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Aplicações do Tarô: CRIATIVIDADE |
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Diário da Sincronicidade |
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Por
Sonia Belotti |
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O mestre da pintura Salvador Dali criou 78 obras para um tarô que leva sua assinatura.
Nele, a carta da Roda da Fortuna sugere que tenhamos uma visão mais circular, mais sistêmica a respeito de acontecimentos que ocorrem no mesmo Espaço-Tempo. |
Ele comenta a respeito da lâmina X. A Roda da Fortuna: “A cooperação com a fortuna começa e cresce com o amar, mas também com o pressuposto crítico que coincidências não são aleatórias, elas têm coerência e têm capacidade própria de ir adiante.”
Trabalhar a coerência das coincidências com a carta do tarô de Dali, ou outro tarô que privilegie a expressão artística da carta, é um treino interessante para desenvolver a flexibilidade e incentivar a imaginação.
Sugiro uma técnica, cuja origem é o brainstorm de criatividade, e que pode ser feita nos primeiro dez dias de janeiro, e repetida sempre que se precisar abrir janelas para a compreensão dos ritmos e ciclos da vida.
Já apliquei esse exercício para a carta da Roda, que teve resultados muito interesantes, principalmente para pessoas que estavam em finais de ciclo, tanto no trabalho como em relacionamentos. |
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Roda da Fortuna - Tarô Dali |
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O Diário da Sincronicidade 10x10 |
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Escolha um lugar especial para fazer esse treino: um lugar onde a imaginação fique solta durante o tempo que for necessário e que possa servir de ateliê de expressão livre.
Tire uma carta do tarô por dia, e deixe-a aberta durante 24 horas, como um retransmissor de abertura de percepções.
Durante esse dia inteiro, perceba de maneira mais profunda todos os acontecimentos à sua volta: use todos os sentidos, inclusive a intuição.
Saboreie o paladar de coisas que pareciam sem gosto; lance um segundo olhar para pessoas que já estavam catalogadas como não tão interessantes; ouça novos tons naqueles sons roucos e desgastados da sua rua, da sua cidade.
Ao final desse dia, antes de recolocar a carta no baralho, (porque todos os dias a escolha nasce do mesmo universo original), escreva o maior número de observações que você conseguir, ou faça uma pintura, um desenho, algo significativo como símbolo do dia, sem pressa, considerando todos os elementos que apareceram na sua percepção.
O objetivo não é obter um sentido lógico nem uma seqüência temporal, mas criar uma espiral de significados conectados por significação pessoal e inovadora.
Incentive idéias ousadas, quebre cadeias estagnadas do sentir, não julgue, não critique, deixe fluir simplesmente.
Medite por uns instantes sobre as 2 imagens, (a de Dali e a sua), ou crie uma história, um poema, um blog (no caso de ser um texto), que faça conexão entre os fatos percebidos, a carta do tarô e o símbolo criado.
Faça isso por 10 dias sem falhar, como um compromisso com você mesmo, como um curso de reabertura de canais expressivos.
Se porventura repetir-se uma carta nesses dias, será motivador saber que ela poderá ser sentida e expressa de modo totalmente diferente, conforme a obra realizada com ela. As mesmas notas compondo uma nova canção...
A criatividade, como a Roda da Fortuna, tem começo, meio e fim, mas não necessariamente nessa ordem. É como um giro constante, que inclui o insight inicial, o acompanhar da execução e o retorno sobre as conseqüências.
Após os 10 dias, você terá um diário provavelmente bem mais surrealista de seu cotidiano, mas com certeza, muito mais criativo, motivador e gerador de confiança no movimento integrado da Roda da Vida, do Destino e da Fortuna.
Esse é o sentido da carta número 10 no tarô de Salvador Dali, comandando o ano de 2008: deixar-se levar, participando da viagem. Se for desse modo, será uma ótima viagem e um ano de recomeços infinitos! |
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dez.07 |
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