Home page

18 de dezembro de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


Mensagem do Tarô para a Primavera de 2011
Uma aplicação da técnica da Cruz Celta
Izabel Donalísio
 
Na sexta feira, dia 23 de setembro, Equinócio de Primavera em 2011, no Hotel Ponto de Luz onde atendo e realizo Cerimônias Xamânicas, invocamos uma mensagem do Tarô para celebrarmos a chegada da primavera.
Que primor! O tarô capricha em nos fazer dar voltas com o português para traduzir o que ele com símbolos e desenhos acerta no alvo imagético como uma flecha de claridade. Aceitei o desafio de descrever a mensagem do oráculo .
O método que usei foi a tradicional tiragem da Cruz Celta de 10 cartas.
Tiragem Cruz Celta
Imagens do "The Radiant Rider-Waite Tarot", em um de suas versões com legendas em espanhol.
Posição 1: descreve, revela, discorre sobre a situação; é o sentido central da mensagem. Saiu a Rainha de Espadas – A imagem traz a luz uma guerreira pronta para enfrentar qualquer desafio, abrindo caminhos, irrompendo cascas, desabrochando a terra dormida, estéril do inverno, soberana do seu domínio. A energia da ação desafiando a inércia acomodada das situações. Salve Rainha!
Posição 2: o desafio que se impõe a tal determinação, que cruza a carta principal. Surge com toda sua leveza e alegria criativa e especializada  O Mago, o Arcano I, a conexão entre o céu e da terra, os pés no chão e a lemniscata em seu chapéu conectando-o a toda inspiração celestial. Usando sua habilidade, seu talento para transmutar a força da erupção e compor, tecer em miríades de cores, flores, formas a obra de arte da Mãe Natureza realizada na Primavera.
Posição 3: no topo da Cruz Celta, na copa da árvore, nos objetivos e metas, no que está iluminado. Aparece a força impulsiva e direcionada de  O Carro – Yin e Yang –, a força dos cavalos opostos, a força da dualidade se realizando na integração, na revelação dessa harmonia dinâmica, forças guiadas por um sentido superior, com metas e objetivos claros... Florescer, perpetuar a vida.
Posição 4: abaixo da situação, nas raízes, uma imagem para nos dar um nó mental tipo Koan (poema Zen) – O Sol, iluminando as raízes, as entranhas da terra, fecundando a Mãe com sua irradiação criativa.“Iluminai Pai Sol todas as profundezas da terra, do nosso ser, do mais denso, do mais obscuro das sombras, fazendo subir a seiva dourada do alimento sagrado, do potencial oculto, dos tesouros das nossas raízes, da memória dos nossos ancestrais. Pai Sol inspiração de toda a criação nesse planeta traz –nos sempre sua luz, seu calor, sua generosidade, sua nobreza e sabedoria.”
À esquerda, posição 5, de qual fase estamos vindo, aparece o Ás de Ouros, elemento materializador, sempre prosperidade, não existe senso de carência na natureza, força da Terra em qualquer estado.
Preparem-se para a posição 6, futuro próximo, com  A Torre, assustadora, quebrando todas as estruturas, destituindo o velho e obsoleto do seu conforto, de sua estabilidade. A semente deve brotar, poderia ficar até milênios dentro de seu casulo, adormecida em sua potencialidade, mas não, um raio, uma ordem superior a tudo a faz romper, sair para o novo, lançar suas raízes e folhas, buscar a luz. Deixando velhas crenças, idéias preconcebidas, preconceitos, medos, cascas endurecidas, em cega obediência a uma voz superior guardada em sua gênese, a ordem é renovar criar. Fluxo da vida livre.
Terminamos o miolo central e agora vem as 4 cartas verticais. A primeira abaixo, posição 7, está relacionada com a carta central e seu desafio: Rei de Espadas – o rei acompanhando sua rainha (na posição 1). Que bom que seja assim, contar com o apoio daqueles que nos acompanham na jornada da vida, parceria, com a mesma visão, estratégia, energia, feminino e masculino juntos na mesma vibração.
Os fatores ambientais são indicados na posição 8 – Valete de Copas.  Incrível, com toda essa força das cartas passadas, surge agora, como uma flauta de Krishna inspirando no mais íntimo da essência, o elemento mais frágil, vulnerável, emocional por natureza, a água, as chuvas que fertilizam e fecundam. O valete, a criança, a semente, a gentileza, a compaixão, o cuidado, o equilíbrio delicado que permite a presença da vida, a humildade diante do mistério.“Grande Espírito, Senhor da Criação, pedimos proteção para as sementes, para o solo fértil, para as florestas, para os animais selvagens, para a vida no mar, Pachamama salve!”
Então, meus amigos, chegamos à Carta do Conselho – Posição 9 – O Rei de Copas. Lindo!!! Senhor do Amor, Caminho do Coração, o sentido de tudo que existe, amar e ser amado, abrir o coração ao amor que tudo permeia. Jay Ma, Jay Ma! Guruji! Hare OM!
E, aproximando-nos do fim dessa jornada oracular, o Grande Final... a conclusão da mensagem: o arcano XIII – A Morte – fecha aqui com chave de ouro. Transformação, vida e morte, fim de um ciclo, começo de outro. Desapego do passado, deixar morrer, e das velhas crenças, das velhas cascas, compostar a fertilidade do novo que vem brotar.
 
Sol de Primavera
Beto Guedes                
"Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor, só nos resta aprender."
 
novembro.11
Contato com a autora:
Izabel Donalísio - www.tendasagrada.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
 
  Baralho Cigano
  Tarô Egípcio
  Quatro pilares
  Orientação
  O Momento
  I Ching
Publicidade Google
 
Todos os direitos reservados © 2005-2020 por Constantino K. Riemma  -  São Paulo, Brasil