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  | Os donos do país estão divididos |  
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    | As duas manifestações ecoaram datas importantes na história  do país, a do dia 13 o comício da Central no Rio em 1964, a gota d’água para o  golpe militar, e a de 15 evoca o fim do ciclo militar e o começo da  redemocratização. As do dia 13, promovidas pelos sindicatos, MST e estudantes;  foram pequenas nos vários estados e maior em SP com uma agenda confusa. As do  dia 15 foram maiores e com destaque para SP com mais de meio milhão. Os black  blocs não apareceram. O governo despachou dois ministros do PT para uma  coletiva, reiteraram tudo que vem sendo dito. Não chamaram nenhum aliado, não tocaram no desastre da Petrobrás, o dilmismo vai parecendo um autismo, cada vez mais. |  
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    | Com Saturno estacionando para a retrogradação e a última  quadratura Urano/Plutão seguidos por um eclipse e ingresso solar mostrados na  última crônica (veja), vamos ver turbulência aguda até maio quando Marte cruza a Lua/Júpiter do mapa natal brasileiro. Um tobogã nos aguarda até o eclipse lunar no início de abril. |  
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    | Manifestação no dia 15 de março em São Paulo |  
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    | Foto em http://noticias.bol.uol.com.br |  
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    | As três crises – política, econômica e judicial – confluíram  e a Petrobrás é o denominador comum. Para cumprir a política de contenção da  inflação a empresa arcou com o prejuízo da diferença de preços entre o exterior  e o doméstico. Fez investimentos caros e equivocados, agora amarga uma dívida  colossal e tem que reduzir custos e vender ativos. Além disto, foi uma das  fontes de financiamento dos partidos da base aliada do governo. Fundada sob uma  conjunção Saturno/Netuno, agora recebe uma quadratura destes planetas no céu  que pressiona também a Lua/Júpiter do mapa natal do país. Os conflitos PT/PMDB  vêm de dois anos atrás e se acirraram no início deste, azedando completamente  com a inclusão de Calheiros e Cunha na lista do Lava Jato. |  
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    | Os parlamentares que os elegeram para dirigir as casas  legislativas sabiam perfeitamente que os nomes tinham circulado no noticiário  como suspeitos de beneficiários de propinas. A eleição foi uma operação de  blindagem como tudo o que disseram depois, acusando o executivo de interferir  no trabalho de Janot (procurador). Se levassem isto a sério teriam que pedir o  impeachment de Dilma, pois o ato seria ilegal. Na realidade o STF autorizou  abertura de investigações sobre os  políticos e isto vai longe, ameaçando atravessar todo o segundo mandato. A CPI  recentemente aberta é um teatro para dar alguns segundos de estrelato na TV,  nenhuma empreiteira será chamada, elas não deram dinheiro nenhum, os políticos  também não receberam, conclusão: Cerveró, Paulo Roberto, Barusco e Duque  assaltaram os cofres da Petrobrás por diversas vezes e ninguém viu. O que o  Congresso diz em alto e bom som é que só a Comissão de Ética pode investigar e  cassar mandatos de parlamentares, o que é uma subversão total da Constituição. |  
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    | Entre os muitos abacaxis que é preciso descascar  está o caso da Petrobrás, sua linha de fornecedores de bens e serviços pode  chegar a um milhão de trabalhadores em risco. As empresas estão com  dificuldades de caixa e não conseguem créditos, algumas estão em concordata e  já começam a despedir. O complexo de petróleo e gás é responsável por parte  significativa do investimento corrente do país que já anda bem baixo. Daí o  desespero para arrumar um acordo de leniência com as empreiteiras e créditos  junto aos bancos estatais. |  
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    | Trabalhadores demitidos na Comperj em Itaboraí |  
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    | Foto em www.gazetalitoral.blogspot.com.br |  
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    | Um juiz achou por bem custodiar e usar um carro apreendido  de Eike Batista, um Congresso empossado em fevereiro se concedeu regalias no  meio de uma recessão e o executivo indicou uma pessoa da cozinha do governo  para limpar a Petrobrás. São os donos do país e estão acima da lei e do bom  senso, agora se desentenderam e paralisam a nação que vai em direção a um  grande transtorno econômico. O Congresso pensa que os ajustes propostos pelo  executivo são grandes e os recusa ou quer alterá-los, não se dá conta que o  ajuste acabará vindo pelo mercado com inflação, alta do dólar e dos juros, e  desemprego. Se quiser, o executivo pode aumentar alíquotas de alguns impostos  sem consultar o Congresso, ou fazer um corte profundo no Orçamento pegando  educação e saúde também. Numa situação destas, normalmente seria o executivo  que conseguiria recompor a situação, mas sua fragilidade atual impede tal  saída. |  
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    | ‘Tirar Dilma, e depois?’ Perguntou recentemente FHC. Dar o  poder a Michel Temer e rezar para ver como fica. Um processo de impeachment no  Congresso é improvável, pois o PMDB bem sabe o pepino que o aguarda e, pior, as  fontes de financiamento (propinoduto) estão provisoriamente fechadas. Para a  oposição resta a rua e continuar a pressão até formar um governo de união  nacional ou desembocar numa destituição da presidente. Neste caso por que não levar  as coisas a sério, aproveitar a ocasião e liquidar o capitalismo de compadres?  Diante de tal perspectiva a casta política recua horrorizada, acabaria o  financiamento de seu trem de vida.  O que  acontece hoje no Brasil confirma totalmente as teses de Raymundo Faoro em Os donos do poder, o que ele chama de  patrimonialismo e capitalismo politicamente orientado eu simplifiquei para  capitalismo de compadres. Trocar pessoas e deixar as regras do jogo intactas é  tonto, o jogo será reiniciado tão logo a poeira tenha baixado. |  
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    | O país passará por uma profunda transformação em breve com  Marte e Sol deixando Peixes e ingressando em Áries na progressão secundária  (técnica que usa a equivalência um dia/um ano), que é interessante para  acompanhar as questões de médio prazo. A passagem do Sol em Peixes começa com a  redemocratização e tem por eixo a Constituição cidadã: educação e saúde  universais, aposentadorias para trabalhadores rurais, benefícios sociais para  deficientes e pessoas em situação fragilizada, um esboço do Estado de bem-estar  europeu. Para manter isto funcionando é preciso uma receita tributária robusta  e aplicada eficientemente, o que não é o caso brasileiro. Ano após ano, muito  investimento público foi cortado para atender estas demandas. O FAT, que financia  o BNDES e o seguro desemprego, está deficitário, bem como o INSS. Tudo isto  levou a uma elevação da dívida pública que agora entrou numa zona  desconfortável e a elevação da Selic só faz aumentar o montante e pressionar  ainda mais o Orçamento. Além dos ajustes enviados ao Congresso, o executivo  cortou no FIES, Pronatec, e no programa de móveis do Minha casa. Com recessão a  receita diminui e outros cortes serão necessários. Naturalmente haverá um  intenso conflito em torno destas questões que podem ser resumidas assim: mais  impostos ou cortes nos programas sociais. E há gente que entenda que será  preciso diminuir os impostos e cortar muitos programas. É o fundo do debate em  andamento. |  
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    | E pelo mundo |  
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    | Os europeus continuam enrolados, o povo grego resolveu votar no Syriza que era  contra o programa de austeridade em curso, o BCE cortou uma linha de crédito e  bilhões de euros saíram do país em busca de segurança. Foi neste quadro que os  novos governantes foram negociar com a Comissão Europeia, ganharam 4 meses para  respirar. Para que fazer eleição se o resultado final é o mesmo? Muito mais  barato seria deixar que os bancos indicassem uma junta de sua confiança para  dirigir o país, como fizeram recentemente na Itália. Agora transita no  Congresso espanhol um projeto de lei limitando o direito de manifestação nas  ruas e proibindo filmagens da atuação das forças policiais. Tenho escrito  repetidamente que para manter a atual configuração da economia mundial seria  preciso restringir as liberdades civis, este é um exemplo. A Ucrânia vive um  intermezzo, os rebeldes no leste mostraram uma capacidade de resistência  inesperada auxiliados pelos russos que estão às voltas com o assassinato de um  opositor. Os europeus não querem agravar a situação armando o governo de Kiev,  mas também não podem entregar o leste do país aos russos que amargam recessão e  inflação. As agruras astrológicas dos europeus estão apenas começando: o  eclipse solar e o ingresso do Sol em Áries pegam a solitária Lua no início do  signo na casa 9, mais tumultos nas relações internacionais e possibilidade de  novos atentados, a Lua rege a casa 12. Veja o mapa do Tratado da União Européia. |  
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    | No Oriente Médio, o Califado prossegue as matanças e nos  intervalos aproveitam o tempo para arruinar sítios arqueológicos milenares ou  vender peças para se financiar. O exército iraquiano deu sinais de vida e  prepara-se para retomar Tikrit e depois Mosul, cidade estratégica no conflito.  Bibi, que tem eleições próximas, foi ao Congresso americano para enxovalhar  Obama e sua política de acordo com os iranianos, foi patrocinado pelos  republicanos cujo ódio político beira a insanidade, eles também querem armar os  ucranianos com armas pesadas e deflagrar uma guerra com a Rússia. No caso de  Israel o eclipse e o ingresso beneficiam a oposição trabalhista (Avodah) nas  próximas eleições, pois estimulam positivamente a Lua natal representante deste  partido. Veja o mapa de Israel. |  
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    | Conflitos raciais nos EUA |  
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    | Foto em www.oglobo.com.br |  
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    | Os EUA vivem mais um ciclo de conflitos raciais desde que  Saturno em Escorpião fez quadratura à Lua natal em Aquário. O dólar valorizado  barateia importações e fortalece o mercado financeiro doméstico, mas os atuais  preços do petróleo pressionam a exploração de xisto, pois as empresas estão  altamente endividas. O FED mantém o suspense sobre a elevação dos juros o que  tumultua o mercado cambial do mundo. |  
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    | Nota sobre Astrologia  Mundial |  
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    | Vamos ver as três últimas conjunções de Netuno/Plutão. |  
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    | maio.905 a 28 de  Touro. China: fim da dinastia Tang e 50 anos de tumultos. A dinastia Sung  desenvolve a pólvora, a bússola e a tipografia, trabalhos notáveis em jade e  porcelana. Índia: está dividida com alguns principados mulçumanos. Shankara  consolida a doutrina advaíta, a cultura védica espalha-se pela Indonésia e  Sudeste da Ásia. Islão: grande desenvolvimento cultural, presente da Espanha  até a fronteira com a China. Difusão dos algarismos hindus. Europa:  consolidação do feudalismo, expansão do cristianismo para o Norte, surge o  embrião do futuro Império Russo. Auge da expansão viking. América: declínio da  civilização maia. |  
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    | junho.1398 a 3 de  Gêmeos. China: a dinastia Ming  recupera o país depois da ocupação mongol. Grande expansão marítima até a  África. Restauração de Pequim e da Grande Muralha. Índia: país dividido, mas o  reino Chola domina a metade sul. Grande desenvolvimento em Kerala da  astronomia, trigonometria e matemática. Islão: ainda se recupera das grandes  invasões mongóis, os turcos começam a se expandir. Europa: capitalismo  comercial, centralização monárquica e início do Renascimento.  A Igreja estava submetida pelos reis  franceses. Américas: ascensão dos astecas e incas. |  
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    | agosto.1891 a 8 de  Gêmeos. China: o país está retalhado pelas potências ocidentais e a  monarquia milenar chega ao final, vinte anos depois. Índia: o Partido do Congresso inicia a campanha pela independência. Islão: o império Otomano está em  desintegração e os ingleses ocuparam o Egito, pouco depois petróleo é  descoberto na Pérsia. Europa: entra na segunda fase da revolução industrial  (eletricidade, aço, petróleo, química, máquinas), automóvel, avião, rádio,  cinema, descoberta da radioatividade e raios-X, psicanálise, sociologia  universitária. Américas: os EUA se tornam a primeira potência industrial e os  latinos recebem grandes investimentos externos. África: é retalhada pelos europeus  no congresso de Berlim 1884 e seu interior é explorado. |  
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    | Como se vê o mesmo aspecto produz efeitos diferentes, pois  cada região, reino ou civilização possui seu próprio mapa natal. Esta conjunção  em si é um marcador razoável de ascensão e declínio de civilizações, as duas  primeiras quase marcam a duração do feudalismo que começou um pouco antes de  905 com a divisão do reino de Carlos Magno. Para termos uma ideia precisa do  jogo planetário teríamos que fazer um gráfico imenso com duas destas conjunções  entremeadas por centenas de conjunções de Júpiter com os 4 planetas externos,  dezenas de Saturno com os outros três, três conjunções Urano/Plutão e 2 de  Urano/Netuno. Para mencionar apenas os planetas lentos. |  
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    | Plutão numa ilustração de David A. Aguilar - Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics |  
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    | A última conjunção (1891) foi particularmente forte, ocorreu  próxima a grande estrela Aldebaran e foi sucedida por aspectos importantes:  Júpiter conjunção a Plutão e Netuno em 1894, Saturno conjunção Urano (1897),  Júpiter conjunção Urano (1900), Júpiter conjunção Saturno e Urano oposição a  Plutão (1901), Urano oposição Netuno (1905), Júpiter conjunção Plutão (1906) e  Júpiter conjunção Netuno (1907). Ocorre uma pausa quando ocorreram a revolução  dos jovens turcos, a mexicana, a queda da monarquia chinesa e a guerra nos  Balcãs. O próximo ciclo trouxe a Primeira Guerra com as conjunções  Júpiter/Urano e Saturno/Plutão. |  
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    | Ocorrendo em Gêmeos ela teve um profundo impacto nos  transportes e comunicações, além de novas tecnologias e descobertas  científicas, o reconhecimento do elétron está relacionado a Saturno/Urano e os  três artigos seminais de Einstein em 1905 a oposição Urano/Netuno. No Brasil  este ciclo acompanhou o grande tumulto de 1889 até 1906 com o Convênio de  Taubaté que estabilizou a República Velha. Nos EUA levou o país à liderança  industrial com destaque para a eletricidade, o que só reforça a importância de  Urano no mapa natal. Além disto, a sequência de aspectos importantes  pressagiava a Guerra que estava por vir. As nações se armavam até os dentes,  mas também celebravam Conferências de Paz em Haia, o que toldou a percepção do  conflito logo adiante. Eurípedes, o dramaturgo grego, escreveu que os deuses antes enlouquecem aqueles que querem eliminar. |  
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    | E por falar em loucura, choveu bem nas últimas semanas o que  levou os governos a silenciarem sobre a estiagem e a necessidade de  racionamento. A conta chegará no segundo semestre. |  
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     | Contato com o autor:
       Rui Sá Silva Barros é historiador,  astrólogo e  
       estudioso da Cabala: rui.ssbarros@uol.com.br 
       Outros trabalhos seus no Clube do Tarô : Autores |  
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