6). |
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Soma da ordem
espiritual ou mental com a terrena (ou
da comunicação com o exterior). |
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Símbolo
do céu (as notas da escala, as
cores, os planetas). |
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Número
da virgindade. Relaciona-se também
à dor. |
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Reúne
as ordens do ternário e do quaternário,
por propor uma leitura simbólica
quase interminável. |
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É talvez
o que possua a maior variedade de representações
(número |
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dos dias da semana, das notas
musicais, das virtudes e dos pecados capitais, dos períodos de calamidades) e não
parece casual que ocupe um lugar de exceção
no baralho (Sete de Ouros). |
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Por
ser o número primo mais elevado da
dezena, é considerado símbolo
de um conflito irredutível, de um complexo
insolúvel. Este mesmo caráter
de indivisibilidade o associa à virgindade: “Enquanto é fácil
dividir um círculo em três ou
quatro partes iguais – diz Ghyka
–, é quase impossível
dividi-lo em sete por uma construção
euclidiana rigorosa. Isto foi demonstrado
por Gauss somente no começo do século
passado.” |
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Regeneração.
Expectativa. Ultima etapa. Número
da reflexão e do silêncio. |
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Octógono,
ou forma intermediária entre
o quadrado (ordem terrestre) e o círculo
(ordem da eternidade). |
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Por
ser símbolo da religação,
foi na Idade Média o número
emblemático das pias batismais. |
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O numeral 8,
na horizontal, , é signo matemático do
Infinito. |
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Triângulo
do ternário. Imagem dinâmica
dos três mundos (corporal, intelectual
ou psíquico, espiritual). Princípio
da harmonia. Número da verdade. |
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Limite da série
antes de seu retomo à unidade.
Multiplicado, se reproduz sempre a si
mesmo (9 x 1 = 9; 9 x 2 = 18 –>
1 + 8 = 9; 9 x 3 = 27 –> 2
+ 7 = 9...), tanto que os cabalistas
se referem, com ele, à evidência
da verdade que não se pode ignorar.
Preside aos ritos medicinais. |
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Como quadrado do
3, representa a comunhão do pensador
com oseu pensamento e com a coisa pensada. |
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Reunião
do Ser e do Não-Ser, do nada
e da unidade no momento da maturidade.
Força e equilíbrio. O
casal na sua plenitude criadora. Superação
da androginia na fusão. |
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A década se relaciona com a tétrade
(1 + 2 + 3 + 4 = 10), e nesse sentido
é a realização
e o cumprimento da ordem terrena. Simboliza
o fim de um ciclo e o começo
de outro. Também a totalidade
do universo, pois eleva todas as coisas
à unidade. |
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Nicômaco de
Gerasa o chamou “medida para o todo,
como um esqua- |
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dro e uma corda nas mãos
do Ordenador”, e os pitagóricos
em geral o consideram o mais perfeito dos
números. |
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Por
conter o um e o zero, é a resolução
harmoniosa dos opostos. Em sua representação
gráfica, é o signo da cópula
(10 = 1, pênis + 0, vagina). |
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Numerologia |
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Conheça mais sobre a simbologia dos números na seção Numerologia |
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Atualizado: janeiro.11 |
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