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Reflexões sobre a tiragem “Mandala Astrológica” |
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O texto da querida amiga, Bete Torii, “Possível Correspondência entre o Tarô e a Astrologia” foi para mim deveras impactante e auspicioso. Sem dúvida, o insight desta taróloga, generosamente compartilhado, lança uma nova luz e amplia os significados arquetípicos dos Arcanos Maiores do Tarô. |
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De minha parte, com base nos ensinamentos que me foram transmitidos, sempre utilizei a correlação Numérica dos Arcanos Maiores e Menores com as “Casas Astrológicas”, jamais |
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com os “Signos”. Isto certamente explica meu entusiasmo ao tomar conhecimento dessa correspondência, que de acordo com meu entendimento não é “possível”, mas “legítima”. |
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Essa prática por mim adotada e transmitida em aulas – Correlação numérica dos Arcanos Maiores e Menores com as “Casas Astrológicas” – tem sido alvo de questionamento ou espanto, por parte de alguns tarólogos, bem como de profissionais do Baralho Petit Lenormand, pois aplico este conceito nas tiragens deste famoso oráculo europeu. |
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Pessoalmente, confesso, tive muita dificuldade em assimila-lo... Tomei conhecimento dele em 1987, mas somente em 2001 passei a utiliza-lo profissionalmente. Em 2010, confiante em sua eficiência e eficácia, publiquei um livro sobre essa jogada que denominei “Tarô e os Caminhos do Crescimento Pessoal”. |
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Com prazer, compartilho com vocês um resumo desta publicação que aborda este conceito. |
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Ensinamentos do Mestre |
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O desafio é grande! Esquematizar e sintetizar de forma clara os ensinamentos recebidos em Callanish. Depois de muita relutância, optei por reproduzir a essência dos ensinamentos de Eric, que guardo em minha memória. Explico: a Mandala é de sua autoria. Já os textos são híbridos, parte daquilo que memorizei naquela ocasião, parte do que assimilei ao longo de minha formação teórica e prática. |
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Eric, utilizando-se das Cartas do Tarô Mitológico, montou a Mandala com Arcanos Maiores do Tarô, que apresentaremos oportunamente. Para tanto, valeu-se do conceito “Casas Astrológicas” e da técnica de redução numerológica. A Numerologia considera apenas os números de 1 a 9. Os demais números existentes originam-se das combinações desses nove números. Ex.: 13 = 1+3=4; 15 = 1+5=6. |
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Numeração dos 78 Arcanos do Tarô Mitológico |
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Eric também me alertou sobre esta questão, fornecendo-me as tabelas que se seguem. Se você vier a se utilizar do Tarô Mitológico, constatará que suas lâminas não são numeradas. Suas autoras fizeram essa opção para que cada um adote o sistema que mais se harmonize com a linha filosófico-esotérica de cada tarólogo usuário. Aconselho que você as numere – principalmente as 22 lâminas dos Arcanos Maiores –, utilizando-se para tanto de uma caneta adequada ou imprimindo os números numa etiqueta adesiva, recortando-os e colando-os na respectiva lâmina. Vide tabela: |
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Arcano Maiores |
1 |
Mago |
12 |
Enforcado |
2 |
Sacerdotisa |
13 |
Morte |
3 |
Imperatriz |
14 |
Temperança |
4 |
Imperador |
15 |
DiaboSol |
5 |
Hierofante |
16 |
Torre |
6 |
Enamorados |
17 |
Estrela |
7 |
Carro |
18 |
Lua |
8 |
Justiça |
19 |
Sol |
9 |
Eremita |
20 |
Julgamento |
10 |
Roda da Fortuna |
21 |
Mundo |
11 |
Força |
0/22 |
Louco |
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Já a numeração dos Arcanos Menores é opcional, algo que pessoalmente utilizo e considero útil. Somente quando participei do treinamento em Tarô Egípcio/Kier é que vim a descobrir a origem da tabela que ele me ofertou. A grande diferença entre o Tarô Egípcio/Kier e os demais é que nele os Arcanos Menores são numerados, mas não estão classificados por naipes. Mas os usuários do Tarô Kier podem, por analogia com o Tarô Clássico, estabelecer a subdivisão por Naipe, conforme descrito na tabela abaixo. Essa numeração é muito útil, pois permite estabelecer uma relação entre o significado do Arcano Menor e, através de seu número devidamente reduzido, com a Casa Astrológica a que está associado. Isso será demonstrado de maneira prática durante o desenvolvimento deste trabalho. |
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Arcano Menores |
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PAUS |
COPAS |
ESPADAS |
OUROS |
Rei |
23 |
37 |
51 |
65 |
Rainha |
24 |
38 |
52 |
66 |
Cavaleiro |
25 |
39 |
53 |
67 |
Pajem |
26 |
40 |
54 |
68 |
10 |
27 |
41 |
55 |
39 |
9 |
28 |
42 |
56 |
70 |
8 |
29 |
43 |
57 |
71 |
7 |
30 |
44 |
58 |
72 |
6 |
31 |
45 |
59 |
73 |
5 |
32 |
46 |
60 |
74 |
4 |
33 |
47 |
61 |
75 |
3 |
34 |
48 |
62 |
76 |
2 |
35 |
49 |
63 |
77 |
Ás |
36 |
50 |
64 |
78 |
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A Mandala Astrológica e as correspondências com os Arcanos Maiores |
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No esquema abaixo é mostrada a distribuição dos vinte e dois arcanos maiores pelas doze casas astrológicas. O Louco está colocado no centro e os demais arcanos, de 1 a 12, são encadeados na sequência numérica das doze casas. Já os arcanos de 13 a 21, são distribuidos pelas casas 2 a 10, de acordo com a soma de seus algarismos: o arcano 13 > 1+3=4, é colocado na casa 4; o arcano 14 > 1+4=5, vai para a casa 4; e assim por diante. |
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O Ponto Central |
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O Ponto Central de uma Mandala representa o Divino. Aquilo que não podemos nomear ou definir. Querer entender ou definir Deus é um ato de loucura! Por esta razão, coloca-se a lâmina do Louco nesse ponto. Ele é a partícula do Divino em nós. |
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Em termos práticos, o Louco, a carta sem número (que em algumas jogadas é utilizada como 22), representa simbolicamente a liberdade, o entusiasmo, o potencial criativo. O Louco convida-nos a ousar, a ampliar nossos horizontes, sempre avaliando os riscos. Encarnar no plano terrestre é um ato do Louco. Ele pode também agir como uma criança mimada, irresponsável. |
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Casa 1 |
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A Casa 1 indica aquilo que estamos tentando ser; é a nossa persona. Através dela somos convidados a mostrar "o melhor de nós mesmos". Na medida em que os aprendizados da vida são incorporados e expressos positivamente, refletindo o que temos de melhor em essência, crescemos como seres humanos. Ela é o ponto onde, e o modo pelo qual, uma pessoa começa a definir sua realidade. |
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A carta 1. Mago (Pai Celestial), regendo essa casa, sabiamente nos ensina que todo ser humano é um Mago: podemos tudo! Essa força extrovertida do Masculino incita-nos a aproveitar as oportunidades da vida e buscar o crescimento. O Mago é sábio, astuto e hábil comunicador. Tem forte senso de realidade, mas tem como meta o infinito. |
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Consequentemente, para sermos bem sucedido é importante focar, estabelecer objetivos, planejar, e só então entrar em ação. |
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Casa 2 |
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A Casa 2 está relacionada com a questão da sobrevivência. Ela é definida pelas coisas às quais a pessoa se agarra naturalmente e valoriza: bens materiais que sustentam o corpo físico. Indica ainda como administramos nosso dinheiro, bem como nosso desejo de posse com relação a bens, pessoas ou relacionamentos. |
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A carta 2. Sacerdotisa (Mãe Celeste) reina nessa casa como a guardiã dos bens maiores: a Sabedoria e o Amor. Essa força introvertida do Feminino incita-nos à busca da sabedoria, bom senso,discernimento e segurança. Ela recomenda calma e reflexão para melhor aproveitarmos os |
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recursos e experiências. Para a grande massa, o “dinheiro” é sinônimo de segurança. |
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A carta 20. Julgamento, atuando nessa casa, incita-nos a ir à busca do que há de melhor em nós. Principalmente quando nos defrontamos com situações estressantes que afetam nossa segurança e finanças. Nessas ocasiões, através da introspecção, da análise criteriosa, e assumindo a responsabilidade pelos nossos atos, teremos a oportunidade de renascer e de reconquistar a autonomia e a independência novamente. |
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Casa 3 |
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A Casa 3 representa as oportunidades básicas que o indivíduo tem para aprender os pontos essenciais de comunicação e permuta com os outros. Essa é a casa do aprendizado, que se inicia na infância e se estende por toda nossa existência. Aqui aprendemos a nos relacionar com nossos iguais: os irmãos, os colegas e os vizinhos. |
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A carta 3. Imperatriz (Mãe Terrestre) rege esse setor, com sua presença feminina e dual de fêmea poderosa. No processo educacional básico, onde a comunicação é essencial, a mulher tradicionalmente desempenha um grande papel. |
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Através dela aprendemos a conviver e compartilhar com nossos iguais. Ela é a promessa das possibilidades de progresso, crescimento e fertilidade. Exerce sua missão através de um poder receptivo, não autoritário. |
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A carta 21. Mundo, atuando nessa casa, chama nossa atenção para o caráter cíclico de nossa existência. A consciência deste fato confere sucesso, realização, integridade, lucidez e completude. O fim de ciclo e inicio de outro; o ponto final de uma etapa da vida; culminação de projetos e abertura de novas possibilidades em um novo patamar. A comunicação, o aprendizado e a reciclagem constituem importantes ferramentas para fluirmos com o novo. |
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Casa 4 |
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A Casa 4 é o receptáculo onde ficam arquivadas nossas vivências pessoais resultantes das condições familiares e suas tradições; dos sentimentos nacionais; e de nossa fonte de nutrição (pai/mãe). Engloba as correntes do Inconsciente Pessoal Acessível, onde estão arquivados os sentimentos profundos, e aquelas ligações que fazem parte das raízes da nossa segurança emocional. |
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A carta 4. Imperador (Pai Terrestre) rege esse setor, com sua presença masculina e dual de macho poderoso. Ele confere poder, honestidade, organização, segurança, realização e apoio. |
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O Imperador Simboliza a autoridade, o crescimento concreto e ordenado. |
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A carta 13. Morte atuando nessa casa obriga-nos a nos libertarmos do passado, do peso das tradições inúteis. Essa limpeza é necessária para dar espaço ao novo, ao futuro. |
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Casa 5 |
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A Casa 5 constitui o setor das atividades criativas e procriadoras; da exteriorização dos sentimentos e tendências amorosas e/ou sentimentais; o lazer, as alegrias pessoais, os ganhos e perdas, as especulações; a vontade de viver e perpetuar-se. |
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O 5. Hierofante, regente desse setor, é o guardião da espiritualidade: atua com autoridade, equilíbrio, inteligên-cia, justiça, poder espiritual, ética e dever moral. É nosso Mestre Interno, incitando a busca do conhecimento através do estudo das doutrinas, filosofias e especialida-des, adequando nossos talentos e potenciais criativos. |
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A carta 14. Temperança, atuando nessa casa, exorta-nos sobre a importância do equilíbrio interior, da moderação, da harmonia, da diplomacia e da busca da transcendência. |
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Casa 6 |
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A Casa 6 é o setor onde são definidos os limites e o interesse da inteligência prática do indivíduo. Aqui ele é convocado a gerenciar seu cotidiano, seu trabalho, aprendendo a ser eficiente e adquirindo novas habilidades. Saúde e higiene estão associadas a esta casa. É fundamental que o indivíduo seja capaz de se integrar com meio ambiente e com as suas tarefas e responsabilidades, sem se descuidar da qualidade de vida. |
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A carta 6. Enamorados, que rege esse setor, representa um momento de indecisão entre o novo e o velho; entre o arriscado e o seguro. |
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É a liberdade que nos cobra um preço: o livre arbítrio que por sua vez nos cobra uma escolha correta e harmoniosa. São os testes de valores no momento da escolha, envolvendo as oportunidades amorosas, sexuais, profissionais, financeiras. |
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A carta 15. Diabo, atuando nesse setor, rege as grandes forças instintivas: a sexualidade e prazer. Essa lâmina convida-nos a enfocar a materialidade da vida com paixão, bom humor e ambição. Convida-nos a usufruir dos prazeres da vida e do dinheiro, e a desenvolver uma nova consciência corporal, resultando em mudança de alimentação, higiene, cuidados com o corpo. Para viver bem é preciso superar o medo de ousar, mantendo um equilíbrio harmonioso dos nossos instintos. |
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Casa 7 |
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A Casa 7 é o setor que marca o inicio das experiências sociais objetivas do indivíduo, tais como: as associações de vários tipos (empresariais, políticas, com vínculos financeiros), o cônjuge, o sócio, o rival. Inclui todos os contratos, em especial o matrimonial; e o divórcio. Aqui as ideias e coisas do indivíduo têm de ser ponderadas e comparadas com as ideias e haveres do outro. |
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A carta 7. Carro, que rege esse setor, mostra que é necessário tomar as rédeas e controlar as forças psíquicas para conduzir a vida pelo caminho escolhido e atingir o sucesso. |
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Isso requer equilíbrio, segurança, domínio, pois não estamos sós no mundo. Todas as parcerias necessitam de um objetivo comum a ser conquistado, para se manterem vivas. Para atingir esse objetivo teremos de enfrentar lutas, exercer nossa liderança e assertividade, aprendendo a harmonizar as contradições. |
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A carta 16. Torre atuando nesse setor simboliza a destruição de algo estabelecido, mas que apodreceu, tornando-se obsoleto. Convida-nos a despertar, “cair na real”; romper com as estruturas e a buscar o novo. Em geral está associada à quebra de um contrato ou vínculo afetivo. Nessas ocasiões as máscaras caem e a verdadeiras faces se revelam. |
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Casa 8 |
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A Casa 8 está associada às grandes transformações, às mudanças e à sexualidade. Nesse setor é posta à prova a capacidade do individuo para se transformar e regenerar; reavaliar seus valores; gerir os bens em sociedade, justamente naquele ponto em que ele forma uma união intima com outra pessoa. Representa a morte em si ou a morte do egoísmo. |
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Essa casa engloba os conteúdos do Inconsciente Pessoal Reprimido: acontecimentos emocionais dramáticos ou traumáticos que, por uma questão de saúde mental, permanecem adormecidos. |
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A carta 8. Justiça, que rege esse setor, exorta-nos sobre a importância do equilíbrio tanto na vida prática quanto na mental e espiritual, principalmente em momentos de transformação e mudanças inesperadas. Esse equilíbrio nasce da prática da austeridade, integridade, disciplina, decisão e prontidão. Se não conseguirmos realizar essa tarefa, ela nos aconselha a procurar ajuda de um especialista. |
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A carta 17. Estrela presente nessa casa indica que, apesar de todos os obstáculos e problemas, nós não temos o direito de perder a fé e a esperança, pois nascemos para brilhar. Convoca-nos a lutar pela realização dos nossos ideais com mente pura e renovada; com consciência planetária, inspiração criadora, otimismo, autocontrole, energia e satisfação. |
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Casa 9 |
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A Casa 9 se relaciona com nosso sistema de crenças e valores pessoais que pautam a nossa existência. Por essa razão esse setor está intimamente relacionado com a filosofia, a religião ortodoxa ou formal, a educação em nível superior, o idealismo, o pensamento especulativo e, ainda, com os esportes e o estrangeiro. |
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A carta 9. Eremita, regente desse setor, representa a essência da sabedoria: fruto do estudo, da paciência, da discrição e da prudência. É aquela sabedoria que só se alcança com a experiência de vida, muita reflexão, procura interna e austeridade. |
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Aconselha-nos a darmos uma parada de tempos em tempos para meditar e avaliar se nossas crenças ainda são válidas e produtivas. |
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A carta 18. Lua atuando nessa casa simboliza a força do inconsciente, apontando para as sensações profundas que, muitas vezes, não conseguimos explicar e preferimos não ver. É preciso olhar para dentro e descobrir o que nos faz sentir dessa maneira ou o que nos mantém presos a uma situação. Para reverter essa energia e canalizá-la positivamente necessitamos de um sonho ou projeto bem assentado no material, que nos servirá de âncora ou apoio quando os temores e a desilusão tentarem assumir o controle. |
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Casa 10 |
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A Casa 10 é o receptáculo de nossas expectativas mais elevadas; o apogeu para um indivíduo, tanto em termos materiais como espirituais, mas que deverá ser conquistado pelo esforço. É importante que cheguemos ali por nossas próprias forças, mesmo que tenhamos sido guiados por alguma pessoa sábia. Nosso mestre se despede de nós quando entramos na décima fase de experiência. |
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Nessa casa passamos a ser plenamente responsáveis por nossas ações, palavras e objetivos. Para atingirmos esse patamar temos de projetar nossos objetivos com muita |
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clareza e perseverança (Casa I); temos de assentar alicerces adequados (Casa IV) e encontrar os reforços e ajuda dos outros (Casa VII) necessários à nossa ascensão e crescimento. |
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A carta 10. Roda da Fortuna, que rege esse setor, convida-nos a fluir com as mudanças. Quando estabelecemos perspectivas de futuro imutáveis, talhadas em pedra, invariavelmente as chances de insucesso são grandes. Necessitamos estar atentos aos novos impulsos e às oportunidades que surgem em nossa trajetória, que podem estar apontando uma nova fase de crescimento ou sucesso inesperado. A adaptação, flexibilidade e mudança são fundamentais em nossa jornada. |
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A carta 19. Sol presente nessa casa confere-nos a claridade que nos permite ver as coisas e perceber bem a realidade que estamos vivendo. Isso gera segurança, pois finalmente tomamos consciência de nosso real valor e potencial nesse contexto. Uma existência pautada na consciência, clareza mental, lucidez e capacidade de prever só poderá resultar em realizações, sucesso material, autossuficiência e prazer. |
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Casa 11 |
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A Casa 11 convoca a assumirmos nosso papel social e a participar ativa e produtivamente da comunidade em que vivemos, pois aqui já não cabe o interesse egoísta e pessoal. O indivíduo, tendo alcançado o seu apogeu, está numa poderosa posição para associar-se com amigos que podem favorecer seus objetivos conscientes, e para disseminar suas ideias ou posses visando propósitos mais elevados em prol da comunidade. |
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A carta 11. Força, regente dessa casa, fala-nos da importância do domínio do "eu" e da perseverança para participarmos e usufruirmos harmoniosamente da vida social da comunidade à qual pertencemos. Isso exige determinação, inteligência, maturidade, bem como o domínio dos impulsos, para atuarmos com mais suavidade e beleza diante dos desafios |
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da vida em sociedade. |
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Casa 12 |
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A Casa 12 mostra, num sentido elevado, como a pessoa de grandes feitos (Casa X) e preocupações altruístas (Casa XI) podem ser inspiradas por uma inteligência vasta, penetrante e compassiva. A piedade, o sentimento da unidade da vida, a solidão contemplativa, a percepção intuitiva, o senso de autossacrifício nascem nesta casa, que engloba os conteúdos do Inconsciente Coletivo. Ela evidencia também, em termos práticos, tudo aquilo que não queremos enfrentar; aquilo que tememos e procuramos não encarar, tentando driblar os desafios envolvidos. |
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A carta 12. Enforcado, que rege este setor, exorta-nos sobre a importância do idealismo, da perfeição moral e da doação irrestrita. Incita-nos a aprender a olhar os acontecimentos e as coisas sob outro ângulo, |
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radicalmente oposto ao habitual, para podermos melhor compreendê-las. Dar uma parada, refletindo e analisando, é de suma importância para ver se não estamos nos esquecendo de levar algo em consideração. Em verdade ansiamos pelo glamour, pelo sucesso, mas não queremos encerar o trabalho e o esforço necessários para alcançá-lo... É mais fácil e cômodo assumirmos o papel de vítima ou mártir profissional. |
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Esta classificação dos Arcanos Maiores nas Casas Astrológicas, que acabamos de descrever, é de fundamental importância para a Jogada Mandala Astrológica que analisaremos mais adiante. Em outras palavras, ela é o racional que alicerça e valida essa metodologia. |
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Os Arcanos Menores |
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Contudo, ainda não terminamos esta explanação. Na Mandala acima, formada apenas pelos Arcanos Maiores, deveremos incluir os Arcanos Menores Numerados, na segunda fase, classificando-os também segundo a Casa Astrológica a que pertencem. Neste novo arranjo, a carta do “Louco” é retirada do centro da Mandala e, como “22”, passa habitar a Casa 4. Dessa forma, quando os Arcanos Menores forem adicionados, a numeração se apresentará contínua. Já mencionei que Eric, quando me passou esses ensinamentos, montava esses arranjos com as lâminas do Tarô Mitológico sobre o imenso tapete persa em sua sala. Infelizmente, eu não disponho neste momento desse recurso. Para demonstrar tais arranjos sou forçado a criar tabelas como a que se segue, onde tantos os Arcanos Maiores como os Menores aparecem classificados nas Casas. |
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CASAS |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 |
11 |
12 |
Arcanos Maiores |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 |
11 |
12 |
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13 |
14 |
15 |
16 |
17 |
18 |
19 |
|
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20 |
21 |
22 |
|
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Arcanos Menores |
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23 |
24 |
25 |
26 |
27 |
28 |
29 |
|
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|
30 |
31 |
32 |
33 |
34 |
35 |
36 |
37 |
38 |
39 |
|
|
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40 |
41 |
42 |
43 |
44 |
45 |
46 |
47 |
48 |
|
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|
49 |
50 |
51 |
52 |
53 |
54 |
55 |
56 |
57 |
|
|
|
58 |
59 |
60 |
01 |
62 |
63 |
64 |
65 |
66 |
|
|
|
67 |
68 |
69 |
70 |
71 |
72 |
73 |
74 |
75 |
|
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76 |
77 |
78 |
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As informações contidas nessa tabela oferecem farto material para uma reflexão. Por experiência própria, aconselho a você reproduzi-la mediante a utilização das cartas do Tarô de sua predileção. |
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Baralho Petit Lenormand |
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Vejamos agora a distribuição das cartas do baralho Petit Lenormand pelas casas da Mandala Astrológica. |
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O texto que se segue foi extraído do livro Baralho Petit Lenormand, Teoria & Prática, 4ª edição, atualizada em maio 2014. |
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Imaginemos o Mapa de um Reino, representando pelo diagrama que se segue. Facilmente, podemos perceber que esse reino esta subdivido em 12 condados, cada um deles administrado por um príncipe, filho do rei que detém o poder central. Por sua vez, esses príncipes são auxiliados por um, dois ou três filhos; somente dois deles, responsáveis pelos condados 1 e 12, reinam sozinhos, ou seja, eles não têm filhos para ajuda-los nessa tarefa. |
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Tomando como referencia o condado 5, veremos que todos os filhos do príncipe – 32. Lua, 23. Ratos, 14. Raposa – ressoam o pai – 5. Árvore, |
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a autoridade maior do condado. O que estou querendo enfatizar com essa estorinha é que cada condado representa uma Casa Astrológica. |
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Casas |
Príncipe |
1º Filho |
2º Filho |
3º Filho |
1 |
01. Cavaleiro |
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2 |
02. Trevo |
20. Jardim |
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3 |
03. Navio |
21. Montanha |
30. Lírios |
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4 |
04. Casa |
13. Criança |
22. Caminhos |
31. Sol |
5 |
05. Árvore |
14. Raposa |
23. Ratos |
32. Lua |
6 |
06. Nuvens |
15. Urso |
24. Coração |
33. Chave |
7 |
07. Serpente |
16. Estrelas |
25. Anel |
34. Peixes |
8 |
08. Caixão |
17. Cegonha |
26. Livro |
35. Âncora |
9 |
09. Buquê |
18. Cão |
27. Carta |
36. Cruz |
10 |
10. Foice |
19. Torre |
28. Cavalheiro |
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11 |
11. Chicotes |
29. Dama |
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12 |
12. Corujas |
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Você também poderá montar a mandala com as 36 cartas do baralho Petit Lebormand conforme o esquema que se segue: |
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Este esquema se constitui num excelente instrumento de meditação e reflexão, contribuindo para assimilação dos três aspectos simbólicos de cada carta – Número, Carta de Baralho e Imagem – atuando especificamente em cada uma das 12 Casas ou áreas da existência humana. |
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Contato com o autor:
Geraldo Spacassassi é tarólogo, professor e
autor de livro sobre o baralho Petit Lenormand:
www.stonebk.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores |
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