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    | maio.2018 | 
  
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  | Saturno na veia | 
  
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    | Durante seu primeiro ano de mandato, Trump ocupou-se em  twittar diariamente sobre todos os assuntos, promover uma dança das cadeiras  entre seus secretários e assessores, defender-se das acusações sobre as  ligações com o governo russo, confrontar o governo norte-coreano, desmontar o  Obamacare e pouco mais. Quando Saturno e Marte ingressaram em Capricórnio  opondo-se aos planetas em Câncer (veja o mapa dos EUA), aí começou a atividade  frenética com o corte dos impostos e ao mesmo tempo aumento dos gastos  públicos, o que sinalizou inflação e necessidade de juros mais altos, o que fortaleceu  o dólar e provocou tumulto nas moedas dos países emergentes. A seguir ele deu  início a confrontações sérias em geopolítica: | 
  
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    | Rússia — O problema vem de  longe, pois assim que o muro de Berlim caiu, os governos americanos começaram a  instalar bases militares nos países vizinhos, criaram problemas com o governo  russo no Cáucaso (Azerbaijão e Geórgia), na Sérvia, nos projetos de oleodutos e  finalmente na Ucrânia aonde promoveram ativamente a rebelião recente provocando  a tomada russa da Criméia. Impuseram sanções econômicas duras aos russos e  obrigaram os europeus a segui-los. Finalmente, ficaram muito contrariados com o  apoio russo ao governo sírio e seu novo papel no Oriente Médio. | 
  
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    | Base aérea russa em Hmeimim na Síria. | 
  
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    | Do site Defesanet | 
  
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    | Os russos têm partidos políticos e um Congresso, mas sem  dúvida seu regime é autoritário, população pequena para o território, muita  dependência de óleo e gás, pouca possibilidade de exploração da Sibéria. As  sanções econômicas bateram fundo no país que já apresenta manifestações  públicas de desagrado. A tentativa de Trump de aparar  arestas e se aproximar do governo russo  enfureceu setores políticos e militares americanos que promovem e estimulam o  conflito, sem perceber que isto empurra os russos para Pequim. No momento  Saturno está sobre o Sol natal russo que rege o Ascendente Leão e Netuno está  oposto a Júpiter natal (veja o mapa da Rússia),  o governo manteve o sangue frio com os  bombardeios americanos na Síria, neste contexto todo cuidado é pouco. O  Ascendente significa a fronteira leste do país e neste caso é a China. A Rússia  sedia a  Copa Mundial em junho, todo  cuidado é pouco. | 
  
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    | China— Durante  20 anos as economias chinesa e americana viveram em simbiose: os chineses  exportavam produtos industriais baratos e com os dólares acumulados investiam  na dívida pública americana. A crise de 2008 estremeceu esta relação, os EUA  sofreram muito enquanto a China manteve um crescimento razoável, começou a  estar presente na África e América Latina e criou um banco de desenvolvimento,  tudo isto mostrava uma ascensão que começa a preocupar o governo ianque. Ainda  no governo Obama os americanos aumentaram sua presença militar e diplomática na  Ásia; Trump na campanha já declarava que o grande superávit chinês era injusto  e precisava ser reduzido. | 
  
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    | Este ano tomou fôlego e subiu as tarifas para alguns  produtos chineses que revidaram na mesma proporção. Então Trump mandou um absurdo  memorando de entendimento  a Pequim que  simplesmente punha a economia chinesa sob supervisão do governo americano.  Quando leram o documento as autoridades chineses não acreditaram: era um pedido  de abnegação de soberania. Ninguém imaginava que ocorresse tal descaramento a  esta altura do campeonato. Os dirigentes chineses são cautelosos e pacientes e  não perderam a compostura, naturalmente não vão tomar conhecimento das insanas  recomendações do memorando. Saturno faz quadratura ao Sol, Mercúrio e Netuno em  Libra na casa 8, Plutão aproxima-se de Júpiter natal na casa 12 que rege a casa  2, economia, e Netuno opõe-se a Saturno natal. As sanções americanas constituem  um estímulo para que o governo chinês se desfaça dos títulos americanos e  comece a negociar diretamente com a própria moeda e a de outros países. | 
  
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    | Protesto  popular no Irã, 2018. | 
  
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    | Do site Exame. | 
  
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    | Irã — Também aqui Trump já tinha  anunciado na campanha que não lhe agradava o acordo feito por Obama, e mais 5  países, com o Irã sobre a questão nuclear. As sanções americanas e a queda no  preço do petróleo, em anos recentes, colocaram a economia do país sob pressão e  manifestações populares de protesto ocorreram no início deste ano. Saturno  transita o MC do país. O regime iraniano esteve dividido em relação ao acordo e  a decisão atual aumenta a divisão, uma nova retração econômica pode desencadear  mais protestos. Além disto, EUA, Arábia e Israel veem com muita preocupação a  presença iraniana no Iraque e Síria. Netuno está oposto ao Saturno natal,  enquanto Plutão está em quadratura a sua própria posição original (veja o  mapa do Irã), o que é uma tensão considerável. | 
  
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    | União Europeia — As sanções americanas contra o Irã pegaram as  empresas europeias em cheio, aquelas que negociam com o país ficarão impedidas  de negociar com os EUA. É claramente uma ameaça de vassalagem. A resposta  inicial foi dúbia, empresários e autoridades econômicas na Europa pediam prazo  para se adequar, mas as autoridades políticas compreenderam imediatamente o  significado disto: a supressão do poder de decisão em relações externas e  responderam com veemência. Diante disto Trump despachou seu secretário de  Estado para acalmar as coisas. A UE vive na encruzilhada, já cederam aos  americanos nas sanções contra a Rússia, mais uma e estarão no caminho da  servidão ou podem se voltar decisivamente para a China que se torna mais  atraente para eles. Plutão está em conjunção ao Marte natal, Netuno se opõe a  Júpiter e Saturno se prepara para atravessar o stellium de Capricórnio (veja  o mapa da UE). A União cresceu rápido demais carregando agora regimes  autoritários (Polônia e Hungria) e países bem desiguais economicamente, podendo  ter que abandonar parte da carga para prosseguir. | 
  
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    | Israel — No fundo das sanções contra o Irã está a  preocupação do governo israelense com a presença do Irã na Síria e do  crescimento do Hisbollah no Líbano. O país comemorou 70 anos com embaixada  americana em Jerusalém e fuzilando 50 palestinos na faixa de Gaza que  protestavam desarmados. Em 67 e 73 não há nem o que considerar, foram os países  árabes que iniciaram a guerra, mas a partir de 82 o exército israelense invadiu  o Líbano e fez misérias, Saturno/Plutão em conjunção ao Ascendente, e  o prestígio internacional veio ladeira  abaixo. O mapa de Israel mostra 7 anos de conflito com Urano atravessando a  casa 7 em quadratura aos planetas em Leão (veja o mapa de Israel). | 
  
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    | Tudo  isto só confirma que os trânsitos de Saturno expõem a realidade e os conflitos  subjacentes com clareza. As medidas de acosso tomadas pelo governo americano  mostram que  certo desespero bateu, pois  agora será preciso dividir poder com potências emergentes, na história humana  isto resultou em guerra, frequentemente. | 
  
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    | Terra Brasilis | 
  
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    | Eleições — Lula  continua a liderar as pesquisas de intenção de voto (CNT) e alguns afoitos já  consideram que o problema do Brasil é o povo, seria melhor substituí-lo; mas  ele será barrado pelo TSE em setembro. Quando o nome dele não aparece na lista,  os votos em branco, nulos e indecisos somam 45%, o que é deletério para o  futuro governo. Cinco candidatos estão na corrida com alguma chance: | 
  
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    | Bolsonaro — Está estabilizado ao redor de 18%, com eleitores homens de 20 a 30 anos, e não muita  possibilidade de alcançar outros extratos sociais. Anda mais cauteloso nas  declarações, mas excetuando segurança pública não tem nada a dizer. Terá pouco  dinheiro e tempo de TV, mas é forte nas redes sociais. | 
  
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    | Marina — Levou  4 anos tentando erguer um partido (Rede) que ainda é minúsculo. Pouco aparece e  fala, tem poucos aliados. Com uma biografia admirável ela poderia ser líder de  um grande movimento social na região amazônica que precisa muito. Na época da  eleição Vênus estará em Escorpião, mas entrando em retrogradação e oposta a  Saturno do mapa do país, o que sinaliza grandes dificuldades. 
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    | Ciro  Gomes — Depois de ter passado por mais de cinco partidos concorre pelo PDT e se esforça por  fazer aliados. Está mais cuidadoso com sua língua solta e provocações. Faz  oposição ao atual governo e propõe algumas medidas nacionalistas. Está fazendo  malabarismo para manter distância do PT e ao mesmo tentar atrair eleitores de  Lula. | 
  
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    | Alckmin — Ainda  não alcançou os 10% e há preocupação crescente no PSDB com a estagnação. Uma  aliança com o MDB está difícil, mas seria muito vantajosa para dinheiro na  campanha e tempo de TV. Se chegar a agosto em condições receberá grande apoio  da mídia e gente rica, a Justiça paulista já o blindou no inquérito envolvendo  dinheiro da Odebrecht e Gilmar Mendes concedeu habeas corpus a Paulo Preto que  é tesoureiro de campanhas do PSDB e tem 35 US milhões na Suíça. | 
  
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    | O compadrio brasileiro celebra em NY. | 
  
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    | Do site em.com.br | 
  
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    | PT — Governadores  do partido já deram entrevistas sugerindo um plano B, o lançamento de um  candidato ou uma aliança com Ciro. Daqui a pouco os deputados federais deverão  também se manifestar. Se o partido levar adiante o plano de inscrever Lula e  ele for barrado no TSE, um substituto só terá 3 semanas para fazer campanha. A  bancada na Câmara poderá diminuir o que reduz o dinheiro do Fundo Partidário e  tempo de TV no futuro. Que proporção de votos Lula poderá transferir? Só mesmo  um vidente sabe. | 
  
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    | Por enquanto as propostas são vagas e genéricas, os  jornalistas não conseguem apertar os candidatos. Circulam mapas na internet, só  do Bolsonaro já vi 3 com horários diferentes.   Chama atenção que Ciro e Alckmin são Escorpião solares e Bolsonaro tem  uma oposição Marte/Saturno em Touro/Escorpião, inversão do tema no mapa  brasileiro. Um candidato pode estar com uma boa configuração e ainda assim não  se eleger, pois a eleição não é uma competição entre indivíduos, nela pesam o  humor popular, a situação da economia e as alianças partidárias que no mapa do  candidato seriam pesquisadas na casa 7. | 
  
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    | Economia — Está  sem tração e a culpa não é do dólar. Com a carga de desempregados, renda  popular em baixa e consumo fraco, as empresas não investem e a situação  política não ajuda.  Um levantamento recente  do IBGE mostrou que 27 milhões de pessoas estão fora do mercado de trabalho no  Brasil (desempregadas ou sub, precarizadas e desalentadas). O PNAD do ano  passado indicou que metade da força de trabalho (44 milhões) ganha menos que um  salário mínimo. Com este quadro o que esperar do país? E temos que aguentar  Meirelles candidato dizendo que está tudo bem, para ele certamente. | 
  
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    | A alta do dólar está  generalizada e bateu por aqui também, algumas empresas devem e não têm proteção  cambial (hedge). O preço de importados encarece, mas não se prevê nenhuma  pressão inflacionária maior. Enquanto isto as contas públicas continuam a  deteriorar. O programa de austeridade do Temer permitiu déficits de centenas de  bilhões e deixará uma herança amarga para o próximo governo. A economia corre o  risco de cair novamente em recessão. | 
  
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    | Conduzindo a economia brasileira. | 
  
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    | Do site  bahianoticias.com.br | 
  
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    | E o dólar subiu forte na Argentina que bateu na porta do  FMI. Depois do governo nacional popular de Cristina Kirchner, Macri ganhou as eleições e se decidiu por um ajuste gradual, depois de 2 anos a inflação ainda  permanece na casa dos 20%, o déficit orçamentário persiste, as reservas  internacionais estão baixas. Diante da fuga de capitais e rápida desvalorização  do peso, o governo elevou a taxa básica de juros para 40% e diante da ameaça de  descontrole total apelou ao FMI. A situação astrológica é muito tensa, Plutão  passa pela Lua natal que se opõe ao Sol do país (veja o mapa Argentina). Se o  governo resolver fazer um ajuste forte, protestos populares voltarão e as ruas  estarão cheias como é tradicional. | 
  
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    | Aniversários | 
  
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    | Em maio, 50 anos do movimento francês de 1968. Na realidade  foi um ano quente com Júpiter em Virgem se aproximando de Plutão e Urano,  manifestações fortes eclodiram nos EUA, em vários países da América Latina,  Itália, Alemanha e Tchecoslováquia. Mas a França é sempre lembrada, antes de  tudo pelos slogans como É proibido  proibir. O movimento começou  com a  juventude universitária protestando contra os currículos e as regras  comportamentais nas faculdades, as manifestações cresceram, tomaram as ruas e  houve inúmeros choques com a polícia. Pouco depois os operários entraram em  greve e os dirigentes do país temeram uma queda do regime o que foi contornado  por De Gaulle. O movimento refluiu rapidamente com os aumentos salariais  concedidos aos operários. | 
  
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    | Alguns analistas argumentam que aquilo foi uma explosão que  não deixou marcas profundas, enquanto outros acham que foi algo revolucionário.  Na distância que agora temos é possível afirmar com certeza que o movimento  marcou época pelo liberalismo nos costumes (feminismo, queda de restrições  sexuais), ativismo político dos jovens, crescimento do Partido Socialista,  repulsa ao colonialismo, mais democracia nas universidades, maior diversidade  artística e intelectual. Depois de 68 as obras de Braudel (história), Lacan  (psicanálise), Bourdieu (sociologia), Derrida (filosofia) e Foucault, se  tornaram conhecidas e debatidas em todo o mundo ocidental, não foi pouca coisa. | 
  
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    | "Sejam realistas, peçam o impossível". Paris, maio de 68. | 
  
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    | Do site Razão inadequada. | 
  
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    | Comemorou-se também os duzentos anos do nascimento de Marx,  marcado por uma Lua Nova em Touro e com Ascendente em Aquário na maioria dos  mapas que consultei; MC em Sagitário com Urano e Netuno retrógrados. Sua obra  começou a ser estudada e debatida nas universidades ocidentais na década de  1950, refluiu o interesse depois de 89 e tornou a ser lido e comentado depois  de 2008. Sua obra é totalmente um trabalho de combate sempre visando à ação,  ela foi formada por diálogos e confrontos com os economistas ingleses,  políticos franceses e filósofos hegelianos alemães, é iluminista devido à  ênfase no racionalismo científico. Algumas obras nem foram publicadas em vida,  mas vieram a público no século 20. | 
  
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    | O livro O capital – cujo primeiro volume foi publicado em 1867,  os dois restantes foram póstumos, organizados pelo parceiro Engels – é um  clássico, um empreendimento audacioso que procurou expor o funcionamento total  do capitalismo de sua época. O que torna o livro atual é a penetrante visão da  importância da tecnologia, da instituição da dívida pública, do mercado  financeiro e da tendência de queda da rentabilidade, aspectos que estão no  centro dos debates atuais. | 
  
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    | Outro trabalho que merece uma leitura é O 18 brumário de Luís Bonaparte, uma  análise pioneira da revolução de 1848 e seu desdobramento na França. Ele trata  de economia, divisão social e cultura para explicar a política. A primeira  frase se tornou célebre e ainda é repetida atualmente: a História acontece duas  vezes, a primeira como tragédia e a segunda como farsa. | 
  
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    | Marx foi materialista e ateu, acharia astrologia uma  bobagem e ao combater a religião esqueceu que as ciências e artes nasceram nos  templos dos povos da Antiguidade. Sua crença no progresso era equivocada, pois o  progresso do capitalismo pode destruir a humanidade, mas quem lê os livros  citados acima não perderá tempo e aprenderá algo útil. Ele desejava um mundo  onde as pessoas trabalhassem meio período e se dedicassem aos prazeres,  estudos, esportes e o que mais quisessem no resto do dia, nada a ver com as  tiranias que reclamam sua herança. | 
  
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    | Seminários  na Gaia — O primeiro que versou sobre o Brasil foi muito bom, plateia  atenta e participante. O próximo será em  2 de junho às 14:30 e apresentará maio no Brasil e as últimas maluquices de  Trump com esteio na história e no mapa dos EUA. Política, economia e cultura em  tela. Endereço e preço podem ser encontrados em: | 
  
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    | www.gaia-astrologica.com.br  e  www.facebook.com/events/2068944356719311 | 
   
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