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21 de novembro de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


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A China no banco dos réus
Rui Sá Silva Barros
Saturno passou sobre o Sol natal da República Popular da China e colocou os dirigentes na berlinda: câmbio, supressão de liberdades, disputas territoriais com os japoneses. E a pressão vai continuar por anos com Urano e Plutão. Saturno, regente do Ascendente Aquário, é determinante na vida do país, pois no primeiro retorno (1978) encerrou a era maoísta e no segundo (2008) trouxe crise ao modelo econômico baseado em exportações baratas.

Estamos no ano de 4708 no calendário chinês iniciado pelo reinado de Fo-hi, o Imperador Amarelo. Muitos historiadores consideram as datas e o rei como lendas, embora algumas observações astronômicas nas crônicas levem a pensar na veracidade. De qualquer modo, a escrita ideográfica chinesa existe há 3.500 anos desde a dinastia Chang, surgida em torno do rio Huang. Desde então a China passou por momentos de integração e desintegração políticas, foi governada por duas dinastias estrangeiras (mongóis e manchus), procurou a autossuficiência de maneira obstinada com grande orgulho de sua civilização e cultura: agricultura inovadora, notável artesanato (bronze, jade, porcelana, laca, têxteis, pinturas etc.), canais e sistemas de transporte, pólvora, impressão, bússola, papel, jardinagem, arquitetura e muitas outras coisas.

O século VI a.C marcou o final do primeiro período da Kali-yuga trazendo modificações em todo o mundo, inclusive na China, que viu a doutrina dos ancestrais ser dividida num ramo social (confucionismo) e num ramo metafísico (taoísmo) que foi reforçado no século II de nossa era com a chegada do budismo. O povo chinês, diferentemente do hindu, é prático e tende a abordar a realidade através do movimento e do gesto: teatro, ópera, artes marciais e o zen-budismo são exemplos. Coisa curiosa, sociedades secretas religiosas (Lótus Branco, A grande Tríade e outras) estiveram presentes nas lutas populares e contra estrangeiros. O Tao-te-king, o I Ching, o horóscopo chinês, o Feng-sui, artes marciais, a acupuntura e a culinária alcançaram o Ocidente e nos dão uma pálida ideia da antiga e vital cultura que mesmo o comunismo não conseguiu extinguir.

A China incitou a imaginação dos europeus desde a época romana quando a rota da Seda esteve transitável, posteriormente através dos mulçumanos que tinham representações comerciais no Império do Meio e, por fim, diretamente,  através de Marco Polo. No século XVI chegaram os portugueses que tiveram um entreposto em Macau, no século seguinte os jesuítas, em Pequim, enviavam notícias transtornantes sobre a grande antiguidade do país e da inexistência de relatos sobre o Dilúvio.  Finalmente, os ingleses, fascinados com o grande potencial do mercado chinês, lá pelo final do século XVIII, quando o império tinha a maior população e economia do mundo. Para grande decepção dos comerciantes, a população chinesa não se interessou pelos têxteis ingleses que importavam chá, seda e especiarias em grande quantidade, pagas com prata que a Cia das Índias Orientais não tinha. Para remediar a situação os ingleses fizeram grandes plantações de papoula em Bengala, e passaram a contrabandear heroína e ópio para os chineses, vez que era proibido pelo governo imperial. Em pouco tempo a balança comercial ficou favorável aos ingleses. A dinastia manchu (1644-1911), que impulsionou o enorme crescimento econômico e populacional, já estava em plena decadência e altos funcionários recebiam propinas do contrabando. Vendo a situação sair de controle o governo chinês tentou pôr um paradeiro e iniciou um cerco ao contrabando, foi a senha para o início da guerra do Ópio (1839-1842), vencida pela armada britânica.


Arrancaram muitas concessões: Hong Kong e mais quatro entrepostos, autonomia jurídica, liberdade para missionários cristãos, livre trânsito no rio Yang-tsé. Depois dos ingleses chegaram outras legações europeias e americana, dispostas a retalhar o Império. Para o auge do desgosto dos estrangeiros, os chineses continuavam a olhar com suspeição para as mercadorias e cultos externos. Em 1850 estourou a revolução Taiping, popular e nacionalista, ironicamente liderada por um chinês que se apresentou como um Jesus redivivo. Os insurretos deram um grande trabalho ao governo imperial e só foram desbaratados dez anos depois. Até 1900 as concessões aos estrangeiros foram aceleradas, e até embaixadas em Pequim foram montadas, o que culminou em nova rebelião, a dos Boxers, dominada a ferro e fogo pelas potências ocidentais. Estava claro que a dinastia estava no fim, o que foi concretizado em 1911 com a proclamação da República, liderada por Sun Yat-Sen.

Nem por isso os problemas terminaram: a economia tinha declinado bastante, velhas tendências regionais emergiram, a liderança dividiu-se entre a ocidentalização e os acenos da revolução soviética. Durante os anos 1920, o Kuomintang (nacionalista e pró-ocidental) liderado por Chiang Kaishek, e o Partido Comunista, instalado nas grandes cidades costeiras, competiam pelo poder alcançado pelo primeiro em 1927. Daí por diante o PC organizou-se em bases rurais, prosseguindo as escaramuças até ser obrigado a encetar a Grande Marcha, uma retirada para reagrupação de forças no interior da China. Mas o poder do Kuomintang seria afrontado em poucos anos (1937) por um adversário temível: o militarismo japonês, que bombardeou e ocupou algumas áreas economicamente vitais até 1945. Na luta de resistência contra os invasores o PC ganhou força e prosseguiu a luta até tomar Pequim, em 1949, dando início à República Popular.  A rebelião dos Boxers e o final da dinastia foram objetos de cineastas que fizeram filmes sobre estes eventos, e o levante comunista em Shangai foi romanceado por André Malraux em “A condição humana”.

O MAPA – A República Popular está expressa na Lua no ascendente em Aquário trino ao Sol. Outro tema dominante é a mútua recepção Lua-Aquário e Urano-Câncer em dissonância através de um quincúncio, sendo que Urano está em quadratura com o Sol, o que denota o voluntarismo dos dirigentes em tensão com os trabalhadores.

                                  Mapa Astral da China. Beijing, 1º de outubro de 1949, 15h07

Vênus, regente dos setores IV e VIII, está no MC em Escorpião, resgatando o que os chineses julgam ser o século das humilhações (1839 a 1949). Marte e Plutão em Leão no setor VII (aliados e inimigos declarados) sinalizam os conflitos imediatos: guerra da Coreia, ocupação do Tibet, independência de Taiwan, a província rebelde. O aliado inicial soviético transformou-se num revisionista a partir de 1956 e num inimigo declarado a partir de 1960. Do oeste partem as dores de cabeça atuais: tibetanos e uigures, populações pobres, mas territórios ricos em água potável e minérios. Saturno no final do setor está debilmente integrado no tema. Ao longo de seu primeiro ciclo o governo do PC voltou ao isolamento e autossuficiência tradicionais, a partir do segundo, o país abriu-se ao investimento externo.  A conjunção Mercúrio e Netuno, logo depois do Sol, evoca a retórica inflamada do primeiro ciclo, e no segundo a capacidade exportadora e o uso maciço de pirataria industrial, o que é muito ruim dada à proximidade do nodo lunar sul.

O ponto de partida foi bem baixo: os conflitos e a guerra tinham desorganizado a economia, a diversidade étnica e linguística embaralhavam o planejamento, fome e epidemias ainda eram comuns. Com auxílio soviético ensaiaram as fundações de uma moderna indústria pesada, mas diante da morosidade do processo, Mao Dzedong propôs o Grande Salto Adiante (1958/60) quando camponeses abandonaram as lavouras para criar do nada uma indústria siderúrgica, e o resultado foram dezenas de milhões de mortos de fome. O fracasso foi grande e perturbador, os russos se retiraram da China e Mao passou a segundo plano, reemergindo em 1966, através da Revolução Cultural que desorganizou profundamente a educação e a economia, destruiu relíquias e monumentos históricos, e instaurou uma turbulência política que só cessou dez anos depois. Em 68 a desordem era tamanha que o líder recorreu ao Exército para ter alguma estabilidade, no ano seguinte, em disputa de fronteiras, os russos cogitaram bombardear a China nuclearmente. Neste tempo, Júpiter, Urano e Plutão transitavam Saturno natal. Ao final do primeiro ciclo deste planeta, o país estava unificado, fome e epidemias dominadas, mas a pobreza ainda era grande e a economia se arrastava.

A partir de 1978 o projeto dos dirigentes era muito ambicioso e incluía: abrir o país ao investimento estrangeiro, acenando com custos baratos, participar ativamente de organismos internacionais (ONU, FMI, BIRD, OMC e G-20); sem alterar o arcabouço institucional doméstico, com o monopólio do poder intacto. Estas metas estavam e estão em contradição, e agora entraram em ebulição. A primeira meta foi atingida velozmente, americanos e europeus reclamam da concorrência desleal nos produtos industriais produzidos por suas próprias multinacionais instaladas na China; o dinheiro não tem pátria. Enquanto os chineses exportavam têxteis, brinquedos e eletroeletrônicos não houve muita reclamação, mas agora que dominam a produção tecnológica de ponta a grita começou. As rápidas industrialização e urbanização trouxeram tensão social: desigualdade de renda, precariedade na assistência social, rápido desequilíbrio etário, provocado pela política do filho único etc. Estas tensões são exploradas agora do exterior e ampliadas pela moderna telecomunicação. A grande questão é: até quando o PC consegue manter o monopólio do poder? Os trânsitos tensos sobre o Sol natal, regente do setor VII, duram mais três anos, no mínimo.

A China é líder mundial em volume de agropecuária que ocupa 43% da PEA e produz 11% do PIB. As terras aráveis estão todas ocupadas e são manejadas com uma quantidade incrível de pesticidas e adubos, os chineses estão comprando terras no sudeste asiático, África e agora na América do Sul. Utilizam pouco maquinário e a terra não é comercializável, o controle sobre o deslocamento da população agrária continua firme. Neste contexto a chegada de meninas nas famílias é um estorvo, dando origem a horrores que de vez em quando chegam a nossa mídia. A desertificação avança e as últimas variações climáticas trazem problemas de monta, a China já importa cereais e carne bovina. Como aumentar a renda destes 600 milhões de pessoas, sem deslocá-las para as cidades, é o problema a ser resolvido e não é nada simples.

A indústria ocupa 25% da PEA e produz 48% do PIB. Depois de cumprir todo o ciclo da industrialização os chineses agora produzem carros, aviões, navios, trens de alta velocidade, satélites, foguetes, aparelhos para a produção de energia renovável. Exportam produtos de informática, telecomunicações e eletrônicos, 20 % para os EUA. A indústria extrativa ainda está subdesenvolvida e importa minério de ferro, tem minérios raros que começam a bloquear o embarque para retaliações, alta dependência de petróleo importado. Semanalmente morrem dezenas de mineiros e a geração de energia elétrica ainda é altamente dependente de carvão.  Mais da metade das importações são provenientes da Ásia. As importações chinesas mantêm a economia mundial flutuando.

Os serviços, comércio e governo ocupam 32% da PEA e produzem 40% do PIB. O turismo ainda é incipiente diante do potencial do país, pois a desconfiança dos dirigentes ainda cria muita restrição, mas o turismo interno é florescente. O moderno cinema chinês prospera e começa a exibir vitalidade. A escrita chinesa está sob pressão, a maioria dos outdoors já é bigráfica. A medicina ocidental já está presente e convive com a tradicional, o sistema hospitalar é caro e diariamente conflitos estouram entre pacientes, familiares e equipes médicas. Pesticidas e alto teor de enxofre no diesel anunciam grandes problemas de saúde pública num futuro próximo. Boas faculdades de exatas, mais ainda fora do alcance financeiro da população rural.

O sistema financeiro é estritamente controlado, o bancário quase todo estatal, o que dá agilidade e mecanismos de defesa potentes ao governo. É um setor que é objeto de cobiça da alta finança internacional. Para combater a crise de 2008 o governo injetou quase o equivalente a 600 bilhões de dólares, e agora podemos ver prédios ainda não ocupados e trens trafegando quase vazios, a dose foi excessiva, e começou o enxugamento monetário por meio da elevação do compulsório e juros. O controle do câmbio tornou-se um problema internacional, acirrado pela atual estagnação no Atlântico Norte. O controle é uma medida protecionista que favorece as exportações, uma valorização do Yuan aumentaria a renda popular dinamizando o consumo interno, mas o governo teme um desmantelamento no setor exportador e prefere elevar a renda popular paulatinamente, com aumentos de salários, corte de impostos, subsídios aos camponeses e elevação das despesas sociais. Enquanto a China continuar a receber investimento externo e os países não adotarem restrições alfandegárias às mercadorias chinesas, o governo tem tempo para manobrar. As gigantescas reservas (2,5 trilhões) são agora uma batata quente na mão do governo, pois valem cada vez menos, por conta da desvalorização do dólar e pelo rendimento dos títulos americanos.

O FUTURO –  Ocorrem diariamente muitos conflitos pontuais na China: trabalhistas, ambientais, étnicos e políticos. Em 1989, durante a conjunção Saturno Netuno, os chineses viram a ruína do bloco soviético e uma incômoda rebelião interna controlada a ferro e fogo na Praça da Paz Celestial, é de notar que o Sol e Mercúrio estão enquadrados por Saturno e Netuno. Com o ascendente em Aquário, a demanda por liberdade é natural e tende a crescer. Alguns dos dirigentes atuais sabem que o problema é incontornável e podem começar a oxigenar o próprio Partido, incentivando debates e participação popular. A história da União Soviética é constantemente recordada para não ser repetida. A nova riqueza de uma camada, mensurada em milhões, estimula corrupção e nepotismo entre os dirigentes, o que vai ser difícil de conter. O gradualismo dos dirigentes, sinalizado por Júpiter e Saturno em signos de terra, esbarra na quadratura Sol-Urano do mapa natal, que estimula mudanças bruscas. As manifestações políticas pedindo abertura vão prosseguir e, quando empolgarem, a camada afluente criará um movimento irresistível

O mapa progredido mostra que o MC e Vênus acabam de cruzar Júpiter natal e mais alguns anos entrarão em Aquário, enquanto Júpiter progredido acaba de fazê-lo. Logo mais todos encontram a Lua e o Ascendente, estimulando ainda mais as demandas de liberdade.
 

                                         Mapa progredido da China para outubro de 2010

A Lua progredida está em oposição a Mercúrio e Netuno natais, mas enquanto isso Marte e Saturno progredidos estão em conjunção e indicam a mão pesada do governo que não vacila em reprimir dissidentes e controlar a internet.

Analistas apressados vaticinam que a China será líder mundial por volta de 2030, uma avaliação irreal, pois supõe que a oferta de recursos naturais, as condições ambientais e sociais continuarão as mesmas de hoje. Se há algo seguro é que não continuarão. A China dependerá vitalmente de importações e das compras de ativos no exterior, e dificilmente o crescimento poderá ser mantido no nível dos 10% atuais. Os dirigentes chineses já se sentem “cercados”, encarando a guerra cambial e a outorga do prêmio Nobel da Paz a um dissidente preso, como provocações ocidentais. A pressão continuará pelos próximos anos.

BRASIL – Tudo isso tem um interesse imediato para nosso país: as compras chinesas garantiram o saldo positivo em nossa balança comercial neste ano, contribuindo para diminuir o déficit no Balanço de Pagamentos. Uma desaceleração forte na China, ou uma queda nos preços das matérias-primas nos deixariam em situação desconfortável. A situação do governo brasileiro é delicada, pois os manufaturados chineses ameaçam setores de nossa indústria, gerando reclamações cada vez mais estridentes.

De maneira geral, governo e empresários brasileiros estão atrasados: nossa embaixada em Pequim é modesta para o nível comercial, os empresários chegam lá sem conhecer cultura, legislação e a intrincada burocracia. O estudo da História da China e o conhecimento do Mandarim ainda são mínimos. Não estamos preparados para receber investimentos estatais chineses que começaram a chegar. Há muito trabalho a ser feito, nenhum dos dois candidatos tocou no assunto, e o governo precisa se posicionar para o G-20 na Coreia do Sul, agora em novembro. São cochiladas espantosas, pois o País pode mudar de patamar socioeconômico na próxima década e não pode derrapar em momentos decisivos. O assunto será desenvolvido na próxima crônica.
 
23/10/2010 22:43:33

Comentários

Fausto Fuser - 26/10/2010 11:38:24
Súmula/análise/implicação no mapa astrológico e... nas últimas linhas, sem preparação alguma, a pancada que bate em todos: aí está a China, temos dois candidatos à presidência e nenhum preparo ou proposta relativa a esse gigante que avança sobre o globo!
Legal! Muito legal! Aguardamos a próxima crônica... que merece estudo e debates. Parabéns! FF

Rui Sá Silva Barros - 26/10/2010 12:00:29
Olá Fausto:
Como vai a escrita? Durante vinte anos o mundo inteiro importou as "baratezas" da China, sem se incomodar. Nossa indústria de calçados e brinquedos quase foram à breca, e agora nosso setor de máquinas e equipamentos anda com água pelo nariz. Enquanto isto nossos ínsignes cadidatos se esforçavam para mostrar quem era mais religioso.É preciso parar de reclamar dos outros e fazer o que tem que ser feito. Na próxima crônica vamos esmiuçar o assunto, tá bem?
Em tempo, Fausto é um ótimo dramaturgo. Abraços fraternos.rui.

João Marques - 29/10/2010 11:22:48
Olá Rui: é sempre muito agradável e instrutivo ler suas crônicas, aprendendo mais com elas do que é possível em muitos artigos de jornais e blogs "especializados", mas que acabam sendo superficiais, limitados e politicamente distorcidos. Abraços.

Rui Sá Silva Barros - 29/10/2010 15:48:38
Olá João:
Obrigado pelo estímulo. O autor do comentário é um nosso irmão lusitano que se encantou com e agora vive em terra brasilis, escreveu dois livros notáveis sobre espiritualidade e religião e mantem um blog onde achamos muitas palavras sensatas e sábias: umsoprodeluz.worldpress.com
Aproveito a oportunidade e respondo a uma pergunta que me foi feita recentemente: Ainda existem taoístas na China? Sem dúvida, estão lá submersos ou atuando através de práticas admitidas: medicina, artes marciais, etc. Não é possível extinguir a essência espiritual de um povo sem calamidades subsequentes.Que os chineses tenham sobrevivido às maluquices de Mao já é um milagre, os russos sairam estropiados depois de Stalin e cia, os alemães devastados emocionalmente depois de Hitler. Apesar de todos os problemas apontados na crônica, os dirigentes chineses são prudentes, herança confuciana com certeza. Abs. fraternos, rui.

Ozanam Teixeira - 04/11/2010 15:34:05
Rui Parabéns está excelente sua análise,

mas faltou vc falar da China ter na atualidade o 2º orçamento militar do mundo, depois dos Eua, aquisição de Porta-aviões dos russos, compra de base para submarinos na Birmânia, e maciço investimento em guerra cibernética.
A China quer o controle do mar amarelo e oceano índico, aí vem a questão. O Japão, Índia e Vietnã serão futuros parceiros ou competidores pela supremacia marítima (PASMEM, o Vietnã está aliado aos Eua buscando acordos comerciais e de defesa - Isto depois da Guerra do Vietnã).
Fazê o que, como dizia Bismarck "não existe amizade entre as nações e sim o interesse", o amigo de ontem é o inimigo de hoje e poderá ser amigo amanhã.
Desculpe por não citar a fonte: Mas determinado mapa astral da China abordava os seguintes itens, que eu gostaria que vc confirmasse por gentileza:
A China têm como um dos regentes Kali Yuga - que se relaciona ao planeta Plutão. Plutão é o deus dos mortos e de Hades (relacionando-se o Hades com a radiação)
Kali Yuga para reconstruir precisa destruir, mas como se faria isto? A resposta está na radiação, podendo significar eventos referentes a uma guerra nuclear localizada (não concordo com o apocalípse total). Desta forma cabe a China, fazer a transformação do mundo atual (que não seria pelo amor, Hehehehe), mediante a guerra que poderá implicar no uso de artefatos nucleares.
Quem seria o adversário??? Por incrível que pareça não é nem os EUA e nem Índia (inimigos declarados) e sim a Rússia ( o motivo seria a ocupação de territórios russos por chineses). Vc poderia dizer o nível de razoabilidade desta análise.

Agradeço pela sua paciência e boa vontade.
Gostaria de saber se vc faz consulta individualizada, se positivo encaminhe a resposta com todos os detalhes para o meu e-mail.

Abçs

Ozanam Thales

Agradeço antecipadamente pela

Rui Sá Silva Barros - 04/11/2010 20:46:35
Ola Ozanam:
É verdade, a China tem o segundo orçamento militar, mas pense em termos per capita! Atualmente a China tem que aturar manobras navais dos EUA a 100 km de suas costas no mar da Coreia. Eles se preocupam sim com as rotas de abastecimento do Índico, onde a marinha americana pontifica. A China não começará nenhuma disputa bélica enquanto suas fronteiras e abastecimentos não estiverem vulneráveis, seus dirigentes sabem perfeitamente o que significa uma guerra nuclear e nunca fizeram qualquer ameaça. A Kali-yuga é um período de tempo no ciclo humano e cosmológico, um conceito da doutrina védica que nunca atribuiu a regência de planetas a estas eras. O planeta Plutão realmente tem a ver com explosões nucleares (plutônio) e com soluções radicais em geral, mas não há razão para pensar que os chineses tomarão tal iniciativa, eles teriam muito a perder. Os cmponeses chineses já estão se instalando em território russo, fugindo da desertificação no Norte chinês, e os russos estão recebendo bem esta iniciativa, pois ocupam a Sibéria e pagam impostos; os russos não tem população para fazer isto. Na realidade o dilema russo é transformar-se num satélite da China ou da UE, mas com a lerdeza desta última parece que vai para a primeira. Chegará um momento que as potências ocidentais ficarão alarmadas com a expansão dos investimentos chineses e isto trará uma tensão incrível.
De resto estamos mesmo nno final da Kali-yuga, e a desagregação ocorre em todos os níveis: espirituais, intelectuais, ambientais, econômicos. Não será necessária uma terceira guerra para uma catástrofe.
Não atendo, mas recomendo o Constantino, organizador do site, tarólogo e astrólogo tarimbado. Abs. rui

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