|
|
|
|
Tipos de Mediunidade |
|
|
|
Uma pessoa pode ter das mediunidades as mais simples, as mais raras, algumas delas, poucas delas, um tipo ou dois, vários tipos, pode não ter, pode ter alternâncias de tipos de mediunidade durante épocas diferentes da vida. |
|
Se eu for escrever aqui o que eu já vi acharia mesmo que era melhor falar, porque é muita coisa, só que quase ninguém expõe, mas eu vou expor. Vou escrever uma experiência recente, não a mais recente vidência... Vamos lá: |
|
|
|
Pintura - reprodução de Henry Lejeune |
|
Em novembro de 2013 fui olhar um apartamento para alugar em um condomínio novo, um pouco distante do bairro praieiro que moro, mas também sendo esse de praias. Entrei no apartamento de primeiro andar com o corretor que não parava de falar ao celular, e enquanto o homem falava, eu fui vendo o imóvel, quando abri a janela do quarto que iria ser o meu. |
|
Olhei pra baixo e na área de serviço do meu vizinho de baixo, apareceu um homem, abatido, mas osso que carne, aspecto de quem se drogava ou de quem estava muito doente, branco, cabelos loiros, tipo esses doidões dos anos 70, não me recordo agora se de calça de pijama ou bermuda de pijama. O homem quando me viu levou um grande susto, e tentou se esconder, se esquivar, tipo foi se esquivando mesmo, num comportamento que pareceu pra mim de um doente mental ou alguém que usava drogas, ele ficou apavorado comigo, e eu logo tirei a cara da janela. Pensei que o homem não tinha gostado de me ver, aquela situação que a gente fica meio sem graça ao ver o vizinho à vontade, de pijama em casa. |
|
Depois fui ao imóvel novamente e aconteceu a mesma coisa: fui olhar pela janela do quarto que também não só dava para área de serviço do vizinho de baixo, mas levantando a vista dava pra algumas belas casas e muito verde, era uma região de casarões. Mas aí numa segunda visita ao imóvel, o mesmo homem com o mesmo susto, a mesma roupa e eu fiquei mais uma vez sem graça, pensando: ai meu Deus mais uma vez dei de cara com esse vizinho doente. E pronto, passou, esqueci, aluguei o apartamento, o tempo passou e conheci todos os vizinhos inclusive o casal que morava no apartamento térreo, no apartamento que eu vi aparecer esse tal homem. |
Um belo dia eu perguntei ao senhor Fernando, sobre o parente dele doente, e ele disse assim: |
|
— Aqui só tem eu e minha esposa, Danusa. Só tenho filhas, mulheres, que nem moram aqui conosco. |
|
E rimos e aí eu percebi que era um espírito. O desencarnado se assustou por perceber que eu estava vendo ele e eu achei que fosse por vergonha, de quando a gente vê um vizinho novato na janela! |
|
Pasmem! Que coisa! De onde ele era? Eu realmente não sei, só sei que antes o lugar era um casarão que foi derrubado para fazer o condomínio novo. É assim a mediunidade. Por isso transcrevo aqui alguns trechos do Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, para quem quiser conhecer um pouco. |
|
Médiuns especiais para efeitos intelectuais. Aptidões diversas. |
|
Médiuns audientes: os que ouvem os Espíritos. Muito comuns. (N. 165.)
"Muitos há que imaginam ouvir o que apenas lhes está na imaginação." |
|
Médiuns falantes: os que falam sob a influência dos Espíritos. Muito comuns. (N. 166.) |
|
Médiuns videntes: os que, em estado de vigília, veem os Espíritos. A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito frequente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é excepcional. (N. 167.) "É uma aptidão a que se opõe o estado atual dos órgãos visuais. Por isso é que cumpre nem sempre acreditar na palavra dos que dizem ver os Espíritos." |
|
Médiuns inspirados: aqueles a quem, quase sempre à sua revelia, os Espíritos sugerem ideias, quer relativas aos atos ordinários da vida, quer com relação aos grandes trabalhos da inteligência. (N. 182.) |
|
Médiuns de pressentimentos: pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma intuição vaga de coisas vulgares que ocorrerão no futuro. (N. 184.) |
|
Médiuns proféticos: variedade dos médiuns inspirados, ou de pressentimentos. Recebem, permitindo-o Deus, com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação de futuras coisas de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para instrução destes.
"Se há profetas verdadeiros, mais ainda os há falsos, que consideram revelações os devaneios da própria imaginação, quando não são embusteiros que, por ambição, se apresentam como tais." (Veja-se, em O Livro dos Espíritos, o n. 624 - "Características do verdadeiro profeta".) |
|
Médiuns sonâmbulos: os que, em estado de sonambulismo, são assistidos por Espíritos. (N. 172.) |
|
Médiuns extáticos: os que, em estado de êxtase, recebem revelações da parte dos Espíritos.
"Muitos extáticos são joguetes da própria imaginação e de Espíritos zombeteiros que se aproveitam da exaltação deles. São raríssimos os que mereçam inteira confiança." |
|
Médiuns pintores ou desenhistas: os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos. Falamos dos que obtêm trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais atrasado estudante.
Os Espíritos levianos se comprazem em imitar. Na época em que apareceram os notáveis desenhos de Júpiter, surgiu grande número de pretensos médiuns desenhistas, que Espíritos levianos induziram a fazer as coisas mais ridículas. Um deles, entre outros, querendo eclipsar os desenhos de Júpiter, ao menos nas dimensões, quando não fosse na qualidade, fez que um médium desenhasse um monumento que ocupava muitas folhas de papel para chegar à altura de dois andares. Muitos outros se divertiram fazendo que os médiuns pintassem supostos retratos, que eram verdadeiras caricaturas. (Revue Spirite, agosto de 1858.). |
|
Médiuns músicos: os que executam, compõem, ou escrevem músicas, sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos, mecânicos, semimecânicos, intuitivos e inspirados, como os há para as comunicações literárias. |
• • • |
|
Aqui, após essas transcrições, eu poderia comentar sobre compositores de lindas músicas e outros que fazem músicas de letras chulas, no primeiro caso temos um artista inspirado por espíritos elevados e no segundo caso temos compositores inspirados por espíritos zombeteiros e maléficos. Por exemplo, Os Mamonas Assassinas cantavam músicas, não sei se de autoria do vocalista Dinho, mas eram músicas engraçadas e chulas que as crianças cantavam, menos a minha filha... |
|
Continuando: |
|
Médiuns segundo o modo de execução |
|
Médiuns escreventes ou psicógrafos: os que têm a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos Espíritos. |
|
Médiuns escreventes mecânicos: aqueles cuja mão recebe um impulso involuntário e que nenhuma consciência têm do que escrevem. Muito raros. (Nº 179). |
|
|
|
Nos Dominios da Mediunidade, André Luiz - Chico Xavier |
|
Médiuns semi mecânicos: aqueles cuja mão se move involuntariamente, mas que têm, instantaneamente, consciência das palavras ou das frases, à medida que escrevem. São os mais comuns. (Nº 181.) |
|
Médiuns intuitivos: aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é conduzida voluntariamente. Diferem dos médiuns inspirados em que estes últimos não precisam escrever, ao passo que o médium intuitivo escreve o pensamento que lhe é sugerido instantaneamente sobre um assunto determinado e provocado. (Nº 180.) “São muito comuns, mas também muito sujeitos a erro, por não poderem, muitas vezes, discernir o que provém dos Espíritos do que deles próprios emana.”
|
|
Médiuns polígrafos: aqueles cuja escrita muda com o Espírito que se comunica, ou aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida. O primeiro caso é muito vulgar; o segundo, o da identidade da escrita, é mais raro. (Nº 219.) |
|
Médiuns poliglotas: os que têm a faculdade de falar, ou escrever, em línguas que lhes são desconhecidas. Muito raros. |
|
Médiuns iletrados: os que escrevem, como médiuns, sem saberem ler, nem escrever, no estado ordinário. “Mais raros do que os precedentes; há maior dificuldade material a vencer.” |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|