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  | Esperanças |  
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    | Bento XVI renunciou com uma conjunção Marte/Netuno e o  cardeal Bergoglio foi eleito com Marte se aproximando de Urano e a Lua passando  por eles em Áries, daí a rapidez do conclave. A surpresa do resultado não teria  sido tanta se observassem que o cardeal já tinha sido votado na eleição de  Ratzinger. Foram três novidades simultâneas: o primeiro jesuíta, Francisco e  americano. Foi um voto contra a Cúria. O mapa da apresentação do papa ao povo  mostra: |  
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    | Apresentação do Papa Francisco no dia 13 de março de 2013 |  
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    | Mapa caculado para Roma, às 20h16, horário local |  
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    | Grande ênfase na casa 6, o trabalho de limpeza que tem  que ser feito, começando com uma bela conjunção de Vênus exaltada e o Sol (simpatia  e generosidade) seguida por Marte e Urano (ações incisivas). Além disto, está  em perfeita ressonância com a insistência sobre a pobreza e o serviço nos  primeiros discursos. A governança deve ser colegiada, pois a Lua (regente do  MC) está na casa 7, na linha do horizonte, o que reforça o ascendente  Libra.  Mas nem tudo são flores, há uma  penca de quincúcios, um aspecto anunciador de crises e obstáculos. A quadratura  Mercúrio/Júpiter em mútua recepção é forte e vai causar embaraços e  resistências nas apurações. Pelas direções simbólicas o quarto ano será intenso  (Vênus conjunção Sol) e o sétimo, com a entrada do Sol em Áries. |  
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    | Uma boa notícia é o livro (Sobre El cielo y la tierra)  que o cardeal escreveu com o rabino A. Skorka na Argentina, publicado em 2010.  Agora é necessária uma aproximação à liderança islâmica, pois só isto  promoveria uma chance real de paz no Oriente Médio. Libra no Ascendente ajuda. Depois  de tantas decepções agora recebemos com bocejos todas as iniciativas  diplomáticas para a paz entre israelenses e palestinos. A recente passagem de  Obama por lá não despertou grandes esperanças, apesar do diagnóstico correto  que ele apresentou, mas uma intervenção religiosa forte e conjunta seria uma  novidade bem-vinda. |  
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    | As doutrinas da Igreja não devem mudar, embora eu pense  que o fim do celibato, uma regra instituída no século XI, seria benéfico e  terminaria com a triste história dos filhos de padres e sobrinhos dos cardeais,  além de atacar o problema da pedofilia. Se a Igreja acompanhasse as práticas da  pós-modernidade, ela seria rapidamente relegada à irrelevância. A simpatia e  popularidade de Francisco não devem nos fazer perder o Norte, pois João Paulo  II também foi popular e seu pontificado deixou acumular os atuais problemas.  Mas na noite do dia 13 a esperança estava na praça, que Deus abençoe Francisco. |  
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            | Economia  ilegal – A imprensa deu cobertura total à eleição e aos  problemas da Igreja, o que é compreensível, mas é incompreensível que deixe  passar em branco graves problemas como os seguidos pelo site Havocscope: a economia de ilícitos no  mundo alcançou a soma de 1,8 trilhões de dólares, quase o PIB do Brasil. Em  primeiro lugar, pasmem, falsificação de remédios, seguido de prostituição,  falsificação de eletrônicos, maconha, jogos de azar, cocaína, receitas médicas  e outros. Os americanos se gabam de serem líderes em tudo, aqui também com 600  bilhões, seguidos pela China, México, Espanha, Itália e Japão, Canadá,  Inglaterra e Rússia. |  
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            | Uma criança em Gana pode ser comprada por 6,4 mil dólares,  na China por 7 mil e a mais valiosa é a russa caucasiana por 17 mil.  O  receptor  de um rim paga 150 |  |  |  
    | mil dólares enquanto o doador recebe 5 mil e os  intermediários embolsam a diferença, coitados, tanto trabalho para se desviar  das polícias e alfândegas! A hipocrisia dos governos dos países ricos é  infinita, sempre deitando falação sobre a ética nos negócios. Com Netuno em  Peixes este escândalo entrará nos radares. |  
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    | O  nacional-popular na América Latina – André Barbault observou  corretamente que a dupla Saturno/Netuno era símbolo do socialismo. De fato, a  conjunção de 1845/6 em Aquário sincronizou com as primeiras obras de Marx e  Engels. A revolução bolchevique ocorreu sob uma conjunção em Leão. Mas  precisamos ampliar o significado, pois ela abrange também os casos de regimes  ‘nacional-popular’, como os do Egito e Bolívia em 1952 ou Vargas, com a criação  da Petrobrás, BNDES e Eletrobrás naquela ocasião. |  
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    | Chávez morreu e desatou uma enorme lista de artigos sobre  a sobrevivência da revolução bolivariana, tendo isto ocorrido sob um trino  Saturno/Netuno. Um regime nacional-popular pretende soberania, autonomia,  desenvolvimento e participação popular, econômica e política. É preciso lembrar  que Chávez, Evo, Correa e Cristina Kircher foram eleitos, que os regimes antecessores  não deixaram saudades e que todos estes governos pretenderam combater a  desigualdade de renda e a pobreza, meta bem-vinda. O problema são os caminhos  tortuosos. |  
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    | O cortejo funeral de Hugo Chavez |  
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    | Foto obtida em www.globo.com |  
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    | Para aumentar a renda popular o melhor caminho é a  criação de bons empregos, diminuir o imposto sobre o consumo e tornar o imposto  de renda efetivamente progressivo, além de educação de qualidade. O caminho  tomado não foi este, com o aumento dos preços das matérias primas (petróleo,  carne, cereais e minérios) os governos se acomodaram, criaram transferências de  rendas nos orçamentos e incentivaram o crédito. O resultado é que o resto da  economia não acompanha e a inflação aparece, combatida com tabelamento,  subsídios ou falsificação de índices. Apagões e desabastecimentos se instalam  e começam, então, as estatizações de empresas  e serviços, com fuga de capital e problemas cambiais. |  
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    | Neste ponto têm início as intervenções heterodoxas  políticas no Judiciário, Legislativo, imprensa e nas oposições. A figura do  político providencial entra novamente em cena, parece a repetição de um velho  filme que já vimos. Tudo isto foi incrementado na agonia e funeral de Chávez. Geralmente  isto termina em crise aguda com intervenções militares ou o povo na rua depondo  os governantes ineptos. É inegável que a situação dos pobres melhorou nestes  países, mas as condições econômicas degradam-se rapidamente, depois chegam os  austeros. |  
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    | O Brasil decerto compartilha alguns destes problemas,  embora aqui a economia seja mais diversificada e a expansão da renda popular  tenha ocorrido, principalmente, pela criação de empregos e crédito que partiu  de uma base muito baixa. No auge da popularidade, Lula nem cogitou de uma  terceira eleição que teria ganhado com facilidade. Antes de sair jogando pedras  na América Latina é preciso lembrar os três séculos de colonialismo baseados em  escravidão, presença metropolitana constante e sufocamento da sociedade civil.  Não há cultura política por aqui: transparência é coisa boa, partidos políticos  e sindicatos devem se sustentar sem o Estado, cargo público não foi criado para  aumentar o patrimônio familiar e liberdade de expressão e organização são  intocáveis. Quando o povo absorver e encarnar estes poucos princípios as coisas  começarão a andar. Quem se candidata? |  
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    | E  pelo mundo – Chipre é uma pequena ilha no Mediterrâneo com  população de pouco mais de um milhão de pessoas e PIB menor que o patrimônio do  Bradesco. Faz algum tempo Chipre é um paraíso fiscal, especialmente para os  mafiosos russos, gregos e ingleses. Desde 2008 isto se tornou um problema, mas  nada foi feito pela direção europeia.  Veio  a  crise  grega e |  
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            | e sacaram muito  dinheiro em Chipre para cobrir-se na Grécia e o governo da ilha começou a  endividar-se. Dez bilhões de euro para os padrões da crise é troco, mas a  direção da UE resolveu inventar mais uma maldade: um imposto sobre os  correntistas, um confisco pura e simplesmente. A população reagiu, o parlamento  estrilou e o governo teve que decretar feriado bancário. Italianos, espanhóis e  portugueses escaldados começaram a sacar também e as bolsas tombaram. A direção  europeia voltou atrás e agora um banco vai à falência, só serão taxados os  depósitos superiores a 100 mil euros e haverá tetos para transações. Os  mafiosos devem estar furiosos e os dirigentes  europeus  necessitariam |  |  |  |  |  
    | reforçar sua  segurança. Estão brincando, é claro. Saturno está em quadratura à sua posição  natal, a Lua progredida atravessa Capricórnio. E ninguém avisou que Plutão  ainda chegará a 15 de Capricórnio e a lambança começará novamente (o mapa da  União está na crônica ‘A Europa é um museu?’, no Fórum do Clube do Tarô). |  
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    | Em Israel, Bibi suou para compor um gabinete e agora tem  menos espaço político para assentamentos na Cisjordânia e arrelias contra o  Irã. Em maio o céu estará pesado por lá. Os iraquianos comemoram dez anos de  invasão com infraestrutura em pandarecos, apagões elétricos, sectarismo  político, explosões quase diárias, alguns milhões de exilados e muitos milhares  de aleijados. O uso de armas químicas na guerra civil síria não foi confirmado.  Os curdos estão espalhados na Turquia, Síria, Iraque e Irã. Precisam e merecem  ter seu próprio país e a ONU faz ouvidos de mercador. |  
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    | Os chineses estão sob nova direção e seu presidente Jinping  saiu em giro, primeiro em Moscou onde assinou acordos para fornecimento de gás  e petróleo em troca de créditos. Depois para países africanos onde garantiu que  o continente é dos africanos, pois a palavra imperialismo começou a aparecer  nas bocas de dirigentes e intelectuais, já são mais de um milhão os chineses  trabalhando no continente negro e muitos camponeses perdendo terras por uma  ninharia. Depois foi para a África do Sul, reunião dos BRICS que acordaram um fundo  comum de 100 bilhões de dólares. De resto, os chineses terão que lidar com a  loucura dos coreanos do norte que estão em novo surto. A ambivalência de Beijin  nesta questão pode acabar lhe custando caro. |  
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    | Nos States grande euforia: o óleo e gás extraídos do  xisto darão autossuficiência e os índices da bolsa de valores estão subindo  firmes, resultado da dinheirama despejada pelo FED. O mercado de trabalho e o  imobiliário continuam deprimidos, municípios fecham serviços essenciais, as  dívidas sobem e o Congresso continua paralisado sobre os cortes. Se depender dos  EUA para uma retomada do crescimento da economia mundial, ela não virá tão  cedo. Ano que vem Urano e Plutão afligem o Sol da carta natal. |  
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    | Terra  brasilis – Os chineses deram uma bordoada na negligência  brasileira, cancelaram um embarque de soja porque estava atrasada. O descaso  com a malha viária e a logística chegou ao auge. Há uma mentalidade imperante  de esticar a corda, deixa que depois a gente resolve tudo com caipirinhas,  mulatas e piadas, todo mundo caindo no samba. As obras para as Copas e  Olimpíadas seguem o mesmo enredo, no fim os gringos entendem e passam a mão em  nossas cabeças. Ano após ano repetem-se as cenas de chuvaradas seguidas de  mortes e desalojamentos, filas nas estradas, obras inconclusas, construções  abandonadas e caindo aos pedaços, gente com celular patinando no esgoto a céu  aberto. O governo quer modernizar os portos, os sindicatos reagem e não querem  mudança alguma, o Congresso debate o assunto de olho na popularidade e votos,  as coisas patinam,  mas agora 
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            | Engenhão interditato |  
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            | Foto do www.estadao.com.br |  |  | 
          
            | que bateu nos bolsos dos fazendeiros e na balança  comercial talvez andem. |  
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            | Dá para contar nos dedos as empresas e empresários que  têm alguma noção de futuro. O governo cortou impostos da cesta básica, uma  medida que já veio tarde, os empresários mantiveram os preços e embolsaram a  diferença, foram chamados à Brasília para explicações. Isto dá uma exata medida  da mentalidade reinante: as coisas vão acabar amanhã, é preciso saquear hoje. |  
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            | O  que está ficando perigoso é que o fenômeno se apresenta também na construção  civil, um estádio de 6 anos foi interditado, algumas estruturas ameaçam  desabar. Casos de morte por imperícia médica também estão aumentando. As  autoridades educacionais promovem a tolerância com erros crassos de escrita em  provas nacionais. O Congresso continua com o show de inépcia e cinismo. |  |  |  
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    | A  grande mídia cria uma crise fictícia por semana: descontrole inflacionário, racionamento de energia, bolha  imobiliária, desmonte da Petrobrás, disparada da dívida e por aí vai. Tudo isto  vai contra a corrente de um lugar civilizado. |  
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    | Tempo para lembrar São Francisco de Assis e seu grande  amor por Deus, humanidade, animais e natureza, e que ergueu uma nova ordem  religiosa praticamente do nada. |  
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     | abril.13 |  
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     | Contato com o autor:
       Rui Sá Silva Barros é historiador,  astrólogo e  
       estudioso da Cabala: rui.ssbarros@uol.com.br 
       Outros trabalhos seus no Clube do Tarô : Autores |  
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