|  | 
		
    	| Curso de Tarô com Betoh Simonsen |  
    |  |  
    |  |  
    | 15. O Diabo   |  
    |  |  
    | Quantos não estiveram envolvidos em situações de desejo  intenso, ficando cegos para qualquer fragmento de razão? Quantas vezes  não ficamos tão preocupados e ansiosos que ficávamos atormentados por imagens  terríveis? Quantas vezes já sufocamos ou fomos sufocados? Quantos já sofremos  pelas dores do amor? Mas, Deus e de nossos momentos de quase genialidade criativa,  de nossos momentos absolutamente mágicos, dos encantos de nossos animais  internos, de nossa força selvagem, de nossos maiores aventuras, de nossa total  falta de limite? Cavalgar o dragão voador é nossa maior aventura e nosso  maior risco.
 |  
    | 
        
          |  | 
              
                |  |  
                |  |  
                | 15. O Diabo |  
                |  |  
                | [Tarot Balbi]  |  |  | Todos os arcanos têm uma raiz divina e o Diabo não foge à regra. Só  que durante muito tempo, tempo demais, sua força foi mal usada. Quer por ter  sido mal usada como poder manipulador e obsessivo, escravizando grande parte da  humanidade, quer por ter sido banido e anatemizado, tornando-se muito mais  perigoso. Não acensionaremos sem integrarmos nossa sombra, pois ela tem a chave  de nosso poder. Podemos nos lembrar que sua face mais escura está nos olhos dos  que julgam. Não é uma energia a ser negada, mas não devemos nos descuidar.  É aconselhável lidarmos com cuidado, como de resto todas as forças verdadeiras.
 Podemos pensar que a expressão crística “vade retro,  Satã”, “para trás, Satanás”, signifique de fato um decreto para que se coloque  atrás dos passos crísticos e não que desapareça. É muito mais uma questão de  essência e forma, centro e periferia do que de banimento.
 |  |  
    | No mito de Prometeu,  assimilado a Lúcifer, por Blavatsky, este foi acorrentado à rocha, um dos  símbolos da materialidade regido por Saturno e por Satã, seu aspecto-sombra; não  tanto por ter trazido o fogo dos deuses aos homens mas, antes, por ter faltado  com a medida ou equilíbrio. Podemos nos lembrar que, de dia, ele tinha seu  fígado comido por uma ave de rapina, mas, à noite, se curava, podendo sugerir  que em dimensões superiores sua energia mantinha sua conexão divina; e em uma  das vertentes do mito foi libertado por Quíron, em heróico e amoroso ato de  sacrifício, quando ocupou seu lugar. Se a energia do amor ocupa nossos  corações, eventualmente a energia da serpente pode ascender, depois de ter sido  condenada, por tanto tempo, a se arrastar pelo chão. Quando aparece em uma leitura, sugere uma energia muito  intensa que precisa ser cuidada e equilibrada com muita atenção para que não  seja destrutiva.
 A Justiça e o Diabo nos mostram que se, de um  lado precisamos de equilíbrio e harmonia para lidar com nossos fogos internos,  de outro muito equilíbrio sem energia não nos leva a lugar algum. Podemos ter  uma imagem de um cavalo muito fogoso que, se de um lado não podemos prender  completamente as rédeas para não empinar, de outro não podemos soltar  totalmente as rédeas para que não dispare, pois cairíamos de uma forma ou de  outra. O cavalo irá sempre nos testar, mas quem está conduzindo quem?
 |  
    	|  |  
    	| Para continuar nos Arcanos Maiores com Betoh Simonsen escolha os links: |  
    	|  |  
    	|  |  
      |  |  
      |  |  
    	|  |  
      |  |  
      |  |  
      | out.07 |  
      |  |  
    	|  |   |  |  |   |  |