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  | “O Brasil não é para principiantes” |  
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    | O  País do futuro, expresso no ascendente Aquário, pode ser uma realidade. Olhando  as condições atuais do mundo, e a necessidade de água potável, terra arável,  alimentação suficiente, matriz energética diversificada, metais e minérios,  madeira, indústria com todos os ramos importantes, população miscigenada e sem  grandes conflitos étnicos ou religiosos; não há dúvida, estamos em situação  privilegiada. Mas  para chegar lá teremos que abandonar algumas pendências de nosso passado. Elas  frequentaram o noticiário dos últimos meses: nepotismo e uso privado de  dinheiro público no Congresso, sonegação, contrabando e formação de quadrilha  com participação de servidores
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                | Collor, Renan e Sarney |  
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                | charge de Ique |  |  | públicos, licitações arranjadas e  superfaturadas, favoritismo e compadrio em todas as esferas da vida pública e  privada, compras de cargas roubadas viram promoções em supermercados, sentenças  judiciais são compradas por 50 mil reais. Estes males não são especificamente  brasileiros, os países da América Latina padecem também, e em alguns casos de  forma mais aguda. Isto não começou ontem, é só abrir “Os donos do poder” de Raymundo Faoro – uma leitura imprescindível  ainda – para descobrir que estes males tiveram início nas sociedades cortesãs  das monarquias ibéricas. Por aqui, o Estado chegou antes da sociedade e  plasmou-lhe a existência, os municípios vivem de pires na mão, sem autonomia; e  os órgãos da sociedade civil são bem mirrados.
 O  gigantismo do Estado aparece nas grandes empresas brasileiras, em cujas  histórias encontramos as impressões digitais do Leviatã; através de créditos,  subsídios, licitações, favores,
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    | lobbies etc. É coisa sabida que tivemos que  fabricar nossos fabricantes através do BB, CEF, bancos estaduais e BNDES. A  internacionalização recente destas empresas só foi possível com a atuação  preparatória do Estado. Arrecadando quase 40% do produto e oferecendo um  precário serviço público, o Estado parasita a sociedade, que reproduz todos os  males que encontramos na esfera pública: no Brasil até grandes empresas  contratam por QI (quem indica)! O gigantismo do Estado esfuma a substância de  qualquer partido político, o caso do PT é exemplar, destroçado por razões de  Estado. O  problema federativo nunca foi resolvido. Ao contrário dos países latino-americanos, o Brasil conquistou  a independência num processo conservador, com o príncipe regente português e um  exército metropolitano conformando o novo Estado.
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          | Em 1831, a crise estourou, e  a Regência viu o País à beira do estilhaçamento com as rebeliões regionais só  contidas em 1848. Deste processo emergiu o exército nacional que viria a  desempenhar um grande papel na História do País. Mas as desigualdades regionais  persistem e impedem as reformas políticas e tributárias. O caos reinante nestes  setores foi a única maneira encontrada para acomodar interesses diversos, e  muitas vezes divergentes. A discussão sobre a divisão da renda do petróleo no  pré-sal é apenas mais um exemplo. Quem pensa que a guerra fiscal entre estados  é de hoje, se engana, pois já estava presente na Monarquia e pegava fogo na  República Velha. O resultado é a informalidade, ilegalidade e sonegação. O  Brasil não tem futuro decente enquanto a concentração de renda continuar aberrante:  10% da população detém mais de 50% do patrimônio e da renda do País. Cinco mil  famílias têm um patrimônio do tamanho do PIB.(1) Vemos os mesmos sobrenomes em  muitas atividades, e
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                | Duque de Caxias (1803-1880), patrono do Exército Brasileiro
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                | in www.brasilcultura.com.br |  |  |  |  
    | em certos setores imperam as guildas, de pai para filho. A  concentração de renda é reproduzida de muitas maneiras: artistas ricos  participam em publicidade aumentando suas rendas, taxistas, em geral, têm outra  fonte de renda. O resultado é uma pobreza extrema e o inevitável clientelismo  que reverbera no funcionamento do Estado. Como a possibilidade de expansão  econômica é restrita, ocupar um cargo na esfera pública, por concurso ou  eleição, torna-se uma oportunidade para negócios lucrativos. Expandir a oferta  de empregos com salários de 700 reais não vai resolver a situação. O sistema  tributário é regressivo, os pobres pagam proporcionalmente mais impostos que os  ricos.(2) Mesmo no setor empresarial verificou-se extrema concentração com as  recentes fusões e aquisições; as micro, pequena e média empresas, que empregam  a maior parte da população, perdem renda com a oligopolização. Estes  temas estão expressos no mapa do Brasil, relatados sinteticamente a seguir.
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                | Mapa do Brasil  - São Paulo, 7 de setembro de 1822 - 16h08 |  |  |  |  
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    | Pouco  depois da Independência, o governo britânico começou a pressionar o brasileiro  para extinguir o tráfico negreiro e a escravidão. Nossos dirigentes (políticos,  grandes fazendeiros e comerciantes, e intelectuais), levaram apenas 60 anos  para liquidar a questão! Devagar e sempre, é o lema, expresso no mapa pelos  signos fixos nos ângulos (ascendente Aquário, fundo do céu Touro, descendente  Leão, e meio do céu Escorpião); pelos planetas retrógrados, pela função central  de Saturno: regente do ascendente, em oposição a um Marte domiciliado em  Escorpião, e em trino com o Sol em Virgem que representa os dirigentes, e a  configuração do Estado no país dos cartórios, dos bacharéis e dos burocratas. A  atual persistência de velhos coronéis, e o aparecimento de novos, é apenas a  continuação de um tema antigo. Os  problemas federativos estão simbolizados pela quadratura de Urano e Netuno, em  Capricórnio na casa XI, setor do legislativo e do orçamento federal; a Plutão  em Áries na casa II, os recursos naturais. Urano é co-regente do ascendente  Aquário e Netuno é co-regente do início da casa II. Para resolver estas crises  federativas, o executivo (simbolizado por Marte em Escorpião na casa IX)  recorreu frequentemente ao exército e a regimes de exceção, sem conseguir  solucionar o problema e terminando por aumentar a intervenção econômica do  Estado.
 A  iníqua distribuição de renda está assinalada pela dissonância entre o Sol (os  dirigentes) e a Lua (o povo), este luminar está em Gêmeos, conjunto a Júpiter  na casa IV, e rege a VI (início em Câncer) a casa dos trabalhadores e suas  organizações. A abolição da escravidão ocorreu quando Netuno e Plutão em  trânsito se aproximaram da conjunção Lua-Júpiter. Ela assinala também a  recepção que os imigrantes tiveram e as notórias características do nosso povo:  o senso de humor, a ligeireza, a adaptação às mudanças, a liberalidade de  costumes, a tolerância com os desmandos, a habilidade esportiva etc. Ela embute  uma promessa: a participação popular nas riquezas do País, Júpiter rege o  início da casa II, em Peixes.
 
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                | "Operários" de Tarsila do Amaral, 1933. |  |  | A  oposição Marte-Saturno é muito importante, pois estes astros regem o Meio do  céu e o Ascendente. Podemos tomar inicialmente a oposição como representação da  inércia da ordem constituída (Saturno) x a iniciativa e a ousadia (Marte). O planeta  dos anéis está na casa III e influi nos transportes, imprensa, ensino  fundamental e comércio varejista, entre outros. Estes são setores que estão  permanentemente no noticiário devido às mazelas e desmandos: predomínio  irracional do transporte rodoviário, estradas intrafegáveis, imprensa  chapa-branca ou oposicionista, mas sempre estridente; ensino carente e com desempenho  fraco. |  |  
    | Inúmeras regiões do interior em completo abandono, sem água, saneamento  ou comunicação eficiente. Na agricultura convivem máquinas modernas com bóias-frias e trabalho infantil. |  
    | Já  o planeta vermelho se encontra na casa IX, setor do sistema judiciário, do  ensino superior, da cultura dirigente e do sistema bancário. Temos algumas  legislações avançadas, mas elas não funcionam (algumas leis pegam, outras não),  porque o aparelho é inepto: lerdo, baixa eficiência, delegacias e presídios  superlotados, simbiose entre o crime organizado e as forças policiais, temos a melhor justiça que o dinheiro pode comprar,  parafraseando Mark Twain, e impunidade para os ricos e amigos, a lei foi feita  para os outros. Temos algumas universidades de nível internacional com  problemas de financiamento, e uma multidão de universidades ligeiras despejando  diplomados num mercado saturado em muitos setores. Também temos institutos de  pesquisa científica e tecnológica, de nível internacional, convivendo com uma  grande importação de produtos farmacêuticos e eletrônicos. Há uma religiosidade  difusa, sincrética, com muitos pedidos e pouca militância. O mercado editorial  é diminuto quando comparado à população. Os juros e taxas, cobrados pelo  sistema bancário, são alvos de piadas, reclamações de produtores e  comerciantes, de artigos indignados na imprensa; tudo isto sem maiores  resultados. As explicações dadas pelos banqueiros ou economistas não conseguem  desvendar o enigma da esfinge, que repousa na disparidade de renda: o grande  mercado interno é bem modesto, talvez 40 milhões de pessoas, delas os bancos cobram  o que querem! Vênus  em Leão, na entrada da casa VII, é o ponto enigmático do mapa: o planeta está  solitário, sem maiores aspectos com os outros. A casa representa a imagem que  temos no exterior (carnaval, esportes, música popular e mulheres), nossas  parcerias e comércio internacional. Essa imagem do País modificou-se muito nos  últimos 10 anos, visto agora como economia importante, lugar para investimentos  e liderança regional. Vênus representa também a moeda, que durante mais de um  século foi o herdado réis português, e a partir de 1943 virou cruzeiro e sofreu  inúmeras alterações por conta da inflação, voltando ao real e talvez se  estabilizando. Também por mais de um século o País foi extremamente dependente  do governo e dos banqueiros britânicos, e somente a partir de 1930 o Itamarati conseguiu  uma equidistância e um equilíbrio nas relações exteriores: o comércio  internacional – ainda pequeno em relação ao PIB – é extremamente diversificado  em relação ao destino das exportações.  Vênus rege o início da Casa IV e lembramos que  a escravidão foi abolida por pressão externa. E, finalmente, o planeta azul  está no oeste, simbolizando o ouro e pedras preciosas no passado e a riqueza  dos cereais de hoje, tudo isto com o faroeste que ainda persiste nesta região  brasileira!
 
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    | A situação atual: os Trânsitos |  
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    | O mapa natal de um país é uma imagem  congelada de um instante, que já é ligeiramente diferente 4 minutos depois. Ela  revela os temas permanentes na vida da entidade, que são ativados por passagens  planetárias, criando sequências temporais de fluxos e refluxos de temas.  Algumas destas passagens introduzem mudanças: o Brasil nasceu com o Sol em  Virgem na entrada do setor VIII, e Mercúrio já plenamente instalado; nasceu  endividado e com um longo histórico de moratórias. |  
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                | No centro o Mapa do Brasil  - São Paulo, 7 de setembro de 1822 - 16h08No exterior a distribuição dos planetas em 6 de setembro de 2009 - 21h48
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    | Durante o trânsito de Urano  em Peixes (2003-2010), em oposição ao Sol e Mercúrio natais, o País tornou-se  credor em divisas externas. Será uma mudança permanente ou transitória? Apesar  disto continua com uma poupança interna baixa e dependente de capitais externos  para investimentos; as grandes empresas brasileiras fazem empréstimos em bancos  estrangeiros, pois os juros são muito mais baratos. Esta fase favorável foi  abalada em 2008 com a eclosão da recessão, sinalizada pelo trânsito de Saturno  em Virgem: o governo teve que promover amplas isenções fiscais, expansão de  créditos e subsídios, ampliação de gastos correntes e investimentos, e outras  intervenções; para frear a queda da produção, da renda e do emprego. Conseguiu,  mas a um alto custo. A situação fiscal piorou, a dívida pública cresceu, o  fluxo de exportações e os investimentos externos caíram, os dólares sofrem  desvalorização, afetando a renda dos exportadores e as reservas do País; e o  Estado aumentou substancialmente a intervenção na economia. O governo confia  demais numa recuperação mundial e projeta para 2010 um panorama muito otimista.  As indicações astrológicas apontam para outro cenário mundial: economia  estagnada e conflitos geopolíticos acirrados. O Brasil pode crescer, mas terá  que contar com seus próprios recursos.
 A  configuração que se aproxima afeta diretamente Plutão natal na casa II, o setor  dos recursos naturais. A pressão começou, pois Plutão transitando Capricórnio  afeta sua posição natal por quadratura. No final deste ano, Saturno fará uma  longa oposição ao Plutão natal, e em meados de 2010 será a vez de Urano iniciar  sua marcha por Áries, fazendo conjunção. Diante disto vemos imediatamente que  as discussões sobre o petróleo do pré-sal foram antecipadas e precipitadas. A  descoberta foi saudada como um passe para a independência econômica e a  erradicação da pobreza, mas os projetos de lei foram elaborados por uma pequena  equipe e já despertam grande clamor por parte das petrolíferas estrangeiras, da  oposição política, de governadores aliados, das empreiteiras e outros. O  governo federal já
 
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          |  |  |  | mudou o projeto inicial por conta da guerra fiscal, até  governadores aliados se opuseram à divisão dos rendimentos; e os outros farão  intensos lobbies no Congresso,  durante a tramitação dos projetos de lei. José Serra, candidato à presidência  na próxima eleição, declarou que modificaria a lei através de medida  provisória, se eleito. A capitalização da Petrobrás começa a dar problemas, os  últimos resultados de perfurações indicam que as estimativas iniciais eram  muito otimistas, o circo está armado!  Além  de afetar o Plutão natal, Saturno, Urano e Plutão em trânsito afetam também  Urano e Netuno em Capricórnio no |  |  
    | mapa natal, na casa XI, o setor do Congresso,  o preço que o PMDB cobrará do governo será exorbitante. Neste momento, Júpiter  e Netuno – ambos retrógrados – pressionam o executivo do País. Não se deve  esquecer que a exploração do pré-sal ocorrerá sob o pico petrolífero quando os  preços estarão na Lua. O governo antecipou o calendário eleitoral ao lançar sua candidata em 2008 e ao  politizar toda discussão sobre o pré-sal, agora.Para entender a questão é  preciso recuar um pouco, até 1993, quando Urano e Netuno fizeram uma nova  conjunção, reativando velhas tendências já presentes na independência. O PSDB,  um partido dissidente do velho MDB que se tornara um balcão de negócios  regional, descobriu que para governar tinha que se aliar ao PFL, herdeiro da  Arena, partido da ditadura militar. Em 2003 foi a vez do PT que teve que se  aliar ao velho PMDB para conseguir a governabilidade. É o mesmo mecanismo:  liberais ou esquerdistas acabam dependendo do que há de mais conservador ou  oportunista. Este mecanismo arruína qualquer substância partidária mais  consistente. Seja quem for eleito estará preso no mecanismo, e o PMDB apoiará  qualquer governo se receber alguns cargos.
 Muita  água vai rolar até a eleição, e não seria surpresa se novas candidaturas  aparecessem, se os partidos substituíssem os atuais candidatos, se uma situação  de emergência mundial levasse a um improviso que adiasse as eleições. Uma coisa  é certa: as 30 grandes empresas, consolidadas nos últimos anos, terão um peso  cada vez maior na condução das políticas de Estado, o que é um fator a mais  para a irrelevância do poder legislativo. A tão esperada e debatida reforma  política só acontecerá durante uma crise violenta, nem a fidelidade partidária  conseguem aprovar; só restrições ao uso da internet nas eleições. E qualquer  governo continuará a ser o pai dos pobres e a mãe dos ricos, é a lógica da  situação.
 
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          | O  Brasil precisa tomar uma posição mais definida no plano ambiental,  especialmente na conferência de Copenhague no final do ano. O governo tem  relutado em se comprometer com uma redução na emissão de carbono. Para nós não  é tão difícil, sendo o desmatamento da Amazônia nosso maior problema.  Certamente China e Índia, que ainda dependem muito de combustíveis fósseis, não  se comprometerão com números. Temos pouco a perder e muito a ganhar controlando  o desmatamento. Parte dos futuros rendimentos do pré-sal poderia ser canalizada  para este objetivo. Com a entrada de Netuno em Peixes brevemente, a desordem  climática tende a aumentar. O País não pode deixar o agreste nordestino virar |  |  |  |  |  
    | um deserto, nem assistir às secas no Sul impavidamente, pois ele é o celeiro do  País (milho, trigo, arroz, aves e suínos, entre outros). A boa notícia é que  grandes empresas brasileiras começam a encampar o tema da sustentabilidade em  público. Com  tantos recursos, o Brasil será alvo de cobiça no futuro próximo, mas não é o  caso de partir para uma corrida armamentista: nossos vizinhos não têm condições  econômicas, demográficas ou bélicas para qualquer ameaça séria. As forças  armadas podiam ser mais bem aproveitadas em tarefas de fiscalização, construção  de infraestrutura, e situações de emergência. Já as forças policiais precisam  de uma reforma completa, se é que isso ainda é possível diante da grande informalidade  e ilegalidade na economia do País. É natural que ocorra um movimento de revisão  da Anistia quando a lei completa 30 anos (um retorno de Saturno), isto poderia  começar de modo pacífico banindo nomes de ditadores e torturadores dos  logradouros públicos. Um livro negro com pequenas biografias dos “cumpridores  de ordens”, nas masmorras da ditadura, seria uma boa ideia, isto supõe uma  abertura total de arquivos. Bem melhor que atiçar ressentimentos nos quartéis.
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    | A Progressão Secundária |  
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    | Esta  é uma técnica antiga que conta os dias como anos: o mapa abaixo representa o  céu 187 dias depois da proclamação da independência, aproximadamente em meados  de março de 1823, mesmo horário do mapa natal. Os trânsitos captam os inúmeros  matizes conjunturais, enquanto as progressões captam as mudanças lentas e  profundas. Todos os planetas retrógrados no mapa natal estão agora em movimento  direto, o que indica facilidade para expressar potencialidades. |  
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                | Mapa Progredido do Brasil  para 7 de setembro de 2009 |  |  |  |  
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    | Chama  a atenção imediatamente o grande stellium de 5 planetas acumulados em 20 graus (do Sol a 22 de Peixes até Vênus em 11 de  Áries). Dinâmica total! Marte e o Sol, em poucos anos, deixam Peixes e  encontram Plutão no início de Áries, coincidindo a projetada data de  comercialização do pré-sal. Vênus em Áries em quadratura com Urano indica uma  ruptura súbita cambial: talvez uma súbita depreciação do dólar comprometendo  nossa balança comercial.  Ou talvez um  foco no escandaloso tráfico de mulheres para prostituição no exterior. Saturno  em trino exato com Netuno sinaliza o aumento de estatização em curso e reforça  políticas nacionalistas e assistencialistas. Daqui  a um ano e pouco o meio do céu progredido mudará de signo entrando em Gêmeos,  isto promete um novo estilo do executivo. Ao fazer a mudança o ângulo  encontrará o planeta Júpiter, o que sinaliza um status internacional importante  com grande atenção às relações e comércio internacionais. Mercúrio está em  Aquário, na casa VII, agora atrás do
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          |  |  |  | Sol, e isolado na trama planetária.  Simboliza a guerra comercial no setor das telecomunicações, com planos  bilionários em jogo: TV digital, canais de frequência para transmissão na  internet entre as telefônicas etc. Quando  olhamos o mapa progredido em relação ao natal, temos o Ascendente em  Leão bem próximo a Vênus natal, acentuando  nossa imagem no mundo. O stellium de  5 planetas está na casa II, o setor dos recursos naturais, confirmando as perspectivas  econômicas favoráveis, mas não a distribuição social da riqueza.
 Em  resumo, apesar do imenso crescimento econômico no século XX, o Brasil ainda não  tem uma República digna deste nome, e nunca teve, de Deodoro a Lula. Todas as  mudanças ocorridas
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    | no status institucional (colônia, monarquia, república ao  gosto do freguês) não alteraram a desigualdade e a exclusão, e sem uma classe  média robusta e razoavelmente informada não há nem simulacro de República ou  democracia. A classe C dos institutos de pesquisa ainda vive contando trocados,  e a celebração da ascensão de extratos inferiores a ela é puro humor negro.  Estas classificações demonstram um conformismo total com a pobreza existente.  Os trânsitos e progressões que vimos acima sinalizam um abalo neste  conformismo. A  questão internacional foi mencionada várias vezes neste artigo: o governo  brasileiro deve ter uma postura mais enfática na questão do Unasul. É preciso  olhar para a construção da União Europeia, onde França e Alemanha tomaram a  liderança política da construção e arcaram com a ajuda econômica aos países  pobres. Alguns responderão: com os recursos que temos não precisamos do Unasul.  Sim, é verdade, mas num momento crítico é bom contar com a agropecuária de  Argentina, Uruguai e Paraguai, com o gás e minérios da Bolívia e o petróleo da  Venezuela e Equador; dos fertilizantes e cobre do Chile. Neste ano iniciamos a  comemoração do bicentenário do ciclo da independência na América do Sul, estes  países tiveram repúblicas mais mambembes que a nossa, e agora despontam  novamente os caudilhos e pessoas providenciais. Na atual conjuntura só o Brasil  pode ajudar a aprofundar a democracia nesta parte do continente.
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                | Notas |  
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                | O  título deste artigo é do saudoso Tom Jobim. |  
                |  |  
                | (1) Para os leitores interessados neste tema e  correlatos, sugiro a coleção “Atlas Social” (Ed. Cortez), com material escrito  por vários economistas e coordenado por Márcio Pochmann. |  
                |  |  
                | (2) Ver o Comunicado da Presidência n. 22, de 06/07/09,  no site do IPEA (Instituto de  Pesquisas Econômicas Aplicadas), órgão do governo federal. |  |  |  |  
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    | 5.setembro.09 |  
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