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Danças de Plutão em Capricórnio |
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Rui Sá Silva Barros |
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O Sol ingressou em Capricórnio, dias depois uma lunação e mais algum tempo conjunção com Plutão, com o pano de fundo de uma oposição Júpiter-Saturno. As luzes foram acesas no Oriente Médio. O Irã completa 33 anos de regime islâmico com um saldo sofrível: juventude desempregada, inflação na lua, moeda desvalorizada, importação de gasolina, carnes, cereais; poucos aliados, grande investimento na indústria bélica e divisões na cúpula do poder. Neste contexto o desenvolvimento de um arsenal nuclear tornou-se questão de vida ou morte para o regime. Enquanto isto o clima de confrontação sofreu uma escalada: quatro cientistas assassinados, algumas explosões em áreas estratégicas, um drone americano desgovernado foi capturado, Israel cogitou publicamente um ataque, e pesadas restrições sobre o petróleo e finanças foram impostas recentemente pelos governos – americano e europeus. Um bombardeio ao Irã unirá o povo e acabará com as divisões internas, além da potencial reação: retaliação militar aos países petroleiros do Golfo, ataques do Hizbollah e Hamas e preço do petróleo nas alturas, péssima notícia para a economia mundial. Agora Plutão está em quadratura exata ao Ascendente e Lua, em Áries, da carta natal do país e Urano vem aí.
< Navios iranianos no estreito de Hormuz
NO IRAQUE, os xiitas não perderam tempo e com a saída dos militares americanos começaram a tão acalentada vingança contra os sunitas, mandando prender o vice-premiê (sunita) que se refugiou. Seguiram-se vários atentados. O país ainda não tem eletricidade e saneamento restabelecidos e a produção de petróleo não voltou aos níveis de antes da guerra. A Liga Árabe resolveu dar sinais de vida e enviou uma equipe à Síria, a população programou manifestações massivas e parece que enfim surgirá uma organização da oposição ao regime que pena com o estrangulamento econômico. Ainda não intervieram lá porque Rússia e China vetaram e porque uma guerra civil pode estourar. No Egito os partidos islâmicos levaram dois terços das cadeiras, logo mais começam a escrever a nova Constituição e a negociar com as Forças Armadas a transição de poder. A situação está tão volátil que uma partida de futebol terminou em mortes e feridos. Na Líbia as milícias continuam armadas e se enfrentando, o governo provisório pena. No Paquistão conflitos entre governo civil, militares e o Judiciário, no ar ameaça de golpe militar.
OUTRO FENÔMENO CAPRICORNIANO: a manifestação de fundamentalismos pelo mundo. Na China, Hu Jintao escreveu e publicou um artigo sobre o imperialismo cultural ocidental e seus perigos. Já escrevi muito sobre isto nas crônicas anteriores: a China tem um extraordinário patrimônio cultural, representado pelo taoísmo, mas o governo não se atreve a promovê-lo, mesmo sendo admirado no Ocidente. O governo chinês esquece que as mercadorias são como as ideias de Platão, sempre andam em bandos. Depois de atrair multinacionais, de admitir outdoors em inglês e propagar que “enriquecer é glorioso”, o que há de estranho se os programas de televisão imitam o lixo ocidental? Os americanos sempre souberam desta verdade básica: venda o pacote completo.
Os haredim (judeus religiosos praticantes) em Israel hostilizaram uma menina por estar indecorosamente vestida. Eles não perfazem 15% da população do país, mas sua força cresce constantemente, principalmente na política (Shaas e Israel Beithnu). Daqui a pouco teremos um país dentro do outro, a Cisjordânia é o alvo preferencial para isto. Os fundadores do moderno estado de Israel eram laicos e trabalhistas e obviamente não contavam com a atual situação. Levas de imigrantes da Europa do leste desequilibraram o jogo demográfico e político, os haredim são agora um estorvo, mesmo para o Likud que é ideologicamente próximo. Os males da modernidade não serão combatidos com a separação de homens e mulheres em locais públicos e outros atos legislativos. Na confusão do Oriente Médio só falta mesmo que Israel se transforme numa segunda Arábia Saudita. Saturno passa o ano inteiro açulando o Ascendente da carta natal do país, no final de Libra, enquanto Urano fará uma quadratura à Vênus natal, regente do Ascendente. Quer dizer, pressão para demonstrações de força e autonomia, prestígio internacional em declínio. O Likud não tem força, nem disposição, para colocar os haredim na linha.
SATURNO NO FINAL DE LIBRA pressiona a oposição Mercúrio-Plutão da carta natal dos EUA, o que significa que ouviremos muita retórica venenosa na corrida presidencial que já começou. Os republicanos se engalfinham para saber quem é mais cristão. Desde Reagan eles tentam desesperadamente harmonizar moral cristã com mercantilização plena da vida. Como Hu Jintao na China, eles não perceberam ainda que publicidade na TV e um cartão de crédito na mão arruínam com a responsabilidade pessoal e os dez mandamentos. Como não podem abolir a TV e os cartões criam um país imaginário, pois a única moralidade imperante por lá é a do dólar. Assim Newt Gingrinch atormentou Clinton por causa do caso Lewinsky, enquanto ele abandonava a mulher doente para se casar com uma secretária mais jovem. Jesus disse que é mais fácil um camelo passar num buraco da agulha... Mas para os cristãos americanos Jesus foi um poeta extraordinário e como se sabe a poesia é para as horas de devaneio, pois para os republicanos o lema é enriquecer os ricos.
Pré-candidatos republicanos nos debates de 2012 >> Na realidade, pouco importa quem vai para a Casa Branca, isto agora é quase um tema de entretenimento, pois o país continuará a ser governado por Wall Street, e as indústrias – bélica e petrolífera. E para este bloco Obama é mais conveniente, mais moderado e negociador, basta acompanhar as doações para ver. Os republicanos falam em abolir o FED, extinguir programas sociais, bombardear Teerã e que os palestinos não são um povo, uma vez eleitos serão controlados pelos lobbies e pela burocracia que não deixarão a loucura prosperar, Reagan e os Bush latiram bastante, mas não chegaram ao despautério. Romney desponta como candidato republicano, ele tem o perfil certo: ficou milionário saneando empresas através de demissões, metade de seu patrimônio está em paraísos fiscais e paga 15% de imposto contra a média de 30% no país.
A China finalmente apareceu denominada explicitamente em dois documentos americanos importantes, no plano de segurança e no estado da União. O governo começou a se preocupar com os investimentos chineses na África e na América do Sul e daí o sururu. Os chineses não são nenhuma ameaça séria militar, agora têm um primeiro porta-aviões e enquanto não mexerem nas fontes de matérias primas eles não começarão nenhum conflito. Além disto, os americanos se preocupam com uma Ásia negociando em moedas locais, e os convênios entre China-Rússia e Japão é que são exasperantes. O Japão mais e mais gravita em torno da China. Há nisto muita bravata eleitoral, pois os chineses são os maiores credores dos americanos.
Obama pode ser o candidato mais conveniente, mas continua no mundo de Alice. Trazer as indústrias americanas de volta da China para dar emprego aos seus súditos? Pode esperar sentado, elas foram para lá pela diferença de custos e só sairão para se instalar no Vietnã, Tailândia ou outro país do sudeste asiático; o dinheiro não tem pátria. E para terminar com os EUA uma boa notícia: Francis Fukuyama afinal conseguiu ver um pedaço da realidade, pois descobriu que desigualdade econômica faz mal à democracia. Quem sabe ele consegue explicar aos seus compatriotas que isto também faz mal à moralidade cristã! De resto, a crise no país ainda está para chegar, Plutão e Urano vão assolar o Sol da carta natal, nos próximos anos grandes emoções à vista.
Enquanto os fundamentalistas batem cabeça, OS SENHORES DA MODERNIDADE pensam que é hora de austeridade para os pobres. É preciso aprender a viver na modéstia! E assim, os gregos estão alugando seus sítios arqueológicos, seus hospitais não têm mais remédio para câncer e Aids. Os desempregados espanhóis (quase 25%) reaprendem a arte do escambo, as universitárias inglesas se prostituem para pagar os cursos e os italianos terceirizam museus e academias tradicionais. Já são 115 milhões de pessoas pobres, 23% da população. Enquanto isso a xenofobia vai de vento em popa, a Le Pen pode ter 25% dos votos nas próximas eleições francesas; já o governo húngaro reformou a Constituição para instaurar uma democracia de partido único e mantém uma organização paramilitar que elimina ciganos, mas para infelicidade geral da nação a economia vai mal e endividada, eles precisam de um dinheirinho da UE e FMI. O BCE despejou 500 bilhões de euros nos bancos com taxa de 1% e as coisas sossegaram um pouco, outra rodada foi prometida para fevereiro, as taxas para italianos e espanhóis baixaram, mas por pouco tempo, pois os europeus devem refinanciar alguns trilhões em dívidas no correr deste ano. O fundamentalismo alemão quer colocar Atenas formalmente sob a supervisão de uma comissão europeia, enquanto chantageia o povo heleno retendo dinheiro já prometido.
Como era de esperar os MOVIMENTOS POPULARES refluíram no inverno do Norte, que apresentou um frio polar nas últimas semanas. Com Urano em movimento direto e fazendo a primeira quadratura exata a Plutão, eles devem retornar às ruas no correr do ano e com grandes desafios pela frente. A vida agora vai se restringindo cada vez mais: trabalhar muito (quando há emprego) e por muito mais tempo, pagar educação e saúde, assistir a gincanas na TV, e alguma droga... que ninguém é de ferro. O nível de atrito doméstico vai subir bastante. Esses movimentos ainda precisam de muito feijão para conseguir alguma coisa. O caso da primavera árabe é elucidativo, eles derrubaram governos, mas quem está levando as eleições são as velhas organizações islâmicas. Na França, há chances reais para F. Hollande, o candidato socialista, sua plataforma política deve estar provocando horror em Bruxelas e na City londrina, ele que taxar os ricos, que insolência! A desigualdade de renda já é tema de debate em Davos e no Fórum Social em Porto Alegre, que terminou melancolicamente com uma confissão de impotência.
ENQUANTO ISTO EM TERRA BRASILIS, Saturno ingressou na casa 9 do mapa natal, a do judiciário e o efeito foi imediato: pilhas de denúncias sobre malfeitorias em benefício próprio, corrupção, nepotismo, a tralha toda. Nenhuma República se sustenta sem um Judiciário eficaz e sensato, mas as denúncias precisam ir mais fundo, pois o aparelho vive agora em duas simbioses perigosas: com o sistema financeiro que lhe patrocina os congressos e eventos e com o crime organizado que compra sentenças a partir da bagatela de 50 mil reais. O país dos bacharéis precisa enfrentar a questão. O desalojamento na cracolândia é uma medida eleitoral e econômica, as construtoras e imobiliárias agradecem e os dependentes pobres que se virem com o tratamento, o governo estadual tem coisas mais importantes a fazer. A precipitada decisão de despejo em Pinheirinho e a atuação do PSTU geraram cenas horrendas, os desalojados pagaram a conta. O descalabro com a greve na Bahia mostra que apesar dos avanços recentes ainda há muita pobreza e criminalidade no país, muito trabalho pela frente para dona Dilma e seus sucessores.
<< Fachada do STJ em Brasília Por falar em eleições, os 5.500 municípios brasileiros vivem de pires na mão, suas receitas não chegam a 10% da arrecadação de impostos. Todo ano os prefeitos vão a Brasília esmolar alguns trocados, isto é essencial para manter o Estado patrimonialista rodando, outra herança lusitana: na Colônia era preciso licença para fundar um burgo, rédea curta da Coroa. Em São Paulo os partidos executam um balé execrável para coligações espúrias. Um doce para quem resolver este enigma: São Paulo, cidade de liderança econômica e cultural, gerou os mais estrambóticos políticos como Ademar, Jânio, Maluf e seus afilhados: Pita e Kassab. Por que será? Uma dica, isto está relacionado com o nomeado pai dos pobres.
O governo anda obcecado com crescimento de 4% do PIB neste ano, é provável que não consiga. Para crescer a uma taxa média de 5% ao ano o Brasil precisa aumentar a poupança (pública e privada) e criar um mercado de capitais de longo prazo. Finalmente o BNDES centrou os empréstimos em infraestrutura e pequenas empresas no ano passado, agora é direcionar os recursos dos fundos de pensão estatais para a mesma direção.
Está se tornando um mau hábito nacional: todo verão uma coleção de mortes e desabrigados pelas chuvas. Não vou comentar nem tentar estabelecer parâmetros astrológicos e apenas dizer: É UMA NEGLIGÊNCIA CRIMINOSA.
LOS HERMANOS – Fernando Fernandes e Patricia Kesselman fizeram artigos, publicados no site da Constelar, comentando os problemas institucionais argentinos a partir da análise da posse de Cristina sob um eclipse lunar. Leiam os artigos, a coisa é feia. Eu só acrescentaria o seguinte: a depressão de 1930 abalou fortemente a economia platina e a partir de então sua história política foi uma sucessão de crises com os pronunciamentos militares de praxe na América Latina. Perón flertou descaradamente com os nazistas e governou com um bloco social compósito. A última ditadura militar e o Menem destruíram o parque industrial e levaram a dívida externa à Lua. O país tem um grande território, mas quase metade da população está na província de Buenos Aires, os impostos cobrados da agropecuária sustentam a turma com subsídios. Andam confinando gado, para estender o plantio de soja, com impacto na qualidade da excelente carne. Boa parte da Patagônia foi vendida a estrangeiros. A pobreza emergiu, a inflação real é superior à oficial, há fuga de dólares no país, o orçamento está periclitando. Solução para o quadro estrutural? Um terceiro mandato para a Kirchner e fé na China que garantiu crescimento durante os últimos anos. Políticos providenciais, corrupção, burocracia, nepotismo e acordos espúrios, isto lembra alguma coisa?
Mapa da Argentina: 09.07.1816, Tucuman, meio-dia.
O mapa da independência mostra um Ascendente a 24 de Libra, com Saturno sapateando em cima. Vênus, seu regente, está a 11 de Câncer próximo ao MC e prestes a receber a oposição de Plutão, que na década de 1930 varreu Câncer. Marte em Leão oposto a Saturno assinala os problemas internacionais (Malvinas, casa 7) e a fraqueza do Congresso (casa XI). Mercúrio a 6 de Câncer na casa 9, sinaliza os problemas com a imprensa. O mapa deixa claro que a tentativa de uma saída caudilhista para a crise terminará mal quando Plutão pressionar o Sol Natal. Por conta da rivalidade futebolística há quem se alegre com a desgraça portenha, é mau negócio. Ao Brasil interessa uma Argentina pujante e democrática, para não falar das lindas paisagens naturais e da bela arte que produziram. Portanto, é preciso ter paciência com as crises de tarifas no Mercosul, temos um saldo grande na balança comercial com los hermanos.
OS AFRICANOS QUE SE CUIDEM! Países europeus se reuniram em Berlim (1884/5) para sacramentar a divisão da África subsaariana. Cento e trinta anos depois lá estão eles novamente, agora preocupados com a invasão da China, Índia e até Arábia. No início foram atrás dos minérios e petróleo, depois de 2008 com a subida nos preços de cereais, estão atrás de terras agrícolas. Os europeus estão preocupados e olham para os 600 milhões de hectares disponíveis. As potências chegam comprando ou alugando terras por preços irrisórios, a população local é desalojada e não vê um centavo da transação com o governo. São culturas extensivas de cereais ou árvores para madeira de construção, tudo exportado para os países de origem do investimento. O solo africano é bom para a agricultura, mas necessita de muita irrigação, o que pressiona ainda mais a subsistência dos camponeses, enquanto o Saara se estende lentamente para o Sul.
Panorâmica de Lagos >> Daqui a pouco serão milhões esmolando nas capitais, pela dinâmica atual Lagos será a maior metrópole mundial em alguns anos, um favelão a céu aberto num país (Nigéria) em permanente guerra civil (aridez, petróleo e religião). Graziano, brasileiro e atual diretor da FAO, terá toneladas de trabalho pela frente. O processo de descolonização na África foi uma grande decepção, regimes democráticos com tiranos eleitos e enriquecidos nos cargos, mortalidade alta por inanição, epidemias e guerras civis. Imperialismo, guerras tribais e fronteiras totalmente artificiais levaram a esta situação. O processo de independência na África Subsaariana começou em janeiro de 1956, no Sudão: Saturno no final de Escorpião em quadratura à conjunção Júpiter/Plutão no final de Leão. E estava quase completa em setembro de 1966 com Botswana: trino Júpiter em Câncer a Saturno em Peixes; e conjunção Urano/Plutão em Virgo. Marca inquestionável da triangulação Júpiter/Saturno/Plutão.
E OS CUBANOS QUE SE CUIDEM TAMBÉM. O futuro pode ser caribenho: paraíso fiscal, cassinos, rota do narcotráfico ou mega bordel para turistas ricos. A transição requer extrema perícia, e eu lhes desejo boa sorte, pois o povo que produziu aquela música merece uma vida boa, com liberdade e longe das opções acima.
O trino Saturno/Netuno não foi suficiente para proteger os navios, vários naufragaram ou avariaram recentemente. O mega cruzeiro italiano teve direito a vexame do comandante que fez uma manobra arriscada e abandonou o posto. Alguém comentou que isto é um presságio do futuro da Itália, pode ser. Vivemos em tempos tais que podemos morrer mesmo em águas rasas!
Enquanto os dirigentes iranianos promovem presepadas seus artistas nos brindam com boas coisas boas como o filme A separação, ótima direção de atores. Cada personagem representa um estrato social, suas inquietações, dúvidas e esperanças.
Depois de pesquisar e traçar estas linhas durante os últimos três anos, chegou a hora de sistematizar um pouco as coisas num curso: Astrologia Mundial - economia, geopolítica e cultura. Conheça os detalhes: http://www.clubedotaro.com.br/site/v83_0_cursos.asp
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10/02/2012 09:54:39
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Mirta Herera Camerini - 19/02/2012 17:20:02
Rui muito obrigada pela bem vinda! eu que agradeço ter respondido! Meu pais está realmente de ponta cabeça. A insegurança gera uma violência muito grande. Infelizmente o tema Malvinas é complicado: demasiados interesses em jogo. A guerra nos deixou um monte de gente que não é nem olhada pelo governo (por nenhum governo aliás) assim que tomara fique no diplomático. Cristina Kishner tem seguido o modelo Chaves de governo. Nós, argentinos, que não queremos saber nunca mais de ditaduras, acabamos tendo algo muito similar. O pior é que Rafael Correa que, entre trancos e barrancos, parecia o menos ditatorial, agora também quer silenciar a parte da imprensa. Será que a tendencia será essa em Latino-America? Gostei tanto desta matéria que me animo a perguntar: o que será em México? haverá outra mulher na presidência Latino Americana? o que acha? Um forte abraço Rui!
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VOLTAIRE - 19/02/2012 19:52:22
Rui, por favor se puder me explique esse seu comentário : "O governo federal deve passar por apuros no final do ano e começo do ano que vem, quando Saturno ingressar em Escorpião e cruzar Marte natal, representante do MC". Apuros políticos e/ou econômicos ?Desculpe-me pois não sabia que vc não fazia mapas individuais. Se soubesse não teria feito esse pedido. Quanto ao resto do meu comentário de 17 FEV 2012 quando e se puder analise-o com base no mapa do Brasil. Um abraço
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VOLTAIRE - 19/02/2012 20:03:52
Rui, eu não sabia que as ordenações manuelinas, textos jurídicos do século XVI, de 1521, ainda influenciavam a nossa Política e a nossa Justiça de 2012. Mas já que é vc está dizendo eu acredito. Abraços, Voltaire.
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Rui Sá Silva Barros - 19/02/2012 21:28:59
Mirta: Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos EUA! (Porfirio Diaz). Com uma reforma agrária incompleta, acomodado no petróleo e entrada no Nafta, o país está mesmo com problemas, o narcotráfico cresceu tanto que agora mata prefeitos, jornalistas e policiais com a maior facilidade. O engajamento do Exército não resolveu o problema e a população só vê uma saída, trabalhar nos States. A carta natal do México mostra um Sol a 5 de Libra e um MC a 9 de Capricórnio, quer dizer pressão total. Quem vai gerir a bagunça? O resto da América Central caminha na mesma direção, Honduras esteve nas manchetes recentemente. O populismo na Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina pelo menos está livre do problema do narcotráfico. As vezes eu olho e não acredito, parece a ressurreição de Peron e Vargas. Abraços, rui.
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Rui Sá Silva Barros - 19/02/2012 21:33:04
Prezado Voltaire: Nossa conversa fluiria melhor se vc lesse duas crônicas que dediquei ao país: O Brasil não é para principiantes (Simbologia/Astrologia no site) e O Brasil na década decisiva, no fórum. Depois de ler este material vc entenderá o que penso do Estado brasileiro e porque não dou muita atenção aos embates políticos. Quanto ao trânsito do final do ano vamos deixar para depois, a coisa é política. Abs, rui.
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VOLTAIRE - 19/02/2012 21:56:56
Rui, lerei os seus artigos. Obrigado por tudo e até outra oportunidade. Abçs. Voltaire
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VOLTAIRE - 19/02/2012 23:39:57
Prezado Rui, Li com o maior interesse os textos que você me indicou. Parabéns ! Você fez uma análise excelente como nunca vi ninguém fazer. Só discordo de você em um único ponto. É quando diz que "as cartas natais dos candidatos são secundárias na avaliação, pois uma eleição não é uma corrida entre duas pessoas". Humildemente acredito que as pessoas ainda podem influenciar e mudar o destino final de uma eleição e de um governo. O governo Tancredo Neves que não houve seria muito diferente do que foi o governo Sarney. Por que os dois eram diferentes em muitos aspectos, principalmente no modo de fazer política. Um abraço. Voltaire
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Rui Sá Silva Barros - 20/02/2012 10:01:16
Caro Voltaire: Vejo que vc é claramente interessado no futuro do país e portanto merece toda consideração. Você tem razão, os polític os têm diferenças pessoais e de discursos, mas vá além e olhe a prática por exemplo de FHC e Lula. Em seu primeiro mandato o "neoliberal" FHC praticou uma política cambial populista que resultou em catástrofe em 1999. Já o nacionalista-desenvolvimentista Lula praticou uma política econômica ortodoxa que fez inveja aos monetaristas. Por aí vc vê que os rótulos não têm substância alguma. Para entender estes paradoxos recomendo a leitura de Os donos do poder do Raimundo Faoro, preste atenção em Bernardo Pereira de Vasconcelos o pai dos políticos brasileiros. Do ponto de vista espiritual você tem razão, os indivíduos fazem diferença mesmo; mas na política atual fazem pouca. Tente se lembrar rapidamente: quem é o primeiro-ministro do Canadá. Provavelmente não sabe, não se aflija, o país é organizado, democrático, tem IDH lá em cima e não se mete em confusões internacionais. Numa sociedade razoável os governantes deveriam passar desapercebidos, pois as coisas estariam bem organizadas. Reflita sobre isto. Espero que esta troca de correspondência tenha sido útil para você como foi para mim. Abs, rui
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Manoela Viana Gonsalves - 24/02/2012 21:15:47
Eu sou uma pessoa que tem muito interesse neste assunto,porém pouco esclarecimento,avalio o artigo acima como bastante esclarecedor,contribui mt para alrgar o meu campo de visão.obrigada.
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Rui Sá Silva Barros - 25/02/2012 12:12:51
Olá Manuela: Obrigado pelo comentário gentil, mas não se acanhe, da próxima vez pergunte, acrescente ou discorde. Assim vamos ampliando nossas perspectivas, está bem? Abraço fraterno. Rui.
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