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  | Eleições: agora é guerra! |  
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    | O mapa do ingresso do Sol em Libra, publicado na última  crônica, indicava uma vantagem para a oposição que a votação confirmou, a  surpresa ficou por conta dos candidatos: Marina disparou como um foguete para  34%, mas com uma estrutura frágil de campanha, dois minutos na TV, repostas  ambíguas e sob um intenso bombardeio dos adversários; sua candidatura definhou.  A ascensão de Dilma e Aécio deu-se com a passagem de Marte para Sagitário  (Dilma) e Vênus para Libra (Aécio). Mercúrio estará retrógrado até a próxima  votação, sinal claro de mais baixaria e difamações, Mercúrio é o deus dos  ladrões e da imprensa que apoia abertamente o candidato de oposição. |  
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    | São Paulo  foi decisivo para o resultado, o antipetismo ficou explícito com a grande  votação de Aécio e o fracasso de todas as candidaturas petistas, inclusive nas  bancadas de deputados que diminuíram. |  
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    | Mais que uma decisão de Marina para o segundo turno pesarão  na votação os quase 28 milhões de eleitores que deixaram de votar no primeiro  turno, se uma parcela desta população for convencida a comparecer, pode decidir  a eleição. Como indiquei na crônica   anterior, os sinais astrológicos estão ambíguos tanto quanto as  pesquisas de intenção de voto que erraram feio em muitas regiões. Dois  eclipses, não vistos no Brasil, ocorrerão. |  
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    | Lua Cheia e eclipse no dia 8 de outubro de 2014 |  
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    | Dia 8, eclipse lunar – Ascendente  no final de Escorpião, Marte em Sagitário formando um triângulo harmonioso com  Júpiter (próximo ao MC em Leão) e Lua/Urano em Áries. Favorece o governo. Vênus  em oposição a Lua/Urano, mas em trino a Lua/Júpiter do mapa natal. Fortalece a  oposição. Saturno rege a casa 4 do mapa e só tem uma quadratura a Júpiter. |  
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    | Dia 23, eclipse solar parcial  – A 0° de Escorpião próximo a Marte do mapa natal, favorece o governo, mas  Mercúrio está retrógrado e ele é o regente do futuro do governo, Virgem, casa  11 a contar do MC por derivação. No final do dia Vênus ingressa em Escorpião  onde está em queda e exige esforço redobrado. |  
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    | Dia 26, votação – Sol  e Vênus em conjunção sobre Marte natal, uma configuração dividida. A Lua estará  ingressando em Sagitário reforçando Júpiter sobre Vênus natal estimulando a  oposição, enquanto Marte ingressando em Capricórnio reforçara Saturno e o  governo. |  
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    | Como se vê há uma ligeira vantagem para o  governo, mas se os candidatos insistirem em críticas e denúncias sobre o  passado, deixando o futuro de lado, esta atuação reverbera contra. A Câmara de  deputados abrigará 28 partidos, PT, PSDB e PMDB encolheram e partidos médios e  nanicos cresceram. Montar uma coalizão vai custar mais caro. Esta eleição  ofereceu um exercício fantástico para praticantes da Astrologia tantas foram as  reviravoltas, a passagem de Marte por Escorpião é talvez o melhor símbolo delas. |  
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    | Respostas — Na crônica anterior, o leitor João Inácio comentou a  previsão de um vidente: haveria atuação do crime organizado em SP, antes das  eleições.  Errou no endereço, foi em  Santa Catarina e no tiroteio verbal da campanha, mas o vidente captou algo  real, a violência no ar. Já a leitora Yara pediu um detalhamento das diferenças  entre os candidatos, a resposta foi breve e agora completo. Aqui nada é o que  parece, as ideias estão permanentemente fora de lugar. O PSDB leva a  socialdemocracia no nome, mas o governo de FHC é referido como neoliberal. No  entanto, elevou a carga tributária, a dívida pública interna e refreou a  inflação com a âncora cambial, medidas que contrariam a cartilha neoliberal. Já  o governo trabalhista do PT tolerou que os pobres pagassem mais impostos,  proporcionalmente, que os ricos e tolerou que os 5% mais ricos levassem 40% da  renda total, sem alteração de 2006 a 2014, o que contraria qualquer programa  trabalhista europeu. A imprensa denuncia escândalos semanalmente como desvios  republicanos, como se tivéssemos uma República digna do conceito, temos leis  que pegam ou não e as que pegam devem ser aplicadas aos outros. |  
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            | Celso Furtado, o primeiro economista que explicitou estes ciclos econômicos.
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            | Foto em www.ebape.fgv.com |  |  | 
          
            | Ciclos — Em terras latino americanas há dois séculos repete-se o  mesmo ciclo: os preços das matérias-primas exportadas aumentam e levam o PIB, a  renda per capita, o emprego e a receita do Orçamento para cima. Se o governo da  ocasião tem alguma preocupação social, instalam-se sistemas de educação, saúde  e aposentadoria públicas, mais tarde surgem programas de assistência aos pobres  e subsídios em transportes, combustíveis e energia elétrica. Tudo corre bem e  todos estão contentes. Mas chega o momento da virada da maré, seja porque  estourou uma guerra, uma crise econômica ou simplesmente aumentou a oferta  mundial das matérias-primas e os preços internacionais caem. |  |  |  
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    | Na República Velha  os governantes deixavam o câmbio depreciar, praticando a socialização dos  prejuízos, como mostrou Celso Furtado. |  
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    | Surfando na popularidade os governos querem manter os gastos  sociais e subsídios, mas o PIB está encolhendo bem como as receitas do  Orçamento, além disto, a balança comercial míngua, o câmbio é controlado para  não afetar a inflação, a dívida pública começa a subir e pressionar os juros. O  Governo já não tem dinheiro para investir em infraestrutura e a iniciativa  privada  está arredia. A desordem  econômica se instala e o governo não dá o braço a torcer, a inflação cresce e é  maquiada, o câmbio paralelo é praticado, as importações começam a ser  controladas e o desabastecimento aparece. Venezuela e Argentina já andaram um  bocado neste caminho. O desfecho em geral é a deposição do governo por  eleições, povo na rua ou, no passado, por golpes militares iniciando um  processo de austeridade. |  
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    | Muitos bons analistas chegaram a imaginar que a  industrialização da região terminaria com estes ciclos.  A realidade recente desmentiu esta esperança,  pois ela também era precária e dependente. As multinacionais que se instalaram  na região vieram atrás de recursos naturais ou do mercado interno, remetem uma  boa soma anual de lucros, dividendos e juros, pressionando o Balanço de Pagamentos.   As estatais foram usadas e sucateadas  por grupos políticos para enriquecimento próprio e ajustes contábeis. E as  indústrias nacionais da região dependeram demais de favores estatais. Na  América Latina vige um capitalismo de Estado de cores variadas que tem um papel  específico na divisão mundial econômica e todas as tentativas de sair do  círculo de ferro naufragaram. Nenhuma mudança substancial ocorrerá sem uma  mudança profunda na base produtiva. Os que abraçam o Consenso de Washington ou bolivarianismo acabam no mesmo pântano. |  
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    | Manifestações populares na Argentina |  
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    | Foto do site www.latinoamericalibre.org |  
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    | Na astrologia podemos observar os seguintes eventos: a fase  de ascensão do ciclo durou de 2003 a 2010, tempo em que Urano transitou Peixes  (casas 1 e 2 do mapa do Brasil), ao ingressar em Áries, e passar por Plutão  natal, deu-se um crescimento de 7,5% para desabar a seguir. A industrialização  tornou-se uma questão de Estado a partir de 1930 com a conjunção Júpiter/Plutão  no final de Câncer, casa 6, e a indústria de base nasceu pelas mãos do Estado  em 1942 (Volta Redonda, Vale e FNM) com a passagem de Júpiter, Saturno e Urano  pela Lua/Júpiter do mapa natal, sendo que a Lua rege a casa 6. Neste momento  Júpiter passa pela casa 6 e o produto e emprego industrial estão em queda, o que  se pode esperar? |  
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    | Nestas alturas alguém pode observar: o capitalismo de Estado  chinês não conseguiu industrializar o país e crescer velozmente tirando milhões  da miséria? Sim, mas selecionando as multinacionais que se instalavam,  controlando câmbio e o sistema financeiro com mão de ferro, em resumo com um  sistema político hipercentralizado e partindo de uma base econômica com pouca  desigualdade, todos compartilhando a mesma miséria; o que não é o caso por  aqui. Quem quiser se inteirar sobre a importância da industrialização procure  no Youtube um documentário da BBC , Fim  de festa, a falência do Ocidente, e para a economia brasileira o  incontornável Crítica à razão dualista de  Chico de Oliveira, conciso e notável texto encontrável na internet. |  
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    | As consequências políticas destes ciclos são bem chatas, uma instabilidade crônica na  história da América Latina. Em 125 anos de ‘República’ tivemos 5 Constituições  e regimes políticos, sendo três ditaduras militares (1891/4, 1930/45, 1964/85).  Com uma sociedade civil e iniciativa privada subdesenvolvidas, o Estado paira  acima de todos e  retira substância de  qualquer partido, sindicato ou associação. As paixões que eclodem nas eleições  são mera espuma na praia, mas vitais para dizer ao povo que algo está  acontecendo, em suma que as diferenças são substanciais. É provável que  tenhamos uma reforma política em 2015 e que agrave o problema estatizando de  vez os partidos com financiamentos públicos e reforçando o poder dos caciques que  escolhem quem pode ser candidato. |  
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            | Bruno covas: os netos chegando
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            | Outra consequência desagradável é que ao velho  patrimonialismo juntou-se a política como negócio, o resultado é o que vemos no  noticiário: corrupção/impunidade, nepotismo, apadrinhamentos etc. Não há compra  pública (federal, estadual ou municipal) que não envolva comissão, propina ou  mimos; o caso da Petrobrás não é exceção ou desvio republicano, é a regra do jogo.   Quando alguém vai tomar coragem e  investigar os corruptores? Não é preciso muito trabalho para saber quem são,  basta olhar as maiores empresas doadoras na campanha eleitoral. O Paulo Roberto  que se cuide para não cair vítima de uma bala perdida. Marte em oposição a  Saturno resume a política brasileira, é o puro extrato da violência como vemos  nesta campanha. |  
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            | A consequência mais recente é que a política está se  tornando uma guilda (corporação de ofício medieval), de pai para filho. Há  poucas chances de enriquecer no Brasil, a política é uma delas e agora já temos  netos na parada. Daqui a pouco aparecerá um biólogo aloprado para nos ensinar  que política é genética. Não creio que a casta política possa patrocinar  qualquer reforma séria:  junho de 2013 foi um ensaio inicial, titubeante e  despolitizado, mas o povo aprende. |  |  |  
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    | E no mundo. Mais uma vez o FMI rebaixa a expectativa de crescimento.  Em dezembro de 2009 previ que EUA, UE e Japão estariam em estagnação por longo  tempo, quando jornalistas e economistas anunciavam o fim da recessão. É  sinistro ver que estes mesmos analistas e empresas de avaliação de risco,  apesar de não verem a bolha se formando, não perderam o emprego e continuam  receitando os mesmos remédios de sempre. Agora há novo tremelique no mercado  mundial com desvalorizações de moedas, queda nos preços das matérias-primas e  outras misérias. As explicações baseadas  nas oscilações geopolíticas são risíveis: com o bombardeio da área do Califado  islâmico o petróleo deveria estar subindo, mas na realidade está caindo.  A expectativa da alta de juros americanos é  especulativa com a economia de lá ainda patinando. Com a renda popular  estagnada ou em queda a tendência é mesmo de deflação (queda de preços). Bem  que Obama queria se dedicar à questão doméstica com vistas às eleições  legislativas próximas, mas o front externo não dá folga: Ucrânia, Califado,  Síria e Israel que lhe vem dizer que a prioridade no momento é o arsenal  nuclear iraniano. No mapa dos EUA, Saturno continua a fustigar a Lua natal enquanto Plutão  azucrina o Sol. |  
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    | Meses atrás o efetivo da milícia EIIL era estimado em 10 mil, agora em 30 com um terço de  estrangeiros. Ela controla poços e refinarias, cobra impostos e no intervalo  decapita e executa gente. Uma ofensiva no norte da Síria levou 150 mil curdos  para a Turquia que já abriga outro tanto vindo da guerra civil, o que levou o  governo turco a se engajar ativamente na luta. Vai ser um trabalho de Hércules  desarmar esta gente, precaver-se contra ataques no Ocidente e rezar para não  destruírem duas represas no Eufrates e Tigre sob controle dos milicianos, a  inundação seria uma catástrofe séria. Por enquanto os bombardeios aéreos visam às  refinarias tentando destruir a base das finanças da milícia. |  
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    | Execuções em Al-Raqqa, Síria, centro operacional do Estado  Islâmico. |  
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    | Foto do site www.abola.pt |  
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    | Em Israel um  cessar-fogo e Bibi foi a ONU advertir que o perigo é o Irã e suas pretensões nucleares,  o que foi recebido com bocejos, tendo em vista a situação e o papel do Irã no  combate à milícia do EIIL. O governo israelense não consegue mais viver sem um  inimigo, ora o Hamas, Hizbollah ou Irã, dependendo da ocasião. Saturno agora  está em oposição ao Sol natal e logo mais em quadratura a Marte (confira o mapa de Israel). Ver a tradição judaica ser pisoteada pelos atuais líderes é uma das  experiências mais tristes em meio a esta loucura toda. |  
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    | O governo hindu colocou uma sonda ao redor de Marte e Modi,  seu dirigente, foi recebido nos EUA por Obama e centenas de empresários ávidos  por negócios. Ele planeja tornar 100 cidades centros de informática, setor em  que o país se destaca. Aqui no Ocidente só chegam aos telejornais os acidentes  de trem, estupros de mulheres e desastres climáticos. Júpiter está em Leão,  signo de muita concentração planetária no país (veja o   mapa da Índia). |  
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    | Para os  chineses o planeta atravessou a linha do horizonte e o governo está lidando com  distúrbios no Oeste com os uigures mulçumanos em rebelião e os habitantes de  Hong Kong no sudeste que não querem a intervenção de Pequim em suas listas de  candidatos. Por enquanto o governo chinês lida com a situação com prudência,  pois cairia mal uma repressão massiva transmitida pelo mundo afora via TV. No mapa da China Saturno está perto do MC. 
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    | Trégua na Ucrânia com escaramuças. Negocia-se uma  federalização do país para dar mais autonomia ao Leste, onde a maioria fala  russo. O inverno se aproxima e é preciso chegar a um acordo sobre o gás,  cortado desde o início das hostilidades. A pressa para apurar o abate do avião  malaio desapareceu no ar sutil, sinal claro de que surgiram evidências  desagradáveis. Poroshenko foi aos EUA e recebeu instruções para negociar com  Putin e saiu com 50 milhões quando precisa de 50 bilhões de dólares. Eis como o  governo americano trata os aliados: em dezembro de 2013, políticos e altos  funcionários foram a Kiev dar apoio à rebelião e levaram 5 bi, o governo  pró-russo foi destituído, missão cumprida, agora virem-se. |  
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    | Já os europeus relutaram, mas acabaram por aplicar sanções  econômicas aos russos que reagiram suspendendo importações agropecuárias  europeias, deixando os fazendeiros europeus furiosos. Além disto, eles estão  sofrendo um bocado para montar o novo executivo liderado por Juncker, o Parlamento  está chiando  com os nomes propostos. A  Europa está estagnada e com perigo de deflação, o BCE está frenético e fazendo  o possível para evitar. E isto é café pequeno, a crise está só no começo. O mapa da União Europeia, com  quatro planetas na segunda metade de Capricórnio esperando a visita de Urano e  Plutão, indica crise política à vista com Vênus regendo o MC. |  
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    | Mestre Constantino completou 75 primaveras, firme e sacudido  levando adiante este site que fez um grande e rico acervo, além de permitir  expressão a dezenas de escribas, que como eu, se abrigam em sua generosidade. Eis aí alguém de boa vontade. |  
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     | Contato com o autor:
       Rui Sá Silva Barros é historiador,  astrólogo e  
       estudioso da Cabala: rui.ssbarros@uol.com.br 
       Outros trabalhos seus no Clube do Tarô : Autores |  
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