O Naipe das Espadas nas Previsões e Reflexões do Tarot
Intercâmbio entre João Caldeira - Casa de Tarot de Lisboa
e Constantino K. Riemma - Clube do Tarô de São Paulo
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 - 57 min de duração
Súmula
O vídeo registra a troca de idéias sobre o Naipe de Espadas. Após uma breve introdução sobre o símbolo dos naipes, João Caldeira cuida dos significados das 10 cartas numeradas, enquanto Constantino Riemma focaliza o lado crítico da substituição dos ícones abstratos dos baralhos antigos pelos cenários pessoais.
Ilustrações do Constantino sobre questões críticas no naipe de Espadas
A substituição dos símbolos abstratos e abertos das cartas numeradas nos baralhos antigos é discutível. A figuração moderna, com personagens montando cenas, podem ajudar os iniciantes com significados práticos, mas igualmente tendem a desfocar e até mesmo adulterar o sentido mais amplo da carta.
Nos baralhos antigos, os naipes são claramente associados aos quatro elementos, símbolos com vasta significação, que devem ser combinados com a simbologia numerológica dos algarismos de 1 a 10. Cada uma das quarenta cartas, podem ser vistas igualmente em sua face luminosa e sombria. Ocorre uma evidente limitação de leitura simbólica quando se considera algumas cartas "boas" e outras "más".
O Tarô de Waite é um bom exemplo de distorção no entendimento dos naipes e dos números. Somando os naipes de Paus, Ouros e Copas, o autor inglês propõe para essas trinta cartas numeradas apenas quatro delas com figuração sombria, como mostra a ilustração acima.
Já, ao redesenhar o naipe de Ar (Espadas), adota visões unilaterais da cartomancia e, como pode ser visto abaixo, apresenta mais da metade das cartas com cenas penosas, concluindo com a representação mórbida de um homem assassinado pelas costas com dez espadas, o que nada tem a ver com o simbolo do numeral 10 associado ao elemento ar.