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Os Naipes, as Figuras e as Cartas Numeradas |
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G. O. Mebes
Tradução de Marta Pécher |
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O presente texto consiste de excertos do cap. X, da obra Os Arcanos Maiores do Tarô, seu simbolismo, suas iniciações e seus passos para a realização espiritual, de G. O. Mebes, traduzido do original russo por Marta Pécher e publicado pela Editora Pensamento. |
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Para que os ensinamentos da Cabala pudessem ser conservados e transmitidos às futuras gerações, foram sintetizados e, sob forma de baralho, confiados tanto aos iniciados como aos profanos. Este baralho contém 78 cartas e chama-se Tarô.
Entre essas cartas, 56 delas fazem parte dos chamados "Arcanos Menores" e as 22 restantes, dos "Arcanos Maiores".
Os Arcanos Menores, em sua totalidade, desenrolam o esquema Iod-He-Vau-He no mundo de criação das formas, da Humanidade ainda não decaída. |
Para essa humanidade, a realização da Grande Obra era uma tarefa natural, um labor normal e costumeiro; um trabalho conscienciosamente realizado em todas as suas fases. Os Arcanos Maiores, pelo contrário, são relatos e mostram o caminho do Homem decaído que somente com o suor de sua testa, purificando sua concepção do mundo e transformando-se a si mesmo, pode voltar à Lei Iod-He-Vau-He, que para ele se tornara obscura. |
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He <- Vau <- He <- Iod |
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[no hebraico escreve-se
da direita para a esquerda] |
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A humanidade atual tem que separar o joio do trigo e, pagando por seus erros, chegar às verdades relativas. Somente pela senda espinhosa destas relatividades, ela pode se elevar laboriosamente em direção do Absoluto, singrando a passagem estreita entre a Scylla do seu orgulho e a Charibda de seu desânimo |
Assim, podemos ver que apenas por um mal-entendido o termo "Menores" foi dado à série de 56 Arcanos.
Os Arcanos Menores, metafisicamente, são mais puros do que os Maiores. Além disso, podem, facilmente, ser divididos no sentido metafísico. O esquema de sua construção é bem claro. Um matemático diria que essas variáveis se acham numa estrita interdependência funcional.
Nos Arcanos Maiores, ao contrario, tudo parece confuso. Eles dão nascimento uns aos outros, seguindo algumas leis obscuras. São comparáveis às notas de um piano que podem ser afinadas em uma escala de terças, de quintas ou de oitavas, levando ao mesmo tempo em consideração que o afinador utiliza, para verificar a qualidade do seu trabalho, o ouvido humano imperfeito.
Abreviando, poderíamos dizer que, nos Arcanos Menores o clichê Iod-He-Vau-He se desenrola corretamente e que, nos Maiores, este desenrolar apresenta uma imagem confusa, deformada, adaptada ao mundo das ilusões e da compreensão limitada. |
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Os arcanos menores |
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As 56 cartas do Tarô se dividem em quatro naipes, cada um contendo 14 cartas:
Paus simboliza o Iod.
Copas simboliza o primeiro He.
Espadas simboliza o Vau.
Ouros simboliza o segundo He |
Onde e em que Família podemos encontrar estes elementos?
Estabelecendo uma relação entre os quatro naipes e as quatro pessoas da Primeira Família (a Transcendental), acharemos que: |
Paus corresponde à influência do Iod Superior – o Amor Transcendental. Essa influência se reflete em todas as Sephiroth da Segunda Família. Estudaremos o reflexo dessa, assim como a de outras influências, apenas na Sephira Hohmah, onde, antes da queda, permaneciam as nossas almas, formando a síntese da humanidade – o Homem Universal.
Paus, portanto, são os relatos do que, nas almas, corresponde a este Iod, ou seja, ao Amor Ativo, descendente, que fecunda com sua radiação. Este Amor é o primeiro impulso para qualquer começo, dentro de qualquer sistema individualizado, fechado. Na Sephira Hokmah, ele será o impulso inicial das almas, em qualquer direção. |
Copas corresponde ao reflexo do primeiro He – a Vida Transcendental, o Amor Superior, ascendente, atrativo – que ocupa o segundo lugar no baralho.
Espadas, reflexo de Vau, a influência do Logos, traz de novo o elemento Amor, mas o Amor Andrógino, Amor que cria a nova vida, segundo a semelhança do seu próprio nascimento. O Vau, assim, manifesta-se como Arquiteto do Universo. Ele provém da união do Amor Ativo com o Amor Passivo, emanados do Ponto sobre o Iod, pela sua polarização. Movido pelo seu Amor ao que está acima, e agindo na semelhança do Ponto sobre o Iod, decidiu amar ativamente o que lhe está abaixo, tornando-se assim o Arquiteto do Universo. Espadas, portanto, simboliza a transmissão, pelo Logos, da Vida da Mãe, pelo poder do Amor, Amor este semelhante ao do Pai. |
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Iod.He.Vau.He = Iavé ou Javé |
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Ouros representa a influência do segundo He sobre as almas. O segundo He da Primeira Família é caracterizado pela emanação das dez Sephiroth da Segunda Família. A emanação foi o primeiro estágio daquilo que, no plana físico, chamamos "realização". Não esqueçamos no entanto, que a "realização" física constitui apenas uma tosca analogia da Emanação Primordial. O Transcendental manifestou-Se pelo Transcendente; o Transcendente Se fez conhecer pela Forma; a Forma condensou-se, fazendo surgir o denso. Para nossa comodidade, usaremos o termo "realização", referindo-nos a Ouros. |
Em cada um dos quatro naipes temos, primeiramente, quatro figuras. Elas simbolizam pessoas ativas, transmitindo a idéia do naipe. Além das figuras, cada naipe inclui outras dez cartas com valores, desde o um – o às – até o dez. Essas cartas correspondem às dez Sephiroth da influência deste naipe. |
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As quatro figuras |
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Ocupemos-nos, primeiramente, das figuras dos quatro naipes. Cada naipe tem o seu Rei (o Iod), a sua Dama (o primeiro He), o seu Cavaleiro (o Vau) e o seu Valete (o segundo He). Este último é o servidor que transmite a influência do naipe. Nos baralhos modernos, os Cavaleiros foram suprimidos; há apenas o Rei, a Dama e o Valete.
Cada uma dessas figuras atua no campo de cada um dos dez Sephiroth do seu naipe, o que resulta em 4 x 10 = 40 combinações de influências. Portanto, o número de combinações para o baralho inteiro do Tarô será de 160, se, como foi proposto, nos limitarmos à análise dos reflexos da influencia da Primeira Família, exclusivamente na Sephira Hokmah. Se analisássemos estes reflexos em todas as dez Sephiroth, teríamos 1600 tipos de influência. |
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Paus |
Copas |
Espadas |
Ouros |
Iod |
Rei dos
Paus
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Rei das
Copas |
Rei das
Espadas |
Rei dos
Ouros |
He |
Dama dos
Paus |
Dama das
Copas |
Dama das
Espadas |
Dama dos
Ouros |
Vau |
Cavaleiro dos
Paus |
Cavaleiro das
Copas |
Cavaleiro das
Espadas |
Cavaleiro dos
Ouros |
He |
Valete dos
Paus |
Valete das
Copas |
Valete das
Espadas |
Valete dos
Ouros |
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No estudo presente daremos apenas uma breve implicação do papel das 16 figuras, assim como os "títulos" das cartas sephiróticas de valores numéricos de todos os quatro naipes. |
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Análise das 16 figuras das cartas |
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• PAUS |
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1. O Rei recebe o titulo de Pai, pois, ele é o chefe hierárquico, o ponto de partida de manifestação do poder.
2. A Dama é a esposa do Pai, indispensável para dar nascimento ao Cavaleiro.
3. O Cavaleiro é o agente ativo que transmite o poder e opera através do Valete.
4. O Valete é o servidor do poder. |
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• COPAS |
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2. A Dama é a carta principal deste naipe, pois ela reapresenta o princípio de atração.
1. O Rei é apenas o esposo da Dama, indispensável para dar nascimento ao Cavaleiro.
3. O Cavaleiro é o intermediário que atrai á obra os elementos externos. Opera com a ajuda do Valete.
4. O Valete é o servidor da atração. |
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• ESPADAS |
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3. O Cavaleiro é a carta principal deste naipe; é o agente que ativamente transmite a vida.
1. O Rei é apenas o Pai do Cavaleiro.
2. A Dama é apenas a Mãe do Cavaleiro.
4. O Valete é o servidor na transmissão da vida. |
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• OUROS |
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4. O Valete ou "Servidor dos filhos" é a carta principal do seu naipe. Não esqueçamos que a realização é avaliada segundo os resultados que traz.
1. O Rei, ou o Pai Realizador e
2. A Dama, ou a "Dona dos filhos", juntos, deram nascimento ao Cavaleiro.
3. O Cavaleiro, agente ativo, unifica as individualidades que compõem os organismos complexos. As três últimas figuras permanecem no segundo plano, dando lugar de destaque ao Valete, o "trabalhador braçal". |
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As cartas numeradas de PAUS |
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1. O Ás representa Keter do naipe de Paus. É a síntese metafísica do amor ativo, irradiando para baixo. Essa idéia pode ser ilustrada pela Roda do Tarô, que não se põe em movimento sem o Primeiro Impulso do Amor Ativo. Sem este não haveria Universo, não haveria Tarô ou, para ser mais exato, a Roda dos Arcanos existiria apenas potencialmente, mas sem girar e não haveria ninguém para ser tocado por ela.
2. O Dois – a Hokmah do naipe de Paus corresponde à sabedoria do Primeiro Impulso e sua expansão, tal como é refletida na Sephira das Almas Humanas. Segundo Eliphas Levi, isso representa a "ajuda do Salvador". Ele se refere, sem dúvida, ao Grande clichê Iod-He-Shin-Vau-He, do qual já falamos. |
3. O Três – Binah do naipe de Paus – é a razão das coisas, limitando a sabedoria do Primeiro Impulso. Em outras palavras é o total do que esperamos do Clichê Redentor Iod-He-Shin-Vau-He, ou seja, a Reintegração. |
4. O Quatro – Chesed do naipe de Paus – corresponde à misericórdia do Primeiro Impulso. É o reflexo do clichê Iod-He-Shin-Vau-He no campo da ética, no plano das Egrégoras e das finalidades astrais. É a influência Iod-He-Shin-Vau-He, expressando-se como centro da Egrégora, como Pai da Igreja.
5. O Cinco – Pechad do naipe de Paus – é o aspecto severidade, conformidade à Lei do Primeiro Impulso, limitando sua misericórdia. Podemos nos perguntar o que limitará, por exemplo, a expansão mística, salvadora de uma Igreja ou uma comunidade de crentes. São as razões de caráter ético, talvez o desejo de fortalecer sua Egrégora, talvez um esforço para elevar o nível moral de seus membros, o que, em determinadas épocas poderia ser realizado.
6. O Seis – Tiferet do naipe de Paus – é a harmonia, a beleza do Primeiro Impulso. É o filho nascido da totalidade unificada dos crentes que compõem uma Igreja e do valor ético da mesma. Isso expressa-se como apoio e reconforto que a Egrégora fornece aos seus adeptos. |
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Tomando, como exemplo, a Igreja Cristã, encontramos nela muitos episódios impressionantes pela sua beleza, e provando a harmonia que reinava nos corações de seus mártires e outros seguidores abnegados.Esses episódios traziam um maior número de conversões do que a metafísica, pois o homem é mais atraído por Tiferet do que por Keter de uma Egrégora.
7. O Sete – Netzah do naipe de Paus – é a vitória do Primeiro Impulso, ou seja, a vitória da Lei Hierárquica, a introdução da Hierarquia em tudo e por toda parte, isto é, o reconhecimento da única Medida de Grandeza.
8. O Oito – Hod do naipe de Paus – a paz, a glória do Primeiro Impulso corresponde àquilo sobre o que se pode repousar após ter estabelecido o princípio hierárquico. Realizar essa paz, equivale a admitir o papel do vértice no triângulo de Fabre d'Olivet, isto é, admitir a existência da Providência no Universo. A Providência, em cada ser humano, expressa-se pela voz da consciência. Tendo admitido o poder hierárquico, precisamos atender a voz da consciência; não podemos ignorá-la.
9. O Nove – Yesod do naipe de Paus – é a forma do Primeiro Impulso, o resultado da coerência entre a admissão da Hierarquia, e a Paz dada pela consciência. Yesod se manifesta pela orientação que adquirimos na vida, quando atendemos à voz da consciência, considerando-a como direção divina a nos guiar por intermédio dos seres nos diversos graus da escala hierárquica.
10. O Dez – Malkut do naipe de Paus – é a concretização do Primeiro Impulso, a encarnação da síntese dos elementos contidos em todas as Sephiroth; a síntese que nos possibilita elevarmo-nos do mundo denso à Idéia do Impulso Primordial. |
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As cartas numeradas de COPAS |
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1. O Ás – Keter do naipe de Copas – é a síntese metafísica de tudo o que introduz a vida transcendental na Sephira Hokmah da Segunda Família; é a vitalidade, atraindo e captando o Primeiro Impulso.
2. O Dois – Hokmah do naipe de Copas – é a sabedoria do amor atrativo; o anseio de captar, através da Vitalidade, o Influxo Superior ou, em outras palavras, o anseio de se salvar.
3. O Três – Binah do naipe de Copas – limita essa aspiração; é a Bondade Divina expressa pelos elementos de Salvação, por Ela dados a nós.
4. O Quatro – Chesed do naipe de Copas – é o reflexo do anseio de ser salvo. Este reflexo é expansivo e expressa-se como desejo de praticar o bem.
5. O Cinco – Pechad do naipe de Copas – restringe a expansão acima referida; dá a continuidade em fazer o bem, todavia sem ampliá-lo; dá a noção do dever, levando a não abandonar o já beneficiado. Faz avaliar exatamente as nossas afeições e saber claramente que e o que, e a quem e a que, nos sacrificaríamos em caso de necessidade.
6. O Seis – Tiferet do naipe de Copas – é a paciência no trabalho altruísta que, por seu lado, é o fruto da união das duas Sephiroth precedentes.
7. O Sete – Netzah do naipe de Copas – é a vitória, no campo do altruísmo, do sutil sobre o denso e do idealismo no amor.
8. O Oito – Hod do naipe de Copas – é a firmeza e constância do idealismo no amor.
9. O Nove – Yesod do naipe de Copas – é a forma, já moldada, para o Amor atrativo.
10. O Dez – Malkut do naipe de Copas – é a síntese concretizada de todas as Sephiroth deste naipe; é a realização da ação atrativa. |
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As cartas numeradas de ESPADAS |
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1. O Ás – Keter do naipe de Espadas – é o ponto de partida do processo de transmissão da vida, da fecundação com os elementos vitais recebidos. |
2. O Dois – Hokmah do naipe de Espadas – é a plena consciência das finalidades com que se transmite a vida.
3. O Três – Binah do naipe de Espadas – é o conhecimento nítido do sistema fechado (do moinho) ao qual se transmite a vida.
4. O Quatro – Chesed do naipe de Espadas – é a equanimidade nas manifestações de transmissão da Vida. Essa equanimidade é o reflexo da consciência da finalidade dessa transmissão.
5. O Cinco – Pechad do naipe de Espadas – é o planejamento dos efeitos da transmissão da Vida; este é o reflexo do conhecimento claro do sistema fechado ao qual a Vida é transmitida.
6. O Seis – Tiferet do naipe de Espadas – é a beleza da Vida transmitida.
7. O Sete – Netzah do naipe de Espadas – é a vitória do impulso transmissor da Vida sobre a inércia do meio-ambiente no qual ela é implantada.
8. O Oito – Hod do naipe de Espadas – é a adaptação dos resultados da vitória às características gerais do meio-ambiente. |
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9. O Nove – Yesod do naipe de Espadas – são as formas do desenvolvimento da Vida transmitida.
10. O Dez – Malkut do naipe de Espadas – é a encarnação da Vida transmitida. |
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As cartas numeradas de OUROS |
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1. O Ás – Keter do naipe de Ouros – é o ponto de partida para a realização. É a Matéria Primordial (no campo alquímico); o Astrosoma Primordial (no campo do Hermetismo Ético)
2. O Dois – Hokmah do naipe de Ouros – é a polarização da matéria (no campo alquímico); o grandioso binário do Destino e da Vontade (no campo do Hermetismo Ético).
3. O Três – Binah do naipe de Ouros – é o principio da neutralização dos pólos (no campo alquímico); o Triângulo de Fabre d'Olivet (no campo do Hermetismo Ético).
4. O Quatro – Chesed do naipe de Ouros – é a condensação segundo a Lei Dinâmica (na alquimia); o Quaternário Hermético, simbolizado pela Cruz (no Hermetismo Ético).
5. O Cinco – Pechad do naipe de Ouros o predomínio do principio energético (a quintessência) sobre os quatro elementos (na alquimia) ; o nascimento do Pentagrama (no Hermetismo Ético).
6. O Seis – Tiferet do naipe de Ouros – é o estabelecimento de duas correntes: a evolutiva e a involutiva (na alquimia); o problema dos dois caminhos (no Hermetismo Ético).
7. O Sete – Netzah do naipe de Ouros – é a penetração do sutil no denso (na alquimia); a vitória do Três sobre o Quatro, ou seja, do Espírito sobre a Forma (no Hermetismo Ético).
8. O Oito – Hod do naipe de Ouros – é o estabelecer dos períodos de formação, ou seja, fases do aparecimento da Pedra Filosofal (na alquimia); a lei condicional e o Karma natural (no Hermetismo Ético).
9. O Nove – Yesod naipe de Ouros – é o esquema geral da evolução da matéria (na alquimia) que se revela durante o processo chamado sublimação; o quadro geral da Iniciação, revelado pela transmissão por sucessão do Influxo Superior (no Hermetismo Ético).
10. O Dez – Malkut naipe de Ouros – é a transmutação concreta da matéria (na alquimia), isto é, a utilização do Pó Vermelho, já preparado, na transmutação da liga; a volta do Iniciado ao mundo, para se dedicar à transmutação ética da sociedade humana (no Hermetismo Ético).
Todos, com certeza, já perceberam que os Arcanos de valores numéricos do naipe de Ouros se assemelham muito, pelos seus títulos, aos dez primeiros Arcanos Maiores do Tarô, já por nós estudados.
A explicação disso e que o naipe de Ouros é a refração do Valete da Primeira Família e serve de "órgão" criador dos Arcanos Maiores, à semelhança dos Arcanos Menores.
Poder-se-ia dizer que os Arcanos Menores do naipe de Ouros correspondiam ao esquema do mundo tal como este se apresentava diante da Humanidade antes de sua queda, enquanto que os dez primeiros Arcanos Maiores correspondem à compreensão das nossas verdades pela Humanidade já decaída.
Se pudéssemos purificar os primeiros dez Arcanos Maiores, tirando deles o envoltório que se formou ao seu redor, obteríamos os Arcanos de valores numéricos do naipe de Ouros, em sua sucessão natural. |
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janeiro.09 |
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