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Existe ou não existe DESTINO? |
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Cláudia Boechat |
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Eu acho que destino a gente faz, com as nossas escolhas na vida. Mas, os videntes estão aí para me desmentir. O que você pensa a esse respeito? |
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Hoje o assunto é destino. Há ou não coisas pré-determinadas pra gente nessa vida?
Ainda não cheguei a uma conclusão. Por princípio, acho que o destino a gente é que faz. Caso contrário, nossas escolhas na vida não teriam a menor importância. Era só cruzar os braços. Nosso destino já estaria traçado, independentemente do que a gente fizesse ou não. Não consigo aceitar isto. Até porque uso o Tarot como aconselhamento e, se nosso destino já estivesse traçado, do que adiantaria aconselhar? Não faria a menor diferença.
Por outro lado, como explicar os videntes? As pessoas dotadas de vidência, de verdade, podem prever acidentes, encontros e desencontros, falências, divórcios, morte, gravidez. Então, há mesmo um destino traçado para cada um de nós? Temos apenas de aceitá-lo?
Há ainda os seguidores da doutrina espírita de Alan Kardec que nos dizem que provas são colocadas em nosso caminho. De nossas escolhas e atitudes dependem as provações. Acho essa "verdade" a mais razoável. Não consigo aceitar de que nada que a gente faça possa mudar nosso destino. Continuo com a premissa de que nosso destino a gente é que faz.
Mas... os videntes estão aí a me atormentar. Eles sempre colocam em dúvida minha crença em nossas escolhas.
Não entendo de astrologia para fazer uma avaliação do destino nesse aspecto. Peço a ajuda de vocês.
Enfim, o debate está aberto. Acho que se trata de um tema enriquecedor e que mexe profundamente com a nossa filosofia de vida. Certamente, todo mundo tem algo a dizer. Vamos nessa? O "microfone" está aberto a vocês.
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19/11/2010 20:35:28
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Igor Freire - 08/01/2011 15:59:21
Pois bem, não acredito que seja algo tão cartesiano, e percebemos isso até mesmo através dos arcanos: os namorados e a estrela. Eu acredito que exista um prédeterminação dos eventos. Uma vez associei a vida a um rio, e a jornada que vamos cumprir nele, mas os meios impregados para fazer essa travessia dependerá exclusivamente das nossas escolhas. O que mudamos são as ferramentas para o cumprimento da jornada. Acredito que os eventos vão se desdobrando por cascata. Pra quem percorre o rio, boiando, submerso ou até mesmo afogado, obedecerá um ritmo diferente de quem foi a nado, barco, bote ou qualquer outro meio. Mas se nesse rio houver pedras, quedas d'água, até o ritmo com os quais vamos nos defrontar com tais desafios terá sido por meio da velocidade que percorremos a jornada atavés dos meios que impregamos para fazê-lo. Espero ter contribuído com essa visão
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Edy De Lucca - 08/01/2011 19:20:12
Claudia, maravilha este debate! Tenho pensado muito nesta questão... No momento tenho uma percepção de que o "grande desenho" já foi estabelecido por mistérios indecifráveis, como o fato de nascermos numa familia que mora numa favela ou não, de termos filhos saudáveis ou não, tragédias familiares ou grandes facilidades materiais, etc.. (tudo aquilo que o vivente capta) Acredito que o que podemos e devemos manejar, manipular, escolher é o "como" vamos viver este grande desenho. Ai, a historia do rio de Igor explica muito muito bem. Meu coração diz que o grande desenho (pelo menos o meu) é divino e sábio e foi feito sob medida para impulsionar o meu desenvolvimento. um grande abraço
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Cleonice - 08/01/2011 22:35:57
Olá Claudia, tudo bem! Concordo com o que o Igor e o Edy falaram, só gostaria de acrescentar mais uma coisa: acredito que nascemos em um ambiente familiar e social pre-determinado por nós mesmos (teoria Kardecista) e aí, durante a nossa travessia pela vida, fazemos "opções" por qual "estrada trilhar". Vou dar o meu exemplo pessoal: nasci em um contexto social muito pobre e em um lar onde havia muitas brigas familiares. Desde criança, quando percebi que nem todas as famílias eram iguais à minha, resolvi que não queria participar desse contexto de discórdia e nem mesmo aceitar que quem nasceu na pobreza será sempre pobre. Nunca aceitei a pobreza. Nunca aceitei as brigas familiares. Então eu fiz uma escolha dentro das duas possibilidades que se abriram para mim: ou eu aceitava a situação pela qual eu nasci e aí continuaria com o mesmo padrão de comportamento, ou eu escolheria mudar essa situação, me agarrando aos estudos e ao meu esclarecimento espiritual. Escolhi a última. Estou crescendo a cada dia. Mas confesso que às vezes é difícil, é como se eu estivesse remando contra a maré, e aí se apresenta novamente dois caminhos: ou eu paro e aceito o que já conquistei, ou eu continuo na jornada do progresso em todos os sentidos. Então, pra mim, existe o destino. Ele se apresenta sempre em possibilidades de escolhas, e quando "colocamos" as cartas, o futuro se apresenta de acordo com a propenção que o nosso ser se dispõe diante das possibilidades apresentadas pelo destino. Um beijo a todos.
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Edy De Lucca - 08/01/2011 22:55:45
Adorei sua história, Cleonice! No cansaço extremo sempre tem um IX de paus da "reserva de força" que pode nos oferecer aquela força incompreensível para continuarmos a jornada no caminho do desenvolvimento. Que a Estrela continue a te acompanhar brilhando muito. um beijo
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Margareth - 09/01/2011 11:12:44
Destino existe, coincidência não.Acredito que quando Deus permite um espirito reencarnar o esboço da vida vem junto, é o que chamamos de destino, e temos o dever de melhorar todos os momentos principalmente fazes ruins,porque do destino ninguem foge.No comentário de Igor Freire quero só complementar, não importa as modificações que os homens tentem fazer no leito do rio, pois o rio sempre vai alcançar o seu destino final, assim é e sempre será. Um abraço fraterno.
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IAKOV BEN ABRAHAM - 09/01/2011 12:58:00
Destino
Santo Tomás de Aquino, diz,por ser racional o homem conhece a lei natural ,ou seja ,esta capacitado ,que ‘se deve fazer o bem e evitar o mal’ ,o que só por ai já é uma predestinação.O que trata-se de participação da lei eterna pelo homem dotado de inteligência ,a lei eterna é o plano racional de Deus,isto é a ordem existente no universo,pois essa lei se move ,por aquele que não é movido,especificamente para um bem pessoal, humanitário e comunitário e planetário. Seja lá quais forem nossas escolhas ,existe ao que se aproxima e permanece na lei natural e o que afasta,em suma,nos afastamos de Deus ou nos aproximamos dele ,o destino é predeterminante nos mantermos próximo a Deus,fazer o bem evitar o mal,o mal para nós mesmos,para outros ,para o planeta e concluo que se estamos vivendo de forma insuportável,em nosso presente, e Deus está presente sempre, já sabemos(?) o que fazer no futuro ,de forma consciente,porem este consciente as vezes embotados ,ficamos cegos ,sem luz ,por causa da escuridão,bloqueios psíquicos,não nos dá sinais para onde seguir, os momentos de trevas,escuros e caótico,não nos levam a lugar nenhum, temos ai,duas hipóteses causadoras ; nos afastamos do reto caminho ,por opção ou movidos por forças de atrito e ou repulsão e Deus ai permite,todo o penhor ,para que possamos retornarmos ao reto e pedagógico caminho,de forma mais preparada e mais experientes,para que possamos transladar a outro,outra geração ,enfim,para que o mal de hoje seja centrifugado no futuro,para que seja bem usado,e que esteja certo haverá sempre uma separação da luz das trevas universalmente, “Deus viu que a luz era boa,e separou a luz das trevas.”Gen 1,4 Deus está presente ,mesmo que seja para consolar ou enxugar nossas lágrimas, estender a mão para fazer -nos levantar quando espatifamos no chão,e,ele respeita nossas escolhas,aliás ele quer assim,em parceria,separar nossa luz das trevas.E aprendermos com isso.
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Deise - 10/01/2011 03:48:13
Esse tipo de questionamento há muito ultrapassou a seara dos credos. Já foi alvo, inclusive, da ciência a partir de uma experiência realizada no Centro Bernstein de Neurociência Computacional, em Berlim, que colocou em xeque o que costumamos chamar de livre-arbítrio. Segundo essa experiência o livre-arbítrio não existiria. As escolhas que fazemos na vida seriam nossas, mas não seriam conscientes. O cérebro decidiria antes da consciência. Acredito que se procurarmos uma defesa ou uma negação para qualquer assunto, este terá algo que o prove ou muito pelo contrário. Daí a Teoria da Relatividade de Albert Einstein, até o momento, não ter sido derrubada. Penso que o mundo é muito mais que a lógica possa entender ou a ciência possa provar. É fé! Não é dogma; é fé! A ciência também já provou que acreditar na cura, já salvou muitos desenganados. Acreditar salva pessoas. Acreditar transforma pessoas. A história da humanidade está cheia de exemplos de que acreditar seja em si ou em uma causa, dogma ou pessoa, já redefiniu a vida de muitos. Se isso também significa dizer que foram redefinidos destinos? Vai saber! Ninguém conhece a seu destino como conhece seus dados de identificação social. Então, mas vale arregaçar as mangas e buscar dar o nosso melhor, acreditando que podemos mudar sim e contribuir pela mudança do que existe de errado nesse mundo; do que esperar inerte que a vida se dê como os que não acreditam que possuem responsabilidades pelos resultados da humanidade. Fiquem com Deus.
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Fernanda Crepaldi - 11/01/2011 09:07:03
Chegamos ao planeta com comportamento, ações e situações predeterminados, mas nosso livre-arbítrio deixa-nos livre para mudar o curso e o fim do nosso caminho.
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Cinthia Cristina Doula - 11/01/2011 16:56:09
Acredito que todas essas possibilidades sejam verdadeiras; que a porcentagem de livre-arbítrio na vida de cada pessoa é correspondente ao seu grau evolutivo. Quanto mais evoluido o ser, mais distante estará da necessidade de um destino pré-fixado. Porque o destino atual se forma pelo resultado do comportamento em vidas anteriores, onde criamos o nosso carma. Quanto mais evoluirmos, menos erros cometeremos e mais livres seremos em nossas vidas. Então, eu diria que há pessoas por exemplo, com 10% de livre-arbitrio e 90% de destino imutável e vice-versa. Mas há ainda aqueles que, no decorrer da vida conseguem modificar ou amenizar um destino que já estava configurado. Para nos livrar da fatalidade do destino, o segredo é evoluir, crescer e aprender. A vidência de fatos futuros se dá, então, com maior facilidade nos casos de acontecimentos cármicos, aqueles que realmente precisam acontecer para que algo ali seja aprendido. E, nos casos, onde percebemos que há um livre-arbítrio maior, então falamos em projeções futuras, ou seja, várias possibilidades podem ocorrer a partir do que se planta no momento presente. Abraço a todos
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Cleonice - 11/01/2011 22:10:08
Obrigada Edy. E fique sabendo que a sua intuição foi certeira ao "pedir" que a Estrela continue a me acompanhar: a Estrela é uma carta muito forte no meu destino, tanto no contexto numerológico como no contexto da expressão direta da carta na personalidade do ser. Muita luz do Sol pra você!
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