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21 de novembro de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


2017: o ano da eletrodinâmica
Rui Sá Silva Barros
Será um ano marcado pelas andanças de Júpiter em Libra, já foi uma quadratura com Plutão e agora oposição a Urano em Áries. Logo mais ele retrograda e depois fica direto refazendo os aspectos. Esta configuração traz ecos da primavera árabe e da crise do euro em 2010/11, quando os planetas estavam conjuntos em Áries e em quadratura a Plutão em Capricórnio. Há algo ainda mais importante com a atual oposição: a partir daí os 5 planetas lentos estarão num arco de 180 graus e em aproximação crescente, em 2020 estarão todos num arco de 100 graus de distância. Conforme demonstra o índice planetário de Barbault esta proximidade marca períodos de crises como as duas guerras mundiais. A última grande aproximação deu-se em 1981/4 e trouxe a globalização, o neoliberalismo, o pós-modernismo e a difusão da informática.
Estados Unidos
A oposição ocorre no último decanato de Áries/Libra e afeta todos os países com ângulos ou planetas nestas posições bem como em Câncer e Capricórnio. É o caso dos EUA, que têm Mercúrio oposto a Plutão (veja o mapa), uma configuração que recorda o primado das enquetes de opinião pública, invenção americana, e dos meios de comunicação imortalizados no filme Cidadão Kane, quenos remete a Trump. Os problemas eleitorais continuam a reverberar, agora com a acusação da interferência russa na comunicação do Partido Democrata, com os negócios do presidente eleito espalhados pelo mundo e manchados por acusações de fraudes e subornos.
Zeus e seus raios
Zeus e seus raios (Júpiter/Urano)
Ilustração do www.notibras.com.br
A violência e veneno verbais que a oposição planetária sinaliza são constantes na história americana e podem transbordar. A equipe de assessores de Trump promete: a indicada para educação pensa que escola pública é desperdício de dinheiro, o indicado para saúde é inimigo jurado da reforma de Obama para o setor, o indicado para o Tesouro já foi diretor do banco Goldman Sachs (sempre ele), e para a Secretaria de Estado (Relações Exteriores) vai o presidente da Exxon. Negócios como de costume
União Europeia
A União Europeia também será duramente atingida com seus 4 planetas na segunda metade de Capricórnio (veja o mapa). Isto já começou com a quadratura Urano/Plutão e prossegue, a União corre o risco de encolher, o que talvez não seja ruim. A França tem eleição presidencial o ano que vem com chances de vitória para a Le Pen, ela provavelmente realizará plebiscito sobre a permanência do país na UE, a Alemanha também tem eleições e Merkel já enfrenta o desgaste de três mandatos e da recepção dos refugiados. Na Itália continua a interminável crise política e bancos estão em risco.  Em 2004, a União acolheu 10 países de uma só vez e claramente eles não estavam preparados para cumprir as regras políticas e econômicas. A democracia na Polônia e Hungria é bastante sui generis com controle do judiciário e outras mazelas, a União estaria melhor sem estes problemas extras, agora que deve encarar o fato de que terá que arcar com a despesa de sua própria segurança. Clique em mapas no cabeçalho e veja alguns dos países europeus.
China
A China será afetada por Júpiter no final de Capricórnio (veja o mapa), que rege o setor 2, economia. Trump ainda não assumiu e já irrita o governo chinês com o tratamento dispensado a Taiwan. A ideia de um rearmamento do Japão é assunto tabu para o governo de Pequim, a tensão pode subir rápido na Ásia. A China deve aproveitar a recusa de Trump ao acordo comercial do Pacífico que Obama negociou nos últimos anos, mas haverá pressão nos EUA para que o novo governo reveja sua posição. Júpiter transita em Libra e oferece estímulo, os chineses têm 3 planetas no signo.
Oriente Médio
No Oriente Médio o Egito está agitado por conta da inflação de alimentos, combustíveis e eletricidade; o governo turco continua a prender opositores e ataca os curdos. Na Síria o governo retoma a iniciativa apoiado pelos russos, para desgosto dos sauditas. Israel deve ser bastante afetada com os ângulos no final dos signos cardinais (veja o mapa) e o Irã não é afetado pela oposição, mas Saturno passa uma temporada sobre a conjunção Vênus/Netuno, economia e diplomacia em destaque, esperando para ver se Trump revoga o recente acordo.
Júpiter e Urano também estão relacionados com ciência e tecnologia de modo que não será surpresa novidades neste tema. Em si mesma a configuração não é bélica, mas em Áries e Libra sem dúvida a possibilidade existe. Há uma tensão entre o crescimento gradual (Júpiter) e os saltos repentinos (Urano).
Brasil
Sobre o Brasil escrevi um texto para www.constelar.com.br/astrologia-mundial/previsoes/fundo-do-poco, site dirigido pelo nosso colega e amigo Fernando Fernandes. Aproveitem e leiam os artigos de outros astrólogos sobre 2017.
Foi um ano tenso, o que se encerra, e ideias extravagantes foram postas em circulação. Muita calma nesta hora. O momento não traz de volta o clima da década de 30, não há uma severa Depressão e nenhum país querendo vingança pelo Tratado de Versalhes, nenhum governo pensa em iniciar uma Terceira Guerra que seria a última pelo uso de armas nucleares. Os problemas reais já são difíceis o bastante, para criarmos outros imaginários.
Boas festas, paz na Terra aos de boa vontade e vamos cultivar a calma e o discernimento.
Rui Sá Silva Barros é historiador, astrólogo e
estudioso da Cabala: rui.ssbarros@uol.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
Edição: CKR – dez.2016
  Baralho Cigano
  Tarô Egípcio
  Quatro pilares
  Orientação
  O Momento
  I Ching
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