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Princípios de Astronumerologia |
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Astrologia, Numerologia e Tarô
numa abordagem integrada (1) |
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Em 3 partes: |
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1. Signos, números e arcanos |
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Signos, números e arcanos |
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A seqüência dos Signos do Zodíaco, disposta em três colunas e quatro linhas, forma uma tabela, a das quadruplicidades. A tabela tem esse nome por ter na primeira linha os signos de Fogo, ligados ao espírito, na segunda linha os signos de Terra, ligados à matéria, na terceira linha os signos de Ar, ligados ao intelecto, e na quarta linha os signos de Água, ligados à emoção. |
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Tabela 1: Quadruplicidades |
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Áries |
Leão |
Sagitário |
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Fogo |
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Espírito |
Touro |
Virgem |
Capricórnio |
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Terra |
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Matéria |
Gêmeos |
Libra |
Aquário |
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Ar |
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Intelecto |
Câncer |
Escorpião |
Peixes |
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Água |
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Emoção |
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As casas astrológicas correspondentes aos signos, assim como seus números, de 1 a 12, também podem ser dispostos em tabela semelhante: |
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1 |
5 |
9 |
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Fogo |
2 |
6 |
10 |
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Terra |
3 |
7 |
11 |
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Ar |
4 |
8 |
12 |
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Água |
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Além dessas relações entre signos, casas e números inteiros, de 1 a 12, se verá neste estudo que existem outras, envolvendo significados desses elementos (signos, casas e números) e significados básicos das lâminas dos arcanos maiores do tarot e letras do alfabeto latino - o alfabeto que utilizamos. |
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Significados básicos dos arcanos maiores do tarot |
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Quando se analisa a seqüência dos significados dos 22 arcanos maiores do tarot, constata-se que ela se correlaciona com arquétipos da história da criação do homem e de seu processo evolutivo, nos diferentes ciclos e fases da vida. |
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Tabela 3: Números e Nomes dos Arcanos Maiores do Tarot |
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1 |
O Mago |
12 |
O Enforcado |
2 |
A Papisa |
13 |
A Morte |
3 |
A Imperatriz |
14 |
A Temperança |
4 |
O Imperador |
15 |
O Diabo |
5 |
O Papa |
16 |
A Torre Fulminada |
6 |
O Amoroso |
17 |
A Estrela |
7 |
O Carro |
18 |
A Lua |
8 |
A Justiça |
19 |
O Sol |
9 |
O Ermitão |
20 |
O Julgamento |
10 |
A Roda da Forturna |
21 |
O Mundo |
11 |
A Força |
22 |
O Louco |
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1 - O Mago
Primeiro Princípio da Divindade. Criador, masculino, fecundante. O que toma a iniciativa. |
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2 - A Papisa
Segundo Princípio da Divindade. Feminino, receptivo, procriador. O que recebe, ganha. |
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3 - A Imperatriz
Terceiro Princípio da Divindade. Completa a Trindade Divina, enlaçando, unindo, abraçando os dois Primeiros Princípios, para que haja fecundação, criação. O que movimenta, comunica. |
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4 - O Imperador
Como resultado da ação do Primeiro Princípio sobre o Segundo, com intervenção do Terceiro, surge o primeiro elemento criado. Algo semelhante ocorre quando se traça uma reta vertical secionando outra horizontal. No plano dessas retas surgem quatro partes, que têm em comum um ponto determinado, bem definido, de certa forma básico. A lâmina 4 se correlaciona com isso, com a matéria básica, com o pó da terra que o Criador utilizou para moldar o primeiro homem. Câncer (o quarto signo) e a casa 4 são associados à gestação e a criação. |
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5 -
O Papa
Então formou
o Senhor Deus o homem do pó da terra,
e soprou-lhe nas narinas o
fôlego da vida;
e o homem tornou-se alma
vivente. [Gênesis, 2-7]
O 5 é o resultado do 4 acrescido do 1. Ou do Um atuando sobre o quatro. O Papa representa o homem, como ser vivo, no início de sua trajetória, no
início da vida. Leão (o quinto signo) e a casa 5 correlacionam-se
com o que foi criado, com os filhos, com os processos de educação,
com o que desperta alegria e prazer. |
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6 - O
Amoroso
Representa a dualidade das ações de criar e de procriar. A última dessas ações, ligada a
Escorpião, é necessária para que a vida da espécie continue,
enquanto a primeira é ligada a Áries, ou seja, às iniciativas que
levam à aquisição de conhecimentos e a individualização. Criar e procriar são formas distintas de
canalizar a energia criativa, para cima, para a cabeça, ou
para baixo, para o sexo. Nesse processo dual, há o envolvimento de
Marte, regente (ver anexo) dos signos Áries e Escorpião. Virgem (o
sexto signo) e a casa 6 são associados à análise, à atividade
produtiva e ao trabalho orgânico, fundamental para a saúde. |
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07 - O
Carro
A vida tem seu curso de forma contínua, desde o
nascer, crescer, chegar ao apogeu, declinar e finalizar com a morte
- é a fase visível do ciclo da existência. Algo semelhante ocorre
com a trajetória do Sol, em seu movimento diário - onde os dias e as
noites se complementam ou contrastam com seus claros e escuros. A
lâmina sete do tarot se associa a isso, ao caminhar da vida, ao
percurso inevitável de cada existência. Libra (o sétimo signo) e a
casa 7 são vinculados a complementações, a oposições e a avaliações |
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8 - A
Justiça
A lâmina 8 está ligada às avaliações e
conseqüências, agradáveis e desagradáveis, de ações executadas no
transcorrer da vida. Isso gera experiências que levam a
transformações de comportamentos. Escorpião (o oitavo signo) e a
casa 8 estão ligados a investigações e a transformações. |
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09 - O
Ermitão
Com o tempo, as experiências se
acumulam. O Ermitão é um velho que se apóia em um bastão e leva uma
chama que ilumina seu caminho. As experiências geram conhecimento e
comportamentos. Sagitário (o nono signo) e a casa 9, dos princípios,
do ensino superior, da religiosidade e do distante, têm elementos
comuns com significados dessa lâmina. |
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As lâminas com mais de um
algarismo |
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O ser humano, que começou a contar e a quantificar
usando seus dedos, emprega basicamente o sistema numérico de base
10, o sistema decimal, aquele que utiliza 10 algarismos: 0, 1, 2, 3,
4, 5, 6, 7, 8 e 9. Estudos numerológicos usuais consideram apenas os
números de 1 a 9, mais alguns números considerados especiais. Os
números maiores que 9 são reduzidos a esses números de um
algarismo (com exceção dos números especiais). Essa redução de números maiores que 9 é obtida somando seus algarismos, se
necessário sucessivamente, até que se obtenha como resultado dessas
somas um número de apenas um dígito. Aos números finais, após as
reduções, são atribuídas propriedades com características próximas
de significados dos primeiros nove arcanos maiores do tarot. |
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10 - A Roda da
Fortuna
A Roda da Fortuna representa o processo
cíclico, em movimento giratório, com os altos e os baixos do
transcorrer da existência. Essa lâmina mostra que tudo na vida é
transitório. Capricórnio (o décimo signo) e a casa 10, a que tem
início no ponto mais alto da carta astrológica, são associados ao
poder e ao estar em evidência, situações essas sempre
temporárias. |
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11 - A
Força
Mostra que a natureza
superior domina a natureza inferior; que o superior tem
primazia sobre o inferior. O número 11, dual, por ser formado
por dois algarismos iguais, também permite associação com o Segundo
Princípio da Divindade, receptivo, procriador. A casa 11, dos
projetos, se correlaciona com a prioridade da idealização sobre o
produto, pois tudo que é construído intencionalmente pelo homem
existiu primeiro em sua forma mental, para depois se concretizar
como objeto. Lembrando ainda que Aquário, o décimo-primeiro signo, é
o signo das criações e das inovações. |
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12 - O Enforcado
A lâmina mostra um homem
pendurado por um dos pés – com o outro pé e os braços livres. Sua
liberdade e movimentos são limitados. Na astrologia os pés estão
associados a Peixes, o décimo-segundo signo. A casa 12, por sua vez,
está ligada a restrições, mas também ao oceânico, ao muito grande,
que tudo abrange e contém. Ou seja, a lâmina 12 tem significados
comuns com o signo de Peixes e com a casa 12.
O 12 é um número particularmente importante, por ser
formado pelos algarismos ligados aos dois Primeiros Princípios da
Divindade e por sua redução |
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(1+2) fornecer o 3, do Terceiro
Princípio da Divindade Tri-Una.
Com o Enforcado se encerra o
primeiro ciclo de base 12, o ciclo zodiacal - onde se observa com
mais facilidade relações entre arcanos, casas e signos
correspondentes. |
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O segundo ciclo de base 12 |
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Os arcanos maiores do tarot, por serem 22, não chegam
a completar o ciclo seguinte. |
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Tabela 4: As lâminas e o ciclo de base 12 |
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1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 |
11 |
12 |
13 |
14 |
15 |
16 |
17 |
18 |
19 |
20 |
21 |
22 |
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13 - A Morte
Essa lâmina é a primeira do segundo ciclo zodiacal. Com ela
se inicia novo período e nova forma de existência. Por ser associada
a transformações, é bom lembrar que tudo que surge como nova forma
deixou de existir como outra forma ou substância. Na Astrologia,
Áries, o primeiro signo, está ligado ao começo, e Escorpião à
transformação e a morte. Esses signos, como já foi dito, possuem
Marte (morte) como regente comum. |
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14 - A Temperança
A lâmina 14, a segunda do segundo
ciclo zodiacal, mostra uma mulher (em concordância com o
Segundo Princípio da Divindade) transferindo um líquido de um
vaso para outro. Nesse processo um vaso ganha conteúdo e o
outro perde. A lâmina está ligada a transferências, a
fecundação e a ganhos. Touro e a casa 2 também estão ligados a
ganhos; lembrando que comumente os ganhos de uns representam
perdas para outros. |
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15 - O
Diabo
No tarot, o Diabo significa força
descendente, de concretização, podendo ter conotação sexual. A
terceira lâmina do segundo ciclo de base 12 tem em comum com o
Terceiro Princípio da Divindade o poder de realização, de
multiplicação. Gêmeos (o terceiro signo) e a casa 3 são os
elementos iguais, multiplicados. São associados a
comunicação, falada ou escrita. |
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16 - A Torre
Fulminada
A lâmina 16 do tarot se correlaciona com o
fim de formas e substâncias, com a transitoriedade dos elementos,
com o demolir para reconstruir. É a quarta lâmina do segundo ciclo
de base 12. Mostra que tudo que foi construído acaba voltando à
situação básica, ao pó da terra – elemento associado à lâmina
4 do primeiro ciclo. Câncer e a casa 4, ligados à gestação e à
formação dos seres, aglutinam substâncias - que deixaram de existir
no estado em que se encontravam. Por isso, Câncer e a casa 4 têm
muito em comum com significados da lâmina 16. |
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17 - A
Estrela
A lâmina 17 do tarot se associa ao que expande
e liberta. É a quinta lâmina do segundo ciclo de base 12, tendo
significados comuns com os da lâmina 5, Leão e casa 5 - casa dos
filhos, da expansão familiar, de alegrias e de educação. |
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18 - A
Lua
A lâmina 18, a sexta do segundo ciclo de base 12,
está associada a características astrológicas lunares. Possui em
comum com significados da lâmina 6 a instabilidade do processo dual
de canalização de energia, para criar ou para procriar. |
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19 - O
Sol
A lâmina 19, a sétima do segundo ciclo de base 12,
está associada a características astrológicas solares, concordando
também com significados da lâmina 7, o caminho do Sol. |
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20 - O
Julgamento
A lâmina 20, a oitava do segundo ciclo de
base 12, associa avaliações e julgamentos. Essa lâmina ocupa a mesma
posição que a lâmina 8, a Justiça. É outra concordância
extraordinária. |
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21 - O
Mundo
A lâmina 21, a nona do segundo ciclo de base 12,
está associada a realização dos objetivos da existência, a
aquisição de conhecimentos e individualização. Tem muito em comum
com a lâmina 9 e com significados de Sagitário e da casa 9.
O número 21 é outro número extraordinário. Como o
número 12, é formado pelos algarismos associados aos dois Primeiros
Princípios da Divindade. Sua redução também fornece o 3, do
Terceiro Princípio da Divindade Tri-Una. Se o número 12,
associado ao zodíaco, limita, o número 21, com os mesmos algarismos,
mas em ordem contrária, liberta, expande. |
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22 ou 0 (zero) - O
Louco
A lâmina 22 mostra alguém que chegou ao final de
uma trajetória e está prestes a iniciar outra. Alguém sem
compromisso, no ponto zero de um novo ciclo. Esse arcano
também é considerado como sendo a lâmina 0 (zero) dos arcanos
maiores do tarot. Representa o ponto de encontro do fim de um ciclo
de base 22 e o começo do seguinte, onde o círculo se fecha.
Essa lâmina final/inicial ocupa a décima
posição do segundo ciclo de base 12, onde está o arcano 10, a Roda
da Fortuna – que representa fundamentalmente os processos cíclicos.
É outra concordância importante... |
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1. Signos, números e arcanos |
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Para seguir em frente, clique o ítem 2. |
março.08 |
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Dados sobre o autor
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Raul V. Martinez nasceu em 1926, em São Carlos, SP. Formado em Engenharia Civil pela USP em 1951, pesquisa na Área Astrológica desde 1968. Em 1979 auxiliou Juan Alfredo Cesar Muller a ministrar o primeiro Curso de Extensão Universitária de Astrologia Aplicada no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Entre 1986 e 1994 ministrou e foi professor responsável por cursos anuais de Extensão Universitária, em Astrologia, no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista.
Seus artigos para Constelar – um site brasileiro de conteúdo sobre Astrologia – podem ser livremente acessados: www.constelar.com.br em Índice por autor (R). |
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