|
|
|
|
O Tarô Mitológico |
|
|
|
O Tarô Mitológico ou Tarô Mítico (The Mythic Tarot) foi criado
por Juliet Sharman-Burke em co-autoria com Liz Greene, conhecida
astróloga inglesa. As ilustrações das cartas
ficaram a cargo de Tricia Newell. |
|
|
|
Esse
trabalho veio a público em 1988 e no mesmo ano ganhou
uma versão brasileira, com tradução de
Anna Maria Dalle Luche, publicada pelas Edições
Siciliano. |
|
Nada melhor, para começar,
que algumas palavras das autoras retiradas da introdução
do livro O Tarô Mitológico, uma nova abordagem para
a leitura do Tarô: |
|
Existem
duas alternativas para a abordagem das cartas do Tarô. A abordagem
histórica, basicamente factual e concreta, e a abordagem psicológica,
basicamente arquetipica. Com a primeira, podemos explicar —
ou pelo menos tentar explicar — as origens e as primeiras intenções
das cartas. A segunda, porém, conduz a uma questão de
fascínio eterno, a psique, muito embora sejamos atualmente muito desenvolvidos do ponto de vista científico e dotados de conhecimentos
bastante
extensos. |
|
|
|
No mundo da psique, as experiências
não estão ligadas pela casualidade, mas pelo significado.
Existem outros padrões, que não os concretos,
operando dentro de nós e, a menos que possamos compreender
alguma coisa sobre a psique, as estranhas coincidências
das cartas do Tarô poderão se apresentar diante
de nós como altamente assustadoras ou mesmo profundamente
perturbadoras. |
|
|
|
|
|
O livro O Tarô Mitológico com o jogo completo de 78 cartas pode ser
adquirido
na loja virtual especializada em tarô e parceira do Clube do Tarô: www.simbolica.com.br |
|
|
|
|
|
|
|
As ligações
entre os fatos de nossa vida cotidiana e o Tarô não
existem porque as cartas sejam mágicas, mas sim porque
há um significado associado. |
|
É o que queremos dizer com o
nascimento, a morte a puberdade enquanto experiências externas
e internas. Deparamo-nos com essas experiências em diferentes
níveis e em diferentes momentos da vida e dessa maneira haverá
sempre uma carta do Tarô que poderá descrever cada
uma delas e que irá aparecer misteriosamente num jogo, sem
qualquer motivo aparente, num momento em que estejamos experimentando,
talvez interiormente, aquela situação arquetipica.
Dessa maneira, a forma como o Tarô opera com relação
à previsão nada mais é de que uma espécie
de espelho da psique. |
|
A natureza arquetipica das imagens aciona
um reflexo no intérprete que vislumbra uma situação
talvez desconhecida, uma espécie de insight, em relação
ao consulente, revelando aparentemente coisas |
|
|
|
|
|
que não
poderiam ocorrer ou aparecer em nenhuma outra circunstância
racional. É por essa razão que a clarividência
ou outras manifestações paranormais não são
pré-requisitos para um leitor sensível, mas representam
na verdade a conscientização dos padrões arquetipicos
ou as correntes de forças que atuam em nossa vida e que são
refletidas pelas imagens das cartas do Tarô. |
|
Os arcanos maiores |
|
Os arcanos maiores nesse tarô compõem
uma série de imagens que descrevem diferentes estágios
de uma viagem. |
|
É a viagem do Louco que é a primeira carta da seqüência e, portanto,
não tem número. |
|
|
|
Trata-se da viagem da vida que todos os
homens fazem desde o nascimento, onde percorrem uma infância
protegida, representada aqui pelas cartas do Mago,
da Imperatriz, do Imperador,
da Sacerdotisa e do Hierofante;
passa a seguir por uma adolescência conflituosa, aqui
representada pelas cartas dos Enamorados e
do Carro. |
|
Caminha, a
seguir, pela maturidade com seus desafios, perdas e tomadas
de decisões, que podem ser representadas pelas cartas
da Justiça, da Temperança,
da Força e do Eremita. |
|
Em momentos importantes atravessamos crises,
perdas e súbitas mudanças de vida representadas
pelas cartas da Roda da Fortuna, do Enforcado e da Morte. |
|
Segue-se o despertar para a transformação,
num confronto consigo mesmo representado pelas cartas do Diabo e da Torre, até chegar |
|
|
à realização
do objetivo, representado aqui através das cartas da Estrela,
da Lua e do Sol. |
|
|
|
O Sol, por sua vez, conduz o homem
para uma nova viagem, antes fechando o ciclo através
das cartas do Julgamento e do Mundo. |
|
Os símbolos dos arcanos maiores
dão mais sentido à vida, pois muitos outros antes
de nós já passaram por isso e ultrapassaram os
obstáculos. |
|
Nenhuma das 22
cartas pode ser considerada totalmente positiva ou totalmente
negativa, elas devem ser consideradas etapas mais fáceis
ou mais difíceis dependendo do tipo de experiência
e do investimento de energia que estamos dispostos a oferecer
para esse processo. |
|
Esta viagem
é um processo dinâmico e deve ser considerado como
um espiral com estágios que podem passar pelo mesmo tema,
mas sempre com um nível mais alto de amadurecimento em
relação a ele. |
|
|
|
|
|
Os arcanos menores |
|
Os quatro naipes do tarô
simbolizados pela taça (copas),
pelo bastão (paus), pela espada (espada) e pelo pentáculo (ouro) descrevem
as histórias mitológicas nas quatro dimensões
ou esferas da vida. |
|
Na filosofia grega
se acreditava que todas as coisas manifestadas eram feitas através
dos quatro elementos. Nesse caso o naipe de copas (taça) corresponde
ao antigo elemento água e ao mundo dos sentimentos, o símbolo
da taça sempre esteve relacionado com o coração.
O naipe de paus (bastão) corresponde ao antigo elemento fogo
que a tudo transforma sem ser alterado, e está ligado ao fazer
e à criatividade. O naipe de espadas corresponde ao antigo
elemento ar e está relacionado ao poder ambivalente da mente
e do pensamento. O naipe de ouros (pentáculo) corresponde ao
antigo elemento terra, a experiência do corpo e ao dinheiro. |
|
De um modo geral, os naipes ou elementos desdobram
em detalhes e em um nível pessoal maior, a viagem arquetípica
retratada pelas 22 cartas dos arcanos maiores. |
|
Cada
naipe focaliza em detalhe um aspecto daquele ciclo maior. |
|
|
|
O naipe de copas conta
a lenda de Eros e Psique, uma aventura especifica da evolução
e o amadurecimento dos sentimentos. |
|
|
|
|
|
Os desenhos do naipe de copas mostram
desde um amor idealizado, uma projeção de paixão
irreal, a passagem por muitas provações e dificuldades
até que esse amor possa ser humanizado e compartilhado com
as pessoas ao redor. |
|
|
|
O naipe de paus conta
a história de Jazão e os Argonautas em busca do Velocino de
Ouro, uma aventura que gira em torno da imaginação do
homem e do quão longe ele consegue chegar em nome dos seus
ideais. |
|
|
|
|
|
Os desenhos do naipe de paus mostram um Jazão inexperiente aceitando uma missão difícil,
a sucessão de aventuras sem descanso, o impulso sem racionalidade
de se lançar às coisas e não pensar a respeito
delas, a competição e a ambição e, por
fim, o equilíbrio entre a liderança e a realidade das
suas próprias forças. |
|
|
|
O naipe de espadas fala
da história de Orestes e a maldição da Casa de
Atreu, lenda fúnebre repleta de conflitos e derramamento de
sangue que ilustra um momento da viagem do louco cheio de turbulências,
brigas, mas também de criatividade: a capacidade da mente humana
de criar o bem e o mal. |
|
|
|
Os desenhos do naipe de espadas se iniciam com um crime depois com grandes mudanças na vida
de Orestes pelas batalhas que tem de travar, pelo medo das coisas
que deve encarar e a sabedoria de discernir entre o saber quando agir
e quando se preservar. O final do ciclo é saber usar os atributos
das estratégias da mente em sua forma mais perfeita. |
|
|
|
O naipe de Ouros conta
a história de Dédalo, escultor e artesão que construiu
o labirinto do Minotauro. É uma lenda sutil e seu herói
tem muitas nuances, pois é, na realidade, um misto de vilão
e de homem bom. Esse mito retrata os problemas e as vitórias
que o homem consquista ao lidar com fracassos e recompensas. |
|
|
|
Os desenhos das cartas começam com
o naipe de ouros. Dédalo no inicio de sua
ascensão, quando desenvolve suas habilidades, saboreia os primeiros
frutos do seu trabalho, começa se prender demais ao seu dinheiro
até que perde tudo que juntou e tem de descobrir novos talentos
para sair dessa crise. |
|
dez.07
|
|
|
|
|
Mais estudos sobre o Tarô Mitológico |
|
|
• |
O caminho do amor - as cartas de Copas no Tarô Mitológico. Titi Vidal apresenta uma síntese do mito de Eros e Psiquê: As cartas de 1 a 10 |
|
|
|
|
• |
Do Ás ao 10 de Paus no Tarô Mitológico. Geraldo Spacassassi faz um estudo didático das cartas do tarô mitológico e de sua equivalência no Baralho Lenormand: O naipe de paus |
|
|
|
|
• |
Tarô Mitológico - relato pessoal. O tarólogo Geraldo Spacassassi conta a história do seu encontro com o tarô de Juliet Sharman-Burke e Liz Greene: O presente de um amigo |
|
|
|
|
|
|
|
atualização: set.13 |
|
|
|
|
|
O livro O Tarô Mitológico com o jogo completo de 78 cartas pode ser
adquirido
na loja virtual especializada em tarô e parceira do Clube do Tarô: www.simbolica.com.br |
|
|
|
|
|
|
|
Para conhecer outros tópicos sobre o Tarô Mitológico clique nas opções abaixo: |
|
|
|
|